FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
RUA
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VII NOVEMBRO DE 2015 - Nº 05
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUFRA
CAPÍTULO XVI
A FIEL
SORIANO (Continuação)
Na noite
de 4 para 5 de Dezembro, véspera da festa de São Nicolau, estando Rosa a rezar
em seu quarto, recebeu a visita de um desconhecido. Na formosura do rosto e
no brilho dos olhos, reconheceu um anjo que, da parte de Deus, lhe vinha comunicar
uma grande novidade: Frederico II
iria desaparecer do cenário do mundo.
Devia
esperar o dia para levar ao povo a faustosa nova; aos pais, porém;
comunicou-os ime-diatamente. Poderiam, em breve, regressar à sua casinha de
Viterbo. A velha senhora crivou-a de perguntas:
— Quem
te revelou isso?
— Foi
um anjo.
Qual
terá sido o anjo? Talvez aquele que anunciou a morte de Herodes. Talvez
Miguel, o guerreiro e vencedor, veio pessoalmente trazer a esta combatente a notícia da vitória do seu
exército. Se o embaixador declinou o seu nome, ela, em todo caso, conservou-o
em segredo.
Logo que
o sol despontou, congregou os partidários fiéis do Papa, na praça pública, e
lhes repetiu as palavras do anjo:
— Amigos de Deus, eis que vos anuncio uma grande
nova.
Foi uma
explosão de júbilo!
CAPÍTULO XVII
DE DEUS E' A VITÓRIA
"Submergiu no
mar cavalo e cavaleiro" (êx
15, 1).
Quão
terrível é a derradeira hora para aquele que empregou mal os seus dias! Se o assassino,
nesta hora, vê surgir diante de si a vítima, então o Imperador moribundo, em
seu palácio, neste dia 13 de Dezembro, devia assistir a um desfile espantoso.
À
cabeceira do moribundo se encontrava o bispo de Palermo, que lhe lançou a
absolvição e o revestiu com o hábito de monge de Cister, conforme o ardente desejo
manifestado por Frederico, aos primeiros sinais do transpasse. Sem dúvida, aos
lábios do prelado vieram as palavras de Jeremias:
— Se um
etíope pode mudar a cor da sua pele e um leopardo as suas malhas, podereis vós
também fazer o bem, vós que não aprendestes senão a praticar o mal.
Aos pés
do moribundo, porém, não só se encontrava o bispo de Palermo. Um cortejo
lúgubre e silencioso desfilava pela grande sala do palácio. Surgia o bispo de
Catânia, morto na miséria do exílio; o deão de Malta, afogado por ordem de
Frederico; o arcebispo de Nápoles, que morreu à míngua numa masmorra; o bispo
de Arezzo, queimado vivo. Todos esses mártires, camponeses e fidalgos,
clérigos e leigos, erguendo seus punhos, mostravam seus corpos mutilados.
Surgia também Pedro de Vigne, com as órbitas queimadas e o crânio fendido. Um
cortejo infindo de supliciados banhados em lágrimas.
O
moribundo descobre seus crimes, encontra-se com seus pecados. Ali estão os
lupanares da Alemanha e da Itália, as mulheres de todos os países, suas vítimas
e cúmplices. Pode cobrir o corpo com um hábito de monge, mas não há burel que
lhe cubra a alma. Enquanto o bispo recitava em voz alta as preces, uma voz mais
alta soluçava nele:
— Frederico, por que adquiriste tal costume? Compreendeste,
enfim, o grande segredo? Às portas da morte, sabes realmente o que é a vida? Tu
que adoravas dinheiro e ouro, palácios e reinos, sentes pesar em não teres
emitido o voto da pobreza? Talvez te ocorra, no momento, que o ar que
respiraste foi o mesmo que respirou São Francisco de Assis... Ambos partistes
a cavalo, numa radiosa manhã, em ânsias de conquistar o mundo. Podias com ele
ter voltado e ter dedicado tua juventude ao Senhor. Mas ali estás velho,
enrugado. Aqui teus restos, teu derradeiro dia. Ah! fazes como tantos outros:
dás a Deus tão somente o cadáver.
Sed quia
totum vult, oportet ut omnia perdat.
A ele
que tudo quis, nada lhe ficará.
Tu, que
te deleitavas em subjugar, não sentes remorsos por ter desconhecido a
humildade? Tu, que te revolvias nos prazeres vis, não sentes dor por não ter
conhecido a castidade, como esses monges, cujas vestes emprestaste?
Quando o
teu velho mestre, que tu assassinaste, te administrava suas lições, dizia-te,
como o fazem todos os mestres:
— Toma no mundo aquela vereda que desejarias ter trilhado na hora da morte.
Desejas,
por ventura, proclamar ao mundo que um Imperador, no seu leito de morte,
desespera por não se ter feito monge?
Não
culpes teus inimigos: se eles procuraram prejudicar-te, ninguém, todavia, te
prejudicou tanto quanto tu mesmo. Ainda que o mundo inteiro se tivesse armado
contra ti, não poderia impedir que te tornasses um santo qual Francisco, qual
Bernardo. Apenas devias, a exemplo deles, preferir Deus ao mundo.
Mais
profundo que o oceano, mais abrasa-dor que o inferno, queimava-lhe o coração
esta lembrança, seguida de uma certeza consoladora.
O coração fora
plasmado para um tal amor e ele nascera para uma tal conquista. Podia ter-se tornado um santo. E então, neste doloroso momento, poderia
cantar, exultar, clamar:
— Nem
por mil mundos,
tão belos quanto este, quisera
ter servido a
outro Senhor, que
não Jesus Cristo.
Agora a
sua vida tocava o fim. O vencedor sentia-se vencido, sem esperanças de
desforra. Mas Rosa rezou por sua conversão e assim lhe fora poupada uma morte
miserável, que bem teria merecido. Pois a Misericórdia de Deus toma em
consideração o desejo, a intenção e mesmo a veste de monge que cobre os
velhos membros pecadores. Ontem, rival de Nero, encarnação de Satanás,
pavoneava-se de anti-cristo; hoje, não se considera deus, apenas pede que Deus
o inscreva no número dos seus.
Por
culpa dele, uma menina vivia no exílio, num mísero tugúrio, mas naquele momento
em que também o príncipe se transforma em mendigo, ela lhe traz a sua esmola.
O
rumor da morte do tirano propagou-se da cidade guelfa de Soriano a toda a
Itália. Aos poucos, a novidade é conhecida em toda a Europa, entretecida de
lendas. Dizia-se que o filho bastardo de Frederico, Manfredo, mandara asfixiar
o pai entre dois colchões. Uma coisa, porém, não padece dúvidas:
Rosa
podia anunciar públicamente o triunfo da Igreja. Os guelfos venceram, o Papa
está livre e o vencedor é Deus.
Continua no informativo – Ano VII - DEZEMBRO DE 2015 -
Nº 06
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SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE NOVEMBRO
1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 — COMEMORAÇÃO
DE TODOS OS DEFUNTOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon, 3ª Ordem, mártires do Japão
6 — B. Paulo
de S. Clara, 1ª Ordem,
mártir no Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto
— culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato de Rodez, 1ª Ordem, mártir
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21 — S. Nicolau,
mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no Japão.
25 — B. Isabel
Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM FRANCISCANA
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