FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15
horas na Igreja
do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VII JUNHO DE 2016 - Nº 12
SANTA CLARA DE ASSIS
Frei Hugo
D. Baggio,OFM
O ENCONTRO
Depois que Clara ouviu Francisco pregando na Catedral,
não mais sossegou. Precisava encontrar-se com êste
enamorado de Dona Pobreza. Acompanhada pela tia, foi ocultamente ter com Francisco.
Eis como descreve este primeiro encontro Nino Salvaneschi:
"Clara e Francisco olharam-se fixamente,
como se por um misterioso acorde de almas se houvessem reconhecido.
— Tu serás a
manhã que há de
anunciar a nova aurora cristã do mundo.
E Clara, fitando-o com os grandes olhos celestiais,
respondeu:
— E tu serás o sol que há de
iluminar a minha jornada terrena.
Calaram-se por um instante, e o silêncio tocou-os mansamente, como asa invisível.
— Bem vês, minha irmã — prosseguiu ainda Francisco — eu sou um homem simples,
sem letras.
— E eu sou a tua
"plantinha".
De novo o silêncio os envolveu.
— Ouve, sorella minha — continuou Francisco — eu desejaria cantar um dia os
louvores da terra e do fogo, do céu e
do vento e de todas as criaturas por amor do Altíssimo, Onipotente e
Bom Senhor.
E Clara prontamente, sem baixar os olhos:
— E eu quisera servir um dia
todas as criaturas que sofrem, só pelo amor do Deus eterno".
Findara o colóquio. Mas os dois se compreenderam e lhes nasceu na alma o desejo de
andarem um ao lado do outro no mesmo caminho para o mesmo céu.
No decurso de todo um ano, foram se repetindo
os encontros e os colóquios. A discípula já
penetrara os segredos do ideal do mestre. Às vésperas do Domingo de Ramos,
tiveram o último colóquio. Combinaram que, no dia seguinte, Clara daria o passo
decisivo, passo que vinha ensaiando há tanto tempo.
Tudo devia ser feito com a maior cautela, pois
tal decisão significava luta aberta contra Clara. O
fogoso tio Monaldo, irmão do conde Faverone, sem dúvida, lançaria mão da
espada, pois acima de um ideal colocava ele a riqueza e o nome da família. Como
poderia suportar a orgulhosa linhagem dos Scifi que dentre seus rebentos
houvesse mendigos? Como compreenderia que o ideal vale mais que o ouro?
Clara, ajudada pela amiga fiel Bona de
Guelfuccio, foi dispondo tudo, cautelosamente,
como um general em vésperas de uma batalha decisiva. Em seus ouvidos soavam,
como suave melodia, as últimas palavras de Francisco:
— Minha filha,
esquece a tua
casa e a tua
gente. Esquece tudo e sai do teu palácio.
EMBLEMA DA VITORIA
Enfim despontou o domingo de Ramos. Clara, após uma noite de ansiedade, como costumam ser as que precedem os grandes
acontecimentos, e durante a qual vira desfilar em sua fantasia planos e
anseios, preocupações e temores, ergueu-se resoluta.
Acompanhada pela mãe e pelas irmãs dirigiu-se à Catedral para a cerimônia da distribuição
dos Ramos Bentos. Sendo este o último dia, conforme seus projetos, que passaria
no mundo, trajou suas vestes mais preciosas e ornou-se com as mais ricas jóias.
Estava realmente deslumbrante.
Quando tomou seu lugar na Catedral, logo
despertou cochichos entre as moças presentes:
— Veja como
Clara está encantadora! Olhe só para o precioso veludo do vestido... e as rendas...
— E' realmente uma princesinha de
18 anos.
— Hoje está assim deslumbrante,
porque, como dizem, contratou
noivado com um rico gentil-homem de Espoleto e, em breve, será o casamento ...
Clara nada percebia. Com o rosto entre as mãos, ouvia como um martelar insistente a voz de Francisco: — Esquece a
tua casa e a tua gente. Esquece tudo e deixa o teu palácio.
Deixar tudo... esquecer tudo... Mas minha
querida mãe, minhas irmãs, principalmente a minha Inês
tão meiga e tão irmã minha nos sentimentos e gostos. E o escândalo da fuga. A
ira de papai, do tio Monaldo, dos outros chefes da família... Uma Scifi
fazer-se mendiga... E com a fuga estará tudo resolvido?... Fugir... E os meus
dezoito anos?
Mas uma voz mais poderosa se impunha: esquece a
tua casa e a tua gente. Esquece tudo...
Absorta nestas meditações não percebeu que no altar a cerimônia, precedida pelo bispo Guido,
se desenrolava com toda a pompa. Nem ouviu o canto do "Hosana ao Filho de David".
Nem notou que os fiéis se aproximavam do bispo para receber a palma benta.
Quando voltou à realidade viu que o bispo Guido se dirigia até onde ela estava
ajoelhada e lhe entregava uma palma benta.
Clara osculou a mão do bispo. Compreendeu o sinal. Esta palma significava tàcitamente o
sinal da vitória. A voz de Francisco, que era a voz de Deus, vencera sobre as
vozes do coração e da carne.
Tinha vencido a primeira batalha. Mas outras
mais, talvez mais duras, a aguardavam. Mas aquela voz quente e incisiva lhe
soava ao coração:
— Tu serás a manhã que há de anunciar a nova aurora cristã do mundo.
Continua no informativo – Ano VIII - JULHO DE 2016 -
Nº 01
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE JUNHO
2 — B.
João Pellingoto, 3ª Ordem.
3 —
B. André de Spello,
1ª Ordem.
4 — B. Pacífico de Cerano, 1ª Ordem.
5 —
B. Maria Clara Nanneti,
3ª Ordem Regular, mártir
da China
6 —
B. Lourenço de Vilamagna,
1ª Ordem.
7 —
B. Maria da Paz Bolsena, 3ª Ordem Regular, mártir da China
8 —
B. Hermínia de Jesus, 3ª Ordem Regular, mártir da China
9 — S. Cornélio Wican,
1ª Ordem, mártir em Gorkum
10
— S.Pedro de Assche, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
11
— B. Guido de Cortona, 1ª Ordem.
12
— B. lolanda, Duquesa da Polônia, 2ª Ordem.
13
— S. Antônio de Lisboa, 1ª Ordem.
14
— S. Francisco de Bruxelas, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
15
— S. Antônio de Hoornaert, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
16
— S. Antônio de Werten, 1ª Ordem,
mártir em Gorkum.
17
— B. Pedro Gambacorta, 3ª Ordem Regular.
18
— S. Godofredo de Merville, 1ª Ordem,
mártir em Gorkum.
19 —
B. Miquelina de Pesaro, 3ª Ordem.
20
— S. Willehado da Dinamarca, 1ª Ordem,
mártir em Gorkum (1482-1572) c. 1867
21
— S. Nicásio Jonson, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
22
— B. André Bauer, 1ª Ordem, mártir da China
23
— S. José Cafasso, 3ª Ordem.
24
— B. Teodorico Balat, 1ª Ordem, mártir da China
25
— B. José Maria Gambaro, 1ª Ordem, mártir da China.
26
— B. Cesídio de Fossa, 1ª Ordem, mártir da China
27
— B. Benvenuto de Gubio, 1ª Ordem.
28
— B. Elias Facchini, 1ª Ordem, mártir da China
29
— S. Vicenza Gerosa,
3ª Ordem.
30 — B. Raimundo Lulo, 3ª Ordem, mártir
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