BOLETIM INFORMATIVO DE JANEIRO DE 2016
Campanha em sintonia com a Encíclica do Papa
1.
As Igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
(CONIC) assumem como missão expressar em gestos e ações o mandato evangélico da
unidade, que diz: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti;
que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste”
(Jo 17,21).
2.
O testemunho ecumênico coloca-se na contramão de todo tipo de competição e de proselitismo,
tão frequentes no nosso contexto religioso. É uma clara manifestação de que a
paz é possível. É um apelo dirigido a todas as pessoas religiosas e de boa
vontade para que contribuam com as suas capacidades para a promoção do diálogo,
da justiça, da paz e do cuidado com a criação. É, também, uma comprovação de
que Igrejas irmãs são capazes de repartir dons e recursos na sua missão.
3. A caminhada ecumênica realizada pelo CONIC
tem mais de três décadas. É uma trajetória marcada por fraternidade, confiança,
parceria e protagonismo. Dessa trajetória, podem ser
destacados como expressões concretas de comunhão fraterna as três Campanhas da
Fraternidade Ecumênicas, realizadas nos anos 2000, 2005 e 2010. Todas elas
marcaram profundamente a vida das Igrejas que nelas se envolveram.
4.
A motivação para essas Campanhas fundamentou-se na compreensão de que, no
centro da vivência ecumênica está a fé em Jesus Cristo. Isso se deu porque o
movimento ecumênico está marcado pela ação e pelo desafio de construir uma Casa
Comum (oikoumene) justa, sustentável e habitável para todos os seres vivos.
Essa luta é profética, pois questiona as estruturas que causam e legitimam
vários tipos de exclusão:
econômica, ambiental, social, racial, étnica. São discriminações que fragilizam
a dignidade de mulheres e homens.
5.
É exatamente isso que acontece quando, neste ano, a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) coloca outra vez à disposição do CONIC a Campanha da
Fraternidade, seu mais conhecido projeto de evangelização.
6. Com esse espírito, no ano 2000, na virada do
milênio e no contexto do Grande Jubileu, foi realizada a primeira Campanha da
Fraternidade Ecumênica com o tema “Dignidade Humana e Paz” e com o lema “Novo
Milênio sem Exclusões”. No ano de 2005, foi realizada a segunda Campanha da
Fraternidade Ecumênica. O tema foi “Solidariedade e Paz” e o lema: “Felizes os
que promovem a
paz”. A Campanha Ecumênica de 2010 provocou o debate sobre
o papel da economia na sociedade. O tema foi “Economia e vida” e foi aprofundado
com o lema bíblico “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24c).
7.
A Campanha da Fraternidade de 2016 apresenta o tema “Casa Comum, nossa
responsabilidade” e tem como lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e
correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). O objetivo principal é
assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e
empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que
garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.
8. Nesse tema e nesse lema, duas dimensões
básicas para a subsistência da vida são abarcadas a um só tempo: o cuidado com
a criação e a luta pela justiça, sobretudo dos país pobres e vulneráveis. Nessa
Campanha da Fraternidade Ecumênica, queremos instaurar processos de diálogo que
contribuam para a reflexão crítica dos modelos de desenvolvimento que têm
orientado a política e a economia. Faremos essa reflexão a partir de um
problema específico que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos,
que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país.
9. Perguntamos: como estão estruturadas as
nossas cidades? Quem realmente tem acesso ao saneamento básico? No ano de 2014,
o sudeste do Brasil viveu uma das maiores crises hídricas já registradas na
história recente
do país. Quem foi responsabilizado por isso? Por que os serviços de saneamento
básico, considerados como direito humano básico pela
Organização das Nações Unidas estão em disputa?
10.
Com essa CFE colocamo-nos em sintonia com o Conselho Mundial de Igrejas e
também com o Papa Francisco. Ambos têm chamado a atenção para o fato de que o
atual modelo de desenvolvimento está ameaçando a vida e o sustento de muitas
pessoas, em especial as mais pobres. É um modelo que destrói a biodiversidade.
A perspectiva ecumênica aponta para a necessidade de união das Igrejas diante
dessa questão. Nossa Casa Comum está sendo ameaçada. Não podemos, portanto,
ficar calados. Deus nos convoca para cuidar da sua criação. Promover a justiça
climática, assumir nossas responsabilidades pelo cuidado com a Casa Comum e
denunciar os pecados que ameaçam a vida no planeta é a missão confiada por Deus
a cada um e cada uma de nós.
