domingo, 24 de fevereiro de 2013

ARAUTO DO GRANDE REI


BOLETIM INFORMATIVO DE FEVEREIRO DE 2013


O mundo em que os jovens vivem

O ano de 2013 é, de alguma forma, o Ano da Juventude.  O encontro dos jovens com o Papa no Rio de Janeiro, a Campanha da Fraternidade e o Ano da Fé constituem convites a que venhamos organizar uma sistemática pastoral dos jovens. Tarefa ingente, complexa e delicada.  Urgente pensar no assunto. A Igreja de amanhã, nesse mundo em transformação, precisa de um laicato maduro, de casais maduros, de políticos maduros, de gente nova por dentro. 
Vivemos um tempo de transformação.  Há a crise econômica e social. Há a crise eclesial.  Há a crise cultural. Morre um mundo e nasce outro.  Morre um modo de viver a fé. O que é ser cristão nesse mundo novo vago que se delineia a duras penas. Ora, os jovens são aqueles que poderão ser protagonistas desse novo nascimento. Poucas de nossas comunidades, no entanto, conseguem organizar e alimentar uma pastoral juvenil.  Em que mundo vivemos nós e os jovens?

1. Vivemos o tempo do imediato, do que precisa ser feito aqui e agora, sem delongas, sem demora. O que desejo, quero para já. Nem sempre esse desejo do imediato é acompanhado pela reflexão.  Não sabemos colocar o pé no freio. Compramos o que temos vontade de comprar e pagamos a crédito, com cartão de crédito, com pagamentos a perder de vista.  Mas queremos agora.  Essa característica da busca do imediato lembra os caprichos de uma criança que pensa que tudo se lhe deve e que esperneia enquanto não consegue o que quer na rua, no metrô, na igreja e na sala de espera do consultório médico.  As pessoas querem tudo rapidamente e não se dão o tempo de pensar, de escolher, de decidir com um mínimo de discernimento.  O tempo da juventude não seria o tempo de escolhas importantes que marcam a vida de uma pessoa para sempre? Será possível melhorar nossas escolhas?
2. A realidade é como um líquido que escorre por entre os dedos.  Nada passa a impressão de ser sólido. Os relacionamentos são fugazes: casamento, amigos, convicções. Como uma pessoa jovem se situa nesse mundo líquido de que fala Zygmund  Bauman? Onde o jovem encontrará uma âncora vital que o ajude a navegar no vaivém das oscilações da vida?  O mundo nunca foi estático. Mas hoje é “louco”.  É possível encontrar um sentido último para a vida e que oriente as decisões e ajude a construir projetos existenciais que valham a pena?
3. Vivemos num mundo descosturado. As coisas não estão interligadas.  Cada fragmento tem sua lógica, obedece a seus princípios, contém seus “valores”, uns separados dos outros.  Jovens vivem essa descostura na carne.  Muitos deles trabalham para ajudar na renda familiar, fazem estudos à noite, ou ensino fundamental, ou faculdade. Não têm tempo de aprofundar seus estudos e nem de conhecer-se a si mesmos. Derramam-se nas coisas e nos finais de semana precisam de uma válvula de escape: namoricos, por vezes para distração, bebida e certas fugas no mundo das drogas. Precipitados envolvimentos amorosos podem redundar numa gravidez. Como esses jovens tão ocupados poderão participar de grupos de jovens, de espaços de iniciação cristã e de reorganização de seu universo?  Como viver com eles?  Como eles poderão sentir a beleza da fé vivida por outros?
4. Há jovens de todos os tipos e horizontes.  Vemos uma certa juventude que cresce em ambientes familiares de compreensão, de harmonia. Crianças que encontram regularmente os pais, que sentem a firmeza do relacionamento dos mesmos, que vivem segurança na vida, apoiadas no sólido amor dos pais.   De outro lado vemos jovens que vivem em ambientes de profunda hostilidade familiar.  São filhos de mães solteiras, criados pelos avós.  Jovens que têm que conviver com “meio-irmãos”, filhos do novo companheiro da mãe. A mãe e seu novo companheiro não vão viver o tempo todo juntos. É coisa apenas por um tempo. O que realmente se passa na cabeça desses jovens? Onde estão?  Como fazer pastoral com eles?  Quando tentar atingi-los com o Evangelho?
5. Nossos jovens crescem num ambiente marcadamente consumista.  O mundo é consumista. A vida é consumista. Os meios de comunicação falam de consumo, convidam ao consumo.  Consumo de bens, consumo de coisas modernas, de viagens, de pessoas.  Como fazer com que ressoe nesta sociedade de consumo o espírito de desprendimento do Sermão das Bem-aventuranças?
6. Vivemos a cultura do êxito. É preciso vencer na vida. Há a competição.  Competição que estressa. Competição que aponta para uma certa eliminação do outro. Há famílias que treinam os filhos para estudar, vencer na vida e assim poderem desfrutar de folgada situação financeira em suas vidas. Êxito e sucesso também nos relacionamentos amorosos: corpos sarados, bem cuidados, cuidados demais. Meninas magras e rapazes “bonitos”.  Culto das aparências: beleza do corpo, viagens, carros e facilidades.
7. “Construímo-nos como pessoas em relação com os outros. O jovem de hoje, como nunca antes, vive possibilidades de comunicação e de relacionamentos quase ilimitadas. Que jovem não se serve das redes sociais com centenas de amigos nesses fóruns? Os jovens de hoje conhecem melhor o mundo do que aqueles de gerações anteriores. Também se deslocam e se locomovem muito mais. Com tudo isso, a solidão parece ser uma ameaça real para não poucos jovens. Nem sempre conseguem viver uma amizade em profundidade. Vínculos que pareciam muito estáveis se desfazem com relativa facilidade. Há jovens que chegam aos trinta anos numa dificuldade de encontrar seu par com quem construir sua vida. Pode o evangelho ajudar a viver vinculações mais sólidas, mais estáveis, de pessoas mais comprometidas umas com as outras?”

