FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15
horas na Igreja
do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VIII MARÇO DE 2017 - Nº 09
SANTA CLARA DE ASSIS
Frei Hugo
D. Baggio,OFM
ESPIRITO DE ORAÇÃO
Em todas as circunstâncias da vida, seja nas horas felizes, seja nas de adversidade, o homem
sente necessidade de compartilhar com alguém seus afetos. E melhor companheiro
para todas as horas não há que Deus. Por isso recorre o homem à oração.
A prece é a poderosa fonte
de energia, onde são temperadas as forças desperdiçadas na luta de cada dia,
onde o homem pode munir-se de coragem e confiança para enfrentar o dia de
amanhã, sob qualquer aspecto que se apresente. E não há estado de alma que não
encontre na oração o seu clima.
Dizia o parlamentar espanhol Donoso Cortês: "Eu creio que os que oram trabalham mais pelo mundo do que os
que combatem. E se o mundo vai de mal a pior é porque há nele mais batalhas que
orações".
E o que dizer de uma existência dedicada totalmente à oração? Um recenseamento em nossos dias,
como nos dias do passado, um número enorme de respostas seria: inútil!
Que terá pensado soror
Clara? Responde-o com o exemplo de sua vida. Como andorinhas estavam entregues
as damianitas aos cuidados da Providência, E como andorinhas não
faziam mais que chilrear. E seus chilreies eram orações.
Na regra que Clara legou às filhas, o dia está semeado de preces. Já à
meia-noite, quando um dia
passa a responsabilidade ao outro, encontra as irmãs reunidas no coro, louvando
a Deus. E em louvores a Deus vai decorrendo o dia. Assim, quando o irmão sol
nasce, encontra-as rezando, quando se deita deixa-as rezando e rezando as
encontra também a irmã lua.
Uma noite, as irmãs estavam no seu pobre coro imersas em meditação. O silêncio e a penumbra
as envolvia, quase ocultando-as uma da outra. Apenas a lamparina de azeite
piscava lentamente, como que temerosa de desfazer o enleio.
De súbito, uma luz
intensa enche o ambiente. As irmãs assustadas procuram a fonte de tão repentina
luz. Olham para o lado de soror Clara e não a encontram com seus olhos, porque
está envolta em chamas. Toda ela é uma chama.
No meio das chamas aparece soror Clara, tendo
sobre os joelhos um formoso menino, brilhante como uma tocha. Os dois se
entretinham em amável conversação.
Uma manifestação externa
do fogo que ardia no coração de soror Clara, fogo que à semelhança de São
Francisco leva-a a cantar:
In
foco amor mi
mise,
divisemi Io core.1
O amor
incendiou-me,
destroçou-me o
coração.
A FILHA DA OBEDIÊNCIA
O amor de soror Clara pela obediência andava ao lado do seu amor pela pobreza. Um tocante exemplo da
obediência recompensada de soror Clara, no-lo narram os Fioretti:
Soror Clara, devotíssima discípula da cruz de Cristo e nobre planta de
frei Francisco, era de tanta santidade que não só os bispos e cardeais, mas o
próprio papa desejava com grande afeto vê-la e
ouvi-la e frequentes vezes a visitava pessoalmente.
Entre outras, veio o santo Padre uma vez ao
mosteiro para ouvi-la falar das coisas celestiais e divinas. E estando assim
juntos em divinos colóquios, soror Clara mandou
preparar a mesa e pôr nela o pão, a fim de que o santo Padre o benzesse. Pelo
que, terminado o entretimento espiritual, soror Clara pediu-lhe que se dignasse
benzer o pão posto na mesa. Mas o papa:
— Soror Clara, fidelíssima, quero
que benzas este pão e faças sobre
ele o sinal da cruz de Cristo ao qual te deste inteiramente.
Soror Clara
disse:
— Santíssimo Padre, perdoai-me. Que eu seria
digna de muito grande repreensão se, diante do Vigário de Cristo, eu, que sou
uma vil mulherzinha, tivesse a presunção de dar tal bênção.
E o
Papa responde:
— A fim de
que isto não seja imputado à presunção, mas ao mérito da obediência, ordeno-te
pela santa obediência que sobre este pão faças o sinal da cruz e o benzas em
nome de Deus.
