BOLETIM INFORMATIVO DE AGOSTO DE 2015
SÃO DOMINGOS
Domingos nasceu em 24 de junho de
1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha. Pertencia
a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica: seus pais eram Félix de
Gusmão e Joana d'Aza e seus irmãos, Antonio e Manes. O primeiro tornou-se
sacerdote e morreu com odor de santidade. O segundo, junto com a mãe, foi
beatificado pela Igreja. Nesse berço exemplar, o pequeno Domingos trilhou o
mesmo caminho de servir a Deus. Até mesmo o seu nome foi escolhido para
homenagear são Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez
uma novena no santuário do santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia
ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um santo para
a Igreja Católica.
Domingos dedicou-se aos estudos,
tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Em
Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender os objetos de
seu quarto, inclusive os
pergaminhos caros usados nos estudos, para ter um pequeno "fundo" e
com ele alimentar os pobres e doentes.
Aos vinte e quatro anos, sentindo o chamado,
recebeu a ordenação sacerdotal. Foi enviado para a diocese de Osma, onde se
distinguiu pela competência e inteligência. Logo foi convidado para auxiliar o rei Afonso
VII nos trabalhos diplomáticos do seu governo e também para representar a Santa
Sé, em algumas de suas difíceis missões.
Durante a Idade Média, período em que
viveu, havia a heresia dos albigenses, ou cátaros, surgida no sul da França. O
papa Inocêncio III enviou-o para lá, junto com Diego de Aceber, seu
companheiro, a fim de combater os católicos reencarnacionistas. Mas, devido à
morte repentina desse caro amigo, Domingos teve de enfrentar a missão francesa
sozinho. E o fez com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a
pregação da verdadeira Palavra de Deus.
Em 1207, em Santa Maria de Prouille,
Domingos fundou o primeiro mosteiro da Ordem Segunda, das monjas, destinado às
jovens que, devido à carestia, estavam condenadas à vida do pecado. Os
biógrafos narram que foi na igreja desse convento que Nossa Senhora apareceu
para Domingos e disse-lhe para difundir a devoção do rosário, como princípio da
conversão dos hereges e para a salvação dos fiéis. Por isso os dominicanos são
tidos como os guardiões do rosário, cujo culto difundem no mundo cristão
através dos tempos.
A santidade de Domingos ganhava cada
vez mais fama, atraindo as pessoas que desejavam seguir o seu modelo de
apostolado. Foi assim que surgiu o pequeno grupo chamado "Irmãos
Pregadores", do qual fazia parte o seu irmão de sangue, o bem-aventurado
Manes.
Em 1215, a partir dessa irmandade, Domingos decidiu
fundar uma Ordem, oferecendo uma nova proposta de evangelização cristã e vida
apostólica. Ela foi apresentada ao papa Inocêncio III, que, no mesmo ano,
durante o IV Concílio de Latrão, concedeu a primeira aprovação. No ano
seguinte, seu sucessor, o papa Honório III, emitiu a aprovação definitiva,
dando-lhe o nome de Ordem dos Frades Predicadores, ou Dominicanos. Eles passaram a ser
conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características
essenciais a ciência, a piedade e a pregação.
Em 1217, para atrair a juventude
acadêmica para dentro do clero, o fundador determinou que as Casas da Ordem
fossem criadas nas principais cidades universitárias da Europa, que na época
eram Bolonha e Paris. Ele se fixou na de Bolonha, na Itália, onde se dedicou ao
esplêndido desenvolvimento da sua obra, presidindo, entre 1220 e 1221 os dois
primeiros capítulos gerais, destinados à redação final da "carta
magna" da Ordem.
No dia 8 de agosto de 1221, com apenas
cinqüenta e um anos de idade, ele morreu. Foi canonizado pelo papa Gregório IX,
que lhe dedicava especial estima e amizade, em 1234. São Domingos de Gusmão foi
sepultado na catedral de Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como
Padroeiro Perpétuo e Defensor dessa cidade.