FreiAlmir Ribeiro Guimarães

                                                                                                             
 LITURGIA COM O POVO

Ao falarmos em Liturgia na celebração, nos vem logo o pensamento de que se trata das leituras feitas durante a santa missa. Mas não é só isso. Primeiramente para se entender a liturgia é bom que saibamos o que quer dizer a palavra liturgia. Liturgia vem do grego clássico leitourgia (leitourgia) que significa originalmente “serviço do povo em favor do povo”. Na tradição crista ela quer dizer que o povo de Deus toma parte na obra de Deus. A liturgia é o cume e a fonte da vida da Igreja, isso nos afirma a constituição Sacrosanctum Concilium, no seu artigo de numero 10 (dez). Por meio dela, em especial da Palavra proclamada e da Eucaristia, acontece uma união entre a Igreja terrena e a Igreja celestial. Nisto o presidente da celebração deve fazer o possível para que toda a assembléia participe de maneira que a ação litúrgica aconteça por meio de todos e para todos, com um único foco de atenção e de objetivo que é Jesus Cristo. Tudo isto nos é mostrado na citada constituição e também nos documentos da Igreja. Porem nos dias de hoje podemos nos perguntar se tudo isso realmente acontece. Será que ao celebrarmos uma liturgia estamos realmente direcionando única e exclusivamente nossa atenção à Jesus ou nos preocupamos mais com as vestes litúrgicas impecáveis? Ou então a ornamentação do presbitério, que não deixa de ser importante, ou pior ainda, os erros que ocorrem nos ritos? Não estamos aqui nos colocando contra toda a doutrina da Igreja  que em sua grande sabedoria nos ensina com relação a esta questão, pelo contrario, vemos que é preciso que toda a assembléia, em comunhão com a Igreja, sinta a presença e o amor de Cristo arder em seu peito por meio da ação litúrgica. As regras são importantes, mas muitas vezes o contexto em que se encontra muitas  igrejas ( áreas rurais, de conflitos,de extrema pobreza, etc.), não permite que  todas essas regras sejam colocadas em pratica. O povo deve dar a Deus o que pode e o que é essencial para ele. E muitas vezes é preciso “improvisar” para que o cristão não fique sem a celebração onde ocorre a comunhão com  o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Talvez quando São Paulo escreve que a lei mata, mas o Espírito vivifica ( 2corintios 3,6) ele esteja falando disso, uma vez que no Antigo Testamento a lei era o temor,  na nova  lei é o amor, este que deve, por meio de uma liturgia bem celebrada com o povo, penetrar nos corações e assim transformar , por esta ação, a vida de tantas pessoas que dele precisam. Portanto não devemos nos esquecer que antes de tudo vem Jesus Cristo.

Romário Avelino, Postulante da Ordem dos Frades Menores Conventuais/
Estudante de filosofia no Instituto de Estudos Superiores do Maranhão(IESMA)



