FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VII OUTUBRO DE 2015 - Nº 04
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUFRA
CAPÍTULO XV
O ÊXODO
(Continuação)
Não
obstante as palavras da filha, a noite parecia interminável aos velhos pais.
Vencidos pela fadiga cerravam às vezes as pálpebras, mas não conseguiam
adormecer. Catarina temia sentir a cada passo o hálito de uma fera saída da
floresta.
Finalmente,
o céu tingiu-se de cinzento e a silhueta da campina desenhou-se com seus arbustos,
rutilando sob a cobertura de gelo. Orientando-se, reconheceu João os montes
Címini que, à palidez da luz, lembravam blocos de cristal.
—
Estamos próximos a uma pequena cidade que provavelmente nos dará agasalho.
Rosa
sacudiu seus lindos cabelos, sobre os quais a neve havia formado como que um
chapéu. Pareceu-lhe que, no desenrolar de uma noite, a mãe envelhecera vinte
anos. Com solicitude cavalheirosa, ajudou à mãe pôr-se em caminho. Sòmente
corvos vagavam em bandos, enchendo o espaço com seus crocites selvagens.
A manhã
se escoava. Após o meio-dia, divisaram umas muralhas dominadas por uma torre,
sobre a qual tremulava uma bandeira, que aparecia aos seus olhos mais formosa
que o arco-íris ou a neve dos campos ou o mais saboroso fruto pendente de
alguma árvore.
Seus olhos, que tinham contemplado sobre os monumentos
de Viterbo o pavilhão inimigo vitorioso e tinham passado pelos transes da opressão, fixavam-se, agora, fascinados, no estandarte
pontifício.
Era
a cidade guelfa de Soriano, que permanecia fiel ao Papa e na qual o "joio
da liberdade" podia medrar. Já há muito a fama dos milagres de Rosa se
abrigava dentro das muralhas desta cidade e, por isso, ela foi acolhida como um
mensageiro do céu.
CAPITULO XVI
A FIEL SORIANO
"Ordenou-me
Deus que erguesse a minha
voz e profetizasse a desgraça dos ímpios"
(Of. S. Rosa de
Viterbo — I Vesp. 4» Ant.).
Por meio
dos exilados os habitantes de Soriano foram postos ao par dos sofrimentos
suportados por Viterbo. Com satisfação, comentavam as primeiras derrotas de
Frederico. E uma vez que Frederico acreditava na astrologia, podia dizer que
havia começado o declínio da sua estrela.
Rememorava-se a
destruição do acampamento do Imperador em Vittoria e exaltava-se a coragem dos
guelfos de Parma. Ênzio, que tantas vítimas lançara no cárcere, é, por sua vez,
encerrado até a morte. E com voz velada, perguntavam a Rosa se o castigo do
tirano não estaria iminente. E a resposta era que ninguém escapa à justiça de
Deus. Os pais não se surpreenderam com as atitudes da filha, pois estavam
afeitos a coisas extraordinárias.
Quando
da terrível noite da expulsão, Rosa se mostrara de uma coragem alegre, mas
agora, abrigada, em segurança, parecia inconsolável.
A
mãe, no entanto, afirmava que ela se devia sentir feliz em poder aquecer as
mãos geladas nas chamas crepitantes. Rosa mal falava. Mortificava-se e
chorava.
Fôra esta a sua primeira viagem. Depois de ter conhecido
uma grande cidade, via-se agora numa pequena e, por todos os lados, divisava o horroroso
quadro de almas em pecado.
De
quando em vez, ia à janela e fitava o céu coberto de alvas nuvens, tangidas
pelo vento norte. Ao som dos sinos, as mulheres desciam ou subiam a rua da
igreja. Poucos homens as acompanhavam. Por que seria que os que vão à missa
têm um ar mais feliz que os demais? Seriam seres privados da inteligência?
Longe,
na campina, desenhavam-se as encostas nevadas. Patinadores, com os braços
estendidos, deslizavam sobre o lago congelado. O punho de um homem não
disporia de força suficiente para romper a camada de gelo. Como as coisas,
assim se haviam congelado as almas, a ponto de a doçura de Deus não as atrair
mais.
Nem todos os
habitantes de Soriano eram amigos do Papa, como nem todos os amigos do Papa o
eram também de Cristo.
