domingo, 11 de dezembro de 2011

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HS. DO DIA 03/12/2011 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

  INFORMATIVO     Ano III  -  DEZEMBRO DE 2011 -    08

CONHECENDO A NOSSA IGREJA

LEGENDA DOS TRÊS COMPANHEIROS

CAPÍTULO XVI  - (continuação)

63. O bem-aventurado Francisco se propôs também pedir ao senhor papa Honório um dos cardeais da Igreja Romana que fosse como o papa de sua ordem, o senhor bispo de Óstia, ao qual os irmãos pudessem recorrer em suas necessidades. De fato o bem-aventurado Francisco tivera uma visão que pode tê-lo induzido a pedir um cardeal e colocar a ordem sob a proteção da Igreja Romana. Vira uma galinha pequena e preta com as pernas emplumadas, e as patas como as de uma pomba doméstica e tinha tantos pintinhos que não podia acolher a todos debaixo das asas, ficando muitos de fora em torno dela.
Acordando, pôs-se a pensar sobre o significado da visão, e logo, pelo Espírito Santo, reconheceu ser ele mesmo aquela galinha e disse: "Eu sou essa galinha, pequena de estatura e negra por natureza. Devo ser simples como uma pomba e, com as plumas das virtudes que me cumpre amar, voar ao céu. O Senhor, por sua misericórdia, deu-me e dar-me-á muitos filhos, que não poderei proteger só com minhas forças. Portanto, é neces­sário que os coloque debaixo da proteção da Santa Igreja, a fim de que os proteja e governe à sombra de suas asas".

64. Poucos anos depois desta visão, foi a Roma e visitou o senhor bispo de Óstia. Este ordenou-lhe que no dia seguin­te, bem cedo, fosse com ele à cúria, pois desejava que fizesse uma pregação diante do senhor papa e dos cardeais e lhes recomendasse, devota e afetuosamente, sua ordem.
Embora o bem-aventurado Francisco se escusasse, dizendo que era sim­ples e ignorante, teve que ir com ele à cúria.
Quando o bem-aventurado Francisco se apresentou diante do senhor papa e dos cardeais, foi acolhido por eles com grande alegria. Levantou-se e pregou-lhes como havia sido instruído unicamente por inspiração do Espírito Santo. Terminada a pre­gação, recomendou sua ordem ao senhor papa e a todos os cardeais. Eles ficaram muito edificados com as palavras de Francisco e começaram a amar com mais afeto sua ordem.

65. Em seguida disse o bem-aventurado  Francisco  ao Sumo Pontífice: “Senhor, compadeço-me de vós    pela  solicitude e trabalho contínuo com  que  deveis velar sobre a Igreja de Deus, e muito me envergonho que tenhais tanta preocupação e solicitude por nós, irmãos menores. De fato, enquanto muitos nobres e ricos e muitos religiosos não podem chegar a vós, grande deve ser o nosso receio e escrúpulo, pois que somos os mais pobres e desprezíveis entre todos os religiosos, já não digo por comparecer perante vós, mas por estar à vossa porta e ter a presunção de bater ao tabernáculo da fortaleza dos cristãos. Portanto, suplico humilde e de-votamente a Vossa Santidade que vos digneis conceder-nos o senhor bispo de Óstia como pai, para que os irmãos possam recorrer a ele no tempo de necessidade, salva sempre a dignidade de vossa autoridade".
Este pedido agradou ao senhor papa, que concedeu ao bem-aventurado Francisco o senhor bispo de Óstia como digníssimo protetor de sua ordem.

66. Este recebeu a ordem do senhor papa e logo pôs mãos à obra para defender os  irmãos,  escrevendo a muitos prelados que os haviam perseguido, a fim de que  daí  para frente não lhes fossem   adversos. Antes, dessem-lhes conselho e auxílio para pregar e morar em suas províncias, como a bons e santos religiosos aprovados pela autoridade da Sé Apostólica. Da mesma forma, muitos outros cardeais escreveram cartas com o mesmo objetivo.
No capítulo seguinte o bem-aventurado Francisco concedeu licença aos ministros para  receberem irmãos  à  ordem  e  enviou-os às  mencionadas províncias, levando cartas dos cardeais juntamente  com a regra confirmada pela bula apostólica. Vendo tudo isto e  conhecendo  os  testemunhos  dados  pelos  irmãos, os prelados liberalmente concederam-lhes morar e pregar em suas  províncias. Vendo seu modo de vida humilde e santa e ouvindo suas dulcíssimas palavras que comoviam e inflamavam as mentes ao amor de Deus e a fazer penitência, muitos procuraram e receberam o hábito de sua santa ordem, com fervor e humildade.