Treinamento da fé
I Domingo da Quaresma

Mais uma vez o primeiro domingo da Quaresma, domingo da tentação de Jesus no deserto.   Foi tentado pelo demônio e saiu-se vitorioso de todas as invectivas do pai da mentira.  Estamos, efetivamente, vivendo os dias favoráveis e oportunos da Quaresma.
● “A Quaresma  é uma subida  à Páscoa, como os israelitas subiam a Jerusalém para apresentar suas ofertas  e como Jesus  subiu para oferecer sua vida.  Nossa subida à Páscoa  está sob o signo da  provação e a comprovação de  nossa fé.  Encaminhamo-nos para uma grande renovação de nossa opção de fé. Se, nos primeiros tempos da Igreja, a Quaresma era a preparação para o batismo e a profissão de fé, para nós  é caminhada de aprofundamento e renovação de nossa fé.  Pois uma fé que não passa por nenhuma prova  e não vence nenhuma tentação pode se tornar acomodada, morta.  Ora, a renovação de nossa opção de fé não acontece na base de algum  exercício piedoso  ou cursinho teórico. É uma luta, como foi a tentação  de Jesus no deserto, ao longo de quarenta dias. A fé se confirma e se aprofunda em sucessivas decisões, como as de Jesus,  quando resistia com firmeza e perspicácia às tentações mais sutis: riqueza, poder, sucesso.
Precisamos de treinamento em nossa opção por Deus. Antigamente, esse treinamento consistia no jejum, na mortificação corporal. Mas em nossa situação de América Latina, empobrecida e desigual, o treinamento da opção da fé se realiza sobretudo na sempre renovada opção pelos pobres e excluídos, no adestramento para a solidariedade cristã.  A Campanha da Fraternidade nos treina para colocar nossa fé em prática. Adestra-nos para enfrentar os demônios de hoje, a tentação da idolatria da riqueza, da dominação, da discriminação, da competição.  Exercitamos nossa opção de fé, praticando-a na solidariedade fraterna para, com Jesus, chegar à doação da própria vida, na hora da grande prova.  Quem não se exercitar, talvez não saberá resistir” (Johan  Koning, Liturgia Dominical,  Vozes, p. 367).
● A Quaresma é um tempo de ascese.  “A ascese cristã nunca foi fim em si mesma; é apenas um meio, um método a serviço da vida e como tal procurará adaptar-se às novas necessidades. Outrora, a ascese dos Padres do deserto impunha jejuns e privações intensas e extenuantes; hoje a luta é outra. O homem não tem necessidade de sofrimento suplementar: cilício, cadeias de ferro, flagelações correriam o risco de extenuá-lo inutilmente. A mortificação de nossa época consistirá na libertação da necessidade de entorpecentes, pressa, ruídos, estimulantes, drogas, álcool sob todas as formas. A ascese consistirá acima de tudo no repouso imposto a si mesmo, na disciplina da tranquilidade, no silêncio onde o homem pode concentrar-se para a oração, mesmo em meio a todos os ruídos do mundo, no metrô, entre a multidão, nos cruzamentos de uma cidade. Consistirá principalmente na capacidade de compreender dos outros, dos amigos, em cada encontro. O jejum, ao contrário, da maceração imposta, será a renúncia alegre do supérfluo, a sua repartição com os pobres, um equilíbrio espontâneo, tranquilo” (Paul Evdokimow).

FreiAlmir Ribeiro Guimarães



  
No decorrer da historia, muitos estudiosos, filósofos, teólogos e grandes cientistas tentaram definir o que é e quem é Deus. Mas estes não conseguiram alcançar esta proeza, pois conforme afirmam algumas teorias, Deus é indefinível, infinito. Se já é difícil definir a Deus, como será então ver à Deus?
No evangelho de São João 1, 18, diz: “ninguém jamais viu à Deus”. Na liturgia das horas, na oração das vésperas da quarta-feira da primeira semana, o terceiro salmo no versículo 15 diz: “do Deus o invisível é a imagem” . podemos então fazer uma pequena análise do termo “invisível”no que se refere a questão da imagem de Deus. Conforme aprendemos, Deus é criador de tudo. O termo “invisível” foi criado pelo homem que foi criado por Deus. Logo o invisível é criatura de Deus. Mas o que é o invisível? Podemos dizer que o invisível é aquilo que não se pode ver. E o que é aquilo que não se pode ver? Podemos também dizer que é o nada. E o que é o nada? Vemos aqui como é difícil entender a divindade e o conhecimento de Deus.
Na obra SOLILOQUIOS, no capitulo VI, Santo Agostinho, através de um diálogo com sua própria razão, tenta explicar com que olhos a alma ve a Deus. Logo no começo, a razão faz uma promessa um pouco, a nossos ver, impossível de ser comprida. Ela promete mostrar Deus a ele como o sol se mostra a nossos olhos. Na primeira vista realmente parece difícil de ser cumprida. Mas em se tratando da razão veremos como isso se fará. Notamos aqui a impressionante capacidade de raciocínio que Santo Agostinho tinha, primeiro por conseguir dialogar com sua própria razão como se fosse aluno e professor. Segundo, pelos desafios de raciocínio que ele mesmo se impõe. É interessante que ele consegue se perguntar através da razão e responder a muitas das complicadas indagações feitas por ela com relação a esse assunto.
No decorrer da leitura do capitulo VI, ele diz que para a alma ver a Deus, é preciso ter olho, olhar e visão. Isso para muitos é tudo a mesma coisa. mas se formos pensar como Agostinho pensou, veremos que não é a mesma coisa. vejamos: o olho é a peça pela qual teremos o olhar, ou seja, o olho é a mente onde acontece muitas das coisas que mancham nossa alma e se a alma esta manchada, não se pode ver a Deus. Para ter o olhar, é preciso que o olho esteja sadio e são de toda mancha, por isso podemos dizer que o olhar é a conseqüência da saúde do olho que possibilitará a visão que é a contemplação daquilo que se deseja conhecer. Agostinho ainda cita mais três coisas para conseguir ver a Deus: fé, esperança e amor.
Para conseguir a viso de Deus a fé deve se juntar à esperança e ao amor. A fé, porque desperta em nós o desejo, mesmo sem ter tido a contemplação, de chegar a alcançar o esperado objetivo. A esperança podemos dizer que é a espera, a ansiedade que é movida pela fé e que nos faz querer ir em frente. Temos aqui dois pilares fortes onde a alma pode se apoiar para chegar a grande contemplação. Mas ela não conseguirá se não houver a junção destes com o amor. Inclusive, Agostinho diz que o mais importante destes três é o amor. Pois o amor, é que faz com que o desejo permaneça firmemente, e mesmo sem conhecer a Deus, o amor faz com que tenhamos a fé e a esperança de conhecê-lo, aumentando o amor que é eterno, por Deus. então para ver a Deus é preciso primeiro que a alma esteja sã, que olhe e veja, e segundo que tenha fé, esperança e amor.
Concluímos que quando Agostinho fala em ver a Deus, ele não fala no sentido de ver como nós vemos outra pessoa fisicamente com os olhos da carne. Ele fala no sentido de ver a Deus através do conhecimento do próprio Deus. Agostinho não contemplou Deus a olho nu, mas conheceu a Deus através de sua inteligência e isto é comprovado por meio de suas anotações, nas quais grandes estudiosos e Santos da Igreja se basearam e se baseiam para tentar também conhecer a Deus que é começo e fim de tudo. E isso faz de Santo Agostinho um dos grandes Santos e doutor da Igreja.
Notamos também uma pequena relação existente no capitulo VI e o capitulo XIV onde Agostinho diz que a sabedoria purifica as vistas, e com isso notamos o que afirmamos anteriormente sobre o conhecimento. Pois o conhecimento tira a venda dos nossos olhos e assim descobrimos novo horizonte e novos mundos. Por isso quem tem sabedoria compreende a Deus e vê a Deus.

