sexta-feira, 20 de julho de 2012

O ARAUTO DO GRADE REI

JORNAL DE JULHO DE 2012

VIII Congresso Latino-Americano da OFS e JuFra - Argentina

VIII Congresso Latino-americano da OFS e JuFra - Argentina

O Oitavo Congresso Latino-americano da OFS e JuFra foi celebrado nos dias 22 a 27 de Maio de 2012, na Casa do Cenáculo, “La Montonera” em Pilar, próximo a Buenos Aires. A respeito da organização do Congresso, o Conselho Nacional da OFS da Argentina realizou um belíssimo trabalho que permitiu ter, durante todos os dias do Congresso, um ótimo clima de trabalho, momentos de oração e uma profunda comunhão fraterna.
O tema principal do Congresso foi: “Franciscanos, América Latina clama… Responderemos?” com o lema: "Presença e compromisso dos franciscanos seculares na América Latina".
No Congresso estiveram presentes representantes de vários países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Uruguai, Peru e Venezuela. O Congresso foi presidido pela Ministra Geral da OFS, Encarnación del Pozo, que esteve acompanhada por outros membros da presidência CIOFS: María Consuelo Núñez, Ana Fruk e os Assistentes Gerais: Frei Ivan Matić, OFM, Frei Amanuel Mesgun Temelso, OFMCap e Frei Amando Trujillo Cano, TOR.
Foi um momento de graças para todos os participantes. Os dias foram de intensos trabalhos nos quais se pôde refletir sobre a situação atual em que se encontra a OFS e a JuFra da América Latina. As diversas apresentações durante o mesmo ajudaram os participantes a aprofundar posteriormente nos grupos de trabalho e nas assembleias plenárias vários aspectos da situação atual e dos desafios que se apresentam em seu caminho, tratando de encontrar também respostas concretas para responder a estes desafios. Com este propósito se prepararam as conclusões do Congresso como uma ajuda concreta às Fraternidades nacionais de toda América Latina.

Um dia muito especial para todos os participantes foi a sexta-feira, 25 de Maio, dia de festa nacional na Argentina. Na manhã se concluiu um belíssimo encontro com as Irmãs Clarissas do Mosteiro vizinho a Moreno e depois, na localidade de La Reja, havia se organizado uma grande reunião da Família Franciscana na casa dos Frades Conventuais. Neste encontro, participaram muitos membros das várias Fraternidades da OFS e JuFra da Argentina. T

                                                                                      Trad. e Adapt. Cleiton Robson.

