BOLETIM INFORMATIVO DE ABRIL DE 2017
V. O CARÁTER CELEBRATIVO DO CAPÍTULO
1. Francisco e os
Capítulos
Para São Francisco os capítulos tinham uma importância
muito grande na vida dos frades. Eram reuniões de irmãos em nome do Senhor.
Constituíam verdadeiras celebrações da vida em Fraternidade animada pelo
Espírito Santo.
Na Regra não bulada Francisco pede que os frades se reunam em
capítulo para tratarem das coisas que se referem a Deus (Cap. 18). Segundo
Santa Clara, o capítulo serve para que todas as irmãs sejam consultadas a
respeito de tudo o que é útil e bom para o convento; pois muitas vezes o Senhor
revela, justamente aos menores, o que é melhor (cf. Regra, Cap. 4, 16).
Se consultarmos os Escritos de São Francisco e as suas biografias, percebemos
que o capítulo era um encontro dos irmãos em diversos níveis, onde se tratava
da vida espiritual dos irmãos.
Poderíamos apontar alguns elementos: a proclamação da
palavra de Deus; a pregação; exortações e admoestações para uma melhor vivência
da Regra; promulgação de leis; eleições dos ministros; partilha; revisão de
vida e confissão das próprias culpas; oração em comum; confraternização; envio
de missionários; conforto mútuo, e assim por diante.
2. As
Fraternidades hoje e os Capítulos
Também as nossas Fraternidades hoje têm dois tipos de
encontros. São as simples reuniões de cultivo fraterno, onde deveria haver
sempre o momento de aprofundamento na forma de vida a partir do Evangelho, um momento
de oração como resposta à palavra de Deus e um momento de confraternização.
Depois, temos as
assembleias ou capítulos, sejam eles eletivos ou
não. O capítulo distingue-se pela participação de todos na busca do bem-estar da Fraternidade. São reuniões,
onde todos os irmãos e irmãs são chamados a se manifestarem, deliberando,
decidindo, sugerindo ou votando.
Nossas
fraternidades possuem uma organização piramidal. A
primeira instância de sua organização e governo está na própria Fraternidade.
Temos primeiramente o capítulo ou assembleia, depois, o Conselho e, finalmente,
o Ministro. A Fraternidade toda deveria ser frequentemente convocada para
deliberar sobre o planejamento da formação, sobre a dinâmica das reuniões, para
analisar o desempenho do governo da Fraternidade, para ajudar na formação dos
irmãos e irmãs, para deliberar sobre o apostolado e a vida em fraternidade. E,
oportunamente, para as eleições.
3. O caráter celebrativo do capítulo
Os capítulos da Fraternidade não constituem uma
assembleia qualquer de âmbito civil ou profano. O capítulo constitui uma
celebração. E "celebrar é tornar presente".
Tornar presente o
quê?
Primeiramente, a
assembleia capitular torna presente o próprio Cristo:
Jesus Cristo que ensina, Jesus Cristo que serve, Jesus Cristo que reza. O
capítulo reúne-se em nome do Senhor. O Senhor torna-se presente na própria
Fraternidade.
Além disso, a assembleia capitular evoca a Igreja e a
torna presente. Constitui a Igreja reunida na fé, na esperança e na caridade. É Jesus
Cristo presente, onde se encontram duas ou mais pessoas em seu nome.
Por isso, os
elementos de um capítulo são: a proclamação da
Palavra de Deus, que ilumina os temas a serem deliberados; a oração; a busca do
que é melhor para a vida da Fraternidade.
O capítulo será celebrado sempre numa atitude de
conversão, pois busca-se maior perfeição da vivência da Regra em Fraternidade.
No capítulo devem ser excluídos os interesses pessoais, a luta pelo poder. Tudo
será feito, a exemplo de Jesus Cristo, em espírito de serviço.
Livro: A
Vida em Fraternidade
Eucaristia
É fonte e ápice de toda a vida cristã. Na Eucaristia, atingem o seu clímax
a ação santificante de Deus para conosco e o nosso culto para com Ele. Ele
encerra todo o bem espiritual da Igreja: o mesmo Cristo, nossa Páscoa. A
comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são expressas e realizadas
pela Eucaristia. Mediante a celebração eucarística, já nos unimos à liturgia do
Céu e antecipamos a vida eterna.
