BOLETIM INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2015
Santa Isabel
Padroeira da Ordem Franciscana Secular
Diz a lenda que Isabel foi invocada mesmo antes de
nascer. Um vidente anunciou seu glorioso nascimento como estrela que
nasceria na Hungria, passaria a brilhar na Alemanha e se irradiaria para o
mundo. Citou-lhe o nome, como filha do rei da Hungria e futura esposa
do soberano de Eisenach (Alemanha).
De fato, como previsto, a filha do rei
André, da Hungria, e da rainha Gertrudes, nasceu em 1207. O batismo da
criança foi urna festa digna de reis. E a criança recebeu o nome de Isabel, que significa repleta de Deus.
Ela encantou o reino e trouxe paz e prosperidade para o governo de seu pai. Desde pequenina se
mostrou de fato repleta de Deus pela graça, pela beleza, pelo precoce espírito de oração e pela profunda compaixão para com os sofredores.
Tinha apenas quatro aninhos quando foi levada para a longínqua Alemanha
como prometida esposa do príncipe Luís, nascido m 1200, filho
de Hermano, soberano da Turingia. Hermano se orientava pela profecia e desejava
assegurar um matrimônio feliz para seu filho.
Dada a sua vida simples, piedosa e desligada das pompas
da corte, concluíram que a menina não seria companheira para Luis. E a
perseguiam e maltratavam, dentro e fora do palácio.
Luis, porém, era um cristão da fibra do pai. Logo
percebeu o grande valor de Isabel. Não se impressionava com a pressão dos
príncipes e tratou de casar-se quanto antes. O que aconteceu em 1221. A Santa não recuava
diante de nenhuma obra de caridade, por mais penosas que fossem as situações, e
isso em grau heróico! Certa vez, Luis a surpreendeu com o avental repleto de
alimentos para os pobres. Ela tentou esconder... Mas ele, delicadamente, insistiu e...
milagre! Viu somente rosas
brancas e vermelhas, em pleno inverno. Feliz, guardou uma delas. Sua vida
de soberana não
era fácil e frequentemente tinha que acompanhar o
marido em longas e duras cavalgadas. Além disso, os filhos, Hermano, de 1222;
Sofia, de 1224 e Gertrudes, de 1227. Estava grávida de Gertrudes, quando descobriu que o duque Luis se comprometera com o Imperador Frederico II a seguir para a guerra das Cruzadas
para libertar Jerusalém. Nova renúncia duríssima! E mais: antes mesmo de sair da Itália, o duque morre
de febre, em 1227! Ela recebe a notícia ao dar à luz a menina. Quando Luis
ainda vivia, ele e
Isabel receberam em Eisenach
alguns dos primeiros franciscanos a
chegar na Alemanha por
ordem do próprio
São Francisco. Foi-lhes dado um conventinho. Assim, a
Santa passou a
conhecer o Poverello de Assis e este a ter
frequentes notícias dela. Tornou-se mesmo membro da Família Franciscana,
ingressando na Ordem Terceira que Francisco fundara para leigos solteiros e
casados. Era, pois, mais que amiga dos frades. Chegou a receber de presente o
manto do próprio São Francisco! Morto o marido, os cunhados tramaram cruéis
calúnias contra ela e a expulsaram do castelo de Wartburgo. E de tal forma
apavoraram os habitantes da região,
que ninguém teve coragem de
acolher a pobre,
com os pequeninos, em pleno
inverno. Duas servas fíéis a acompanharam, Isentrudes e Guda. De volta ao
Palácio quando chegaram os restos mortais de Luís, Isabel passou a morar no
castelo, mas vestida simplesmente e de preto, totalmente afastada das festas da
corte. Com toda naturalidade, voltou a dedicar-se aos pobres. Todavia, Lá
dentro dela o Senhor a chamava para doar-se ainda mais. Mandou construir um conventinho para os franciscanos em Marburgo e lá foi
morar com suas servas fiéis. Compreendeu que tinha de resguardar os direitos
dos filhos. Com grande dor, confiou os dois mais velhos para a vida da corte.
Hermano era o herdeiro legitimo de Luís.
A mais novinha foi entregue a um Mosteiro de Contemplativas, e acabou
sendo Santa Gertrudes! Assim, livre de tudo e de todos, Isabel e suas companheiras professaram publicamente na Ordem Franciscana Secular e, revestidas de grosseira veste, passaram
a viver em
comunidade religiosa. O rei André mandou chamá-las, mas ela respondeu
que estava de fato feliz. Por ordem do confessor, conservou alguma renda, toda
revertida para os
pobres e sofredores.
Construiu abrigo para as crianças órfãs, sobretudo
defeituosas, como também hospícios para os mais pobres e abandonados. Naquele
meio, ela se sentia de fato rainha, mãe, irmã. Isso no mais puro amor a Cristo.