                                      O Evangelho do envio dos Apóstolos pelo mundo afora

Lá vai ele, esse Francesco da cidade de Assis. O coração dava muitas voltas dentro de seu peito. Não era mais o filho de Pietro Bernardone e de Dona Joana. Era e não era. Estava se transformando. (...). As pessoas se davam conta do processo de mudança. Francisco, fazendo sua caminhada… viajou até os cantos mais recônditos de seu interior, deu hospitalidade ao Espírito. Ficou meio pensativo… beijou um leproso… se vestiu de trapos para sentir na carne a dureza da pobreza e de ser um pedinte de esmolas. Homens bons e retos de Assis vinham ter com ele querendo viver sua vida… mas ele se sentia meio perdido. Na verdade o que Deus estava querendo dele?
Francesco entra na capela de Nossa Senhora dos Anjos. Um sacerdote idoso celebra a Missa e lê o Evangelho da missão: os apóstolos são convidados a irem pelo mundo a fora, a não se instalarem no templo, a irem anunciar a Boa Nova, sem calçado, sem títulos, formulando votos de paz, anunciando a liberdade do Evangelho. Francesco já usa as roupas de ermitão e caminha com um cajado… Agora, ele vê seu caminho, ou seja, ser andarilho, pregador ambulante, ele e seus irmãos, dois a dois. Leves, lépidos sem o peso de estruturas, sem organizações burocráticas. (...)Francisco vai se tornar o homem totus evangelicus. O Evangelho passava a tomar conta dele, até o fim, até o morrer nu na terra nua, ali mesmo nesta abençoada capela da Senhora dos Anjos. Ele pode dizer com toda veemência: “É isto que eu quero, isto que busco de todo o meu coração. Agora está claro: eu serei com minha vida e minha história, junto com meus irmãos o anunciador do Evangelho, fascinados pelo Cristo que nos manda pelo mundo à maneira dos apóstolos”.
Eloi Leclerc, de maneira muito feliz, comenta esse encontro de Francisco com o Evangelho: “Certamente, naquela manhã de 1208, Francisco não tinha consciência do alcance de sua descoberta para o futuro da Igreja; quando seu coração se tinha iluminado com a claridade do Evangelho que ouvira. Não pensa nos hereges, nem nas cruzadas que o Papa projeta contra eles. Quer apenas responder pessoalmente ao apelo do Senhor. Realiza algo de imenso alcance ao tomar ao pé da letra o Evangelho que acabara de ouvir. (…). Numa cristandade solidamente instalada e caracterizada pelo imobilismo do sistema feudal, tal Evangelho soa estranhamente como apelo à mobilidade, à vida itinerante. (...). Ao ouvir esse convite, Francisco sente que o seu próprio corpo pede uma resposta. Só tem um desejo: quer partir, apressadamente quer percorrer o mundo, “com passos grandes e paradisíacos”, no dizer de J. Delteil. Numa Igreja que carrega o imenso peso de suas imensas propriedades de terra, que tem calçados de chumbo, Francisco reencontra a leveza e a alegria da caminhada, a exultação da juventude, a impaciência alegre do mensageiro. No mesmo instante, arranca-se de toda instalação territorial, rejeita todo domicilio fixo e todo feudo. Rompe com o sistema político-religioso de seu tempo, o do “senhorio” da Igreja e dos “benefícios”. Redescobre o Evangelho como movimento de Deus para os homens. Reencontra a missão” (E. Leclerc. Francisco de Assis. O Retorno ao Evangelho, p. 51-52).
Ali começaria a aventura franciscana. Os frades abriram as portas da prisão em que haviam colocado o Evangelho. Soltaram o Evangelho. Nada de peso de estruturas. O Evangelho é um convite a desinstalação. Nada de carga, mas leveza. (...). Abrir os braços para acolher a vida e levá-la adiante. Os peregrinos e os viandantes encontram sua vocação na página do Evangelho lida na Porciúncula e vêem concretizada na vida dos franciscanos que são pessoas que respeitam as leis da sociedade e as orientações da Igreja, mas são diferentes. Rezam como Jesus e Francisco. Aproximam-se as pessoas não com desejo de enquadrá-las em estruturas fixas e esterilizantes. Mesmo quando não se deslocam fisicamente os franciscanos, as clarissas e os membros da Ordem Franciscana Secular são andarilhos em seu interior. Nada está acabado. Há descobertas a serem feitas. O Espírito anda soprando de uma maneira diferente. Esses franciscanos que gostam dos eremitérios gostam de dar uma de Marta e de Maria, mas estão presentes no meio dos catadores de papel, dos alunos de uma universidade, na pastoral para fazer dele uma ação evangelizadora, respeitando etapas, sempre preparando os caminhos para a chegada do Senhor.
Frei Fernando Uribe, OFM, comentando o encontro de Francisco com o Evangelho frisa o modo do ir pelo mundo, ou seja, sem nada que dificulte o caminhar velozmente e plena liberdade, sem que os cuidado terrenos entorpeçam a completa dedicação à tarefa de anunciadores do Reino. Estas disposições vão aparecer na Regra da Ordem Primeira: espiritualidade da desinstalação, da desapropriação, de pobres que são instrumentos de Deus no mundo. O Senhor havia revelado a Francisco que ele devia viver conforme o Evangelho. Para que mais? T


Ser idoso e ser velho
 “Idoso é quem tem muita idade; velho é quem perdeu a jovialidade.

A idade causa degeneração das células; a velhice, a degeneração do espírito.

Você é idoso quando se pergunta se vale a pena;
Você é velho quando, sem pensar, responde que não.

Você é idoso quando sonha;
Você é velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende;
Você é velho quando já nem ensina.

Você é idoso quando se exercita;
Você é velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente amor;
Você é velho quando só sente ciúmes.

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida;
Você é velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.

Você é idoso quando o seu calendário tem amanhãs;
Você é velho quando ele só tem ontens.

O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina, pois, enquanto o idoso tem os olhos postos no horizonte, de onde o sol desponta e ilumina a esperança, o velho tem sua miopia voltada para as sombras do passado.

O idoso tem planos; o velho tem saudades.

O idoso curte o que lhe resta da vida;
o velho sofre o que o aproxima da morte.

O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e prenhe de esperança.
Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
Para o velho suas horas se arrastam destituídas de sentido.

As rugas do idoso são bonitas, porque foram marcadas pelo sorriso;
as rugas do velho são feias, porque foram vincadas pela amargura.

Em suma, idoso e velho podem ter a mesma idade no cartório,
mas tem idades diferentes no coração.

