FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das 14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VI JUNHO DE 2015 - Nº 12
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUFRA
CAPÍTULO XI
A TERCIÁRIA (Continuação)
Finda a santa missa,
os assistentes se acotovelam para assistir à cerimônia, a seus olhos insólita.
Dona
Zita, Superiora das Irmãs da Ordem IIIª de Viterbo, corta os cabelos à menina que se encontra de
joelhos, enquanto um franciscano a envolve com um burel e a cinge com a corda
do jumento. Rompendo o silêncio, uma voz delicada pronuncia a fórmula da
profissão, emitindo o voto de virgindade.
O canto
do Te Deum foi acompanhado pela multidão e talvez também o cântico de São Francisco:
"Altíssimo,
omnipotente, bon Signore,
Tue se
lê laude, Ia gloria, el honore et omne
beneditione
Ad te
solo, altíssimo, se konfano,
Et nullu
homo ene dignu
mentouare".
Todos os
que viram esta jovenzinha sair da igreja, envolta nos trajes de religiosa, com
um crucifixo sobre o peito, não conseguiram conter as lágrimas, apesar de
estarem habituados a fatos extraordinários.
Alguns, sem dúvida, já tinham encontrado pelas cidades
da Itália o Arauto do Grande Rei, o Santo de Assis, vestido de uma estamenha
escura e de pés descalços. E era do conhecimento de todos que o Poverello
deixara uma lâmpada maravilhosa que, até o fim dos séculos, passaria de mão em mão, entre
os membros da família nascida da sua alma.
No adro da igreja,
pequenos grupos tagarelavam alegremente. Já não falavam na miséria e desolação
dos tempos, porque sentiam que Deus tinha enviado um novo socorro ao seu povo.
CAPÍTULO XII
PRIMEIRA PROVA
"Enviou-a
Deus a pregar o mistério da cruz, não
com os argumentos persuasivos da sabedoria
hu-
mana, mas com os efeitos sensíveis
do espírito e
do poder de Deus". (Of. de S.
Rosa de Viterbo —
lº not. 3º resp.).
Uma fome
terrível acompanhou o lindo verão de 1247, de modo que os habitantes de Viterbo
teriam trocado a própria alma por um pedaço de pão. Perderam, paulatinamente,
a razão, o senso da honra e aquele orgulho que lhes inspirara tamanho furor contra
os soldados de Frederico, durante o assédio.
Os
adeptos do Imperador seguiam todos os sintomas do enfraquecimento do inimigo e
escolheram o momento mais oportuno para as negociações de paz. Para receber a
rendição de Viterbo, delegou o Imperador a Frederico de Antioquia, um dos seus
filhos bastardos.
A
cidade, já corrompida, abriu então suas portas a uma multidão facínora e
fanática. A heresia dos cátaros, que há 50 anos abalava a Itália, teve um novo
surto. Os Patarinos eram os aliados mais fiéis do Imperador. De quando em vez,
ele lançava às chamas algum membro da seita, mas, às ocultas, sustentava-a
poderosamente, seguindo seus velhos métodos hipócritas.
O palácio erguido em
Viterbo, nos primeiros dias da ocupação, tivera os estandartes desarvorados
pela insurreição vitoriosa. Agora, porém, voltava a ser o covil dos sequazes de Frederico. Noite e dia
o eco de seus festins e orgias feria os ouvidos dos guelfos.
De modo
nenhum podiam os católicos sentir-se felizes na situação de vencidos,
maltratados e humilhados. E o pai de Rosa, era, às vezes, tomado de cólera,
como sucedeu certa manhã.
Entrou
bruscamente na cela de Rosa e intimou-a a largar esta vida reclusa, em meio de penitências, pela
conversão dos pecadores. Estava farto destas estravagâncias e vociferava:
— Se
persistires, arrancar-te-ei todos os cabelos.
E Rosa responde:
— Não me preocupa. Nosso
Senhor deixou-se arrancar
cabelos e barba,
por nosso amor. Não temo em
tomar sobre mim os mesmos sofrimentos.
