quarta-feira, 9 de abril de 2014

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE ABRIL DE 2014 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano V  -  ABRIL DE 2014 -  Nº  11

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SÃO  LUIS, REI  DE  FRANÇA

A FRANÇA E SEU REI

Luís governou deveras como um grande e garboso Rei.
Foi o mais suave, o mais belo e o mais cheio de vida, de seu tempo: uma constante  primavera, "une prairie en mai".
A vida era dedicada a todos, e as pro­víncias, unidas pelo mesmo devotamento à coroa, guardavam sua própria origina­lidade. Paris "bueissant" e instável era onde todos os artesãos se instalavam e fa­ziam as suas demonstrações. Dançavam "de roda" ao som da flauta e rabeca. Ali os jardins transbordantes de árvores lan­çavam seus galhos sobre os muros, para grande regozijo dos moleques, e, muitas vezes, dos fortuitos passantes.
Grandes e pequenos de França leva­vam sua vida mesclada de trabalho e di­vertimento. Sim, todo o esplendor desse século XIII, um dos maiores da história de França, era "uma verdadeira e cons­tante primavera". Esse jardim vivo e de­licioso, cheio de sombras sobre os seus muros, tinha bem no centro a mais bela flor, o lírio de França, o Rei Luís IX de nome, nosso são Luís.

O SORRISO DO REI

Há diversas histórias sobre o  sorriso  do Rei,
um sorriso, que o bom amigo Join­ville chamara de :"o sorriso malicioso do seu Rei!"

Uma vez por outra, o Rei convidava à sua mesa, com numerosa e nobre com­panhia, o insigne Tomás de Aquino, que seria um dia canonizado, um dos grandes espíritos de todos os tempos.
Tomás de Aquino era possante de corpo, de estatura alta, e de largos e bem pro­porcionados ombros.
Aquele bom e sábio religioso pertencen­te à Ordem dos Frades Pregadores, gos­taria bem mais de ter ficado à sua mesa de trabalho; fizeram-lhe, contudo, ver, que não seria nada cortês recusar o con­vite de um Rei.
Aceitou o convite. No meio das conver­sas, porém, dos outros convidados, pen­sando nos seus problemas, de repente, eis que ele, com o seu enorme punho, dá um valente soco na mesa e grita: "É isto que atrapalha os Maniqueístas."
Os Maniqueístas sustentavam uma dou­trina oposta àquela da Santa Igreja. Ora, ele havia encontrado um argumento deci­sivo contra os mesmos.
Imagine-se o susto, e o silêncio dos con­vidados com "tanta falta de cerimônia à mesa do Rei!"
Luís, entretanto, fez sinal a um de seus secretários e mandou-o anotar a feliz des­coberta de Frei Tomás, com receio que ela se perdesse.
Sua delicadeza e seu espírito haviam encontrado o gesto apropriado, mas, ali, do que estaria ele sorrindo mais: da distracão do pensador ou das "caras" dos distintos convidados?
Assim, belo, cortês, afável, angélico, sempre com o seu doce sorriso, ou com ambos, assim nos cabe imaginar Luís no seu aspecto exterior. Sob esse aspecto, em que também a alma se mostrava viva, sen­sível, delicada, servida por um espírito sábio, observador, prudente e, ao mesmo tempo, mostrava que seu coração se man­tinha sempre aberto para a bondade.
Tão maravilhosa é esta bela alma, que iluminou todo o reino, onde até os gran­des feitos parecem não ter outro motivo que o de pôr em relevo as virtudes de um Santo.
E a grande história se enriquece de um conjunto de pequeninas coisas, nas quais nada fica a desejar, senão conhecer bem e amar de coração o santo Rei.

O REI "PIEDOSO”

Branca de Castella pôde vangloriar-se de seus ensinamentos; o menino de então, que se ajoelhava humildemente, no meio dos Religiosos, e que com tanta perseve­rança e amor aprendera as Antífonas da Virgem, tornara-se o grande cristão o que ela havia predito no batismo dele. Ao longo de suas jornadas, o amor de Deus vigo­rava em seu coração. Isso percebia-se nos menores gestos.
Era belo, vê-lo ajoelhado por longo tem­po, rezando em seu oratório ou em pú­blico. Cada vez mais, afeiçoava-se aos ofícios divinos, e assistia, diariamente, a várias Missas. Seus biógrafos contam-nos, que ele passava longas horas em oração, jejuns e penitências, sem conhecimento de seus súditos.
Os Religiosos constantemente vinham consultá-lo sobre as passagens mais difí­ceis do Ofício da Virgem Maria. Seus filhos aprenderam com ele o ofício com­pleto, e Luís fê-los prometer que jamais deixariam de recitá-lo em todos os dias de suas vidas.

