segunda-feira, 31 de outubro de 2011

EVENTOS FRANCISCANOS EM OUTUBRO/2011 - CONTINUAÇÃO

4) No dia 21/10 – às 18:30 horas teve início a Missa celebrada por Frei Edcarlos Hoffman,OFMCap, na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Quitandinha. O evento foi convocado pela FFB (Família Franciscana do Brasil) Regional Sudeste II, visando dar continuidade às festas franciscanas, como também reatar os laços fraternos da grande Família Regional. Após a Missa tivemos uma partilha alegre e variada no salão Paroquial. O Conselho Regional da OFS fez-se representar por alguns dos seus membros. A Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus também marcou presença por um grupo de irmãs e irmãos. Outras religiosas franciscanas do mesmo Regional estiveram presentes também, alegrando-nos e fazendo renascer o espírito de vida fraterna que tanto distingue quem segue Francisco e
Clara no dia a dia.







 Fotos do Irmão Jose C. Melatti,OFS
Texto do Irmão Luiz Alberto,OFS

O ARAUTO DO GRANDE REI - OUTUBRO DE 2011

SÃO FRANCISCO HOJE

Ser Franciscano não é apenas conteúdo. É espírito, maneira de ver as coisas, de vive-las, de assumi-las e de equacionar os grandes conflitos de vida e de morte.
Isto Francisco fez em sua época e o faria hoje, aqui e agora. Por isso ele é grande
e universal. Fascinará qualquer pessoa em qualquer época, pelo seu jeito de ser: pobre,
serviçal, gratuito, fraterno e, por conseguinte, Menor.
Francisco não teve nenhuma pretensão, a não ser dar-se. Quis estar junto do
outro. Ser Menor, pequeno, para entender a grandeza do outro, não o atropelando em
sua dignidade.
Viveria certamente hoje na América Latina uma busca contínua de comunhão
com Deus, através de tudo e de todos os seres criados. Tornaria o Evangelho vivo e
encarnado, comprometido com o oprimido e o marginalizado de nosso tempo.
Daria sem dúvida sua adesão total às linhas de ação assumidas pela Igreja.
Incumbir-se-ia da tarefa de reconstituição original da Igreja cristã. Cultivaria profundo
respeito para com a pessoa humana, construindo a fraternidade no amor, unindo os
homens entre si, como irmãos, numa mesma igualdade de bens.
Correria ao encontro do “leproso” da América Latina, na pessoa do analfabeto,
desempregado, marginalizado, oprimido, posseiro ou menor abandonado. Lutaria pela
união das Igrejas, reunindo as forças, particularmente as da juventude, para a renovação
da única Esposa de Jesus Cristo. Buscaria sem cessar a face deste mesmo Cristo.
Viveria como um homem simples, fraco, o menor de todos, e sempre atento,
superando as próprias limitações. Apareceria certamente como verdadeiro
revolucionário, homem de profunda fé, coragem, humildade, amor e compreensão, em
relação à conquista de verdadeiros valores. Francisco seria capaz de ser muito, sem ter
nada!
Enfrentaria os problemas de conflito sempre sob o imperativo da bondade.
Seguindo o caminho do pastor, que toma nos ombros a ovelha fraca e a alimenta. Isto,
porque nele existe a percepção profunda de que em cada homem há um brilho de Deus,
que nenhum pecado pode apagar. Nada é absolutamente perdido, nem o pior dos
pecadores.
Nunca se ouviu dizer que Francisco condenasse a sociedade de seu tempo, mas
também nunca se soube que ele deixasse de melhorar o que estava errado. Para construir
uma sociedade fraterna reformou sua própria vida, soube confiar mais em Deus que em
si e nos outros. “MEUS DEUS É MEU TUDO!” – foi de inspiração bíblica e exprimiu o
mais profundo de todos os seus anseios.
Dele podemos ouvir: “O mundo está em suas mãos. Ou você se salvará com ele
ou ele se perderá com você”.
Portanto, reler nossa realidade com os olhos de Francisco é
perceber que a ação transformadora de Deus passa pelo coração dos homens.
Sua mensagem continua vigorosa e irresistível!
Extraído de: PICCOLO, Frei Agostinho Salvador, OFM. Perfil do educador
franciscano. p. 93-95. Bragança: EDUSF, 1998    