No atendimento aos pobres, procurava ser criteriosa. Houve época, ainda no
palácio, em que preferia distribuir alimentos para 900 pobres diariamente, em
vez de dar-lhes maior quantia mensalmente. É que eles não
sabiam administrar. Recomendava sempre que trabalhassem e procurava criar
condições para isso. Esforçava-se para que despertassem para a dignidade
pessoal, como convém a cristãos. E são inúmeros os seus milagres em favor dos
pobres! De há muito que Isabel, repleta de Deus, era mais do céu do que da
terra. A oração a arrebatava cada vez mais. Suas servas atestam que, nos
últimos meses de vida, frequentemente uma luz celestial a envolvia. Assim
chegou serena e plena de esperança à hora decisiva da passagem para o Pai.
Recebeu com grande piedade os sacramentos dos enfermos. Quando seu confessor
lhe perguntou se tinha algo a dispor sobre herança, respondeu tranquila:
"Minha herança é Jesus Cristo !" E assim nasceu para o céu! Era 17 de
novembro de 1231. Sete anos depois, o Papa Gregório IX, de acordo com o Conselho dos Cardeais,
canonizou solenemente Isabel. Foi em Perusa, no mesmo lugar
da canonização de São Francisco, a 26 de maio de 1235,
Pentecostes. Mais tarde foi declarada Padroeira da Ordem Franciscana Secular.
FREI CARMELO SURIAN, O.F.M.
http://w\vw.franciscanos.org.br
A Mística da Paz em Francisco e Clara
A Concepção de Paz na Idade Média
Na visão cristã, evitam-se guerras entre cristão, mas ao mesmo tempo faz-se guerra contra os
inimigos do cristianismo, os não-crentes e os hereges, que a ameaçam a
existência do cristianismo. A paz interior da pessoa adquire-se pela conversão
do pecado, penitência e paz com Deus. A meta dos cristãos crentes, através do
afastamento do pecado, do mundo, e através das obras de misericórdia, é a paz
do paraíso.
A paz nas cidades era entendida como garantia aos cidadãos da
inviolabilidade do corpo, da vida e do matrimônio. A cidade garante a segurança
dos bens dentro dos muros. A cidade assume o dever de construir e manter
relações pacíficas entre seus cidadãos.
Francisco faz referência a uma revelação em
relação à saudação da paz. "O Senhor me revelou que nós devíamos saudar da
seguinte forma: 'O Senhor te dê a paz' " (Test. 23). Várias fontes
biográficas confirmam essa expressão e contam como os irmãos desde o
início usaram em
diferentes modos essa saudação (cf. LTC, 26; LP, 67; LM 3,2;
EP,26). A Legenda Perusina e o Espelho da Perfeição relacionam a revelação da saudação da paz
com revelação do nome de "menores". Dizer que algo é revelado por
Deus é dizer que vem carregado de força de vida, de verdade, de amor e bondade,
de graça e salvação. Torna-se normativo, tem peso de responsabilidade. Tem o
caráter de dom, de iniciativa divina e do que não pode ser guardado, mas deve
ser comunicado, anunciado, testemunhado. A expressão "saudação" indica
busca, abertura, desejo de relação. Saudar alguém é estabelecer relação com
alguém. Saudar, desejando a paz do Senhor, é construir relação de paz. Este desejo terá tanto mais credibilidade
quanto mais vier do coração, do testemunho de quem vem carregado da vontade divina.
Dois são, portanto, os traços que caracterizam o movimento dos irmãos que
se reuniram ao redor de Francisco. Juntando esses dons com a experiência do
Evangelho (envio missionário), temos um núcleo certamente bem central no
carisma francisclariano. É uma fraternidade enviada em missão para dar
testemunho e anunciar o Evangelho, como Irmãos Menores e arautos da paz.
Esta saudação da paz soava estranha para muitos que nunca tinham ouvido algo semelhante de outros religiosos. Alguns ficavam até mal humorados e questionavam os frades, de modo que houve quem sentisse vergonha e pedisse a Francisco a dispensa de tal saudação. Francisco, porém, animou o frade envergonhado e admoestou-o para que não se encolhesse (cf. EP,26). No tempo de Francisco haviam muitos grupos e movimentos que buscavam a pobreza e a pregação. No entanto, a novidade estava nessa saudação da paz. Diante do irmão envergonhado, Francisco esclarece que essa saudação pertence essencialmente à compreensão da nova Fraternidade. Segundo o franciscanólogo João Batista Frayer, são quatro os elementos que impregnaram a compreensão inicial dos irmãos que se juntaram a Francisco: a minoridade, a vida de penitência, a fraternidade enquanto tal e a saudação de paz. O novo estaria na saudação de paz, ao passo que os demais elementos são comuns a outros grupos da época. As fontes testemunham com clareza que se pode falar com a mesma ênfase de um movimento de paz como
se costuma falar
de um movimento de pobreza e penitência.
