quarta-feira, 20 de abril de 2016

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE ABRIL DE 2016

A Eucaristia, penhor da ressurreição

                                             Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo
                                                                      (Lib. 5,2,2-3:SChl53,30-38)      (Séc.l)

    Se não há salvação para a carne, também o Senhor não nos redimiu com o seu sangue. Sendo assim, nem o cálice da eucaristia é a comunhão do seu sangue nem o pão que partimos é a comunhão do seu corpo. O sangue, efetivamente, procede das veias, da carne, e do que pertence à substância humana. Essa substância, o Verbo de Deus assumiu-a em toda a sua realidade e por ela nos resgatou com o seu sangue, como afirma o Apóstolo: Pelo seu sangue, nós fomos libertados. Nele, as nossas faltas são perdoadas (Ef 1,7).
    Nós somos seus membros e nos alimentamos das coisas criadas que ele próprio nos dá, fazendo nascer o sol e cair a chuva segundo sua vontade. Por isso, o Senhor declara que o cálice, fruto da criação, é o seu sangue, que fortalece o nosso sangue; e o pão, fruto também da criação, é o seu corpo, que fortalece o nosso corpo.
 Portanto, quando o cálice de vinho misturado com água e o pão natural recebem a palavra de Deus, transformam-se na eucaristia do sangue e do corpo de Cristo. São eles que alimentam e revigoram a substância de nossa carne. Como é possível negar que a carne é capaz de receber o dom de Deus, que é a vida eterna, essa carne que se alimenta com o sangue e o corpo de Cristo e se torna membro do seu corpo?
O santo Apóstolo diz na Carta aos Efésios: Nós somos membros do seu corpo (Ef 5,30), da sua carne e de seus ossos (cf. G n 2,23); não é de um homem espiritual e invisível que ele fala - o espírito não tem carne nem ossos (cf. Lc 24,39) - mas sim do organismo verdadeiramente humano, que consta de carne, nervos e ossos, que se nutre com o cálice do seu sangue e se robustece com o pão que é seu corpo.
O ramo da videira plantado na terra, frutifica no devido tempo, e o grão de trigo, caído na terra e dissolvido, multiplica-se pelo Espírito de Deus que sustenta todas as coisas. Em seguida, pela arte da fabricação, são transformados para uso do homem. Recebendo a palavra de Deus, tornam-se a eucaristia, isto é,o corpo e o sangue de Cristo. Assim também os nossos corpos, alimentados pela eucaristia, depositados na terra e nela desintegrados, ressuscitarão a seu tempo, quando o Verbo de Deus lhes conceder a ressurreição para a glória do Pai. É ele que reveste com sua imortalidade o corpo mortal e dá gratuitamente a incorruptibilidade à carne corruptível. Porque é na fraqueza que se manifesta o poder de Deus.