O REI JUSTO

O Rei de França tornou-se grande amante da justiça. Durante o seu reinado, a corte do Rei (cúria regis) constituiu-se em importante corte de justiça, tendo competentes auxiliares, e uma comissão jurídica atuando em períodos regulares. Estas comissões foram denominadas de Parlamentos.
Para Luís IX, seu parlamento tinha cunho todo especial, e mesmo diferente: todos tinham o direito à justiça, e ali tudo se processava como em família.
Era seguro, lúcido e firme. E decidia pessoalmente o que devia ser feito.
Porém, sempre humilde, pedia a seus conselheiros que o advertissem e não dei­xassem que ali fossem cometidas injustiças. Foi um rei admiravelmente conciencioso. O seu primeiro dever era: fazer reinar a justiça.
São Luís foi um patrono da arquitetura.
A Capela Santa, uma pérola arquitetônica, foi construída no seu reinado; e sob seu patrocínio foi fundado o "Colégio da Sorbona, que veio a ser a sede da grande Faculdade de Teologia da França.
Todos conhecem a bela imagem, tantas vezes reproduzida em telas: um grande e soberbo carva-lho, no parque do Castelo, com as florestas em volta, e a larga torre onde flutuava a bandeira com as flores de liz. O Rei ali estava muito singelamen­te vestido, e reclinado num grande tronco; dois de seus conselheiros junto dele, e em frente, aquele que vinha submeter a jul­gamento os seus processos. Todos fala­vam ao mesmo tempo, na ânsia de serem ouvidos e atendidos. Mas Luís se dirigiu mansamente a eles: "Acalmem-se, nós ou­viremos um após outro". E o rei escuta­va-os com toda aten-ção, e um de seus con­selheiros julgava a causa.
Se a sentença, porém, não lhe parecesse justa, ele próprio tomava a si o julga­mento.
E depois de ouvi-los a todos, voltava para o seu descanso e sua ceia da tarde.
Semelhante política sadia assegurou por algum tempo a tão preciosa paz para o seu reinado.

Continua no informativo – Ano IV -            MAIO DE 2013  -  Nº  12

                                                             .X.X.X.X.X.X.X.X.

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE ABRIL

1 — B. Gandolfo de Binasco, 1ª Ordem.
2 — B. Leopoldo de Gaiche, 1ª Ordem.
3 — B. João de Pena, 1ª Ordem.
4 — S. Benedito o Preto, 1ª Ordem.
5 — B. Maria Crescência Hoss, 3ª Ordem Regular     
6 — B. Guilherme de Sicli, 3ª Ordem.
7 — B. Maria  Assunta  Pallota,  3ª Ordem Regular
8 — B. Juliano   de   S.Agostinho,  1ª Ordem.5
9 — B. Tomás de Tolentino, 1ª Ordem
10 — B. Marcos Fantuzzi de Bolonha, 1ª Ordem.
11 — B. Angelo de Chivasso, 1ª Ordem.
12 — B. Filipe Tchang,  3ª Ordem, mártir da China.
13 — B. João de Taiku,  3ª Ordem,  mártir da China
14 — B. João Wang,  3ª Ordem, mártir da China
15 — S. Bento José Labre, Cordígero da  3ª Ordem
16 — ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA ORDEM FRANCISCANA
17 — S. Bernardette Soubirous, Cordígera da 3ª Ordem. III O.
18 — B. André Hibernon, 1ª Ordem.
19 — B. Conrado de Ascoli, 1ª Ordem.
20 — B. Maria  Amandina   do   S. Coração, 3ª Ordem Regular, mártir da China .
21 — S. Conrado de Parzham, 1ª Ordem.
22 — B. Francisco de Fabriano, 1ª Ordem.
23 — B. Gil de Assis, 1ª Ordem.
24 — S. Fiel de Sigmaringen, 1ª Ordem, mártir.
25 — B. Maria Adolfina Diericks, 3ª Ordem Regular, mártir da China.
26 — B. Maria de S. Justo, 3ª Ordem Regular, mártir da China.
27 — B. Tiago Ilírico de Biteto, 1ª Ordem.
28 — B. Luquésio de   Poggibonsi,  3ª Ordem.
29 — B. Bento de Urbino, 1ª Ordem.
30 — S. José   Bento   Cottolengo,  3ª Ordem

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