Romário, postulante, OFMConv

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 02 DE FEVEREIRO DE 2013 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


INFORMATIVO

Ano IV  -  FEVEREIRO DE 2013 -  Nº  09

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA  ISABEL  DE  HUNGRIA

A CRIANÇA

Isabel, filha do rei André II da  Hungria e da rainha-consorte Gertrudes, irmã de Santa Hedwiges, nasceu no ano de 1207 em Pressburgo, capital da Hungria.
Batizada com o nome de Isabel (pala­vra hebraica significando Deus é pleni­tude repleta ou saturada de Deus tor­nou-se, na verdade, templo do Espírito Santo. E este pôs, em sua alma, qual se­mente, a graça divina.
O amor de Deus e do próximo, virtudes que primaram em toda a vida de Santa Isabel, davam já indícios de sua existência  quando ela apenas começava a falar. Como, na idade de cinco anos, mais ou menos, não soubesse ainda ler o saltério, segurava o livro nas mãos e punha-se em atitude de rezar. E o que lhe faltava quan­to aos anos e hábitos, supria-lhe a graça do Espírito Santo, que a ensinava a amar a Deus e lhe governava todas as obras e intenções.
Era mansa e branda de coração.
No intuito de ver se obtinha alguma coisa para os pobres, ia à cozinha, rece­bendo zangas e queixas dos cozinheiros.
Um dia, quando deixava a cozinha com o avental cheio de restos da mesa, para distribuí-los entre os pobres, veio-lhe ao encontro o pai e perguntou:
—  "Minha filha, que levas aí no avental"?
Movida pelo Espírito Santo, respondeu Isabel:
—  "Rosas, meu pai".
—  "Então, abre o avental" insistiu o rei, "e deixa-me ver as rosas".
A criança obedeceu, e, embora fosse tempo de inverno, apresentou ao pai as mais lindas rosas!
Diante desse milagre, o rei permitiu à filha dar esmolas aos pobres, quantas vezes quisesse; pois conheceu, que Deus se serviria de sua filha para fazer grandes maravilhas.
A menina tinha apenas quatro anos de idade, quando um acontecimento marcou sua vida (de santa) e também o seu destino.
Isabel foi pedida em casamento, para Luís, filho do Conde Hermann da Turíngia. E qual seria o motivo desse pe­dido tão insistente? Por que queria Herrnann da Turíngia trazer o mais breve possível  e sem demora, a pequenina princesa para seu filho Luís, tendo ela quatro anos de idade, apenas?!
Conta uma crônica antiga: certo ho­mem chamado Klingsohr, célebre por seus conhecimentos extraordinários, dedicava-se particularmente à astronomia e necromancia. Convidado pelo Conde Hermann para vir dar-lhe sua opinião e conselho numa questão de tão grande importân­cia, Klingsohr fixou, uns minutos, o céu estrelado e disse, então: Povo da cidade de Eisenach, tenho uma alegre nova, pois vejo uma belíssima estrela que se ergue na Hungria; e, de lá, sua luz se irradia por sobre o mundo inteiro. Esta noite, nas­ceu a meu Senhor, rei da Hungria, uma filha que terá o nome de Isabel e será esposa do filho do vosso soberano. Sua vida santa e louvável, agradará e servirá de consolo a toda a Cristandade, e especialmente a este país".
Eis aí a razão porque o Conde Hermann, desejando ardentemente ter, antes de morrer, a certeza do futuro enlace da princesa com seu filho Luís, solicitava com tanto ardor, e tão solenemente, a mão da pequenina Isabel.
      Para esse dia tão singular, o dia do pedido Isabel trajou um vestido de seda, bordado a ouro e prata, mas não tinha idade para avaliar e apreciar esse luxo mundano. Veremos na vida de Isabel, que ela conservou pura e sem mancha, até a morte, a simplicidade infantil, tão do agrado de Deus.
E assim, a menina assaz pequenina, e inocente, sem saber, na verdade, o que significava a sua partida, deixava pai e mãe, e a terra natal, para sempre!