Que você, idoso, viva uma longa vida, mas não fique velho nunca”

Jorge R. Nascimento


 História da Unificação da OFS do Brasil
1955/1972
Especial para O Arauto do Grande Rei, da Fraternidade de Petrópolis,RJ
VI – 2
Congresso de Caxias do Sul
Fevereiro de 1966
                2 – Importante por sua programação temática
                O 2º Congresso Nacional da Ordem Terceira Franciscana tinha um objetivo básico a realizar, como expressamente desejava Frei Mateus. Mediante o estudo refletido de um tema central e das teses ou subtemas propostos deveriam os leigos Terceiros, junto com seus Diretores religiosos, aprofundar seus conhecimentos sobre o que é importante saber para se viver bem a espiritualidade da Ordem Terceira.
                Para tal, numa das reuniões de janeiro de 1965, em que se tratou da preparação do Congresso de Caxias do Sul, Frei Mateus apresentou sua proposta do tema central para o Congresso e de cinco teses ou subtemas, tendo sido aprovados.
                Na mesma ocasião, ficou decidido que a Comissão Central constituiria uma Subcomissão para examinar os textos das teses a serem elaboradas pelas equipes provinciais relatoras. A Subcomissão poderia apresentar sugestões aos autores da tese e, afinal, deveria aprovar o texto reelaborado e definitivo.
                Então, antes do Congresso, os Comissários Provinciais distribuiriam as teses aprovadas às suas Fraternidades Locais. Cabia aos irmãos e irmãs estudar esses textos e aplicá-los à situação particular da Fraternidade. Assim, tirariam proveito em favor de sua formação e da renovação da Fraternidade.
                Vê-se, pois, que esses cuidados na elaboração das teses e em seu estudo e aplicação à vida das Fraternidades, como de fato aconteceu, foi mais uma razão suficiente para justificar a importância atribuída ao Congresso de Caxias do Sul. Tem cabimento, porém, a observação de Frei Mateus nos Anais do Congresso (pág. 24):
                “Nem todas as Fraternidades fizeram o trabalho do estudo das teses, como se pedia. Mas, podemos dar o testemunho de que, em muitas, se foram formando equipes, que tomaram gosto pelos círculos de estudo. Depois do Congresso, deram um impulso à sua organização.”
                Tal preparação não aconteceu para o Congresso de São Lourenço. Estávamos, portanto, avançando, progredindo. Daí, repito, a importância de mais esse aspecto do Congresso de Caxias do Sul.

                Conscientemente, aproveito a oportunidade para colocar como informação sobre cada subtema abaixo, a transcrição de Frei Mateus sobre o conteúdo de cada tese e a transcrição do resultado da reflexão dos congressistas para a prática e a vivência dessas mesmas proposições.

                Sinto-me contente por poder trazer à consideração dos meus irmãos e irmãs de hoje a riqueza doutrinal, segura, e vivencial contida nesses pequenos trechos citados.
                Ainda merecem ser meditados...

                Tema Central
                A nossa missão franciscana na Igreja é viver, de maneira exemplar, o santo Evangelho de N. Sr. Jesus Cristo.

                O tema central reproduz a definição constante do artigo 2º das Constituições da Ordem Terceira Secular, de 1957. Era uma definição clara e simples da essência da vocação cristã. Acrescentava-lhe, porém, uma característica expressiva. Indicava que essa vivência cristã era u’a “missão franciscana na Igreja”. Isto é, que essa vocação deve ser vivida à maneira de Francisco de Assis. Resumindo. Ele fez do Cristo, dom de amor do Pai no presépio, na cruz e na Eucaristia, o centro propulsor de toda sua vida no relacionamento com Deus, com os homens e com a natureza. Assim devem fazê-lo os seguidores do Pobrezinho de Assis. Na Regra da OFS, de 1978, aprovada e confirmada pelo Papa Paulo VI, é o que, hoje, está formulado a partir do número 4 sobre a forma de vida do franciscano secular.
                As cinco teses propostas são o desdobramento pedagógico e prático de como se deve realizar e vivenciar o tema central.
                O que segue contém um extrato do que pensava Frei Mateus sobre as teses por ele apresentadas, e do que consta das súmulas do temário, aprovadas pelo Plenário do Congresso. Foram extraídas de “PAZ E BEM” de 1965, nº III, págs. 86 a 90 e de 1966, nº II – III, págs. 17 a 25. Objetivo. Dizer algo sobre o conteúdo dessas teses e, quiçá, suscitar reflexão.

                1ª tese
                A mística do santo Evangelho
                “Trata-se de acender em nós todos a grande força impulsora do amor franciscano. E nós o faremos, como São Francisco, pelo contato pessoal nosso com as grandes realidades do Evangelho. Pelo amor ao Pai do céu. Pelo amor a Cristo, nosso Irmão. Amor este que é inspirado pelo Espírito do Senhor e realizado como ideal no Coração Imaculado da Mãe de Deus. Quando faltar este amor, deixa de haver movimento franciscano, porque, sem a mística, tudo ficará parado e morto. É, portanto, absolutamente necessário que cada um de nós tenha ardendo dentro de si aquela mística do amor a Deus. É o que deve promover a primeira tese.” (Frei Mateus in “Paz e Bem”, 1965, III, pág. 86).