Continuação
do boletim anterior
Continuando
as memórias de nossos primeiros ministros que consolidaram a presença e atuação
de nossa fraternidade em Petrópolis, após ter apreciado a vida e o exemplo do 3º
ministro da nossa fraternidade, o Desembargador João Pedro Saboia Bandeira de
Melo, iremos conhecer um pouco mais sobre o 4º ministro desta venerável Fraternidade, o Dr. Abelardo Bueno de Carvalho.
Nascido a 11/02/1876 faleceu em 9/06/1925.
Católico
sincero e praticante, primava pela inteireza de caráter e solidez de princípios,
segundo os quais pautava sua vida exemplar, tanto publica como particular.
Comungava diariamente e, mesmo já debilitado e doente, costumava assistir a
missa das 18 horas. É ali junto ao tabernáculo que vinha buscar conforto e
resignação para sua pertinaz moléstia, conselho e orientação nos seus
compromissos. Durante doze anos exerceu o cargo de Ministro, preferindo antes
obedecer do que ordenar. A todos edificava com sua modéstia. Vicentino de corpo
e alma, quanto lhe deveram os pobres de seu tempo em Petrópolis! Mas foi
principalmente como apóstolo da boa imprensa que o Dr. Abelardo, acatado
magistrado da Justiça do Distrito Federal, conquistou o auge de sua
benemerência no Brasil católico. Durante 14 anos consecutivos foi Presidente do
“Centro da Boa Imprensa do Brasil”, emprestando a esta instituição, de caráter nacional, e como até hoje não surgiu congenere, o seu prestigio de magistrado,
tendo sido de uma operosidade indefectível. A sua administração é que deu ao
notável empreendimento grande expansão e difusão por todo o Brasil com frutos
promissores. Na sua pessoa teve o Revmo. Frei Pedro Sinzig um cooperador
sincero e nobre na propagação da imprensa sadia. Costumava frisar reiteradas
vezes que, ao dedicar-se à cruzada da imprensa católica, obedecia também a um
imperativo da Regra da Ordem, que manda dar combate às más leituras. O Irmão
Abelardo de Carvalho, efetivamente, pode ser proposto como tipo exemplar de
grandes virtudes, que as tinha copiosas e sólidas, edificantes e merecedoras de
imitação pelos seus confrades na milicia franciscana.
Extraido da revista Eco Serafico, Junho de 1947,
Celso de Alencar.
Igreja Triunfante é a
porção do Corpo Místico que já se encontra na eterna bem-aventurança, termo
final de nossa caminhada. Por estar junto do trono de Deus, essa
assembleia de Eleitos roga constantemente pelos seus irmãos que ainda
peregrinam no mundo.
Denomina-se Igreja
Padecente o conjunto de fiéis que sofrem no Purgatório, expiando seus defeitos
e purificando suas vistas espirituais para encontrar-se com Deus.
E nós que, neste vale de
lágrimas, lutamos para, pelos méritos infinitos de Nosso Senhor Jesus
Cristo, conquistar a coroa de glória, constituímos a Igreja Militante
(Ecclesia Militans), segundo o termo clássico, que põe em realce a necessidade
de combater nesta vida o pecado e as más inclinações.
Estes três estados da
única e indivisível Igreja Católica estão estreitamente unidos entre si, como
bem acentua o Concílio Vaticano II: "Enquanto o Senhor não vier na sua
majestade e todos os seus Anjos com Ele (cf. Mt 25, 31) e, vencida a morte,
tudo Lhe for submetido (cf. I Cor 15, 26-27), dos seus discípulos uns
peregrinam sobre a Terra, outros, passada esta vida, são purificados, outros,
finalmente, são glorificados e contemplam ‘claramente Deus trino e uno, como
Ele é'; todos, porém, comungamos, embora em modo e grau diversos, no mesmo amor
de Deus e do próximo, e todos entoamos ao nosso Deus o mesmo hino de louvor.
