sexta-feira, 11 de março de 2016

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE FEVEREIRO DE 2016

Entrar em Deus para sair de si


Transfigurar-se é entrar em Deus para sair de si. Esta é a lição que Jesus ensina no Evangelho deste 2º Domingo da Quaresma (Lc 9,28b-36). Não é à toa que o fenômeno ocorre justamente quando o Filho do Homem, no alto de uma montanha, encontra-se num momento de oração, em profunda intimidade com o Pai. É esta atitude de entrega confiante que confere a Jesus a força para sair de si, para ir ao encontro das pessoas, para apresentar a elas a ternura e o amor de Deus. É a partir desta postura que Jesus manifesta a glória de Deus, junta forças para enfrentar os ventos contrários, adquire coragem para vencer a morte injusta e humilhante à qual foi sujeitado. Assim também os seguidores de Cristo são chamados a proceder: colocar confiança total em Deus, a exemplo de Abraão (Cf. Gn 15,6). Esta fé generosa é que garante ao ser humano a firmeza para abandonar o próprio egoísmo e para se colocar generosamente a serviço de Deus e da humanidade, como agente de transformação da realidade. Outro ensinamento do episódio da Transfiguração é que o mergulho confiante em Deus nada tem a ver com uma atitude de autorreferencialidade e fechamento. Talvez  possa ter sido esta a tentação de São Pedro ao recomendar ao Mestre: “É bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias” (Lc 9,33). Pedro não havia compreendido ainda que, em Jesus, Deus não arma sua tenda num lugar à parte, entre poucos, mas o faz em meio à humanidade. Este é o retrato de Igreja sonhado e intuído por Jesus, apresentado com insistência pelo Papa Francisco: uma Igreja Mãe, serva, companheira, em saída, hospital de campanha que se instala nas periferias da existência para apresentar às pessoas o brilho da bondade e da ternura de Deus.
Extraído: http://www.franciscanos.org.br

Respostas às principais desculpas para não ir à Missa

“Só vou à Missa quando estou com vontade.
Às vezes falta disposição e é melhor ficar em casa”.


Acontece que a nossa vida não se move exclusivamente por sentimentos ou gostos pessoais. É preciso reconhecer que as pessoas só agem bem quando são movidas por convicções profundas e éticamente corretas. Observemos as coisas mais importantes que fazemos na vida. Não é verdade que muitas delas nós fazemos sem ter vontade, simplesmente por estarmos convencidos de que são importantes? Mal andaríamos se só fizéssemos as coisas quando tivéssemos vontade. Uns perderiam o emprego, outros não passariam de ano, outros perderiam aquela oportunidade única etc. Imaginemos uma banda na qual os músicos só tocam quando estão com vontade e disposição. Seria um fracasso total! Logo, para não fracassar a nossa vida de fé, não devemos ir à Missa só quando estamos com vontade, mas, pela importância deste encontro com Deus e com a comunidade, devemos ir sempre, porque somos cristãos e estes costumam se reunir aos domingos para um encontro com Deus.

OS ESCÂNDALOS NA IGREJA:

O próprio Jesus Cristo já havia nos prevenido que os escândalos seriam inevitáveis (Lc 17,1), e nos alertou que ninguém tem o direito de sair da Igreja por causa dos escandalosos, ou seja, do Joio (Mt 13, 24-30). São Paulo por sua vez nos diz que nós seremos julgados pelos nossos erros e pecados não pelos erros e pecados dos padres, dos outros (Rm 14, 12). O que você diria de um filho que se afastou ou deixou de frequentar a casa de seu pai porque tem alguns irmãos rebeldes? Cometeu grande injustiça! O que você diria de alguém que se afastou ou rejeitou Jesus Cristo e sua igreja por causa da traição de Judas? Agiu injustamente, semelhantemente assim faz todos aqueles (as) que se afastam da Igreja por causa das traições dos Padres. Ademais, o fato de haver Professores de matemática, português... Pedófilos, Homossexuais... Isto não invalida as verdades da ciência, semelhantemente, o fato de haver maus padres: pedófilos, homossexuais... Não invalida as verdades da Religião ou da Igreja. Os católicos só vivem uma vida de pecados quando desobedecem a igreja cf. CIC (Catecismo da Igreja Católica) Parágrafo 827.Nunca esqueça : “Quem quer ser bom só procura se espelhar nos bons exemplos, quem não quer ser bom só cita os maus para continuar como esta”.