67. Ao ver o bem-aventurado Francisco a confiança e o amor que o senhor bispo de Óstia tinha para com os irmãos, amava-o afetuosamente com  todas as veias do coração. Sabendo por revelação de Deus que aquele seria o futuro Sumo Pontífice, nas cartas que lhe escrevia, chamava-o de Pai do mundo inteiro, nestes termos: “Ao venerável em Cristo, Pai do mundo inteiro...”
Pouco tempo depois, tendo morrido o senhor papa Honório III, o senhor bispo de Óstia foi eleito Sumo Pontífice com nome de Gregório IX, o qual até o fim da vida foi insigne benfeitor e defensor dos irmãos e dos outros religiosos, especialmente dos pobres de Cristo. Por isso justamente se crê que tenha sido acolhido entre os santos.

CAPÍTULO XVII

Da morte santíssima do bem-aventurado Fran- cisco e como ele, dois anos antes, havia recebido os estigmas de nosso ,Senhor Jesus Cristo

68. Vinte anos após, desde o momento  em  que  se  havia conformado perfeitissimamente a Cristo seguindo a vida e as pegadas dos apóstolos, o homem apostólico Francisco,  no ano da encarnação do Senhor 1226, dia 4 de outubro, domingo, voltou a Cristo, tendo conseguido, após muitos trabalhos, o eterno descanso, e apresentou-se dignamente diante do Senhor. Um de seus discípulos, famoso por santidade, viu sua alma subir diretamente ao céu como uma estrela do tamanho da lua, e quase tão brilhante como o sol. Elevava-se sobre muitas águas e tinha por baixo uma nuvenzinha branca.  
Havia de fato trabalhado muito na vinha do Senhor, solícito e fervoroso nas orações, nos jejuns, nas vigílias, nas pregações e nas salutares peregrinações, no trato e na compaixão dos irmãos, e no desprezo de si mesmo, desde o início de sua conversão até seu trânsito para o Cristo, a quem amara de todo o coração, tendo sempre presente sua memória, louvando-o com os lábios e glorificando-o com obras frutuosas. Amava tanto a Deus que, ouvindo falar seu nome, consumia-se todo em seu íntimo e clamava publicamente que o céu e a terra deviam inclinar-se ao nome do Senhor.

Continua no informativo – Ano III -            JANEIRO DE 2012  -    09

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE DEZEMBRO

1 — B. Antonio Bonfadini, 1ª Ordem
2 — B. Carlos de Blois, 3ª Ordem.
3 — S. Donino, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
4 — B. Pedro de Sena, 3ª Ordem.
5 — S. Hugolino,   mártir   de  Ceuta, 1ª Ordem                   
6 — S. Samuel, mártir de Ceuta, 1ª Ordem
7 — S. Maria José Rosselo, 3ª Ordem.
8 — IMACULADA CONCEIÇÃO
9 — B. João Romano, 3ª Ordem, mártir no
        Japão
10 — B. Engelberto Kolland, 1ª Ordem, mártir
11 — B. Hugolino Magalotti, 3ª Ordem.
13 — B. Conrado de Ofida, 1ª Ordem.
14 — B. Bártolo de S. Gimignano, 3ª Ordem.
15 — B. Maria   Francisca   Schervier, 3ª Ordem
          Regular
17 — B. João   de   Montecorvino, 1ª Ordem, culto
          ainda não aprovado
22 — S. Francisca Xavier Cabrini, 3ª Ordem.
23 — B. Nicolau Fatore, 1ª Ordem.
25 — SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE
          JESUS
26 — B. Bentivólio de Bonis, 1ª Ordem.
29 — B. Gerardo de Valença, 1ª Ordem
30 — B. Margarida Colona, 2ª Ordem

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