                “Os meios do Terceiro franciscano para viver este amor e doação total residem no seguinte:
1) na profissão da Regra (consagração da vida secular, aceita pela Igreja);
2) na visão evangélica e franciscana do mundo, adquirida no noviciado e aprofundada na profissão, através:
a) do amor filial ao Pai, a exemplo de Cristo,
b) da intimidade fraternal com o Cristo e pela sua imitação cada vez mais fiel,
c) do serviço a Cristo, especialmente, em todos os necessitados do corpo e da alma;
3) na vida e piedade litúrgicas (Missa e Ofício);
4) na vida e piedade pessoal (eclesial, eucarística, mariana e devoção à Paixão de Cristo) sempre informada pela liturgia.”
                (Súmulas, “Paz e Bem”, 1966, II-III, pág. 18)

                2ª tese
                O espírito de pobreza vivida pelos leigos

                “São Francisco, empolgado pelo Cristo dos Evangelhos, não pensa mais em outra coisa  senão em viver como Cristo, que era pobre e humilde na  sua vida e crucificado por nosso amor na sua morte. A forma do Evangelho que Francisco escolhe como forma de vida para si e para os seus é servir ao Senhor na pobreza e na humildade, “porque o Senhor se fez pobre por nós neste mundo.”
                O espírito de pobreza é que mais caracteriza o franciscanismo... Pois, é pela pobreza que o amor franciscano se torna generoso e heróico... (É pelo espírito de pobreza que se refreia) o terrível instinto de propriedade e do domínio sobre os outros, causador da escravidão social... que se abre a estrada para a justiça, a caridade e todo o bem... sem o qual não há solução alguma para a distribuição justa das riquezas na sociedade humana.” (Frei Mateus, ibidem, págs. 86-87).
                “O espírito de pobreza para o leigo, em síntese e em essência, deve consistir no espírito de amor a Deus, manifestado no desapego, no desprendimento e na disponibilidade de cada um em relação às coisas e bens e ao seu próximo... O necessário, pois, é que (o franciscano secular) formule e aplique o espírito de pobreza a si próprio, às suas próprias condições, atos, procedimentos, bens e posses na consideração do que exprimem e refletem em relação a seu próximo. Tudo sempre derivado de autêntico e consciente amor a Deus.”
                (Súmulas, ibidem, págs. 19-20)

                3ª tese
                Espírito de caridade fraterna em meio de um mundo cheio de ódio e egoísmo.
                “A caridade fraterna é o ponto culminante do franciscanismo. O próprio Cristo vê nela o distintivo do seu discípulo. Amar o próximo como a si mesmo é o mandamento principal que se identifica com o próprio amor de Deus. Amar a Cristo nos mínimos irmãos será a exigência decisiva no julgamento do fim  do mundo. Amar como Cristo nos amou. O fraternismo universal do franciscanismo é o mais belo fruto da mística do Evangelho e do espírito de pobreza. Esse espírito de caridade fraterna ajudará a recuperar o Paraíso pela paz, pela justiça e misericórdia entre os homens.

                O Congresso de Caxias do Sul deverá suscitar um grande movimento de apoio mútuo em que todos os franciscanos se possam sentir, na realidade, como uma só grande família de irmãos.”
            (Frei Mateus, ibidem, págs. 87-88)

                “O amor de Deus, que se fez homem, exige a nossa doação total por Cristo, na sua imitação. Deve manifestar-se, no Terceiro, no campo natural e sobrenatural: na família, na Fraternidade e na sociedade. Amar a Cristo, Deus e homem, é amar a todos os irmãos, solidário com Ele. Por isso, a Fraternidade deve ser uma escola de caridade fraterna. O mundo de hoje, ao contrário, se desajusta cada vez mais pela falta de vivência da caridade e pelo esquecimento de Deus. O que impera é o materialismo, o egoísmo, o hedonismo, a inversão de valores, o desconhecimento da dignidade da pessoa humana como filho de Deus.
                Cabe, pois, ao Terceiro viver a caridade fraterna. Ainda que seja ele apenas uma formiguinha, estará contribuindo nessa obra imensa de reconstrução do mundo, segundo o plano de Deus”
            (Súmulas, ibidem, págs. 21-22)

                4ª tese
                O espírito comunitário como Cristo o quer na Igreja, na Fraternidade e na Família.

                “O espírito de amor, de pobreza e de caridade fraterna exclui inteiramente o obstáculo da vida comunitária, que é o falso individualismo, isto é, o egoísmo mesquinho e interessado que sobrepõe os interesses particulares aos da comunidade. O espírito comunitário franciscano respeita, porém, o valor individual de cada pessoa, pois, uma é diferente da outra e todas têm o direito de plena liberdade de desenvolver os dons recebidos de Deus. Mas, a todos une o amor comum e o respeito mútuo, que os leva a congregar as suas forças a serviço do mesmo Mestre e Senhor. Por essa forma, cada irmão se abre para o diálogo, para a equipe, para o trabalho em conjunto. É este o espírito comunitário franciscano que se mostrará na família, na Fraternidade, na Igreja e na sociedade.”
                (Frei Mateus, ibidem, pág. 88)