Por que eu tenho de ir à missa no domingo?
 Para quem são essas linhas? Na Carta Apostólica Nova millennio ineunte, João Paulo II aponta as prioridades pastorais da Igreja para o início deste novo milênio. Entre elas está a Eucaristia dominical, “temos de insistir (...) chamou a atenção especial a dar prioridade à Eucaristia dominical e ao próprio domingo, como um dia especial da fé, o dia do Senhor ressuscitado e do dom do Espírito, verdadeira Páscoa da semana “(n. 35)”“. Espero que você faça parte desta categoria de católico. 
A de católico que vai à missa e, seguindo o apelo do Papa, ele quer ajudar as pessoas a sentir novamente a necessidade dessa prática como essencial para a vida cristã. Estas linhas quer trazer-lhe algumas ideias que pretende ajudá-lo nesta tarefa. Pré-aviso: Para este artigo terá que pensar e tentar vivenciar, não basta apenas lê-lo.
As razões básicas para a Missa.
 É deitado no chão, sofá, rede ou sentado na cadeira em casa ou em um bar... Curtindo uma preguiça, um som, um esporte, uma cerveja... que quase sempre começam a perder a missa no domingo em resposta a uma atitude extravagante, que é muito difícil de refutar, precisamente por sua falta de racionalidade, aqui você tem alguns pensamentos sobre o preceito dominical e importância da Missa em sua vida. Ele foi escrito para pessoas de fé.

 1. Primeiramente devemos considerar que devemos ir à missa, primeiro, para dar, não receber. Não devemos ir por motivos egoístas ou comercial, espécie  de troca com Deus, minha atenção e dedicação de tempo em troca de certos valores, produtos, seja espiritual ou material, temporal ou eterno ... quem se importa ... é o mesmo. Esta raiz do primeiro ponto desvaloriza todos os motivos para não ir com base em uma linha de pensamento egoísta: eu estou aborrecido, eu não sinto nada, não tenho tempo, não tenho vontade, estou cansado, etc.
2. Porque Deus é o Criador e você deve gastar algum tempo semanal para Ele, é a manifestação da vida centrada em Deus e na salvação: viver o ano centralizado na semana da Páscoa, no domingo, Não importa o quão entediado você esteja o seu Criador providenciou um dia da semana é-lhe: "Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo, Deus te concede Seis dias por semana para fazer todo seu trabalho, Mas o sétimo dia é o sábado santo, porque dedicado e consagrado ao Senhor. vosso Deus “(Êxodo 20,8-10)”. É certo e justo que tenhamos o dever de lhe obedecer. Faltando à missa seria uma desobediência clara e frontal (é como dizer a Deus "Eu não quero dar o meu tempo" para Deus, para ouvir a sua palavra, para lhe agradecer, para lhe adorar...). E apesar da sua desobediência... Deus merece e tem o direito à nossa obediência, temos como criaturas, servos e filhos(as) o direito de obedecer a Deus nosso Criador, Senhor, Soberano e Pai Celeste. Seria você como uma simples criatura, servo, filho(a) Superior e mais Importante do que Deus: seu Criador, Senhor, Soberano e Pai Celeste? Infelizmente é o que queres dizer com a sua Desobediência, ingratidão e Desamor!! Você acreditaria no amor de um filho, que apesar de dizer que te ama, mesmo podendo, não frequentasse a sua casa, que a frequentasse somente nas festas sociais da família ou a frequentasse  raramente(de anos em anos)?

 3. Porque, como um membro da família de Deus, adorar a Deus segundo a sua natureza, juntamente com seus irmãos. Isto requer que a adoração a Deus não está apenas dentro (de seu coração) mas também no exterior (para que outros possam ver a sua fé) e comunidade (para adorar junto com seus irmãos). Isso significa que você encontrar-se com outros para adorar a Deus juntos. Além de seus gostos pessoais, você assiste a missa não para si mesmo (porque você gosta), mas para mostrar a sua reverência ao Todo-Poderoso em comunhão com os outros filhos(as) de Deus e por conseguinte, seus irmãos(ãs). Nosso relacionamento com Deus tem uma dimensão comunitária. Não é o suficiente orar sozinho, sem família, você precisa fazer junto com nossos irmãos na fé. Neste sentido, é um ato de comunhão com nossos irmãos na fé, para compartilhar os frutos e as graças mais importantes da nossa fé que são: a Eucaristia, isto é, o próprio Cristo, a palavra de Deus proclamada e explicada, e a oração litúrgica (de toda Igreja). Neste sentido faltar à missa seria um desprezo de teus irmãos, e uma falta de unidade. É como se estivesse dizendo que a sua oração individual (sozinha) é mais agradável ao criador, é mais eficaz, poderosa... Diante do pai celeste do quer a de todos os filhos (as) de Deus juntos. O que se constituí em grande presunção e orgulho!
 