A Visita e o Trânsito do Pai Francisco
 Depois de receber as chagas de Nosso Senhor, Francisco precisava partilhar o fato com uma pessoa: Clara. Então, determinou que o levassem até São Damião. Fora lá que o Crucificado lhe tinha falado pela primeira vez. Lá estavam as irmãs pobres de Clara. Sabia Francisco que se tratava de um viveiro de almas escolhidas e abençoadas por Deus. Para  abrigá-lo foi construída uma cabana perto do conventinho. Ali, Francisco haveria de se proteger do sol porque seus olhos não suportavam mais a claridade forte. Contam às lendas que os morcegos não abandonavam sua cabanaClara se dispôs a preparar ataduras, fios, emplastros, feitos com ervas medicinais, chinelos de tecido para os pés chagados do Pai. Podemos bem imaginar a alegria e a tristeza vividas pelas irmãs. Não cessavam de rezar pelo Pai tão doente e tão repleto de graças do amor do Senhor. Foi nesse quadro de exultação e dor que Francisco teria composto o Cântico das Criaturas. Todo abrasado de fervor o cantor das criaturas, já quase cego, vivendo mais no céu do que na terra, perto de suas irmãs estimadas, apresentou a Deus um dos mais belos louvores que já subiram da terra até o céu. No final de setembro de 1226, o Santo manifestou o desejo de terminar seus dias na Porciúncula. Lá tudo havia começado e lá a Irmã Morte o visitou. A Páscoa de Francisco se deu a 3 de outubro de 1226.As clarissas de São Damião tiveram a alegria de receber o corpo de Francisco por alguns instantes. Antes de entrar na cidade, o cortejo tomou um atalho que conduzia até São Damião. Entre sentimentos de alegria e de tristeza, as irmãs beijavam suas mãos abençoadas e enfeitadas com as chagas do Senhor Com a morte e o sepultamento de Francisco, encerrava-se a convivência de Clara com o exemplo vivo do Evangelho.
                                                          Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
                                                                                                 Franciscanos.org.br –

NOSSA SENHORA APARECIDA
PADROEIRA DO BRASIL
No início de Outubro de 1717, chegou a notícia de que o novo Governador da Província de São Paulo e Minas passaria, em sua viagem, pela vila de Guaratinguetá.
As autoridades recrutaram os pescadores da vila a fim de recolherem no Rio Paraíba uma grande quantidade de peixes que permitisse fazer um banquete para receber o Governador. Vários barcos de pesca se incumbiram da tarefa, no dia 16 de Outubro.
Após 12 horas no rio, que normalmente tinha peixes em abundância, quase todos desistiram, ficando apenas 2 canoas. Elas pertenciam a Domingos Alves Garcia e seu filho João Alves, e a Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João.
Considerando que estava anoitecendo, tentaram mais uma vez jogar as redes. João Alves recolheu a rede vazia, exceto por uma pequena imagem sem cabeça, de uma santa, com cerca de 40 cm.
Confusos, eles a embrulharam em suas camisas e tentaram novamente jogar a rede. A surpresa maior veio então: a pequenina cabeça da escultura, muito menor do que as malhas da rede, foi trazida ao barco, sem que eles entendessem como não havia escapado da rede e caído nas águas.
Novamente colocaram a imagem com cuidado envolta em suas roupas e lançaram a rede ao rio. Para surpresa de todos, a rede ficou tão pesada, cheia de peixes, que, em apenas dois lançamentos, eles encheram os barcos, e voltaram à vila.
Antes de se dirigir à Câmara, entregaram os pedaços da estátua a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João, que reuniu as 2 partes com cera, e a colocou num pequeno altar de família, agradecendo à Nossa Senhora o milagre dos peixes que rendeu o suficiente para sua família se estabelecer.
A estátua é feita de terracota, argila que foi modelada e queimada em forno, e mede 39 cm de altura. Pesa cerca de 4 quilos. Pode ter sido originalmente pintada, mas depois de ficar anos no leito do rio o material escureceu, adquirindo uma cor castanho dourada.
Conseguiu-se analisar a argila de que foi feita, e constatou-se que se origina da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, mas a autoria da escultura é obscura. Sabe-se que na época vivia em Santana do Parnaíba um monge beneditino escultor, Frei Agostinho de Jesus, cujo estilo é bem definido: lábios sorridentes, covinha no queixo, flores em relevo nos cabelos e broche com perolas no cabelo, e todos estes detalhes existem na imagem aparecida do rio.
Especialistas em arte barroca reconhecem nela o estilo seiscentista.
As duas partes da imagem foram definitivamente reunidas no ano de 1946, quando um especialista as uniu com um pino de ouro interno e completou o acabamento externo.
A estátua passou por uma destruição considerável em 1978, quando, num atentado, foi quebrada em 200 fragmentos. Foi totalmente reconstituída pelas mãos da especialista em restauração do Museu de Arte de São Paulo, Maria Helena Chartuni.
A cor de canela da escultura tem sido interpretada como um vínculo simbólico com a mistura racial da população brasileira, e de fato um dos primeiros milagres operados por intercessão de Nossa Senhora Aparecida foi a libertação de escravos acorrentados.
Ainda hoje é possível ver as correntes que se soltaram sozinhas dos escravos, no teto da Sala dos Milagres da Basílica.
Extraído da Liturgia das Horas.

