BOLETIM INFORMATIVO DE AGOSTO DE 2017
Recordando a Nossa História
Longe de querer ser saudosista mas, consciente de
que olhar o passado nos ajuda a ver melhor o presente, busquei nos livros de
tombo de nossa fraternidade algo que pudesse trazer uma reflexão que gostaria
de compartilhar.
Esta foto de mais ou menos 1965, subindo a atual
rua Nelson de Sá Earp sentido à Praça da Liberdade, provavelmente, sentido à
nossa sede.
Procurando mais um pouco me deparei com uma dificuldade
um tanto oposta ao que vivemos nos dias atuais. Nos livros de Crônicas de nossa
fraternidade, foi relatado que, devido ao número crescente de novos
vocacionados à OFS, e algumas normas que entravam em vigor naquele tempo, eles
encontravam-se com dificuldades de se conhecerem mutuamente e, como o princípio
fundamental da OFS é a caridade fraterna
então, decidiu-se formar Núcleos de Caridade Fraterna conforme o bairro
residencial de cada um.
Isto, segundo o relato, já havia sido aplicado em
fraternidades da França e da Itália sendo de grande proveito para diversas
Fraternidades. Disse certo Pd. Comissário, que não foi mencionado o nome do
mesmo, “A formação de núcleos nos bairros é a melhor e mais eficiente formação
espiritual que os filhos de São Francisco podem proporcionar aos indiferentes
mostrando-lhes em pequenas doses, o ideal da Familia Serafica”.
Trazendo para os dias atuais, não temos um grande número
de irmãos, mas, temos irmãos que uma vez por mês se deslocam de seus bairros
para se reunirem em fraternidade vivenciando esta mesma experiência de nossos
irmãos, desde o tempo de São Francisco que é Viver a Caridade Fraterna. Temos que reconhecer a grande riqueza
que é a nossa Regra e Vida para nossas vidas e, esta, é como uma lâmpada que
não pode ficar apagada em nossas memórias mas deve sim, através de nossa vida
alcançar de forma eficiente e em doses homeopáticas os irmãos e irmãs que se
aproximam de cada franciscano nas diversas paróquias, movimentos e pastorais.
Uma vez por mês nos reunimos mas, no mínimo, semanalmente temos diversas
atividades para desenvolvermos em nossas comunidades colocando em prática o que
aprendemos em nossa ‘Escola de perfeição
Cristã’ que é a OFS. Sendo assim, penso que a idéia do passado se faz muito
atual. Se nas diversas comunidades da cidade onde se encontra um irmão de nossa
Fraternidade se reúna, ainda que seja em dois irmãos apenas para refletir o
nosso carisma, orar, celebrar juntos como franciscanos, iremos poder comunicar
o nosso carisma para outros que ainda não o conhecem. Dar uma oportunidade de
descobrir algo que está escondido em seus corações mas que ainda não chegamos
até eles para mostrar. E, creio que muitos os que entenderem, assim como São
Francisco após ouvir o Evangelho (Mt 10, 7-15) falou, também dirá: “É isso que eu quero, isso que procuro, é
isso que eu desejo fazer de todo coração”.
Atividades e união entre Juventude, OFS, e Frades Estudantes
Na Foto acima a então JUF (Juventude Franciscana),
com o intermédio da OFS, e apoio dos Frades estudantes, se reúnem para
conseguir andaimes junto a prefeitura, arrecadou papelão e formou toda a
estrutura da bela Cidade de Belém para representar o Natal de Greccio. O Ato
vinha se repetindo diversos anos e, segundo o livro de Crônicas de nossa
fraternidade, do ano de 1956, foi realizada a apresentação no pátio da Igreja
do Sagrado, isto se deu no dia 23/12 e tinha casas originais, escadas, um grupo
de pastores fora da cidade se aquecendo em uma pequena fogueira e ao lado da
fogueira foi armado um grande rochedo que pela sua naturalidade atraiu a
atenção do público devoto.
Ali foi representado todo o drama da Encarnação do
Menino Jesus, desde a chegada de N. Senhora e São José pedindo pousada para o
Menino nascer até o Nascimento, contou também com aparição do coro celeste dos
anjos sobre o rochedo que desciam cantando até a gruta, os pastores se
ajoelhando em adoração e enfim, terminando com o ato de o povo ir beijar a
imagem do Menino Jesus que durou por volta de uma hora.
Dado o agrado popular a Juventude Franciscana se
animou à aperfeiçoar a encenação, corrigir as falhas, e promover nas praças da
cidade esta encenação tão bela que veio se repetindo por anos em diversas
praças da cidade estimulando a devoção e “com certeza atraindo outros Jovens”.