BOLETIM INFORMATIVO DE JULHO DE 2015
Sempre de novo, cristãos e franciscanos
seculares, precisamos refletir sobre os passos que estamos dando em nossa vida.
Sentimos necessidade de voltar ao ponto de partida. Não nos tomamos
franciscanos sem mais nem menos. Antes do tempo de nossa formação e profissão na Ordem tinha começado a existir em nós um enamoramento pelo
Senhor Jesus e pelo Evangelho. Vivendo numa comunidade de fé, ou tendo sido sacudido
peio Senhor que nos colocou num caminho de conversão, demo-nos conta que
havia um chamamento para sermos franciscanos.Sentimos que tínhamos sido chamados
para viver a alegria do seguimento de Cristo, no seio da família espiritual de
Francisco e de Clara. Necessário, pois, sempre voltar a esse início. Os formadores ajudarão os formandos a
discernir sua escolha e verificar os momentos em que o Senhor andou sondando
suas vidas. Não se entra na Ordem por entrar, como se fosse uma mera associação piedosa. Requer-se um
chamamento que se chama vocação. O discernimento da vocação é a primeira finalidade
da formação.
Quisemos ser discípulos de Jesus. O
Documento de Aparecida (GELAM, 2007) nos fala do processo de formação dos discípulos
missionários: encontro pessoal e profundo com o Cristo
Ressuscitado; empreender um caminho de conversão, de transformação, de achar doce o
amargo e, se possível, o amargo, doce; o tornar-se discípulo de Jesus; viver em íntima comunhão de vida com ele; e
partir em missão. Todo
cristão
precisa percorrer estas etapas. Os franciscanos não estão dispensados desse
empenho. A formação do discípulo leva tempo. Nós, ao nos aproximarmos do Senhor na família franciscana, somos
discípulos
missionários
com o jeito de Francisco e Clara. Esse processo de nascimento do discípulo requer
fraternidades sólidas, formadores que sejam discípulos, que tenham humildade de coração e prestem atenção ao que a Igreja está vivendo.
Desnecessário dizer que vivemos um
tempo de instabilidade e de mudanças profundas na sociedade, na Igreja, em nossa Ordem. Por
isso, é
sempre um gesto de bravura querer dar orientações a respeito da formação humana, cristã e franciscana em nossos
tempos. No momento que vivemos, tudo tem gosto de provisório e de passageiro.
Fica, no entanto, a convicção mais profunda que os irmãos que já vivem entre nós e os que chegam precisam receber uma formação sólida.
Desafio particular é a boa qualidade da formação permanente. Muitos nos
damos por satisfeitos pelo que foi conseguido no tempo dos começos. Vivemos apenas
preocupados em conservar e não em renovar, vivemos do dinheiro que está na poupança. É a lei da inércia. Apesar de todas as perplexidades os formadores e
os conselhos locais são convocados a transmitir um gosto pelo novo, pelo amanhã, convidar os irmãos que se lancem numa aventura cristã e franciscana. As pessoas não podem
parar. Precisam seguir em
frente. Uma palavra forte: coragem. Uma preocupação: procurar águas mais
profundas.
Nutrimos uma paixão esponsal pelo Senhor. Não podemos deixar de ter
o cuidado de fomentar uma vida de intimidade com o Senhor: uma oração sólida e
suculenta, contato carinhoso com sua Palavra, sua presença na Eucaristia, retiros bem feitos que sejam retiros,
leituras, familiaridade com os salmos e textos do Novo Testamento. Necessário instaurar-se o hábito de leitura espiritual da vida, de um regular exame de
consciência. Até que ponto nossas fraternidades fazem uma profunda experiência do Senhor na oração? 6. Cada irmão que ingressa na fraternidade precisa ter em mãos as rédeas de sua
vida. Ele é o primeiro
responsável por sua formação. Os que
procuram nossas fraternidades e os que nela já vivem querem e desejam buscar o seguimento de Cristo no
Evangelho e a consequente busca da santidade de vida.
Será preciso
trabalhar os valores humanos: maturidade, coragem, têmpera, consciência do que
significa assumir compromissos, superar melindres e susceptibilidades,
capacidade de conviver com outras pessoas, saber acolher as diferenças. Prestar atenção de não se fazer uma formação marcada pelo devocionalismo. Por isso será preciso estudar de verdade. Repito: estudar, ler,
inventar tardes de estudo, ler biografias de Francisco.