Em tempos antigos, os pais, exclusiva­mente eles, decidiam da vida dos filhos, pois com certeza, só queriam vê-los felizes, escolhendo para eles o melhor que a ex­periência e a vida lhes havia ensinado.
Foi por esse motivo, que a união entre Isabel e o Conde Luís, se tornou tão cris­tão, tão boa e bela!
Três anos depois que Isabel chegaria a Turíngia, sua mãe, a rainha Gertrudes, foi barbaramente assassinada. E, foi nessa hora tão amarga de sua vida, que a jovem encontrou, estímulo e consolo, na pessoa de sua tia, Santa Edwiges, que lhe apontava a senda estreita que conduz ao céu. Mas que, ao mesmo tempo, lhe ser­viu de estímulo, pois a vida edificante de Santa Edwiges foi-lhe contínua advertên­cia e prova que também as princesas po­dem e devem chegar à santidade.
Isabel crescia em idade e vigor, e, de­baixo do carinho e cuidados do Conde Hermann, seu futuro sogro, progredia também nas virtudes e graças.
Tinha sempre Deus no seu coração e vivia cheia de amor em Sua presença, di­rigindo para Ele todas os sentimentos, pensamentos, ideias, todas as palavras e obras.
Nós cristãos cremos na comunhão dos santos. Assim também, a jovem Isabel, além da Mãe de Deus, escolhera um Santo, pelo qual, por causa de sua virgindade e ardente amor, tinha extraordinária devo­ção: São João Evangelista.
Isabel prometeu-lhe dar de boa mente quanto lhe pedissem em seu nome. Essa promessa, ela cumpriu-a por toda a vida. Jamais recusou um pedido feito a ela em nome de São João!
Isabel contava apenas nove anos, quan­do morreu o Conde Hermann, que sem­pre lhe devotara grande amor e zelo.
O piedoso capuchinho Martinho de Cochem escreve em sua lenda: — Depois da morte do piedoso Conde, todos se levanta­ram contra o anjinho inocente, que era co­mo uma tímida ovelha no meio de car­neiros, mordida, escarnecida e desprezada. À proporção que nela se desenvolviam a devoção e a humildade, aumentavam tam­bém contra ela o escárnio e a perseguição, e não havia a quem, fora de Deus, pudesse confiar a sua dor. Assim o Senhor começou bem cedo a experimentar-lhe a paciência.
"O minha Santa Isabel, pela tua ju­ventude virtuosa, extingue a minha malícia e, pela resignação heróica com que aceitaste tudo da mão de Deus, consegue-me o perdão das minhas culpas e impaciências".

Continua no informativo – Ano IV -            MARÇO DE 2013  -  Nº  10

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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE FEVEREIRO

1 — B. André dei  Conti,  1ª Ordem.
2 — B. Verdiana de Castelfiorentino,  3ª Ordem
3 — S. Joana de Valois, 3ª Ordem Regular, 
        Fundadora das Irmãs da SS. Anunciada.
4 — S. José de Leonessa, 1ª Ordem.
5 — S. Tomás de Ize, 3ª Ordem, mártir do Japão.
6 — S. Pedro Baptista Blasquez, 1ª Ordem, mártir do Japão.
7 — S. Coleta de Corbia, 2ª Ordem.
8 — B. João de Triora, 1ª Ordem,  mártir.
9 — B. Antônio de Stroncone, 1ª Ordem.
10 —B. Egídio Maria de S. José, 1ª Ordem.
11— B. Clara de Rimini,  2ª Ordem.
12 —B. Rizzerio   de   Muccia,  1ª Ordem.
13 — S.Francisco de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
14 — S.Tomás de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do Japão.
15 — Trasladação do Corpo de S.Antônio de Lisboa
16 — B. Filipa Mareri, 2ª Ordem.
17 — B. Lucas Belludi,  1ª Ordem.
18 — S. Joaquim Sakakibara, 3ª Ordem, mártir do Japão.
19 — S. Conrado de Placenza, 3ª Ordem.
20 — B. Pedro de Treia,  1ª Ordem.
21 — S. Leão   Karasuma, 3ª Ordem, mártir do Japão.
22 — S. Boaventura de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
23 — B. Isabel de França, 2ª Ordem.
24 — S. Matias de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
25 — B. Sebastião de Aparício, 1ª Ordem.
26 — S. Antônio de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do Japão.
27 — S. Paulo Suzuki, 3ª Ordem, mártir do Japão
28 — B. Antonia de Florença, 2ª Ordem.
  