E uma
tal cidade, elegante e graciosa e de religião aparente, era do agrado de
Satanás. A propaganda imperial ia, sorrateiramente, ganhando à heresia e ao
partido gibelino os elementos cobiçosos. Essa multidão trocava o seu Salvador
pelo ouro, prata, pelas jóias e pelos adornos.
A dor,
provocada por um espetáculo invisível aos olhos dos demais, levou Rosa
novamente à praça. Erguendo em suas mãos o crucifixo, mostrava-o a esses
miseráveis:
— Vinde
ver se há dor semelhante à minha dor.
Bem podia aplicar a
si estas palavras colocadas na boca da Virgem das Dores. Dia por dia,
carregado com a cruz, subia Cristo o caminho pedregoso que leva ao seu
Calvário, onde os homens o esperavam para crucificá-l’O.
A
palavra de Rosa fazia brotar o arrependimento dos corações; e os arrependidos
proclamavam que tinham sido alvo de uma grande bênção. Uma menina cheia do
Espírito Santo vivia, presentemente com eles, dentro dos mesmos muros. As cidades vizinhas também queriam ouvir-lhe a voz. Aos
doentes restituía a saúde, aos pusilânimes indicava a senda do dever. Ninguém
podia estar ao serviço de dois senhores. O medo das torturas, da prisão ou da
morte não era motivo para se alistarem nas fileiras dos gibelinos. Tudo devia
ser sacrifica-do pelo Papa, o representante de Deus sobre a terra.
Então; um
grito, que era um
gemido, se erguia:
—
Regressará um dia? Revê-lo-emos na Itália? Inocêncio IV continuava em Lião, no feliz reino da
França, cujo Rei era um santo.
Quando a
desgraça se abate sobre os homens, reclamam eles os profetas que lhes
anunciem o fim próximo das calamidades. Para todas as perguntas, tinha Rosa
uma sábia resposta. Mas, até Dezembro de 1250, nada revelou sobre um acontecimento
ansiosamente esperado por todos: a queda do Imperador.
Continua no informativo – Ano VI - NOVEMBRO DE 2015 -
Nº 05
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SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE OUTUBRO
1 — B. Nicolau da Forca Palena, 3ª Ordem.
2 — BB. Miguel Jamada e Lourenço Jamada,
3ª Ordem, mártires do Japão.
3 — TRÂNSITO
DE S. FRANCISCO DE ASSIS
4 — SOLENIDADE DE S. FRANCISCO DE ASSIS
5 — BB. Luís
Maki e João Maki, 3ª Ordem, mártires no
Japão.
6 — S. Maria das Cinco Chagas, 3ª Ordem.
7 — NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
8 — B. Martinho Gomez,
3ª Ordem, mártir no Japão.
9 — BB. Gaspar Vaz e Maria Vaz, 3ª Ordem, Mártires do Japão.
10 — S. Daniel, 1ª Ordem, mártir em Ceuta.
11 — B. Luísa, 3ª Ordem, mártir no Japão
12 — S. Serafim de Montegranário, 1ª Ordem.
13 — BB. João Tomachi e seus filhos Domingos,
Miguel,
Tomás e Paulo, 3ª Ordem, mártires do Japão.
14 — BB. Ludovico Mihachi e seus filhos Francisco
e Domingos, 3ª Ordem, mártires do
Japão.
15 — B.Francisco de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
16 — B. Tomás Tzugi, 3ª Ordem, mártir no Japão
17 — B. Baldassarre
de Chiavari, 1ª Ordem.
18 — B. Bartolomeu Laurel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
19 — S. Pedro de Alcântara, 1ª Ordem.
20 — B.
Contardo Ferrini, 3ª
Ordem.
21 — S. Angelo, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B.Tiago de Strepa, 1ª Ordem.
23 — S. João de Capistrano, 1ª Ordem.
24 — B. Josefina
Leroux, 2ª Ordem, mártir.
25 — B. Domingos de S. Francisco, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
26 — B. Boaventura
de Potenza, 1ª Ordem.
27 — B. Ludovico Baba, 3ª Ordem, mártir do Japão.
28 — B. Lúcia Fleites, 3ª Ordem, mártir do Japão
29 — B.Tomás de Florença, 1ª Ordem.
30— B. Angelo de Acri, 1ª Ordem.
31— B. Cristóvão de
Romagna, 1ª Ordem
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