A formação franciscana vai na linha da impregnação dos valores que marcaram Francisco e Clara: postura de simplicidade, vida despojada, gosto pela
fraternidade, sensibilidade para com os pobres, desejo de preservar a natureza,
vontade de não se sobrepor aos outros, senso de partilha, não perder o Espírito do
Senhor, ir pelo mundo e buscar o silêncio da montanha, estar
em constante desapropriação, ter gosto pelas coisas modestas, distanciar-se do consumismo. Santo Inácio de Loiola: Não é o muito saber que
alimenta, mas quando se degusta as coisas interiormente".
Ponto importante
da vida dos franciscanos seculares é a realização de reuniões
gerais ou outras que sejam de "excelente" qualidade. A reunião é
sacramento de nosso querer bem. Ela será preparada com todo esmero. Não se pode perder a
motivação.
Cuidar-se-á de que todos dela participem de verdade. Não pode haver ausências aos encontros por
desmotívação. Um Conselho local sábio valoriza cada irmão. Importante descobrir
os talentos e qualidades de cada um, examinar onde e como podem prestar serviço. O irmão precisa sentir que
existe, que conta aos olhos dos outros. Os ministros locais são servos através de quem o Senhor se
aproxima dos outros irmãos.
Não somos uma piedosa associação de pessoas de boa
vontade. Os franciscanos seculares são leigos que vão
amadurecendo na medida que o tempo passa, na corresponsabilidade
com a missão da Igreja. Segundo as possibilidades e qualidades de
cada um será importante que possam ir pelo mundo, para reconstruir a Igreja que está em ruínas. Os irmãos não podem deixar de dar
sua colaboração de qualidade à paróquia (catequese, liturgia, família, atividades de promoção). Poderiam ser preparados para o ministério do acompanhamento
dos doentes, ministério da esperança e da Palavra. Os terceiros são leigos. Não se deve privilegiar serviços ligados à liturgia. A formação de um laicato maduro e não apenas devocional é de fundamental importância. Campos de açâo de um laicato maduro: trabalho, educação, atendimento e promoção, política, ministério da catequese.
Nossas fraternidades terão a marca da alegria.
Alegria não quer dizer baderna, nem barafunda. Sugestões para cultivar a
alegria na fraternidade: cantos alegres e bonitos, preparar espaços que
respiram beleza em sua simplicidade, presença de jovens franciscanos
que cresçam com a fraternidade. Todas essas
sugestões contribuem para
formar.
Os Assistentes, de modo particular, deverão se fazer presente na vida dos irmãos com gosto. Sua ausência regular é sentida com um prejuízo sério. Assistentes
alegres e convictos são a melhor propaganda para a Ordem.
Os Conselhos
observarão os irmãos. Descobrirão lideranças que, no futuro, poderão assumir as responsabilidades na fraternidade. No momento das eleições será preciso fazer listas com
irmãos que levarão adiante com fidelidade e pertinácia o projeto franciscano secular. Não se pode deixar que as coisas aconteçam e dizer que o resultado vem do Espirito Santo. O Deus do
vento e do fogo age,
mas conta com nosso
bom senso.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
Memórias de Nossa Fraternidade
Continuação do boletim anterior
Continuando as memórias de nossos primeiros ministros que consolidaram a
presença e atuação de nossa
fraternidade em petrópolis, após ter apreciado a vida e o exemplo do 2° ministro da nossa fraternidade, o Sr. João Deister Sobrinho, iremos conhecer um pouco mais sobre o
3° ministro desta venerável Fraternidade, o Desembargador João Pedro Saboia Bandeira de Melo.
Nascido a 25/05/1851, faleceu em 29/10/1906.
Jurista brasileiro notável, encetou sua
carreira jurídica na terra de D. Zelia, a cidade do Carmo, no Estado do Rio, e a
completou após brilhante trajetória como conceituado Desembargador no Tribunal da Relação. A transferencia da
capital do Estado para nossa cidade serrana, creio, trouxe-o para aqui.
Sempre pôs o seu talento
privilegiado a serviço da boa causa e à disposição do fraco e necessitado contra a prepotência e a má vontade. Ele e sua
distinta família eram franciscanos da gema e como tais verdadeiros apóstolos de ação católica antes de ser a
instituição ereta oficialmente nos termos atuais. E a benção divina foi evidente.