                “Os homens só se realizam plenamente dentro do plano de comunidade com Deus e entre si. O Deus Trino nos revela uma vida comunitária, por excelência. O Terceiro vive a sua vida de filho de Deus na comunidade da família, da Igreja, da sociedade e da Fraternidade. Deve, por isso, esforçar-se para satisfazer às exigências de melhor vida comunitária em todos esses ambientes. Em particular, na sua Fraternidade.”
                (Súmulas, ibidem, págs.23-24)

                 5ª tese
                Consagração do mundo pelo trabalho diário

                “O tema está bem entrosado com o pensamento do Concílio Vaticano II que declarou “específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus, exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no século, isto é, em todos e em cada um dos ofícios e trabalhos do mundo. Vivem nas condições cotidianas da vida familiar e social, pelas quais sua existência é como que urdida. Lá são chamados por Deus para que, exercendo seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, a modo de fermento, de dentro, contribuam para a santificação do mundo. E assim manifestam Cristo aos outros, especialmente pelo testemunho de sua vida resplandecente em fé, esperança e caridade. A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, às quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam, segundo Cristo, para louvor do Criador e do Redentor.” (Lumen Gentium, 31).
                “Podemos dizer que, para a Ordem Terceira, o tema não é novo. Pio XI (Aquiles Ratti) definiu o espírito do Terceiro franciscano como um apostolado de vida cristã levada a toda parte, a todos lugares, a todos os ambientes, a todas as instituições sociais. Pio XII (Eugênio Pacelli) assinalou que foi precisamente a intenção de São Francisco formar pela Ordem Terceira um exército de penetração no meio do mundo que, como seculares, deviam santificar os trabalhos que cuidam dos interesses temporais.”
                (Frei Mateus, ibidem, pág. 89)

                “Em imitação de Cristo, que pela Encarnação quis consagrar o mundo, o Terceiro, animado pelo amor a Deus e ao próximo, procura consagrar o mundo pelo sacerdócio comum, exercendo conscientemente:
a)      o múnus sacerdotal com a consagração do mundo pela oferta da vida cotidiana
b)      o múnus profético com a evangelização do mundo pelo testemunho da fé
c)       o múnus régio pela restauração da ordem temporal segundo as normas evangélicas.
Trabalho é toda a atividade humana considerada como continuação da obra de Deus, criando e conservando o mundo. No reino da graça é um meio de santificação, como Cristo no-lo ensinou pelo seu exemplo e palavra.”
(Súmulas, ibidem, págs. 24-25)

“Podemos, portanto, resumir a vida do Evangelho para a Ordem Terceira nas cinco teses expostas e refletidas no Congresso de Caxias do Sul:
1)      na mística do amor
2)      na forma do Evangelho em pobreza e humildade
3)      na caridade fraterna, distintivo do discípulo de Cristo
4)      no espírito comunitário de quem está todo empenhado na reconstrução da casa de Deus
5)      na consagração do mundo pela fermentação evangélica no trabalho de todos os dias.”
(Frei Mateus, ibidem, pág. 90)

                                                                                                               (continua no informativo de agosto)
    
                                                                                                         Paulo Machado da Costa e Silva,OFS

Nota: – Os artigos podem ser transcritos, indicando-se a procedência.
             À medida que esses artigos vão sendo publicados no jornalzinho da nossa Fraternidade, eles serão
              colocados em nosso blog: ofssagradopetropolis@blogspot.com