Podem-se identificar alguns traços característicos do significado da paz
em Francisco: a paz interior como fundamento da paz exterior, atitude de paz como estilo de vida, contemplação, paz a ser construída, teologia e espiritualidade como base para a paz.
Frei Nestor Inácio Schwerz, Ofm
http://www.franciscanos. org.br
CURSO BÁSICO DO CARISMA MISSIONÁRIO FRANCISCANO (CBCMF)
O ENCONTRO COM OS MUÇULMANOS ( PARTE !!)
Como vimos no fina! da I Parte desta exposição, Maomé deixou fixados no Alcorão dois temas fundamentais: 1 - Oposição enérgica ao antigo politeísmo (adoração a muitos
deuses) dos Árabes; 2 - A
preparação da humanidade para o dia do juízo escatológico do (o juízo fina!},
Fique bem claro que as idéias de céu e de inferno são amplamente desenvolvidas no livro santo {o Alcorão). Além disso, o profeta propõe os "cinco pilares" (colunas) do Islã para todos os seus seguidores. Abrangem eles: 1-A
profissão de fé; 2 - A oração obrigatória (recitadas 5 vezes ao dia); 3 - 0 imposto destinado aos
pobres; 4 - O jejum no mês do Ramada; 5 - A peregrinação á meca, a cidade santa, que cada muçulmano deve fazer ao menos uma vez na vida, se tiver condições físicas e econômicas.
Algumas outras determinações complementam os "cinco pitares": o fiei pode ser chamado a participar numa "guerra
santa" (DSCHIHAD) - O uso do vinho é proibido, bem como os jogos de azar - carne de porco é considerada impura - A legislação matrimonial concede aos homens a posse simultânea que quatro mulheres e a livre disposição sobre suas escravas. Esta prática fica limitada, porque supões ricas posses. A princípio, a mensagem de Maomé atinge apenas um limitado número de fiéis. Na sua cidade paterna, os poderosos o enfrentaram com hostilidades.
Esta situação melhorou com a HÉGIRA (fuga ou migração) ocorrida no ano 622 D.C. data com a quai os muçulmanos começam a contagem de sua era. Pois, habitantes de Jathrib, ao norte de Meca,
convidaram o profeta e seus seguidores para que se mudassem para esta cidade
que em breve receberia o nome de "cidade do profeta", em Árabe "MEDINÁT ÂN-NABÍ" abreviado para"MEDINA". Em Medina, Maomé tornou-se o coordenador de uma região maior, submissa ao Islã. Como tarefa mais urgente, empreendeu a reconquista dê sua cidade nata!, cujo santuário pré-islâmico (antes de Maomé), a KAABA ele declarou o centro principal da Hégira, a saber, da peregrinação islâmica, A Kaaba ou Ca'ba é um enorme bloco de pedra quase quadrado, compacto, de cor totalmente negra;
talvez um meteoro trabalhado ou fruto de lava vulcânica de épocas desconhecidas dos cientistas, alta, larga e comprida. Ela já estava ali milhões de anos antes de Maomé aparecer. Já se acreditava, desde muito tempo, que ela era branca e fora trazida do céu para a terra pelo Arcanjo Gabriel, mas e!a ficou negra
devido à maldade humana. Assim eles crêem.
Após uma ausência de oito anos e repetidos confrontos com os habitantes de Meca, Maomé conseguiu a entrada triunfal e pacífica na sua cidade natal. Durante os últimos dois anos de vida, dedicou-se, sobretudo à organização da peregrinação. Maomé faleceu em 08 de junho de 632 (décimo ano da Hégira), As causas são discutidas sem conclusão. Viveu 62 anos.
A EXPANSÃO DO ÍSLÃ
Esta começou imediatamente após a morte do profeta. Numa rápida guerra triunfal, exércitos do Islã conquistaram as costas do Mediterrâneo no norte da África, transpuseram o estreito de Gilbratar
(DJED-AL-TARIK). Destruíram o reino dos visigodos (descendentes das antigas invasões germânicas) na Espanha, no ano de 711, na batalha de JERES DE LA FRONTERA. na qual
tombou o último rei visigodo, RODRIGO, Os visigodos eram bárbaros convertidos ao catolicismo. Apenas em 732, ou seja, 100 anos após a morte de Maomé, o cavaleiro e nobre francês CARLOS MARTELO conseguiu enfrentar os muçulmanos na península Ibérica (Espanha e Portugal) durou até o ano de 1942, quando foi tomada a última base de resistência: GRANADA. A ocupação durou, pois, 781 anos com lutas encarniçadas e acordos de paz entre os cristãos e os mulçumanos. Em algumas cidades a convivência era pacífica, também com
habitantes judeus. Durante a época de ascensão do Islã, os dois
grandes adversários no
oriente médio, a saber, BIZÂNCIO (ou Constantinopla) e a PÉRSIA(hoje Irã) se tinham quase extenuados mutuamente em
longas lutas. Em consequência foi possível aos mulçumanos avançar simultaneamente no oriente e no ocidente. Em 642 conseguiram dominar o
império persa dos Sassânidas e impor-lhe a fé do Islã. Na índia, o Islã atingiu o apogeu no século XVI (1500/1600), durante o
reinado do grão Mogul. Na
Indonésia, chegou por intermédio de comerciantes hindus. Daí passou à África orienta! e centrai. (C6CMF lição 16)
Segue na III parte.