11. É uma alegria compartilhar que nessa CFE,
além das cinco Igrejas que integram o CONIC, somaram forças também: a Aliança
de Batistas do Brasil, o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e
Educação Popular (CESEEP) e a Visão Mundial. Outra novidade é que a IV Campanha
da Fraternidade Ecumênica será internacional, porque a Misereor, organização
dos bispos católicos alemães para a cooperação e o desenvolvimento, integrou-se
nesse mutirão. Nossa oração e desejo é que mais
Igrejas e religiões entrem nessa caminhada.
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Missa lembra os três anos da
morte do Padre Quinha
No dia 18 de janeiro, a Diocese de
Petrópolis lembra os três anos da morte do Padre José Carlos Medeiros Nunes,
conhecido carinhosamente como Padre Quinha. Neste dia, na Paróquia São José de
Itaipava, às 19h30, será celebrado uma missa, quando será lançado o site – www.diocesepetropolis.org.br/padrequinha– com
objetivo de preservar sua história, sua obra social e espiritualidade, assim
como ser um espaço para que as pessoas possam contar a história vivida com
Padre Quinha e também as graças alcançadas por meio de sua intercessão.
A criação do site foi
autorizado pelo Bispo Diocesano, Dom Gregório Paixão, OSB, para que seja um
site oficial da Diocese sobre a história e as obras sociais e de
espiritualidade deixada pelo Padre Quinha. “Este é um espaço importante e
desejo que as pessoas possam contribuir, pois precisamos preservar a memória deste
sacerdote que deu visibilidade aqueles esquecidos pela sociedade”, comentou o
Bispo Diocesano.
Padre
Mario Coutinho, Pároco de Itaipava, e que foi colega de seminário e ordenação
sacerdotal do Padre Quinha, disse que a ideia do site é importante, frisando que
“é preciso preservar sua memória e sua história”. Ele lembrou ainda que um site
oficial criado pela Diocese evita a proliferação de outros sites e as pessoas
terão a oportunidade de conhecer sua história por um site oficial.
A
família do Padre Quinha, também considerou a iniciativa da Diocese importante e
isto em função dos muitos relatos que recebem de pessoas que receberam graças
por meio de sua intercessão. O Diácono Permanente, João Henrique Medeiros
Nunes, irmão do Padre Quinha manifestou sua alegria pela iniciativa da Diocese,
lembrando que ele tinha uma grande espiritualidade e que isto precisa ser
também preservado.
Além do site, a proposta é
que todo dia 18 de cada mês, em todas as 45 paróquias da Diocese de Petrópolis
seja celebrado uma missa, a oração do terço ou algum momento de oração na
intenção das obras sociais do Padre Quinha. Outra proposta é realizar um retiro
anual vivenciando a espiritualidade do padre, assim como a realização de dois
encontros anuais, chamado de Amigos do Padre Quinha.
CURSO
BÁSICO DO CARISMA FRANCISCANO
O
ENCONTRO COM OS MUÇULMANOS - III PARTE
Quando nosso Pai
Francisco decidiu ir ao Oriente Médio, destino certo das Cruzadas, ele tinha em
mente converter os pagãos (Muçulmanos) à fé cristã, mesmo correndo sérios
riscos de não voltar vivo. O ardor do amor de Francisco aos homens, fundado no
seu ainda maior amor a Cristo, não conhecia medidas. Ansiava pelo martírio
(testemunho) com a convicção sadia, alimentada por uma fé robusta, que o seu sacrifício
total seria o coroamento da opção feita de unir-se mais e mais ao “Amor que não
é amado.”
Tanto na Regra não
Bulada, como na Regra Bulada (novembro de 1223), ele orienta e anima aos frades
neste sentido. No capítulo 12 (último da Regra Bulada) Francisco diz: “Se
alguns dos irmãos (seus frades) por inspiração divina quiserem ir para o meio
dos sarracenos (turcos muçulmanos) e outros infiéis, peçam licença aos seus
ministros provinciais. Os ministros, porém, não concedam a ninguém a licença de
ir, a não ser aqueles que julgarem idôneos (preparados) para serem enviados.”