S. TERESA D’ ÁVILA, virgem e doutora da Igreja
15 de Outubro
Nasceu em Ávila (Espanha) no ano 1515. Tendo entrado na Or­dem das Carmelitas, fez grandes progressos no caminho da perfeição e teve revelações místicas. Ao empreender a reforma da sua Ordem teve de sofrer muitas tribulações, mas tudo suportou com coragem in­vencível. A doutrina profunda que escreveu nos seus livros é fruto das suas experiências místicas. Morreu em Alba de Tormes (Salamanca) no ano 1582.
S. LUCAS, evangelista
18 de Outubro

Nascido numa família pagã e convertido à fé, acompanhou o apóstolo Paulo, de cuja pregação é reflexo o Evangelho que escreveu. Transmitiu noutro livro, intitulado Atos dos Apóstolos, os primeiros passos da vida da Igreja até à primeira estadia de Paulo em Roma.
São Pedro de Alcântara
PADROEIRO DO BRASIL (19 de outubro)
Nasceu em 1499 em Alcântara, Estremadura, Espanha. Filho de Pedro Garavita governador e sua mãe membro de família nobre de Sanabia. Estudou gramática e filosofia em Alcântara, e leis canônicas e civis na Universidade de Salamanca. Franciscano com 16 anos em Manjarez. Fundou o convento em Babajoz com 20 anos e serviu como seu superior. Ordenado em 1524 com, 25 anos, ele era notável pregador. Um recluso por natureza, ele vivia no convento de Santo Onóphrius, um local remoto onde ele poderia estudar e orar entre as missões. Não obstante, foi indicado Provincial Franciscano para o Monastério de São Gabriel em Estremadura em 1538. Trabalhou em Lisboa em 1541 ajudando a reforma da Ordem. Em 1555 ele iniciou as reformas "Alcântarinas", hoje conhecidas como a "Estrita Observância". Amigo e confessor de Santa Tereza d ‘Ávila, ele a ajudou em 1559 durante o trabalho de reforma da sua Ordem. Místico e escritor seus trabalhos foram usados por São Francisco de Salles. Morreu em 18 de outubro de 1562 em Estremadura, Espanha de causas naturais. Foi canonizado em 1669 pelo Papa Clemente IX. Indicado pelo Papa Pio IX em 1862, como padroeiro do Brasil.
É também padroeiro de Estremadura, Espanha (indicado em 1962) e dos vigias, também em 1962.

São Frei Galvão
Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade católico e primeiro santo nascido no Brasil. Foi canonizado pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) em 11 de maio de 2007. O pai, Antônio Galvão de França, nascido em Portugal, era o capitão-mor da vila. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas".
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José.
Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro.


O Pote Rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço.
Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe.
O pote rachado chegava apenas pela metade.
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe.
Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações.
Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:
- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.
- Por quê? Perguntou o homem. – De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para a casa do meu senhor quero que percebas as flores ao longo do caminho.
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo.
Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.
Disse o homem ao pote:
- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.
Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos.
Todos nós somos potes rachados.
Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar nossos defeitos para embelezar a mesa de Seu Pai.
Na grandiosa economia de Deus, nada se perde.
Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos.
Basta reconhecermos nossos defeitos e eles com certeza embelezarão a mesa de alguém.
Das nossas fraquezas, devemos tirar nossa maior força…
Autor Desconhecido
Blog franciscanoFrei Malfei

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

EVENTOS FRANCISCANOS EM OUTUBRO/2011

Toda a Família franciscana no Brasil e no mundo comemorou com intenso júbilo a solenidade do nosso Seráfico Pai São Francisco de Assis. Em Petrópolis, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, nós nos reunimos nos dias 03 e 04 de outubro para a celebração festiva dos eventos Franciscanos.


 1) No dia 03/10: Tivemos na mesma Igreja a comemoração do “Trânsito de São Francisco”, ou seja, a celebração de sua morte. A Missa solene foi presidida pelo Pe. Frei Adriano Freixo Pinto, Pároco e Guardião do Convento, com a participação do Coral dos Canarinhos de Petrópolis sob a regência do Maestro Marco Aurélio Listch. Concelebraram vários padres da casa e do ITF. A pregação belíssima ficou por conta de Frei Almir Ribeiro Guimarães,OFM. Tivemos a presença de religiosas franciscanas de várias congregações, bem como representantes da antiga Ordem Terceira, hoje Ordem Franciscana ecular, a OFS.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

2) No dia 04/10 teve sequência as comemorações com uma solene celebração litúrgica no ITF – Instituto Teológico Franciscano, na Rua Coronel Veiga, antigo Colégio São  Vicente de Paulo. Foi muito bonita a Missa presidida pelo Pe. Frei Fernando Araújo, OFM, concelebrada por Frei Alberto Beckhauser,OFM. Seguiu-se o almoço alegre e participativo. Frei Fernando gentilmente convidou o Conselho da Fraternidade da OFS para as festividades na casa.






3) À tarde, no dia 04/10, tivemos na Missa das 18:00 horas, a comemoração do Jubileu de Ouro da Irmã Maria Aparecida da Costa Dürig. Ela comemorou 50 anos de Profissão na OFS, juntamente com a Irmã Orlinda da Gama Moret. Após a Homilia feita pelo Celebrante Frei Adriano, teve início o Ritual Breve da Renovação da Profissão, na qual as duas irmãs renovaram as Promessas feitas há 50 anos, com vigor e decisão. Após a Miss, teve a confraternização e os cumprimentos no salão da sede da Fraternidade.