O pai brada:
—
Amarrar-te-ei com uma corda.
E Rosa:
— Cristo foi atado à coluna... quanto desejara
ser também eu amarrada por
amor d'Êle!
E
soluçando acrescenta:
— Pai, não te oponhas. Se me deixares seguir a
Jesus, irás com os anjos ao Paraíso. Mas se me queres afastar
do meu caminho,
não posso obedecer, porque eu
cumpro ordens do Senhor.
O pai
responde, chorando:
— Faça-se a tua vontade, filha, sob as bênção
de Deus.
E
retirou-se, enxugando as lágrimas. A esposa suspirava, pois sabia que a
tribulação batia à porta.
Rosa aguardava a hora
anunciada pela Mãe de Deus. Num dia de Setembro, meditava sobre a paixão, quando
o Salvador lhe apareceu, pregado na cruz e coberto de sangue. Perguntando quem
o pusera em tal estado, recebeu a resposta:
— Meu
amor pelos homens e seus pecados infindos.
Rosa considerava-se do número dos pecadores: por eles e
por si deveria expiar; quando considerava a paixão, sentia ânsias de morte; mas
agora sentia-se possuída por uma espécie de furor que a levava a bater com uma
pedra ao peito até tombar desfalecida. Voltando, porém, a si, levantava-se de
um salto com a impetuosidade habitual.
Se
diante dos homens surgisse Aquele que ela acabava de contemplar, por certo,
chorariam seus pecados. Iria ela chamá-los, admoestá-los à penitência. Sai à
rua com um crucifixo na mão. Logo se vê seguida por um grupo de mulheres,
jovens, crianças e velhos. No meio da praça, estaca. Faz de uma pedra o
púlpito e começa a falar.
Imediatamente,
uma comadre, abrindo ca-minho por entre a multidão que ia crescendo, corre a
notificar a Catarina que sua filha estava a pregar com todo o ardor.
Continua no informativo – Ano VII - JULHO DE 2015 -
Nº 01
SANTOS FRANCISCANOS
MES DE JUNHO
2 — B. João Pellingoto, 3ª Ordem.
3 — B. André
de Spello, 1ª Ordem.
4 — B. Pacífico
de Cerano, 1ª Ordem.
5 — B. Maria
Clara Nanneti, 3ª Ordem Regular, mártir da China
6 — B. Lourenço
de Vilamagna, 1ª Ordem.
7 — B. Maria da Paz Bolsena, 3ª Ordem Regular, mártir da China
8 — B. Hermínia de Jesus, 3ª Ordem Regular, mártir da China
9 — S. Cornélio
Wican, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
10 — S.Pedro de Assche, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
11 — B. Guido de Cortona, 1ª Ordem.
12 — B. lolanda, Duquesa da Polônia, 2ª Ordem.
13 — S. Antônio de Lisboa, 1ª Ordem.
14 — S. Francisco de Bruxelas, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
15 — S. Antônio de Hoornaert, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
16 — S. Antônio de Werten, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
17 — B. Pedro Gambacorta, 3ª Ordem Regular.
18 — S. Godofredo de Merville, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
19 — B. Miquelina de Pesaro, 3ª
Ordem.
20 — S. Willehado da Dinamarca, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum (1482-1572) c. 1867
21 — S. Nicásio
Jonson, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
22 — B. André Bauer, 1ª Ordem, mártir da China
23 — S. José Cafasso,
3ª Ordem.
24 — B. Teodorico Balat, 1ª Ordem, mártir da China
25 — B. José Maria Gambaro, 1ª Ordem, mártir da China.
26 — B. Cesídio de Fossa, 1ª Ordem, mártir da China
27 — B. Benvenuto de Gubio, 1ª Ordem.
28 — B. Elias Facchini, 1ª Ordem, mártir da China
29 — S. Vicenza Gerosa,
3ª Ordem.
30 — B. Raimundo Lulo, 3ª Ordem, mártir
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