Esta disposição para
ir, pregar, converter e sofrer o martírio, Francisco passou para todos os
irmãos sem reserva alguma.
Um dos discípulos da
primeira geração dos frades menores, Santo Antonio de Pádua, foi o que mais
profundamente alcançou o sentido da caminhada franciscana. Santo Antonio tentou
várias vezes “ir aos infiéis”, mas sem êxito algum. Sofreu naufrágios e
privações sem medir esforços. Mas Deus assim não quis, tal como ocorreu com o
Seráfico Pai. Antonio Morreu doente em 1231, com 36 anos.
Na ladainha a Santo
Antonio, na 15ª invocação nós rezamos ou cantamos: “Santo Antonio, mártir
pelo desejo.” (em latim: Sancte
Antóni, martyr desidério).
No seu contato com os sarracenos durante quase
dois anos, Francisco aprendeu muito da religiosidade dos muçulmanos em geral.
Esteve com o Sultão do Egito, Malek-El-Kamel entre os meses de setembro a
dezembro de 1218. Não foi hostilizado, ao
contrário, o sultão o recebeu bem e deu-lhe proteção ao retornar para o
acampamento dos cruzados.
No Início de 1220,
Francisco se dirige a São João D’Acre (Acco) onde havia uma fortaleza dos
cruzados, e daí vai à Terra Santa. Entre março e setembro ele retorna a sua
pátria, a Itália.
Do longo contato com os
muçulmanos dentro dos seus domínios, Francisco descobre neles e na sua religião
exemplos belíssimos de fé em Deus, aliada à uma profunda piedade e reverência
com as coisas santas, em especial, aos restos envelhecidos de páginas do ALCORÃO
(o Livro Santo).
Francisco não se tornou
meio cristão e meio muçulmano; nada disso. Ele era um homem simples, mas esclarecido em abundância nas relações dos homens com Deus. Ele não se detinha
em momento algum para julgar e separar as ações de um cristão daquelas dos muçulmanos. Nada lhe era estranho quando via nos olhares destes ou daqueles
brilhar o encanto pelo ALTÍSSIMO.
Esta expressão
“ALTÍSSIMO”, Francisco aprendeu das orações dos muçulmanos, pois eles a usavam multiplamente louvando e glorificando ALÁ, O ALTÍSSIMO. Daí em diante ele, Francisco, passou a usá-la
nas suas preces, escritos e pregações.
Aprendamos, todos nós,
de nosso pai a respeitar, honrar e conhecer as outras pessoas, pois a
característica do franciscano e exatamente sempre voltar-se para o
“outro”. Fujamos dos “irmãos moscas”
que nos querem afastar do ideal franciscano de vida e fingem ser filhos de um pai que não conhecem, nem amam,
por não quererem nem conhecer nem amar na pessoa do mais próximo.
Finda aqui neste 3º
artigo o tema sobre “O Encontro com os Muçulmanos”.
PAZ
E BEM!
A
Formação
PASSATEMPO FRANCISCLARIANO
Caça-palavras
Leia com bastante atenção este trecho da
Carta a toda
Ordem, e procure pelas palavras sublinhadas no quadro ao lado.
26 Pasme o homem
todo, estremeça a terra inteira, rejubile o céu em altas vozes quando,
sobre o altar, estiver nas mãos do sacerdote o Cristo, Filho
de Deus vivo!
27 Ó grandeza
maravilhosa, ó admirável condescendência! Ó humildade sublime, ó
humilde sublimidade! O Senhor do universo, Deus e Filho de Deus, se humilha
a ponto de se esconder, para nosso bem, na modesta aparência do pão.
28 Vede,
Irmãos, que humildade a de Deus! Derramai ante Ele os vossos corações
(Sl 61,9)! Humilhai-vos para que Ele vos exalte (lPd 5,6)!
29 Portanto, nada de
vós retenhais para vós mesmos, para que totalmente vos receba
quem totalmente se vos dá!
“Senhor,
que queres que eu faça?”
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Encontre as 7
diferenças entre as figuras.
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VIVÊNCIA : Fazer
memória do nosso Batismo. Quando foi? Em qual Igreja? Lembrar de meus
padrinhos. E também dos meus afilhados.
LEIA:
Gênesis, capítulo 7. Trocaremos idéia sobre o que foi lido na próxima reunião.