FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15
horas na Igreja
do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VIII SETEMBRO DE 2016 - Nº 03
SANTA CLARA DE ASSIS
Frei Hugo
D. Baggio,OFM
A VITÓRIA DE INÊS – (continuação )
O furor de Monaldo tocou os extremos. Desta vez não se deixaria burlar. Escolheu doze homens de armas, que se distinguiam
pela violência e ferocidade, e com eles marchou para o convento que abrigava
as duas irmãs, disposto a trazer Inês ainda que morta.
Ao chamado do tio, apresentou-se Inês à porta do mosteiro e foi recebida com insultos e ameaças. Inês
toda trémula agarrou-se à irmã, suplicando:
— Não
consintas que me separem de ti.
— Nada temas, o Senhor estará ao nosso lado.
Mas Monaldo não estava
para palavras. Lançou-se sobre Inês e arrastou-a à força. Logo vieram-lhe em
auxílio os cavaleiros. Agarraram a pobre vítima, ora pelos cabelos, ora pelos
vestidos, arrastando-a brutalmente pelo chão que se ia salpicando com sangue,
com madeixas de cabelos e pedaços do seu vestido. Monaldo dava ordens irritado:
— Vamos depressa. Não tereis forças para carregar uma
criança? Que braços são os vossos? São braços de guerreiros ou de damas
de salão?
Clara, não podendo suportar o horrível espetáculo, correu para o altar, onde se
prostrou, pedindo
a Deus forças para a sua desprotegida irmãzinha. E Inês sempre a gritar por
sua irmã Clara.
Atraídos pelo barulho
e pelos gritos, aproximaram-se cautelosamente alguns camponeses e ficaram
indignados ante tamanha crueldade, mas nada podiam fazer contra a fúria armada
daquele bando.
Depois de arrastar a jovem por algum trecho do
caminho, começaram os cavaleiros a
praguejar:
— Com mil
demônios! Não há geito de levantar esta menina, tão pesada está.
— Está tão
pesada que nem rochedo.
Parece pregada ao solo.
E um dos camponeses para troçar do bando arriscou-se a falar timidamente.
— Talvez tenha
engolido chumbo...
Monaldo quis resolver a situação. Agarrou brutalmente o corpo, mas não conseguiu removê-lo. Então
ergueu indignado a mão e quis ferir mortalmente a menina. Mas... no mesmo
instante soltou um grito de dor e viu-se com o braço paralisado.
Aos cavaleiros armados só restou uma saída: rumarem derrotados para o castelo. Tinham sido vencidos
por uma criança de 15 anos.
Clara correu junto da irmã e abraçadas voltaram aos pés do Crucifixo da primeira vitória.
O CONVENT1NHO DE SÃO DAMIAO
Em meio caminho, entre a cidade de Assis e a
capela de Nossa Senhora dos Anjos, a Porciúncula, ergue-se outra capelinha, dedicada a São
Damião. Abandonada e descuidada, estava se desfazendo
em ruínas, quando as mãos caridosas de Francisco lhe vieram em socorro.
Com auxílio de pedras
esmoladas, pôs-se Francisco a reerguer os muros da capela. Enquanto manejava a
trolha e unia as pedras
pela argamassa, cantava profeticamente:
— Vinde,
vinde, ajudai-me a terminar. Em breve aqui florirá um mosteiro de damas pobres
que com sua vida santa e sua fama darão glória ao Pai do Céu e a toda a
Cristandade.
Tudo era muito pobre e, por isso, bem ao gosto de
Francisco. Paredes nuas e sem pintura, faltavam vitrais, os bancos
extremamente toscos, mas o ambiente era íntimo e
recolhido, destilando paz e sossêgo.
O conventinho era cercado por ciprestes, onde o
silêncio dominava, interrompido apenas pelo zunir
do vento e pelo canto dos passarinhos ou zumbido das abelhas na sua faina de
recolher o mel.
Um dia, a lamparina da capela tornou a acender-se
e novamente o murmúrio das preces difundiu-se no seu interior. E' que soror Clara, sua irmã Inês e
algumas donzelas de Assis tinham tomado posse do conventinho ao lado da
capela.
O
convento era tão pobre quanto a capela: paredes nuas e frias, aposentos
acanhados, onde o vento penetrava com silvos agudos e frios. Um refeitório
baixo e pequeno, com bancos e mesas muito simples e primitivos. No quarto de
dormir, o único adorno era o crucifixo e o único móvel umas tábuas cobertas com
um pouco de palha, para descansarem algumas horas por noite. Um pequeno
jardinzinho, que pelas mãos delicadas das suas novas proprietárias dariam
lírios e rosas.
Uma
campainha de som alegre pautava com seus sinais as atividades das damianitas.
Dividiam seu dia em trabalhos e oração e viviam daquilo que a caridade lhes
oferecia. Mas suas exigências não iam além de um pedaço de pão e um gole de
água pura.
Tudo
podia faltar materialmente dentro daquelas paredes austeras, mas abundava a
felicidade. Esse punhado de jovens que louvava a Deus pela prece e pelo sacrifício da sua
juventude, sem nada ter nem desejar, havia descoberto o ninho da felicidade:
ela morava dentro das paredes desnudas do conventinho de São Damião.
Aqui
se santificariam muitas almas e daqui partiriam, como uma revoada, as
fundadoras dos outros mosteiros que perpetuam pelo mundo afora o ideal de
Clara de Assis.
Continua no informativo – Ano VIII - OUTUBRO DE 2016 -
Nº 04
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE SETEMBRO
1 — B. João
Francisco Burté, 1ª Ordem, mártir
2 —
B. Severino Jorge Girault,3ª Ordem, Mártir
3 — B. Apolinário de Posat, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Rosa de Viterbo, 3ª Ordem.
5 — B. Gentil
de Matelica, 1ª Ordem, mártir.
6 — B. Liberato de Loro
Piceno, 1ª Ordem.
7 — B. Peregrino de Falerone, 1ª Ordem.
8 — B. Serafina Sforza, 2ª Ordem.
9 — B. Jerônimo Torres,1ª Ordem, mártir no Japão.
10 — B. Apolinário
Franco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
11 — B. Boaventura de
Barcelona, 1ª Ordem.
12 — B. Francisco de Calderola, 1ª Ordem.
13 — B. Gabriel da Madalena, 1 ª Ordem, mártir no Japão.
14 — B. Ludovico
Sasanda, 1ª Ordem, mártir no Japão.
15 — B. Antonio de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
16 — B. Antonio de S.Francisco, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
17 — ESTIGMAS DE S. FRANCISCO DE ASSIS (1224)
18 — S. José de Cupertino, 1ª Ordem.
19 — B. Francisco de Santa Maria, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
20 — S. Francisco Maria de Camporosso,1ª Ordem
21 — B. Delfina de
Glandeves, 3ª Ordem.
22 — B. Inácio de Santhiá, 1ª Ordem.
23 — BB. Francisco
Hubyoe, Caio liyemon
Liyemon,
Tomás linemon, Leão Satzuma
e Luís Matzuo, 3ª Ordem, mártires no Japão.
24 — S. Pacífico de S. Severino, 1ª Ordem.
25 — B. Lúcia
de Caltagirone, 3ª Ordem.
26 — S. Elzeário de Sabran, 3ª Ordem.
27 — B. Luís Guanela, 3ª Ordem.
28 — B. Bernardino de Feltro, 1ª Ordem.
29 — B. João Dukla, 1ª Ordem.
30 — B. Félix Meda de
Milão, 2ª Ordem
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