"Ao ouvir o grito: Vamos à oração!' e se não me encontrardes na primeira fila da mesquita, então procurai-me no cemitério." (Abu Abdallah ibn
Chafit{+982), de Shiras). - Sábio muçulmano.
PASSATEMPO FRANCISCLARIANO
Da Carta escrita por Conrado de Marburgo,
diretor espiritual de Santa Isabel, escrita ao Papa, no ano de 1232.
Isabel conheceu e amou Cristo nos pobres
Muito cedo começou Isabel a possuir grandes virtudes. Do mesmo
modo como a vida inteira foi a consoladora dos pobres, era também desde então a providenciados
famintos. Determinou a construção de um hospital,
perto de um castelo de sua propriedade, onde recolheu muitos enfermos e enfraquecidos.
A todos que ali iam pedir esmola. distribuiu liberalmente suas dádivas: e não só ali, mas em todo o território sob a jurisdição de seu
marido. Destinou para isto a renda de quatro dos principados do esposo, e foi
ao ponto de mandar vender seus adornos e vestes preciosas em
benefício dos pobres.
A
|
S
|
S
|
0
|
C
|
0
|
0
|
R
|
E
|
S
|
C
|
C
|
I
|
O
|
R
|
E
|
T
|
V
|
C
|
P
|
N
|
U
|
O
|
I
|
M
|
T
|
E
|
I
|
S
|
O
|
M
|
R
|
E
|
F
|
N
|
E
|
N
|
N
|
A
|
Z
|
A
|
v
|
E
|
M
|
N
|
S
|
S
|
N
|
O
|
I
|
S
|
A
|
B
|
E
|
L
|
A
|
F
|
U
|
O
|
C
|
P
|
M
|
1
|
V
|
E
|
Ç
|
I
|
I
|
R
|
E
|
L
|
I
|
R
|
A
|
N
|
S
|
A
|
V
|
I
|
D
|
A
|
D
|
Â
|
I
|
R
|
F
|
N
|
B
|
N
|
p
|
U
|
A
|
Q
|
M
|
D
|
W
|
E
|
S
|
M
|
O
|
L
|
A
|
R
|
Z
|
U
|
U
|
O
|
Q
|
D
|
O
|
R
|
T
|
V
|
E
|
S
|
T
|
E
|
S
|
R
|
U
|
N
|
D
|
T
|
S
|
I
|
M
|
A
|
B
|
C
|
E
|
A
|
E
|
E
|
A
|
R
|
O
|
U
|
R
|
S
|
N
|
I
|
D
|
D
|
0
|
V
|
I
|
R
|
T
|
U
|
D
|
E
|
S
|
D
|
O
|
O
|
T
|
B
|
C
|
I
|
A
|
M
|
T
|
X
|
E
|
O
|
D
|
R
|
N
|
A
|
N
|
A
|
D
|
O
|
R
|
N
|
O
|
S
|
U
|
A
|
B
|
A
|
E
|
M
|
E
|
L
|
Y
|
I
|
R
|
T
|
T
|
D
|
C
|
S
|
D
|
U
|
U
|
L
|
A
|
T
|
I
|
P
|
S
|
O
|
H
|
X
|
I
|
T
|
Q
|
1
|
M
|
O
|
D
|
O
|
B
|
S
|
A
|
Z
|
V
|
I
|
D
|
A
|
A
|
P
|
S
|
B
|
N
|
P
|
R
|
M
|
0
|
V
|
E
|
T
|
S
|
U
|
Z
|
R
|
M
|
O
|
T
|
V
|
R
|
E
|
D
|
N
|
E
|
V
|
E
|
E
|
I
|
B
|
R
|
Ç
|
P
|
O
|
B
|
T
|
X
|
H
|
Q
|
S
|
O
|
R
|
E
|
K
|
V
|
I
|
O
|
I
|
C
|
1
|
F
|
E
|
N
|
E
|
B
|
U
|
I
|
U
|
B
|
1
|
R
|
T
|
S
|
1
|
D
|
S
|
I
|