A força
da cruz
A cruz é poderosa e tem força de
vitória. Sim, nela, temos salvação e vida. Quem nela permanecer terá a vida do
Evangelho, a vida de Cristo neste mundo e, a vida eterna. A cruz tem, dá, traz
e oferece a vida de Cristo. Quem vive dela, quem vive o mistério da cruz, terá
sua vida revestida de Cristo, por dentro e por fora. Estes somos nós, os batizados,
como afirma São Paulo: “pois todos vocês, que foram batizados em Cristo, se
revestiram de Cristo” (Gl 3,27).
Muitas pessoas gostam de levar
uma cruz, pendurada no pescoço; outros a têm em casa, nos seus espaços de vida.
Óbvio, não deve ser só mais um pendurico. Deve ser, isto sim, sinal da vida de
Cristo abraçada; deve ser sinal do mergulho na vida ressuscitada de Cristo.
A cruz dá conforto, segurança, proteção, força,
companhia – ela é companheira de vida. Mas, o que é a cruz? Quem é, quando
falamos em “força da cruz”? É Aquele que padeceu a morte na cruz, por amor a
nós, em Sua obediência ao Pai; é Aquele que se entregou por nós e que
ressuscitou dos mortos, vencendo a morte, matando a morte, na Sua morte. Cruz
é, ainda, a vida entregue de Cristo. É o símbolo do próprio Cristo, “que
se humilhou por nós, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl
2,8). É, por isso, toda a vida de Jesus Cristo, vida entregue, vida
ressuscitada e exaltada pelo Pai (Fl 2,9). Aquele que morreu na cruz destruiu a nossa morte e, ressurgindo,
restaurou a nossa vida (SC 5). Ela é o patíbulo donde pendeu a salvação
do mundo. É mistério, é o jeito de Deus ser, é a força de Deus, que aos
nossos olhos é fraqueza (2Cor 12,10).
Quando a Cruz é força? O Autor
sagrado da carta aos Hebreus nos ajuda: “Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a
ser obediente através de seus sofrimentos. E tornou-se a fonte de salvação
eterna para todos que lhe obedecem” (Hb 5,8-9). Então, ela é força na sua
vida, se e quando você obedece ao Filho de Deus. Vivendo no seguimento do
Senhor Jesus, fazendo o que Ele diz, buscando ser como Ele, trazendo dentro os
Seus sentimentos e pensamentos, você escolhe a cruz como sua força e
companheira de vida, você escolhe deixar que a cruz de Cristo salve você. Ela não
é algo mágico. É a vida doada de Cristo – em perfeita obediência ao Pai –, que
pede para fazer a mesma coisa (Lc 22, 42)
Extraido
de: formacao.cancaonova.com/igreja/catequese
Deus busca
verdadeiros adoradores
“Mas vem a hora, e já chegou, em que
os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são
esses adoradores que o Pai deseja.” (Jo 4,23)
Durante a vida na terra, Jesus enfatizou a
adoração a Deus vivo, seja na sinagoga ou na encosta da montanha. Quantas e
quantas vezes o Senhor ia se encontrar com Seu Pai, em oração, no silêncio?
Devemos buscar a adoração para
crescer na intimidade com Deus. Os
verdadeiros adoradores são aqueles que adoram o Pai “em espírito e em verdade”.
Muita gente acha que adorar é
só cantar, ou rezar os salmos… mas vai muito além disso, é mais profundo do que
isso. É um encontro único com o Todo poderoso. Quando amamos verdadeiramente,
não nos afastamos de jeito nenhum da pessoa amada. Assim também temos que fazer
com o Pai, que nos ama de forma única. Nossa Senhora é um grande exemplo de
adoradora; ela disse: “Eis aqui a serva do Senhor!”.
A adoração causa um
efeito de transformação pessoal em nós. É impossível permanecer prostrado em
adoração diante de Jesus Eucarístico e ficar a mesma pessoa.
http://blog.cancaonova.com/seguidoresdocaminho/2010/12/02/deus-busca-verdadeiros-adoradores/
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