quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HS DO DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2013 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano V  -  DEZEMBRO DE 2013 -  Nº  07

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA  ISABEL  DE  HUNGRIA

Continuação

UM AVISO

Era o ano de 1231. Uma noite, como Isabel estivesse deitada, meio dormindo, meio rezando, Cristo lhe apareceu cerca­do de uma luz deliciosa, e lhe disse em voz muito suave: "Vem, serva minha, chegou o tempo em que te serão recom­pensados os trabalhos, a pobreza, a misé­ria que tomaste sobre ti, por meu amor. Vem, minha terna amiga, minha esposa escolhida, vem comigo para o Taberná­culo que meu Pai te há preparado desde toda a eternidade”.
Apenas despertou, tratou logo de "em­preender os preparativos para a feliz via­gem; dispôs tudo para o seu funeral e enterro; foi pela última vez, visitar todos os seus enfermos, abençoou-os e repartiu entre eles e suas servas tudo que lhe restava.
 O anúncio de sua morte causou-lhe grande satisfação. Vigiara e orara, havia anos, esperando com ânsia que viesse o Senhor bater-lhe a porta.
E poucos dias após, foi minada por uma febre ardente, mas conservou-se sempre satisfeita e alegre, constantemente ocupa­da em orar.
Conta um antigo historiador, que o seu Anjo da Guarda, na voz de um passari­nho, veio anunciar-lhe a eterna alegria: Revelara-lhe que em três dias morreria.

No domingo seguinte, depois das mati­nas, Isabel confessou-se com o Mestre Conrado, e este, acabada a confissão, per­guntou-lhe quais eram as suas últimas vontades acerca dos bens e dos móveis que lhe pertenciam.
— "Bem sabeis, que renuncei a tudo, e antes de mais nada, à minha vontade. Se vós houvésseis permitido, teria já renun­ciado a tudo e vivido numa cela com a ração necessária que os pobres recebem. Distribuí, pois, entre eles tudo o que deixo, exceto este vestido velho e usado,  com o qual quero ser enterrada. Portanto não faço testamento: não tenho outro herdeiro senão Jesus Cristo"!
A única disposição que fez acerca de suas exéquias, foi para ser sepultada na igreja dos franciscanos, por ela fundada.
Desejava que seu corpo, depois da mor­te, descansasse no lugar onde ultima­mente tinha vivido e trabalhado.

A RECOMPENSA

Chegou a hora em que devia abrir-se a cortina que separava ainda da glória in­finita de Deus e do céu, esta alma santa e amiga do Senhor.
A cortina, porém, que existe entre nós e a eternidade, é o tecido do corpo.
Perto da meia-noite, o rosto de Isabel tornou-se de um tal modo resplandecen­te, que mal se podia encarar. Era como se já se cumprisse nela a palavra da Sagra­da Escritura: "Os Santos no reino de meu Pai resplandecerão como o sol".
— "Eis aqui a hora, disse Isabel, em que a Virgem Maria deu à luz. Oh Ma­ria! vinde em meu auxílio. Aproxima-se o momento em que Deus chama sua amiga para as núpcias. Vem o esposo buscar a esposa. Desprezei o reino do mundo pelo amor de Jesus Cristo, meu Senhor, a quem via e amava, em quem acreditava".
Em seguida, pediu silêncio baixou a cabeça, caindo como num doce sono, e rendeu o seu último suspiro.
O seu corpo foi transportado pelos Re­ligiosos Franciscanos para a humilde ca­pela do hospício de S. Francisco, a mesma capela onde Isabel costumava orar.
Na noite precedente, enquanto canta­vam as vésperas dos defuntos, a abadessa de um mosteiro distante, que viera tomar parte na cerimônia fúnebre, ouviu fora, um canto de extraordinária harmonia.
Então viu, sobre o telhado da Igreja, um número infinito de passarinhos até então nunca vistos na Thuringia, os quais cantavam com modulações tão suaves e variadas, que todos os assistentes, fica­ram cheios de admiração.
Dir-se-ía quererem celebrar, a seu modo, as gloriosas exéquias.
Eram os Anjos enviados por Deus, di­ziam alguns, a fim de convidar para o céu a alma de Isabel, e que agora desciam de novo para honrar-lhe o corpo com cân­ticos de celeste alegria.

MILAGRES

As exéquias foram celebradas com a maior solenidade. Talvez ninguém se lem­brasse de orar pelo descanso eterno de Sta. Isabel, pois quem a viu ou tão somente ouvira nela falar, ficara convencido da bemaventurança que sua alma gozava.
Todos elevavam ao céu expressões de fervorosa devoção, implorando a própria Isabel, que intercedesse por eles e conti­nuasse assim, no céu, a obra de misericór­dia e amor aos pobres, que começara aqui na terra.
Grandes milagres deram-se sobre o túmulo de Sta. Isabel. Míseros atacados de graves doenças, surdos, leprosos, para­líticos, e tantos outros infelizes, que vi­nham implorar generosidade, voltavam inteiramente curados.
Almas aflitas e oprimidas pelo jugo do pecado, homens dominados pelas próprias fraquezas e orgulho, pelo ódio e avareza, regressavam arrependidos e convertidos, passando a viver uma vida de mais amor e perdão ao próximo.
Conrado, que tomara parte na infame expulsão de sua cunhada viúva, a duqueza Isabel, do castelo de Wartburgo, foi tam­bém regenerado e convertido. Mostrando-se inteiramente transformado, no ano de 1237, após tomar o hábito da Ordem Teutônica, na Igreja do Hospício, fundada por Sta. Isabel, foi eleito superior da Ordem. Distinguiu-se por sua grande piedade e ilimitada caridade.
Foi este conde Conrado que se dedicou à divulgação da devoção e à canonização de sua cunhada, com o mesmo zelo com que se empenhara o finado mestre Con­rado, confessor e amigo leal de Sta. Isabel.
Por ocasião de sua romaria a Roma, o conde Conrado nas suas conversações que teve com o soberano Pontíficie, falou-lhe a respeito da grande santidade de Isabel, e pediu-lhe com instância, que a canoni­zasse.

Continua no informativo – Ano IV -            JANEIRO DE 2014  -  Nº  08

.X.X.X.X.X.X.X.X. 

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE DEZEMBRO
1 — B. Antonio Bonfadini, 1ª Ordem
2 — B. Carlos de Blois, 3ª Ordem.
3 — S. Donino, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
4 — B. Pedro de Sena, 3ª Ordem.
5 — S. Hugolino,   mártir   de  Ceuta, 1ª Ordem                  
6 — S. Samuel, mártir de Ceuta, 1ª Ordem
7 — S. Maria José Rosselo, 3ª Ordem.
8 — IMACULADA CONCEIÇÃO
9 — B. João Romano, 3ª Ordem, mártir no Japão
10 — B. Engelberto Kolland, 1ª Ordem, mártir
11 — B. Hugolino Magalotti, 3ª Ordem.
13 — B. Conrado de Ofida, 1ª Ordem.
14 — B. Bártolo de S. Gimignano, 3ª Ordem.
15 — B. Maria   Francisca   Schervier, 3ª Ordem Regular
17 — B. João   de   Montecorvino, 1ª Ordem, culto ainda não aprovado
22 — S. Francisca Xavier Cabrini, 3ª Ordem.
23 — B. Nicolau Fatore, 1ª Ordem.
25 — SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE JESUS
26 — B. Bentivólio de Bonis, 1ª Ordem.
29 — B. Gerardo de Valença, 1ª Ordem
30 — B. Margarida Colona, 2ª Ordem

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