Com efeito, todos os que são de Cristo e têm o seu Espírito, estão unidos numa
só Igreja e ligados uns aos outros n'Ele (cf. Ef 4, 16)".3
A bem-aventurança celeste desce até nós
Para explicar o
relacionamento entre os membros da Igreja Militante e os da Triunfante, o
padre Monsabré recorre a uma expressiva alegoria:
"Em relação à Igreja
Triunfante, a Igreja Militante está em condições análogas às de um
exército que combate longe de seu país, no qual tudo é ordem, repouso e
prosperidade. Como não manteria esse exército os olhos voltados para a
Pátria, de onde espera os recursos e reforços necessários para levar a bom
termo sua árdua campanha? E, de outro lado, poderia a Pátria, para usufruir de
uma felicidade egoísta, desinteressar-se das fadigas e sofrimentos desses
valentes filhos que se batem pela honra nacional? Seria possível não haver
entre o exército e a nação uma íntima solidariedade, expressa
por uma confiante e generosa permuta de orações e de solicitudes, de votos
e de benefícios, até o dia em que os soldados vitoriosos desfilem em triunfo
entre a multidão de seus concidadãos cujos corações estavam com eles na terra
estrangeira?".4
Assim, a Igreja
peregrina na Terra implora e espera da Pátria Celeste sua eficaz
assistência, para um dia poder também ela triunfar. Grave erro seria
pensar que, na eterna glória, os Bem-aventurados se esqueceram de seus irmãos
na Terra. Muito pelo contrário, "eles conhecem mais que nós nossas
necessidades e, antes mesmo de chegar-lhes nossa oração, foram preparados por
Deus para ouvi-la e atendê-la".5
Essa certeza de um
auxílio contínuo deve nos animar e, mais ainda, fazer exultar de alegria.
Pois sabemos que, em meio às dificuldades do dia a dia, temos
intercessores velando a todo instante por nós. "A nossa fraqueza é
assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos"6 - ensina o Concílio
Vaticano II.
A Igreja é a assembleia
de todos os Santos: os do Céu, os do Purgatório e os da Terra. "A
Comunhão dos Santos é precisamente a Igreja", 11 afirma o Catecismo. E
explica que "o termo Comunhão dos Santos tem dois significados intimamente
interligados: ‘comunhão entre as coisas santas' (sancta) e ‘comunhão entre
as pessoas santas' (sancti)".12
E logo a seguir acrescenta: "‘Sancta sanctis! (o que é santo, para aqueles que são santos)': assim proclama o celebrante na maior parte das liturgias orientais, no momento da elevação dos santos Dons antes do serviço da Comunhão. Os fiéis (sancti) são alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo (sancta), para crescerem na comunhão do Espírito Santo (Koinonia) e de comunicá-la ao mundo".13
E logo a seguir acrescenta: "‘Sancta sanctis! (o que é santo, para aqueles que são santos)': assim proclama o celebrante na maior parte das liturgias orientais, no momento da elevação dos santos Dons antes do serviço da Comunhão. Os fiéis (sancti) são alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo (sancta), para crescerem na comunhão do Espírito Santo (Koinonia) e de comunicá-la ao mundo".13
Quais são essas
"coisas santas" postas em movimento na vida do Corpo Místico? O
Catecismo nos aponta a comunhão na Fé, dos Sacramentos, dos carismas, dos bens
terrenos e da caridade.14 E o padre Monsabré as resume em três categorias
de bens: as boas obras, as graças e os méritos.15
CURSO BÁSICO DO CARISMA MISSIONÁRIO FRANCISCANO (CBCMF)
O original do “Cântico do Irmão Sol”, composto pelo N. P. Francisco,
contém trinta e três (33) linhas. No tempo de sua composição (Idade Média) isso
era algo muito importante no estilo (modo) religioso de se escrever sobre temas
de espiritualidade.
Não era um número supersticioso, era um símbolo de unidade interior com
Deus. Temos o exemplo de uma religiosa franciscana alemã Lutgarda de Wittichen (+1348),
da região da Floresta Negra (Alemanha Central), que não quis aceitar mais de
trinta e três (33) irmãs no seu convento. Para ela, trinta e três (33) dias
formavam uma unidade de orações, jejuns, vigílias, etc, como se fosse uma
quaresma mais curta.
É muito provável que o “Cântico do Irmão Sol” não tinha só trinta e
três (33) linhas por acaso. Era uma marca de Jesus no tempo: trinta e três (33)
anos. Era assim que Francisco e muitos outros místicos (mestres na vida
espiritual) viam e tinham visto algo de real, presente e marcante. Haja vista
que atualmente a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus, tão nossa conhecida,
possui exatamente trinta e três (33) invocações.
A Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, genuinamente franciscana,
idealizada na profunda devoção de São Bernardino de Sena (+1444), contém trinta
e oito (38) invocações. Tem cinco (5) invocações a mais. Por quê? Ora, se o
número trinta e três (33) marca como disse, o tempo da vida de Jesus na Terra,
as cinco invocações que se seguem têm referência ao final desta curta
existência, coroada com as cinco chagas da Paixão do mesmo Jesus.
A Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus imita na sua
estrutura a Ladainha de Todos os Santos. Ela contém além das
trinta e oito (38) invocações, vinte e duas (22) súplicas com a respectiva
resposta: “Tende piedade de nós” e “Livrai-nos, Jesus”. Ela pertence ao número
das cinco (5) ladainhas litúrgicas.
No Evangelho de São João (Jo 5,7), o paralítico enfermo há trinta e
oito (38) anos, é curado por Jesus, pois não podia mover-se até a água que se
revolvia e curava. Ele queria chegar, mas outros iam primeiro. Agora é mais fácil
para nós, paralíticos da fé, o acesso aos meios de salvação trazidos por Jesus.
Há livre acesso à piscina sagrada dos Sacramentos para todos os que sofrem de
enfermidades espirituais.
Esta Ladainha tão franciscana, como foi citada acima, nos fala de Jesus.
Ela sempre foi, desde a sua origem (Séc.XV), a prece preferida da Igreja no
decurso das semanas depois do Natal, em que se celebram os mistérios da
Infância do Menino Jesus.
Recitada às vezes depois da comunhão, quando Jesus está em nosso
coração, enche a alma de força e doçura, de ânimo e de confiança, amor e
fidelidade, efeitos magníficos do Santíssimo Nome de Jesus.
Fiquemos, pois, gratos aos esforços missionários destes três grandes
pregadores franciscanos itinerantes:
1) São Bernardino de Sena - 1380 - 1444 (20 de maio)
2) São João de Capistrano - 1386 - 1456 (23 de outubro)
3) São Tiago das Marcas - 1394 - 1476 (20 de novembro)
Francisco vibrava com
o Nome Santo de Jesus.
O “Cântico do irmão Sol” é uma
forma de Francisco louvar a Deus eterno, no seu Filho em cada ano de sua
permanência entre nós.
Os três santos franciscanos acima
enunciados souberam entender e viver em profundidade o significado imenso de um
simples número. Ide, e fazei vós o mesmo.
(Lucas 10,37).
Paz e Bem!
A Formação
PASSATEMPO FRANCISCLARIANO AG
«Cântico
das Criaturas», de S. Francisco de Assis
Louvado
sejas, MEU SENHOR, pelos que PERDOAM pelo TEU AMOR e SUPORTAM
as ENFERMIDADES e TRIBULAÇÕES. LOUVADO SEJAS, meu Senhor, pela
nossa IRMÃ, a MORTE CORPORAL, da qual HOMEM algum pode
escapar. Louvai todos e BENDIZEI o meu Senhor! Dai-Lhe graças e servi-O
com grande HUMILDADE!
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FRASES DE SANTA CLARA RETIRADAS DA PRIMEIRA CARTA A SANTA INÊS DE PRAGA
“Lembre-se de sua decisão como uma segunda Raquel: não perca de
vista se Ponto de partida.”
“Ó
bem-aventurada pobreza, que àqueles que a amam e abraçam concede as
riquezas eternas.”
“Ó santa pobreza, aos que a têm e desejam
Deus prometeu o reino dos
céus(Mt.5,3).”
“Ó
piedosa pobreza, que o Senhor Jesus cristo se dignou abraçar acima
de tudo, Ele que regia e rege o céu e a terra, ele que disse e tudo foi
feito!” Sl32,9; 148,5)
“Sabeis que vestido não pode
lutar com nu, pois vai mais
depressa ao chão quem tem onde se
agarrado.”
“Que vos deixeis
fortalecer no seu santo serviço
Crescendo de bem para melhor, de virtude
em
virtude.”(Sl 83,8)
“Que o
Senhor vos guarde. Orai por
(1Ts 5,25) mim.”
São
Francisco e Santa Clara,
rogai por nós
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