Chamados à unidade, 
afirma dom Francisco Biasin

Aparecida (SP) - "As nossas igrejas devem realmente se tornar ponte entre norte e sul, entre leste e oeste, nós somos chamados a dar um testemunho de comunhão e de unidade dentro de um contexto cultural, social, econômico, que traz conflitos", disse o bispo de Barra do Piraí - Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Francisco Biasin, durante entrevista coletiva à imprensa, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho, em Aparecida (SP). O bispo tratou da celebração ecumênica que acontece todos os anos durante as Assembleias Gerais da Conferência. "Como todos os anos, realizaremos uma celebração ecumênica, é uma tradição que iniciou colhendo a força do espirito do Concílio Ecumênico Vaticano II, quando os bispos convidaram irmãos de outras igrejas para reforçar o diálogo na superação de preconceitos de décadas ou até de séculos em certos casos", disse. O prelado também destacou a declaração conjunta "Do conflito à comunhão".
Sobre a iniciativa, o bispo explica que todo ano participam representantes das igrejas membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) que possuem afinidade e sensibilidade para este tipo de diálogo e que, a cada ano, a celebração reforma a temática da Semana de Oração pela unidade dos cristãos. "Na semana que antecede Pentecostes muitas igrejas cristãs unem-se em oração para pedir a unidade cristã que é o desejo de Jesus, está no seu testamento", salienta. "A cada ano tem uma nação onde os cristãos de várias igrejas apresentam um texto de reflexão. Este ano, o documento foi preparado pelos cristãos da Letônia, que é um Estado que por muitos anos ficou sob a dominação do regime comunista, e o título dessa Semana de Oração é o seguinte: proclamar os grandes feitos do Senhor", informou.
    Ainda neste sentido, dom Biasin argumenta que a Letônia, apesar de todo o sofrimento, conseguiu chegar a uma unidade. "As comunidades cristãs da Letônia conseguiram resistir a duríssimas perseguições do regime soviético porque se uniram entre si. A perseguição fez com que eles não olhassem as diferenças, mas olhassem em primeiro lugar o que tinham em comum e na oração, na fraternidade, e muitas vezes no sofrimento em derramar o seu próprio sangue, eles encontraram uma unidade que nunca teriam alcançado sem a perseguição", contou. O bispo enfatizou que a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), preparada pelos cristãos da Letônia, colabora para a solução de problemas emergentes no país. "É para nós uma proclamação dos grandes feitos do Senhor que até da perseguição consegue tirar algo de positivo, algo que testemunha a unidade dos seus seguidores, portanto esta noite, nós nos baseamos neste lema da Semana de Oração pela Unidade, iremos com os irmãos e irmãs que vierem de outras igrejas proclamar também os grandes feitos do Senhor e aquilo que ele aponta para nós como caminho de unidade", afirma. 

                                                                                                 Extraido de: www.franciscanos.org.br 



CURSO BÁSICO DO CARISMA FRANCISCANO

(APÊNDICE) 3ª PARTE 

O ROSÁRIO DO PADRE SERRA (FREI JUNÍPERO SERRA.OFM 1713-1784)