O ARAUTO DO GRANDE REI


BOLETIM INFORMATIVO DE JANEIRO 2013

ANO DA FE

Maria Bernadette Nabuco do Amaral Mesquita
Coordenadora Nacional de Formação

Celebrando o Jubileu dos 50 Anos do Concílio Vaticano II, o Papa Bento XVI proclamou o Ano da Fé, de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Para isso, escreveu a Carta Apostólica Porta Fidei - Porta da Fé, que é uma exortação quanto à necessidade de se redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar com evidência sempre maior a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo.
Muitas vezes, nos preocupamos mais com as consequências sociais, culturais e políticas da fé, do que com a própria fé, considerando que ela está clara no universo cristão, porém, não é assim. No passado, considerando um passado bem próximo, estes sinais eram mais evidentes, era fácil reconhe­cer os valores inspirados pela fé, porém, hoje, não é assim, em consequência da grande crise de fé que atinge os vários segmentos da sociedade.
Este é um tempo oportuno para a meditação, avaliação e tomada de consciência da fé, no sentido de reavivar, fazer crescer e interpretar, para então professar e testemunhar a verdadeira fé.
A renovação da Igreja se faz através do testemu­nho dos seus fiéis, que fazem brilhar com a própria vida no mundo, a Palavra que o Senhor Jesus nos deixou. Sob esse aspecto, o Ano da Fé, é um con­vite para uma sincera conversão. Aqui abrimos uns parênteses e lançamos o olhar para a vida e a obra de São Francisco de Assis.
Façamos, então, durante esse tempo, do tem­po que o Senhor nos dá, um tempo de estudo da fé, dedicando mais tempo ao aprofundamento da Palavra de Deus e ao estudo do Catecismo da Igreja Católica, para que possamos conhecer melhor as verdades da fé que professamos e, assim, mais amá-la e defendê-la, numa época em que temos so­frido tantos ataques, tanta debanda, tanta infidelida­de. Um tempo de celebração da fé, celebrar a fé de
coração, principalmente na Eucaristia, que nos leva a experimentar o mistério central da vida de Cristo, sua morte e ressurreição, onde Deus revela plena­mente o amor que salva e introduz na vida nova. Um tempo de testemunhar a fé, através da profis­são e do serviço, pois "a fé sem obras é morta". Cada vez mais, a Igreja precisa de homens e mulheres que, através de um autêntico seguimen­to de Jesus, possam defendê-la, para fazer brilhar a Boa Nova, com renovado ardor, como respos­ta às necessidades do mundo moderno. Nova Evangelização significa redescoberta, renovação, alegria e esperança na fé que professamos.
Nós, enquanto franciscanos e franciscanas, temos um grande mestre. São Francisco, no seu encontro pessoal com o Altíssimo, viveu a radicali-dade de um amor apaixonado e uma experiência de intimidade profunda com a Trindade Santa, que o levou a morrer para si mesmo, para deixar-se guiar pela mão do Senhor. Nisso se traduz a conversão franciscana e é isso que a Igreja espera de nós.
Viver este ano com esforço e dedicação pes­soal, no conhecimento e na vivência, através do serviço e da vida de oração, nos levará a professar a nossa fé com renovado ardor, defendendo os va­lores da doutrina católica e anunciando que o Amor precisa ser mais amado.
Como Coordenadora Nacional de Formação Integrada, recém eleita, desejo viver com particular intimidade este Ano da Fé com todos os francisca­nos seculares e jufristas do Brasil. PAZ E BEM!