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 07 DE JULHO DE 2012

INFORMATIVO

Ano IV  -  JULHO DE 2012 -  Nº  02

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

O BEM-AVENTURADO LUQUÉSIO

       III. A luz nas trevas
                                                    (Continuação)

            Uma multidão estacionava na praça, quando Luquésio aí chegou. Ele viu um homem suspender a filhinha, dizendo-lhe: "Ecco il santo! Eis o santo!" Ele o olha, insinua-se, aproxima-se: de pé sobre um marco, um homenzinho desprezível, andra­joso, descalço, com uma corda na cintu­ra, olhava o povo com olhos profundamente negros, desprendendo de seu semblan­te descarnado um sorriso angélico. Luquésio persuadiu-se de estar vendo uma es­tátua viva da renúncia e do amor. Já es­tava conquistado.
Junto do marco estava um outro frade. Começaram a cantar:
"Temei e honrai a Deus, diziam eles, lou­vai e exaltai a Deus!
"Agradecei ao Senhor e convertei-vos: porque é preciso que saibais que morrereis dentro em pouco!
"Dai, e vos será dado. Perdoai e sereis perdoados!
"Perseverai nas boas obras: bem-aventurados os que morrem convertidos, por­que irão para o reino dos céus!"
           Em seguida Francisco falou. Ele tinha a voz clara como a de uma criança. Di­zia coisas muito simples, mas admiravel­mente penetrantes, porque o seu todo ex­primia mais do que a sua voz: só de vê-lo vinham .lágrimas aos olhos. Oh! não eram sermões estudados que ele vinha pre­gar: sabia-se de que profundeza e de que heroísmo saía cada uma de suas palavras.
"Irmãos, dizia com sua voz melodiosa, a vida é curta e o juízo se aproxima: pro­curai, pois, o reino de Deus e fazei peni­tência. Ah, irmãos, desprezai o mundo, não façais caso do dinheiro: são eles que afastam de Deus, tornando-vos infelizes. Te­mei de vos apegardes às coisas passagei­ras; porque neste mundo nada mais somos do que romeiros e peregrinos. Dai aos po­bres em vez de amontoar; gostai de ser pobres por amor a Jesus Cristo e Ele vos restituirá a alegria: onde existe a pobreza de espírito, não há desejos e nem sofri­mentos; onde há compaixão e caridade, não há bens supérfluos nem dureza de co­ração; onde estão o amor e a sabedoria, não há nem temores nem ilusões. Andem de cabeça baixa os que pertencerem ao demônio. Quanto a nós, devemos nos re­gozijar no Senhor!"
Meu Deus! como estas palavras pe­netraram no coração de Luquésio! Pa­recia-lhe que Francisco falava exclusiva­mente para ele, como se adivinhasse sua presença e sua angústia. Era exatamente a água da qual ele tinha sede: palavras de verdade pura e simples. Chorou e já quase de alegria. Sentia que ia se li­bertar.
Outros choravam também e batiam no peito: o pobrezinho falava agora ao povo de São Geminiano sobre a paz, a doçura, o perdão e a concórdia. Mostrava-lhe Cris­to na cruz... E sua voz tomou, então, tal expressão que quando ele acabou viram que os dois inimigos mais encarniçados da cidade apertavam-se as mãos e abraçaram-se. E Luquésio sentiu que Deus estava com Francisco. Sim, era mais do que um ho­mem que havia falado: jamais uma cria­tura teria operado estes milagres.
          Tendo agradecido ao Senhor e conver­sado com os que o abordaram, Francisco pediu um pedaço de pão pelo amor de Deus, depois se retirou; e Luquésio o viu entrar no presbitério com seu companheiro. Pe­diu para falar-lhe.
Deus! como lhe parecia franzino o po­brezinho olhado assim de perto! E como era humilde e simples! E com uma fran­queza e cordialidade encantadoras, com os olhos repletos de alegrias celestes: Luqué­sio julgou estar diante de um anjo. Sen­tiu que faria tudo que este homem lhe dissesse.
Expôs-lhe sua vida, seu pecado, a per­turbação de sua alma. E Francisco, ten­do-o ouvido, disse-lhe: — Irmão, o Senhor te fez uma grande graça, abrindo-te os olhos, e a ela deves fielmente correspon­der. Restitui esses bens: porque se aque­les que possuímos honestamente nos são tão malfazejos, quanto mais os que adqui­rimos com injustiças!
— Sim... E quando eu tiver feito is­to, Deus me restituirá a paz?
—  Oh! irmão, repeliu   ele,   porventura, o   filho  pródigo? Olha-o  crucificado  por ti! É ele quem te fala, não sou eu; escu­ta-o e vê ao que ele te convida: "Se que­res ser perfeito, vai, vende teus bens, dá seu valor aos pobres:  segue-me então, e terás um tesouro no Céu". Não queres tu, pois, segui-lo e partilhar das alegrias dos santos?
—   Oh,   sim,   irmão  Francisco,   sim!... Agradecido, agradecido... Rezai por mim.
E caiu soluçando nos braços de Fran­cisco.
Voltou para casa, levando uma paz ma­ravilhosa no coração.

IV. Discórdia em casa e acontecimentos que se seguiram

Logo no dia seguinte, pegou dos livros, fechou suas contas, pôs em liquidação seu estabelecimento e bateu-se para a casa do notário, a fim de verificar seus bens e pôr à venda suas terras e suas fazendas.
—  Bona, disse ele a sua mulher, vou abandonar os negócios.
—  Ah, exclamou Bona com uma certa alegria e sem enfado por ver que ele que­ria repousar: assim desse modo ela pode­ria gozar do seu marido e do bem-estar adquirido.
Mas, à medida que o dinheiro entrava, Luquésio ia procurar aqueles que sabia terem sofrido com suas transações e res­tituía-lhes o dobro do que tinham perdido.
—  Que fazes? perguntava Bona, estupefata e aflita.
—  Cumpro o meu dever, respondia-lhe com uma calma sem réplica.