   Cultivavam muitos legumes; plantavam laranjas, limões e outras frutas; azeitonas, amêndoas, avelãs e figos, tâmaras e videiras. Araram e semearam grandes campos de trigo, cevada, milho e aveia. Entre os anos de 1783 e 1832 (49 anos) as vinte e uma (21) missões produziram dezesseis milhões, quinhentos e cinquenta mil e quinhentos e cinquenta (16.550.550) alqueires de alimentos para os índios e para as colônias, e chegaram a possuir cerca de mil e quinhentas cabeças de gado, além de outro tanto de carneiros e ovelhas.
    Foram os franciscanos que deram começo às obras de irrigação. Puseram diques em riachos, construíram reservatórios e aquedutos. Muito de seus pomares e hortas eram rodeados de belas montanhas. As águas também foram aproveitadas para as moendas de cereais e de azeite doce. Alguns destes moinhos de água ainda funcionam nas aldeias e estâncias (fazendas) da Califórnia.
    Aquelas missões, cerca de um dia de distância umas das outras para os viajantes a cavalo, tornaram-se os pontos de pouso dos viandantes daqueles dias. Sossegadas, limpas, frescas, ao abrigo das hostilidades dos índios (grupos ainda não educados e convertidos) eram verdadeiros Oásis para o peregrino fatigado que lhes batia à porta. E os que por ali passavam tinham oportunidade de conversar com homens instruídos, e de ler nas bibliotecas das missões.
    A antiga Estrada Real, aberta pelos franciscanos e mais alargada para dar passagem aos comboios de "carretas" (termo espanhol) ou diligências que vinham do México, teve o seu traçado determinado principalmente pela localização das missões. Ao tempo da conquista da Califórnia, os norte americanos encontraram no caminho aberto por Frei Junípero a única via de comunicações militares da região. Ainda hoje, a estrada de ferro segue aproximadamente o traçado da velha estrada real.
Nos dias do Padre Lasuén quase todas as igrejas das missões começaram a tomar o aspecto que as mais bem conservadas guardam até hoje. Sem que fossem arquitetos experimentados, os franciscanos tinham de resolver os seus próprios problemas arquitetônicos e artísticos. A amarga experiência ensinou-lhe que não há nada que um terremoto derrube com tanta facilidade como uma parede de blocos de pedras ou de tijolos. Por isso, paredes que chegavam a dois metros de espessuras, e muitas vezes dotadas de contrafortes, davam ao prédio das missões o aspecto de fortalezas. Os incêndios demonstraram a inconveniência dos tetos de palha, de modo que os frades ensinaram aos índios a fabricarem telhas, e hoje a linda cor dos telhados de suas igrejas é um traço característico.
    O campanário (torres com os sinos), ou pelo menos uma abertura na parede onde se suspendesse o sino, era outro traço típico dessas construções. Os frades eram adeptos do emprego de sinos, que os índios veneravam e que os encantavam, porque falam linguagem musical, que pode ser por todos compreendida. Os sinos chegaram a ser símbolo das missões da Califórnia. Com o tempo, seu timbre só se tornou mais suave. Mesmo para os protestantes, o badalar dos sinos missionários, a despertá-los sempre de manhã, como que se identifica com o ritmo da vida.
    Nas igrejas das missões, a arte aborígene pôde expandir-se. Muitas das primitivas portas das missões estão entalhadas com fundas linhas paralelas onduladas, que representam o símbolo "rio da vida" dos índios. Os bem avisados franciscanos permitiam que os índios oferecessem a Deus aquilo que era deles, suas vidas. Assim, o frade e o neófito (recém convertido) trabalhavam juntos, formando um estilo arquitetônico próprio. Com suas curvas suaves e suas cores delicadas, as missões harmonizam-se perfeitamente com a paisagem em que se inspiraram os construtores da Califórnia, chegando a constituir um estilo típico. E se tudo que ali se edificou não é igualmente belo, não é por culpa dos originais que se pretendeu copiar.

                                                                                Paz e Bem!







Aos Irmãos(ãs) da OFS, amigos e conhecidos

À guisa de razões de uma madança

    Desde meados de fevereiro último, deixei meu apartamento no Edifício Dona Arabela, em Petrópolis. Mudei-me para o Lar São João de Deus, em Itaipava, terceiro distrito de Petrópolis. Onde estou hospedado. O Lar pertence aos Irmãos da Ordem Hospitalar deste santo português (1495-1550), fundada em Granada, Espanha em 1572.
    A mudança se justifica, primeiro, pelas naturais dificuldades de administrar o apartamento, em razão da idade avançada e de minhas consequentes deficiências e exigências. No entanto, graças a Deus, ainda gozo de boa saúde. Mais. Não tenho filhos morando em Petrópolis. Aqui, além da hospedagem, tenho assistência médica e de enfermagem, atividades diversas e uma capela com Missa diária. Tenho tempo para caminhar, refletir, rezar, ler e escrever. Recebo visitas e posso sair com um responsável. Sou bem acolhido e estou satisfeito com o tratamento. Meus filhos estão sempre preocupados em cuidar de mim e em me ajudar.
    Que posso querer mais? É o local que desejava para viver os dias, que a bondade de Deus me der. Sou grato pela acolhida, que recebo dos responsáveis e funcionários da casa. Adaptei-me rapidamente à engrenagem do horário da Instituição. Sinto-me bem e contente com a vida que estou levando. Que Deus me ajude para que ela continue assim.


Meu novo endereço:

Lar São João de Deus
Estrada União e Industria, n° 12192 - Itaipava - Peírópolis, RJ
Te!.: (24) 2222-2657 - Ramal 238

                                                      Petrópolis, 23 de março de 2016 
                                    
                                                  Paulo Machado da Costa e Silva, OFS

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