segunda-feira, 18 de julho de 2011

Informativo de Agosto de 2011

Ano III  -  AGOSTO DE 2011 -  Nº  04

CONHECENDO A NOSSA IGREJA

LEGENDA DOS TRÊS COMPANHEIROS - CAPÍTULO XII

Como o bem-aventurado Francisco, com os onze companheiros, foi à cúria do papa notificar-lhe seu propósito e conseguir a aprovação da regra que havia escrito

46. Vendo o bem-aventurado Francisco que Deus fazia crescer seus irmãos em número e mérito, sendo eles já doze homens perfeitíssimos e tendo os mesmos sentimentos, disse aos onze, ele que era o duodécimo, guia e pai deles: "Vejo, irmãos, que Deus, por sua misericórdia, quer que nossa irmandade cresça. Vamos, pois, à nossa Mãe a Santa Igreja Romana, notifiquemos ao Sumo Pontífice o que o Senhor começou a fazer por nosso intermédio, a fim de que, conforme a sua vontade e ordem, continuemos naquilo que começamos".
Estas palavras do pai agradaram aos irmãos, e juntamente com ele empreenderam o caminho rumo à cúria. E disse-lhes: "Façamos um de nós como nosso guia, e consideremo-lo como representante de Jesus Cristo. Aonde for, para lá iremos. Onde se hospedar, lá nos hospedaremos". Elegeram frei Bernardo, o primeiro após o bem-aventurado Francisco, e observaram o que o pai lhes recomendara.
Caminhavam contentes, discorrendo sobre a palavra do Senhor, não se atrevendo a falar outra coisa a não ser o que fosse para louvor e glória de Deus e utilidade da alma, e frequentemente se entregavam à oração. O Senhor sempre lhes preparava hospedagem, fazendo com que recebessem o que lhes era necessário.

47. Chegaram a Roma e ali encontraram o bispo da cidade de Assis, o qual os recebeu com grande alegria pelo singular afeto com que venerava a Francisco e a todos os irmãos. Não conhecendo a razão da sua vinda, perturbou-se, pensando que quisessem abandonar a própria pátria, onde o Senhor começara, através deles, a operar maravilhas. Gostava de fato de ter em sua diocese tais homens, de cuja vida e costumes grandemente se vangloriava. Mas tendo ouvido o motivo e entendido seu propósito, muito se alegrou, prometendo-lhes conselho e auxílio no empreendimento.
Era este bispo muito amigo de certo cardeal, bispo de Sabina, que se chamava João de São Paulo, ver-dadeiramente cheio da graça de Deus, muito amigo dos servos de Deus. O bispo de Assis contara-lhe a vida de Francisco e de seus irmãos, e por isso desejava ardentemente ver o homem de Deus e alguns de seus companheiros. Ouvindo que estavam na cidade, mandou chamá-los e os recebeu com grande reverência e amor.

48. Nos poucos dias que privaram de sua companhia, de tal modo o edificaram pelas santas palavras e exemplos, que, vendo resplandecer nas ações o que deles havia ouvido, recomendou-se humilde e devotamente às suas orações. Pediu também, como uma graça especial, que desejava ser considerado, desde aquele momento, como um dos irmãos. Enfim, interrogando ao bem-aventurado Francisco a razão por que viera, e ouvindo dele todo seu propósito e intenção, ofereceu-se como seu procurador na cúria.
Dirigiu-se pois o referido cardeal à cúria e disse ao senhor papa Inocêncio III: "Encontrei um homem perfeitíssimo que pretende viver segundo a forma do Santo Evangelho e observar em tudo a perfeição evangélica. Creio que por meio dele Deus quer restaurar a fé no mundo inteiro, a fé da Santa Igreja". Ouvindo isto, o senhor papa ficou muito admirado  e mandou ao cardeal que lhe trouxesse o bem-aventurado Francisco.
49. No dia seguinte, o homem de Deus foi apresentado pelo cardeal ao Sumo Pontífice, a quem tornou patente todo seu santo propósito. O Pontífice, muito notável por sua discrição, concordou, no devido modo, com os desejos do santo, e exortando a ele e aos seus irmãos acerca de muitas coisas, abençoou-os dizendo: "Ide com o Senhor, irmãos, e assim como ele se dignar inspirar-vos, pregai a penitência a todos. E quando Deus onipotente vos multiplicar com maior número e graça, no-lo referireis, e nós vos concederemos mais do que isso, encarregando-vos de coisas mais importantes".
Desejando ainda o senhor papa saber se o que havia concedido e o que havia de conceder era conforme a vontade do Senhor, antes que o santo se despedisse, falou a ele e aos seus companheiros: "Filhinhos, a vossa vida nos parece cheia de durezas e austeridades. Acreditamos no vosso fervor, e ninguém poderá pô-lo em dúvida. Contudo devemos pensar naqueles que vos hão de seguir, para que esta forma de vida não lhes pareça ingrata demais". Vendo que a constância de sua fé e a firmeza de sua esperança robustecida em Cristo os impediam de retroceder em seu fervor, disse ao bem-aventurado Francisco: "Filho, vai e pede a Deus que te revele se o que vós procurais procede de sua vontade, porquanto, sabendo a vontade do Senhor, daremos nosso consentimento aos teus desejos".