Continua no informativo – Ano IV -            AGOSTO DE 2012  -  Nº  03

                                                                                         .X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JULHO

l —  S. Teodorico Emdem, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
2 — S. Jerônimo de Werten, 1ª Ordem,  mártir em Gorkum
3 — B. Carmelo Volta, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Isabel, Rainha de Portugal, 3ª Ordem
5 — B. Francisco  Fogolla, 1ª Ordem, mártir  da  China.
6 — B. Antonino Fantosati, 1ª Ordem, mártir da China
7 — B. Manuel Ruiz  1ª Ordem, mártir
8 — B. Gregório Grassi, 1ª Ordem, mártir da China. 
9 — S.Nicolau Pick, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
10 — S. Verônica Giuliani, 2ª Ordem.
11 — S. João Wall, 1ª Ordem, mártir.
12 — S. João Jones, 1ª Ordem, mártir.
13 — B. Angelina  de   Marsciano, 3ª Ordem.
14 — S. Francisco   Solano,  1ª Ordem.
15 — S. Boaventura de Bagnoregio, 1ª Ordem.
16 — ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO  DE S. FRANCISCO DE ASSIS
17 — S. Maria Madalena Postel,  3ª Ordem.
18 — B. Simão de Lipnica, 1ª Ordem.
19 — B. Nicanor  Ascanio, 1ª Ordem, mártir.
20 — B. Nicolau Maria Alberca e Torres, 1ª Ordem, mártir.
21 — S. Lourenço de Brindes, 1ª Ordem.
22 — B. Cunegundes, Rainha da Polônia, 2ª Ordem.
23 — S. Brigida da Suécia, 3ª Ordem.
24 — B. Luísa de  Saboia, 2ª Ordem.
25 — B. Pedro de Mogliano, 1ª Ordem.
26 — B. Arcângelo   de   Calatafini, 1ª Ordem.
27 — B. Maria  Madalena  Martinengo, 2ª Ordem.
28 — B. Matia de Nazarei, 2ª Ordem.
29 — B. Novelone de Faenza, 3ª Ordem.
30 — S. Leopoldo  Mandic, 1ª Ordem.
31  —B. Pedro Soler, 1ª Ordem, mártir.                                       

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 02 DE JUNHO DE 2012


INFORMATIVO

Ano IIII  -  JUNHO DE 2012 -  Nº  01

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

O BEM-AVENTURADO LUQUÉSIO

II. O despertar do erro
                                                    (Continuação)

            — Em que pensas? — perguntava-lhe Bonadona, vendo-o bater a cabeça  res­mungando. Então,  para enxotar seus as­sombros, ele repetia os argumentos da "moral comercial", que o havia tão  condes-cendentemente servido: "Não se deve misturar a caridade aos negócios...".Mas, imediatamente, a consciência  respondia:
— "Sim, é preciso pôr a caridade em tu­do! — Mas eu não devo assegurar o fu­turo dos meus filhos? — Mas não à for­ça de injustiças, admoestava a outra voz. Teus filhos serão amaldiçoados contigo: tu lhes ensinaste o pecado. — Mas, afinal, negócio é negócio quando se está no co­mércio ... — Há um negócio que é pre­ciso acertar; um só e é de chegar ao Céu! E tu és um condenado! Tu mataste, tu irás para o inferno! Para o inferno..." E da garganta de Luquésio escapava um suspiro tão rouco e tão selvagem que sua mulher ficava aterrorizada.
—  Mas que tens, Luquésio?
— Mulher, dizia ele com voz surda, eu tenho certeza de que não temos bem re­gulada a nossa consciência.
            — Quem te disse isso?... E por que não a temos em paz?.
            — Porque abusei da confiança do po­vo... Isto não é justo... não é permitido, Bona...

— Como não é justo? Ganhaste dinheiro no comércio, é tudo!
Mas Luquésio reerguia-se de repente, tremendo e com os olhos alucinados.
— Ganhei dinheiro enganando, rou­bando...   assassinando, entendes?
— Vamos! Deixa de idéias, vejamos! Não te é licito ganhar dinheiro com ne­gócios como todos fazem? Sê razoável, Lu­quésio: lança fora esses pensamentos, pro­cura distrair-te; agora que somos ricos te tornarás melancólico?
Mas o bom Luquésio havia em vão pro­curado se distrair: sua velha educação, tão incompleta mas honesta e cristã, re­abilita-se com superioridade; e sua cons­ciência, o seu coração e o temor do juízo o atormentavam sem tréguas, maldizendo-o cada vez mais. Luquésio era profunda­mente infeliz.

