quarta-feira, 6 de julho de 2016

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 02 DE JULHO DE 2016 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Santa Paulina

FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
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E-MAIL: ofssagradopetropolis@gmail.com
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15

 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano VIII  JULHO DE 2016 -  Nº  01

SANTA CLARA DE ASSIS


                                                                                Frei Hugo D. Baggio,OFM

FUGA  ATRAVÉS  DA  NOITE

Naquela noite de Domingo de Ramos, Clara deitou-se em seu fofo leito, mas os olhos perma­neceram bem abertos, como para gravar aquele ambiente familiar, no qual passaria a última noite. A última noite. . . Pela última vez sentia a maciez do seu leito de donzela, sob o dossel de seda... pela última vez ouvia a respiração das irmãs, que ali perto dormiam plàcidamente, alheias ao drama que ela vivia... pela última vez ouvia o passo cadenciado dos guardas que vigiavam o sono do velho castelo... pela última vez contemplava a lua pela janela de seu quarto e já não veria o sol, na manhã seguinte. . . Ah! esse termo última lhe pro­vocava uma sensação angustiante, que lhe como­via todo o ser.
O silêncio dominava pesado, enchendo todo o castelo já envolto em trevas. Silêncio e trevas dis­putavam o domínio da noite, como o medo e a ansiedade disputavam a alma de Clara.
        Por uma das portas dos fundos do castelo dos Scifi, duas mulheres, envoltas em amplos mantos, saem cautelosamente. Dois fantasmas deslizando junto às muralhas. O menor barulho corta-lhes os passos. Lentamente se afastam. A certa altura, uma delas se volta e imóvel contempla por longo tempo a silhueta escura do castelo a se desenhar, indistintamente, no negror da noite. Talvez procu­rasse uma janela, onde uma tênue luz alumiava duas jovens dormindo e um leito vazio. Depois, em pas­so firme se afastaram, embrenhando-se nas som­bras da noite.
Era a jovem Clara acompanhada pela amiga Bona.
Embrenharam-se pelas ruas mais escuras e si­lenciosas, a fim de evitar encontros desagradáveis. Rumavam para a Porciúncula, o solar de Dona Po­breza habitado por Francisco e seus companhei­ros de hábito escuro.
Deixaram a cidade. Penetraram no bosque que a lua iluminava pàlidamente e que a brisa da noite fazia cantar. De súbito, ao longe, desenha-se uma luz, que à medida que se aproxima aumenta de intensidade, até iluminar o caminho, as árvores, o bosque. E' o cortejo dos frades, que com tochas acesas vem ao encontro da esposa de Cristo.
E entre as duas alas de irmãos, a virgem Cla­ra é conduzida à capela de Santa Maria dos An­jos, cheia de luzes e de palmas, que vivia, nesta hora, uma das horas mais solenes de sua história.
Clara radiante de alegria e trêmula de emoção vai ajoelhar-se aos pés do altar. Lá de cima, a Vir­gem lhe sorri. Depõe o rico manto que a envolvia. Surge esbelta num vestido de noiva, alvo como a neve, recamado de lantejoulas, que brincam irriquietas à luz dos círios batida pela brisa. Com um gesto resoluto lança aos pés de Francisco as vestes custosas. Francisco, em troca, lhe lança um hábito escuro e grosseiro. Cinge-lhe a cintura com rude corda, onde aparecem três nós para lembrar à jo­vem Clara, que dora em diante deverá viver, até à morte, na mais estrita Obediência, na mais per­feita Castidade e na mais absoluta Pobreza. Que troca, meu Deus!
           E Francisco ainda não está satisfeito. Toma de uma tesoura e impassível corta a longa e loira cabeleira de Clara, que em ondas lhe cascateava pelos ombros. O chão ficou juncado daquela loi­ra messe, que o Senhor acabava de ceifar.
Sobre aquela cabeça, assim destituída de seu adorno, coloca Francisco dois véus: um branco, simbolizando a Pureza; um preto, lembrando a pe­nitência.
Estava finda a cerimônia.
Neste momento, a nobre e rica Clara Scifi tor­nava-se a pobre Irmã Clara. E ao lado da Ordem dos Frades Menores nascia a Ordem das Pobres Damas.