Então soror Clara, como
verdadeira filha da obediência, benzeu devotissimamente aqueles pães com o
sinal da santa cruz. Admirável coisa de ver! subitamente em todos aqueles pães
apareceu o sinal da cruz belissimamente gravado e então daqueles pães, uma
parte foi comida e outra guardada por causa do milagre.
E o santo
Padre, tendo visto o milagre, tomando do dito pão e agradecendo a Deus, partiu-se, deixando soror Clara com sua bênção
(I Fioretti, XXXIII).
A PENITENTE
O mês de setembro
chegara sobre São Da-mião. As andorinhas despediam-se dos seus ninhos para
buscar ares mais quentes e para fugir ao vento do outono que começava a
despojar as árvores de suas folhas.
Clara reuniu suas irmãs, que acorreram pressurosas:
— E' belo viver em doce penitência e maravilhosa pobreza.
Mesmo que o
vento sopre gélido, é sempre o nosso irmão
que canta nos ciprestes que nos
rodeiam, apontando o céu.
— Pensam os
homens — diz
soror Inês — que abraçando esta
vida de penitência renun-ciamos ao
desejo inato da
felicidade. Puro engano! Irmã
Clara, no palácio de nosso
pai, onde nada nos faltava, tínhamos
porventura encontrado a felicidade?
— Jamais
sinto tanta felicidade como depois que este pobre hábito, assim
remendado, me cobre o corpo, depois que meus pés descalços estão em
contacto com a terra fria, depois que em
nossa mesa só aparece o pão da caridade.
— Frio, fome, pobreza e sofrimento, tudo suportaremos
em espírito de reparação — acrescentou soror Pacífica.
Clara olhou para o pequeno jardinzinho, onde
os pássaros brincavam nas
roseiras. E como
eles sentiu-se livre e como eles feliz.
— Irmãs
minhas, nosso leito serão
as tábuas duras e nosso travesseiro um cêpo.
Continua no informativo – Ano VIII - ABRIL DE 2017 -
Nº 10
SANTOS FRANCISCANOS
MES DE MARÇO
1 — S. Francisco Fahelante, 3ª ordem, mártir do Japão
2 — S. Inês de Praga, 2ª Ordem.
3 — B. Inocêncio de Berzo, 1ª Ordem
4 — B. Cristóvão de Milão, 1ª Ordem
5 — S. João José da Cruz, 1ª Ordem
6 — SS. Cosme e Máximo Takeya, 3ª Ordem - Mártires do Japão.
7 — S. Pedro Sukejiro, 3ª Ordem, mártir
do Japão
8 — S. MiguelKosaki, 3ª Ordem, mártir do
Japão
9 — S. Luís Ibaraki, 3ª Ordem, mártir do
Japão
10 — B. Tomás
Sen, 3ª Ordem, mártir da China
11 — B. João Baptista de Fabriano, 1ª Ordem
12 — B. Simão
Tchen, 3ª Ordem, mártir da China
13 — B. Agnelo de Pisa, 1ª Ordem
14 — B. Pedro
U-Ngan-Pan, 3ª Ordem, mártir da
China
15 — B. Matias Fan-TE,
3ª Ordem, mártir da China
16 — B. Pedro Tciang, 3ª Ordem, mártir da
China
17 — B. Francisco
Tciang,
18 — S. Salvador da Horta, 1ª Ordem
19 — S. José – Esposo da Virgem Maria – Solenidade
20 — B. Hipólito Galantini, 3ª Ordem
21 — B. João de Parma, 1ª Ordem
22 — S. Benvenuto de Osimo, 1ª Ordem
23 — B. Marcos
de Montegallo, 1ª Ordem
24 — B. Diogo José de Cadiz, 1ª Ordem
25 — S. Tiago
Jen, 3ª Ordem, mártir da China
26 — B. Pedro
Wang, 3ª Ordem, mártir da China
27 — B. Tiago
Tchao, 3ª Ordem, mártir da China
28 — B. Joana
Maria Maillé, 3ª Ordem
29 — B. João
Tciang, 3ª Ordem, mártir da China
30 — S. Pedro Regalado, 3ª Ordem
31 —B.Patrício Tong, III O., mártir da
China
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