III. A luz nas trevas.

            Nesta época se falava muito de um cer­to frade chamado Francisco, filho de um rico negociante de tecidos de Assis que havia, por amor de Deus, deixado sua fa­mília e renunciado a todos os bens, e que com seus discípulos percorria a Itália, mendigando o pão, pregando a penitên­cia e o reino dos Céus. Aparecia às cons­ciências como um libertador: as almas de­sacostumadas de Deus sentiam-lhe de no­vo a presença. Aqueles que se haviam avil­tado na política, endurecido nas guerras sem fim, aburguesado nos negócios, e nos embara-ços de mil cuidados que os tinham distraído do único necessário, todos sen­tiam este "vácuo do coração" que experi­mentam aqueles que voltaram as costas à Vida. E ninguém era capaz de preencher-lhes este vácuo. O clero? Era esta preci­samente a época dos mais fracos e não faziam mais do que sermões oficiais, sem unção, exibidos em latim!
Ora, eis que esse homem que falava sua língua, esse mendigozinho que ia de porta em porta, trazia-lhes novamente palavras milagrosas. Nos seus lábios puros, elas se tornavam sempre novas como as que profe­ria o próprio Cristo; elas se tornavam vi­vas em sua boca, porque se sabia que pri­meiramente eram praticadas por ele. Des­pertava por toda parte estranhas e pro­fundas nostalgias desta alegria transcen­dente que havia des-coberto no despojamento e na recusa dos repastos cobiça­dos. Todos corriam ao seu encontro. Cen­tenas de homens vinham enfileirar-se à nova ordem para viverem pobres e libertos da terra: era a restauração da Igreja pri­mitiva na sua pureza, na sua caridade pre­ciosa, no seu fervor dominador. Essa no­vidade se espalhou por todo o país e ope­rou no pobre Luquésio uma impressão ter­rível.
O pensamento do "pobrezinho", como se chamava a esse Francisco, o perseguia. Não podia deixar de comparar aquele ges­to, aquela vida sublime à sua desprezível conduta: e a vergonha e o remorso apo­deravam-se dele, com mais veemência, sen­tindo uma necessidade louca de se livrar desse peso. Ah, como ele desejaria falar ao "Pobrezinho", ao menos vê-lo! Pare­cia-lhe que ele devia ter a solução, a fór­mula, o remédio para o seu mal.
Ora, um dia do ano 1212, ele soube que Francisco estava na Toscana. Havia pas­sado em Arezzo, de onde tinha afastado os demônios da discórdia... Ah, por que não vem ele afastar o demônio de ti, Luquésio! Em Florença ele havia convertido o ilustre João Parenti, doutor da Universi­dade de Bolonha, que, abandonando os seus bens e as suas funções de juiz, acabara se reunindo a Francisco para evitar o in­ferno. E agora eis que,  voltando de Pisa,  ia passar  por São  Geminiano, distante uma hora de Poggi-Bonzi... Luquésio não re­sistiu e pôs-se a caminho.
São Geminiano estava devastada pelas facções. As escaramuças aí eram tão fre­quentes que todas as casas dos nobres es­tavam flanqueadas com altas torres setei­ras: esta floresta de torres deu à cidade o aspecto bizarro que conserva ainda hoje e que lhe mereceu a alcunha de "cidade das torres". O seu interior foi transfor­mado em campo de batalha permanente.

Continua no informativo – Ano IV -            JULHO DE 2012  -  Nº  02

                                                                                         .X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JUNHO

2 — B. João Pellingoto,  3ª Ordem.
3 — B. André  de  Spello,  1ª Ordem.
4 B. Pacífico de Cerano,  1ª Ordem.
5 — B. Maria   Clara  Nanneti,   3ª Ordem
        Regular,  mártir  da China 
6 — B. Lourenço   de  Vilamagna,  1ª Ordem.
7 — B. Maria da Paz Bolsena, 3ª Ordem
        Regular,  mártir da China
8 — B. Hermínia de Jesus, 3ª Ordem Regular,
        mártir da China
9 — S. Cornélio Wican,  1ª Ordem, mártir em
       Gorkum
10 — S.Pedro de Assche, 1ª Ordem, mártir em
          Gorkum.
11 — B. Guido de Cortona, 1ª Ordem.
12 — B. lolanda, Duquesa da Polônia, 2ª Ordem.
13 — S. Antônio de Lisboa, 1ª Ordem.
14 — S. Francisco de Bruxelas, 1ª Ordem, mártir
          em Gorkum.
15 — S. Antônio de Hoornaert, 1ª Ordem, mártir
          em Gorkum.
16 — S. Antônio de Werten,  1ª Ordem, mártir
          em Gorkum.
17 — B. Pedro Gambacorta, 3ª Ordem Regular.
18 — S. Godofredo de Merville, 1ª Ordem,
          mártir em Gorkum.
19 — B. Miquelina de Pesaro, 3ª Ordem.
20 — S. Willehado da Dinamarca,  1ª Ordem,
          mártir em Gorkum (1482-1572) c. 1867
21 — S. Nicásio  Jonson,   1ª Ordem, mártir em
          Gorkum.
22 — B. André Bauer, 1ª Ordem, mártir da
          China.
23 — S. José Cafasso, 3ª Ordem.
24 — B. Teodorico Balat, 1ª Ordem, mártir da
          China
25 — B. José Maria Gambaro, 1ª Ordem, mártir
          da China.
26 — B. Cesídio de Fossa, 1ª Ordem, mártir da
          China.
27 — B. Benvenuto de Gubio, 1ª Ordem.
28 — B. Elias Facchini, 1ª Ordem, mártir da
          China.
29 — S. Vicenza  Gerosa,  3ª Ordem.
30 — B. Raimundo  Lulo, 3ª Ordem, mártir