GEORGINA FULLERTON
DO ANGLICANISMO À FRANCISCO. 1812 - 1885

De Lord Grandville e Leidy Cavendish, nasceu  em um velho castelo inglês, a 23 de setembro de 1812, a menina que recebeu o nome de Giorgina.
De ambos os lados, descendia da mais alta nobreza da Inglaterra. “Nasci num antigo Solar Católico” – escreve ela – “onde vivi até os seis anos. Quem sabe, os Anjos da Guarda tenham rezado por mim, a primeira criança protestante a nascer ali”.
A mãe forçada pelos deveres sociais viu-se na contingência de entregar Giorgina com a irmã Suzana, um ano mais velha, aos cuidados de uma aia.
Em 1829, na Inglaterra, Giorgina encontrou Alexandre Fullerton, a quem após vencer duras lutas contra os parentes, casaram-se em 13 de julho de 1833 em paris. Sendo ambos anglicanos, o casamento foi celebrado conforme o rito anglicano. No seu diário, Giorgina fala: “se meu marido não é perfeito, é quase.”
Passado um ano de casados, nasceu-lhe o primeiro filho. Seria o único que, Deus lhe haveria de conceder, foi a maior alegria de sua vida mais, ser-lhe-ia também a maior dor.
Enquanto Giorgina vivia em Paris, na Inglaterra se desenvolvia o grande movimento Oxford. Este movimento era um retorno dos protestante a Igreja Católica. Na frente estava o grande Cardeal Newman, também ele convertido.
Por este movimento, levou a Igreja nomes ilustres de todas as camadas. Giorgina Fullerton, não ficara alheia ao movimento. Dedicava-se mesmo a leitura de livros católicos, mas parece que nunca lhe ocorrera, converter-se.
Enquanto Giorgina, esquivava da luz, seu marido estudava, e refletia o catolicismo.
A morte do pai, em 07 de janeiro de 1846, feriu-lhe o amor filial que a deixou, mais livre para ocupar-se daquilo que tanto preocupava. Encontrou-se com Padre Browmbill, que deu o ultimo arranco, escreve Giorgina:” Grande foi a luta, feroz o combate, mais maravilhoso o efeito”.
Um dia chegou-se ao Pe. Browmbill e, inesperadamente lhe diz: “Venho dizer-lhe meu Padre, mudei de ideia. Decididamente, não é na Igreja Católica que eu quero entrar. O padre não se alterou. Ele conhecia as almas nas crises de conversão.
E qual a igreja que pretende entrar? Ótima pergunta, como um raio de luz, encravou-se naquela alma para nunca mais sair.
Deus não precisa de longos discursos para destruir barreiras, basta-lhe um leve sopro.
Dois dias depois, 29 de março de 1846, Giorgina fullerton, deixa o anglicanismo, e entra na Igreja Católica.
Termina as lutas da alma, agora os dois partilhavam da mesma fé, o desejo de ambos, era agora, ver o filho abrigado sob a mesma fé.
Na festa de Todos os Santos, do mesmo ano de 1846, Granville fez a primeira comunhão. No mês de maio de 1853, foi passar uns dias no castelo de sua tia, Lady Rivera. No dia 29, a morte o acolheu, em plena mocidade, cheio de planos de vida. Foi um golpe para Giorgina, ela levará esta dor até o leito de morte.
Em 1857, encontrava-se em Roma, sua alma sentia necessidade de estar mais perto de Deus. Procurou a Ordem Terceira de S. Francisco, também este passo liga, a morte do filho querido. Ela entrara na ordem no dia da ultima comunhão do filho.
No seu diário encontramos estas palavras. “Bendito aniversario da unica consolação”. E assim invoca ela a proteção de Maria Santissima: “Pedirei sempre a proteção de Maria, minha Mãe e Senhora, e recorro a ela neste instante, veste-me vós mesma com o habito de São Francisco. Fazei com que eu seja uma verdadeira religiosa, cheia do Espirito da Santa Ordem Terceira. Ajudai-me diante de Deus, e diante dos homens, maria minha mãe rogai por mim”.
E na vespera de sua vestição escreve: “Eis o tempo propicio, eis o dia da comunhão de meu querido filho, serei admitida na Ordem Terceira de São Francisco.
Proponho e pretendo com a graça de Deus, fazer que seja para mim o começo de uma nova vida, dedicada a Deus, e seu serviço. Toma a resolução de praticar a pobreza, conforme puder, quero que o meu dinheiro não seja meu, mais sim, dos pobres.
Estudarei a regra, ponto por ponto, vou tornar-me filha de São Francisco de Assis, Apostolo da Pobreza!
Possa sua virtude querida, ser sempre mais cara ao meu coração, dai-me Senhor, este desejo. Dai-me as Graças necessarias, para ser uma perfeita Terceira, franciscana”.
No dia seguinte, recebia o habito da Ordem Terceira, não estava sozinha, ao seu lado estava o esposo, foi sempre fiel, sem nunca perder de vista, o seu ideal franciscano.
Realmente começou uma nova vida, e sem duvida, seu maior titulo é este: “SER TERCEIRA FRANCISCANA, SEGUNDO O ESPIRITO DO SERÁFICO PAI.”
Giorgina, compreendeu bem o espirito da Ordem Franciscana, aquele amor que S. Francisco dedicava aos pobres, estava vivo na alma de Giorgina. Certa vez, encontrando uma Senhora correu a abraçar, e beijar afetuosamente, lembrando S. Francisco quando viu o leproso.
No ano de 1881, adoece Giorgina, esta enfermidade a levaria ao encontro do Pai.
Aconselhada pelos medicos, foi para a frança, com o esposo e, planejaram visitar Lourdes para confiar a Nossa Senhora as suas dores, e dela o remedio mas, na ida, o esposo adoece, voltaram a Inglaterra, aquela vontade de visitar lourdes fora frustrada mas, aqui brilha a vontade de Deus.
Em 18 de Janeiro de 1885, recebeu a unção dos enfermos, no dia seguinte ela piorou.
Ao lado estava o esposo, sustentado pela fé, um ultimo olhar no crucifixo e, seus olhos se fecharam, sua alma foi ao encontro de Deus e, também com seu filho, e lá esta a espera do esposo ao lado do Pai.