Um de seus filhos abraços os ideais de S. Francisco na Ordem l e, depois de ter preparado turmas e
turmas de novos franciscanos na qualidade de conspícuo lente do Colégio seráfico no Rio Negro, foi
escolhido pela Santa Sé para a honra e o encargo de Administrador Apostólico. Se tornou o
Prelado de Palmas: Mons. Carlos Bandeira de Melo; missão espinhosa, onde seu
zelo apostólico e sua simplicidade franciscana operou maravilhas com a ajuda da graça. O venerando
Desembargador foi dos primeiros a preparar para os fascículos da revista
"Vozes de Petrópolis", artigos originais e traduções sobre o
franciscanismo, assim como perguntas e respostas à guisa de catecismo para
os terceiros. Seu tino de provecto jurista deu a toda a fraternidade método definitivo em sua
organização, seu expediente e suas resoluções em discussão. Deve-llhe o Convento a solução satisfatória de dificuldades jurídicas surgidas com
outros, assim como Petrópolis a entrega às beneméritas Irmãs de Santa Catarina, em 1° de Novembro de 1900, por escritura firme e irrevogável, do Hospital de
Santa Teresa. De instituto oficial e leigo que era, passou a ter imediatamente
assistência
religiosa e restabelecimento do culta na capela. Não cabem nestas poucas
linhas referencia cabal ao merecimento do Desembargador Bandeira de Melo pelo
seu gesto benfeitor, no qual foi guiado pelo Revmo. Frei Ciríaco. Só esta vitória, alem das demais
conquistadas no seu tirocínio jurídico, faz jus à sua perene e grata recordação no campo católico petropolitano.
Extraído da
revista Eco Seráfico, Junho de 1947,
Celso de Alencar.
CURSO BÁSICO DO
CARISMA MISSIONÁRIO FRANCISCANO - CBCMF
Como cristãos católicos assumimos - desde
a infância
ou desde a nossa tomada de consciência de sermos pessoas que procuram ser adultas em
Cristo - o compromisso missionário com a Igreja Missionária. Ser missionário/a é um dever e não uma opção. É compromisso batismal. A
ordem ou o mandato de envio que Cristo faz aos seus
discípulos,
faz também a nós: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e
na terra. IDE, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e
batizai-os no nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. E/s que
estou convosco todos os dias, até o final dos tempos." Assim termina o Evangelho de S. Mateus (28,19-20).
Nosso Seráfico Pai, São Francisco de Assis,
ouviu e cumpriu o mandato do Senhor a partir da sua conversão. Levar o Evangelho a todos os povos passou
a ser o distintivo, o lema, o estandarte da Ordem Franciscana. A partir de São Francisco, a
evangelização deixou de ser uma tarefa só para os Bispos e Padres; mas de todos: sacerdotes
e leigos, cada qual dentro do espaço que lhe é próprio dentro da Igreja.
A imensa vontade dos leigos de pregar e
ensinar era muito vigiada e até mesmo reprimida pelas autoridades eclesiásticas pouco antes e até durante a vida de nosso
pai. E havia razões sérias para esta postura da Igreja devido ao mal da época que era o
surgimento de muitos grupos ou movimentos de hereges, isto é, pessoas que lideravam
o povo ensinando-lhes doutrinas contrárias à doutrina católica, envolvendo-as em questões de fé mal esclarecidas, misturando superstições e conflitos sociais. Tais líderes negavam a
autoridade Papal, a ação dos Sacramentos, bem como promoviam a desobediência civil aos reis ou
seus representantes. Traduziam a Bíblia para as línguas comum, dando direito à sua livre interpretação. Surgiam pregadores de
todos os tipos imagináveis, muito dos quais eram fanáticos enlouquecidos. O
fim do mundo era "anunciado" em cada cidade ou aldeia. Surgiram conflitos
armados.
Por estas e outras razões, só aos poucos os frades
(sacerdotes preparados ou irmãos leigos piedosos) obtiveram licença para ensinar ao povo
através de
Missões
Populares.
A Ordem Franciscana soube como fazer para
chegar ao coração do povo simples através com pregações simples: as E EXORTAÇÕES ou ADMOESTAÇÕES. Era este o tipo de
pregação
usada já pelo próprio S. Francisco.
Santo Antônio, doutor em teologia, pregava para os simples do povo como ensinava
aos intelectuais das universidades. Do mesmo modo
S. Boaventura. colega de estudos de Santo Tomás de Aquino (dominicano). Isto tudo ainda no
século XIII. Neste tempo muitos frades não sacerdotes (irmãos leigos) também exortavam o povo nos
moldes do nosso Seráfico Pai.