50. Orando o santo de Deus conforme o papa lhe havia sugerido, falou-lhe o Senhor Deus em espírito por meio desta  parábola:  "Certa mulher pobrezinha e formosa vivia num deserto. Um grande rei, admirando-lhe a beleza, desejou recebê-la como esposa, julgando que teria lindos filhos dela. Contraído e consumado o matrimônio, nasceram e foram criados muitos filhos, aos quais a mãe falou: "Filhos, não vos envergonheis, porque sois filhos do rei! Ide pois ao seu palácio e ele vos dará tudo o que vos é necessário". Quando chegaram diante do rei, este ficou admirado com a beleza deles, e reconhecendo  neles a própria  semelhança,  perguntou-lhes: "De quem sois filhos?"
Responderam que eram filhos da mulher pobrezinha que morava no deserto. Abraçou-os então o rei com grande júbilo, e disse-lhes: "Não temais, pois vós sois meus filhos. Se à minha mesa são alimentados os forasteiros, muito mais o sereis vós que sois meus filhos legítimos". E mandou dizer à mulher que enviasse ao seu palácio todos os filhos que ele tivera de sua união com ela, para serem alimentados". Francisco viu estas coisas numa visão, enquanto orava e entendeu ser ele mesmo a mulher pobrezinha do deserto.

Continua no informativo – Ano III -   SETEMBRO DE 2011  -  Nº  05


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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE AGOSTO

1 — B..Francisco Pinazzo, 1ª Ordem, mártir.
2 — JUBILEU DA PORCIUNCULA
3 — B.João Tiago  Fernandes,  1ª Ordem, mártir.
4 — S. João Maria Vianey, 3ª Ordem.
5 — B. Francisco de Pesaro, 3ª Ordem.
6 — B. Agatângelo de Vendome, 1ª Ordem, Martir
7 — B. Cassiano de Nantes, 1ª Ordem, mártir.
8 — S. DOMINGOS    DE    GUSMÃO 
9 — B. Vicente de Áquila, 1ª Ordem. 
10 — B. João  do  Alverne,  1ª Ordem. 
11 — SANTA CLARA DE ASSIS, 2ª Ordem.
12 — B. Ludovico Sotelo, 1ª Ordem, mártir no Japão.
13 — B. Sante   de   Montebaroccio,  1ª Ordem.
14 — S. Maximiliano Maria Kolbe, 1ª Ordem.
15 — ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
16 — S. Roque de Montpellier, 3ª Ordem.
17 — B.Paula   Montaldi,  2ª Ordem.
18 — S. Beatriz  da  Silva, 2ª Ordem.
19 — S. Luís de Tolosa, 1ª Ordem.
20 — B. Francisco  Galvez, 1ª Ordem, mártir. 
21—  S. Pio X, 3ª Ordem. 
22 — B.Timóteo   de   Monticchio,  1ª Ordem.
23 — B. Bernardo de Offida, 1ª Ordem.
24 — B. Pedro da Assunção, 1ª Ordem, mártir.
25 — S. Luís, Rei da França, PATRONO DA TERCEIRA  ORDEM.
26 — B. João de Santa Marta, 1ª Ordem, mártir
27 — B. Ricardo de Santa Ana, 1ª Ordem, mártir 
28 — B. Vicente   Ramirez,  1ª Ordem, mártir.
29 — B. João de Perusa, 1ª Ordem, mártir.
30 — B. Pedro de Sassoferrato, 1ª Ordem, mártir 
31 — B. Pedro de Ávila, 1ª Ordem, mártir do Japão. 

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