SANTA CLARA

A riquíssima trama do brocado,
Jóias,  encanto,  culto  lisonjeiro,
Tudo de Clara Scifi abandonado
Por uma corda e hábito grosseiro.

Beijo final de exânime troveiro,
Raio de sol de abril em seu doirado
cabelo esplende e morre. ..  derradeiro
Adeus do mundo ao oiro desprezado.

Treva. Extinguiu-se a flama  crepitante
Dos archotes. A espôsa, benta seja,
Vencera a natureza. Neste instante

O tesoiro rolou.,. Iluminara
A tenebrosa solidão da igreja
O cabelo de luz de Santa Clara.

            Durval de Morais,  «Lira  Franciscana»,


VITÓRIA  SOBRE  OS  PARENTES

         Terminara a modesta cerimônia que transformara o sonho de Clara em radiante realidade: era agora igual a Francisco. Unidos, dariam ao mundo o grande exemplo de um ideal novo e renovador.
Aos poucos, as trevas foram ocupando, nova­mente, a capelinha de Santa Maria dos Anjos. Mas aonde iria Soror Clara? Não poderia ficar na ca­pela e os frades só tinham por ali algumas chou­panas feitas de ramos...
A uns quatro quilômetros de Assis, achava-se o convento de São Paulo, das Monjas Benediti­nas. Para lá conduziu Francisco a nova Irmã que foi recebida alegremente pelas monjas. Mas não seria este o lugar do sossêgo e da paz tão alme­jados por Clara.
No dia seguinte, célere como um relâmpago, correu à cidade de Assis a noticia: Clara, a condêssazinha dos Scifi, fugiu. E no palácio, então, o al­voroço foi tremendo: criados e criadas, nobres e cavaleiros percorriam as ruas e os arredores da ci­dade, procurando a fugitiva, ou ao menos notícias. Afinal deram com o esconderijo: o convento das Monjas Beneditinas.

Continua no informativo – Ano VIII -            AGOSTO DE 2016  -  Nº  02


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JULHO

l —  S. Teodorico Emdem, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
2 — S. Jerônimo de Werten, 1ª Ordem,  mártir em Gorkum
3 — B. Carmelo Volta, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Isabel, Rainha de Portugal, 3ª Ordem
5 — B. Francisco  Fogolla, 1ª Ordem, mártir  da China.
6 — B. Antonino Fantosati, 1ª Ordem, mártir da China
7 — B. Manuel Ruiz  1ª Ordem, mártir
8 — B. Gregório Grassi, 1ª Ordem, mártir da China. 
9 — S.Nicolau Pick, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
10 — S. Verônica Giuliani, 2ª Ordem.
11 — S. João Wall, 1ª Ordem, mártir.
12 — S. João Jones, 1ª Ordem, mártir.
13 — B. Angelina  de   Marsciano, 3ª Ordem.
14 — S. Francisco   Solano,  1ª Ordem.
15 — S. Boaventura de Bagnoregio, 1ª Ordem.
16 — ANIVERSÁRIO    DA    CANONIZAÇÃO   DE S. FRANCISCO DE ASSIS
17 — S. Maria Madalena Postel,  3ª Ordem.
18 — B. Simão de Lipnica, 1ª Ordem.
19 — B. Nicanor  Ascanio, 1ª Ordem, mártir.
20 — B. Nicolau Maria Alberca e Torres, 1ª
          Ordem, mártir.
21 — S. Lourenço de Brindes, 1ª Ordem.
22 — B. Cunegundes, Rainha da Polônia, 2ª Ordem.
23 — S. Brigida da Suécia, 3ª Ordem.
24 — B. Luísa de  Saboia, 2ª Ordem.
25 — B. Pedro de Mogliano, 1ª Ordem.
26 — B. Arcângelo   de   Calatafini, 1ª Ordem.
27 — B. Maria  Madalena  Martinengo, 2ª  Ordem.
28 — B. Matia de Nazarei, 2ª Ordem.
29 — B. Novelone de Faenza, 3ª Ordem.
30 — S. Leopoldo  Mandic, 1ª Ordem.
31  —B. Pedro Soler, 1ª Ordem, mártir.Gorkum.

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