Após Concílio Vaticano II (1962-1965), os leigos
estão
convocados a serem também portadores da Boa Nova a todas as pessoas. Isto não é novidade, pois como foi
dito acima, o compromisso batismal com a missão de Cristo é obrigação de todos. Tanto o Concílio, como os documentos papais,
as conclusões do GELAM (Concílio
Episcopal Latino Americano), em especial
o Documento de Aparecida (DAP) as orientações das nossas Constituições Gerais, fundamentadas na Regra da OFS, nos mantém alerta sobre esta
nossa responsabilidade pessoal e comunitária.
Nosso Pai Seráfico estava sempre
atento à voz
da Igreja e ao convite contínuo às missões. A marca (carisma) franciscana é, foi e será sempre a de ir ao
encontro e em busca daqueles que pouco ou nada sabem da mensagem do Evangelho.
Francisco não queria consigo irmãos/ãs acomodados ou omissos.
Tinha forte aversão (antipatia) pelos chamados "Irmãos
Moscas", aqueles que só ficam na
"sombra", nada fazem, tudo criticam, tudo censuram, tudo e a todos julgam e
condenam.
Nós, Franciscanos Seculares, pelo nosso
carisma, não somos e nem devemos ser assim. Que o Senhor nos dê a sua Paz!
A Formação.
PASSATEMPO FRANCISCLARIANO. COMPLETE A ORAÇÃO DIANTE DO CRUCIFIXO:
"Altíssimo, ________________________________________,
____________________________ as trevas do meu _____________________,
dai-me ____________________ reta,
uma __________________________certa
e uma ________________________ perfeita;
sensibilidade e conhecimento, _______________________________,
a fim de que eu cumpra
o vosso ________________________ e veraz _______________________ Amém"
ASSINALE ABAIXO OS NOMES CITADOS NO LiVRO DE
TOBIAS.
GENESARÉ
|
IDUMÉIA
|
NEFTALI
|
PEDRO
|
JUDAS
|
GALILÉ1A
|
MARTA
|
NAASSON
|
OZIAS
|
TABOR
|
SALMANASAR
|
ARFAXAD
|
LÍBIA
|
TOBIT
|
JOSÉ
|
MIGUEL
|
JERICÓ
|
ABIUD
|
ZEBEDEU
|
MESOPOTÂMIA
|
DAVI
|
SARA
|
SEFET
|
DEUS
|
TAMAR
|
GABALAEL
|
AZARIAS
|
HERODES
|
JEROBOÃO
|
TOBIAS
|
GABAEL
|
SIMÃO
|
MÉDIA
|
MARIA
|
SENAQUERIB
|
OZIAS
|
ISRAEL
|
JERUSALÉM
|
RAFAEL
|
SÍRIA
|
RAGÉS
|
GABEL
|
ISRAEL
|
FARES
|
JÂCÓ
|
NINIVE
|
ZOROBABEL
|
JOSIAS
|
FELIPE
|
SARA
|
GABRIEL
|
ANA
|
ABRAÃO
|
SAUL
|
ORIENTE
|
NATANAEL
|
LÁZARO
|
EDNA
|
RAGUEL
|
EGiTO
|
JUDÉIA
|
ECBÁTANA
|
PILATOS
|
DESEMBARALHE AS PALAVRAS RETIRADAS DA CARTA
DE SÃO PAULO AOS GÁLATAS E DESCUBRA QUAL O CAPÍTULO E VERSÍCULO.
"Na dereialad, pela fé eu ormir para a eLi, a fim de rviev para usDe. Estou
aegoprd na cruz de torCsi. Eu iwo, mas já não osu ue, é Cristo uqe
eviv em mim: a minha vida nerespet, na racne, eu a vivo na fé no hoilF de usDe, que me muoa e se reonegtu por
mim." (Gál___,____)
_." {Gál..
MARQUE OS NOMES DAS PESSOAS QUE VIVERAM NO
TEMPO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Me.Teresa de Calcutá
|
Luiz Rei de Franca
|
Isabel da Hungria
|
Frei Bárbaro de Assis
|
S.Pascoal Bailão
|
S.João de
Capistrano
|
Irmã
Dulce
|
Inocêncio
III
|
Frei Sabatino
|
Frei Elias
|
F.Fabiano de Cristo
|
Princesa Isabel
|
Frei Felipe
|
Gregório IX
|
Frei Silvestre
|
S.Boaventura
|
Tomas de Celano
|
Inês de
Assis
|
Frei D.Vita!
|
Clara de Assis
|
Inês de
Praga
|
Pé.
Pio
|
Frei Jordão de Jano
|
Frei Leão
|
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