Giorgina Fullertom
Do Anglicanismo a Francisco,
Alexandre Fullertom. 


Patrono  da  JMJ de 2013



No último dia 27 de maio, no santuário de Nossa Senhora da Penha, a equipe de articulação e divulgação da JMJ Rio2013 divulgou os patronos e intercessores deste encontro mundial dos jovens com o Papa, que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo a própria comissão, os patronos escolhidos, estão intimamente ligados à história do  Brasil e seus exemplos de vida podem ser seguidos pelos jovens. No site da JMJ, a saber: www.rio2013.com, se lê: 


"Os patronos são os pais espirituais dos jovens, lhes ensinam, como verdadeiros pais e mestres, os caminhos para a santidade. Foram escolhidos por estarem intimamente ligados ao espírito da JMJ Rio2013. Dentre estes estão também representantes da nação. O tema missionário inspira o pedido por proteção e entusiasmo para enfrentar os desafios da evangelização nos dias atuais. Oração e ação são dimensões inseparáveis dos discípulos-missionários de Jesus Cristo".

Sendo assim, eis os patronos: Nossa Senhora Aparecida - padroeira do Brasil; São Sebastião -patrono da cidade do Rio de Janeiro; Santa Terezinha - padroeira das missões; Beato João Paulo II - idealizador das jornadas mundiais da juventude; e, o nosso santo franciscano Santo António de Santana Galvão, frei Galvão - primeiro santo brasileiro.

A notícia da escolha de frei Galvão como um dos patronos nos alegrou a todos como família franciscana do Brasil, haja vista que a história deste país está intimamente ligada com a história dos franciscanos nestas terras. Vale lembrar que a primeira missa rezada na Ilha de Vera Cruz foi celebrada pelo frade franciscano Frei Henrique de Coimbra e que o nosso citado frei Galvão foi ordenado presbítero na cidade do Rio de Janeiro.

Nós, franciscanos de todo o Brasil, estamos nos preparando ativamente para esta jornada, e agora podemos contar com a intercessão deste grande homem, grande santo, arauto da paz e da caridade.




                  

. Objetivo

Embora a Jornada Mundial da Juventude possua uma estrutura e organização próprias, oferecendo uma rica programação de eventos oficiais, isso não impede que as congregações religiosas e/ou movimentos realizem as suas atividades, de modo que os jovens possam conhecer a diversidade carismática da Igreja durante esse encontro internacional.
Assim, o objetivo de nossa presença franciscana junto à Jornada Mundial da Juventude é apresentar o nosso carisma a todos os jovens que ainda não nos conhecem, além de ser uma oportunidade de vivenciarmos o grande Dom da Fraternidade sonhada por Francisco e Clara, capaz de romper as barreiras e diferenças culturais, idiomáticas e geográficas.

Explicação à Logomarca

O traçado na cor marrom representa o Pão de Açúcar, ponto turístico conhecido mundialmente, e faz alusão à cidade do Rio de Janeiro, sede da JMJ. Junto à forma do Pão de Açúcar, um traçado oval, também na cor marrom, forma a silhueta de São Francisco, o inspirador do movimento franciscano. A imagem de São Francisco se completa com o sol representado logo acima de sua cabeça, simbolizando a sincera santidade e a afinidade de Francisco com as criaturas de Deus. A cruz, em amarelo, remete à JMJ. A pomba, na cor azul, como se estivesse saindo da mão de Francisco, simboliza a missão de todos os que anunciam o Evangelho, como anunciadores da "Paz e do Bem".
FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA E FRANCISCANA
O envio apostólico "Ide e fazei discípulos entre todas as nações" (Mt 28, 19), que inspira a Jornada Mundial da Juventude, só é se concretiza a partir de uma real experiência de Deus. Desejoso em seguir o Mestre, o discípulo deve "embriagar-se de amor divino para depois levar ao mundo esse grande vinho da alegria". E não há dúvida de que, entre tantos santos e santas, Francisco de Assis aponta um caminho inspirador para a experiência concreta do encontro com o Senhor. Francisco sente-se enviado e também envia seus irmãos como mensageiros da paz.
No seu Testamento, chega a dizer: "Como saudação, revelou-me o Senhor que disséssemos: 'O Senhor te dê a paz'" (Test 23). É saudação missão. "Enviou dois a dois com a incumbência de anunciarem a paz: 'Ide, queridos irmãos, ide dois a dois ao mundo e anunciai ao homem a paz" (1Cel 29). Essa saudação, mais adiante, foi condensada na forma "Paz e Bem", tão difundida até os dias de hoje. O ideal franciscano não é património exclusivo dos seguidores diretos do Santo de Assis, mas diz respeito a todos que reconhecem em São Francisco uma inspiração para vida do discípulo de Cristo. O discípulo missionário que toma para si como inspiração o carisma franciscano compromete-se existencial mente a encarnar, a tomar viva e eficaz a Paz de Cristo anunciada e vivida por Francisco.