Livro pesquisado: A Missa me dá tédio de Javier M. Suescun. Paulus. Obs: com alguns suplementos do catequista Aquino


CURSO BÁSICO DO CARISMA FRANCISCANO
(APÊNDICE)1ª PARTE
O ROSÁRIO DO PADRE SERRA (FREI JUNÍPERO SERRA,OFM 1713-1784

Frei Junípero Serra,ofm nasceu em 1713 na Ilha de Maiorca, Espanha. Não era o tipo de homem que se escolheria para líder ou pioneiro. Homem de estudo, doutor em teologia e professor de filosofia, era frágil e sofria de bronquite. Recebera um ferimento na perna que tornara um suplício às caminhadas, mas ainda assim percorreu milhares de quilômetros a pé, calçado de sandálias, no exercício do seu apostolado. Calejou-se dormindo na terra dura, e alimentando-se de raízes e de sementes. Enquanto soldados e índios combatiam e se matavam, Padre Junípero passava ileso entre os “gentios”, seus “filhos pagãos”, como lhes chamava. Em 1768, aos 55 anos, resolvera ligar a sua vida para sempre ao continente americano distante e selvagem.
Nesta época, todo o México e o atual estado americano da Califórnia (Estados Unidos) pertenciam à coroa da Espanha. Era chamada de Nova Espanha.
A 16 de julho de 1769, Frei Junípero celebrou a sua primeira missa ao pé de uma cruz fincada diante da linda baia que hoje tem o nome de San Diego (São Diogo: santo franciscano do século XIV, frade leigo e cozinheiro).  Por onde passava deixava sempre um nome ligado à sua ordem. Na mesma ocasião, fundou ali, a primeira das conhecidas Missões da Califórnia, ou “ o Rosário do Padre Serra” como costumam ser chamadas em memória do seu fundador. O pequeno grupo ali presente – outros franciscanos, uns poucos soldados espanhóis e alguns índios da Baixa Califórnia – não assistia apenas o começo de uma grande obra missionária. Aqueles homens presenciavam a FUNDAÇÃO DA PRÓPRIA CALIFÓRNIA, que há duzentos anos vinha sendo desprezada por ser inteiramente inacessível.
Melhor mesmo, talvez, que o comandante militar da expedição, Gaspar de Portolá, Frei Serra previu as conseqüências futuras da nova colônia. Ali, naquele deserto ensolarado (Califórnia quer dizer “forno quente”), entre índios hostis, enquanto os homens morriam de escorbuto (infecção das gengivas devido à falta de vitamina C) o missionário ousou sonhar com uma terra coberta de hortas e pomares, e povoada por cristãos fervorosos e pacatos.
E quando o rei Carlos III de Espanha mandou o General Portolá defender a Alta Califórnia, não foi tanto para salvar os pagãos, como para deter o avanço dos eslavos (russos), que se ia estendendo naquela direção pela costa do Pacífico, desde o Alasca, que naquela época era propriedade da Rússia, mais tarde vendido ao recém criado Estados Unidos e separado dele pelo Canadá. A coroa de Espanha reconheceu, porém, o valor dos missionários franciscanos na obra de pacificação dos índios; e tencionava com o tempo “secularizar” os peles-vermelhas catequizados, sujeitando-os às leis civis. Mas para o honrado Padre Serra toda aquela terra nova pertencia aos índios. Até os prédios das missões deveriam ser deles; o gado, as lavouras e todos os produtos da organização missionária ficariam na custódia dos franciscanos, que nada possuíam eles mesmos, dos bens deste mundo.
Ao fim de um ano, Padre Junípero já fundara outra missão, quase 800 quilômetros mais adiante, em pleno descampado, à beira da baia de Monterrey: A Missão Carmelita de São Carlos Barromeu. No ano seguinte, em um vale coberto de carvalhos, entre os montes de Santa Lúcia, ardendo ao calor do verão, o destemido Padre Serra pendurou seu sino a um galho de árvore e o fez soar no meio do silêncio hostil: “Vinde pagãos”, proclamava, “Vinde à Santa Igreja: vinde receber a fé de Jesus Cristo”.

                                   (Continua no próximo mês)
  


“Sempre em frente e nunca para trás”.F.Junípero Serra.

Paz e Bem!        A formação.







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