sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2016



Bento XVI: Catequese sobre Santa Isabel da Hungria

Queridos irmãos e irmãs:

    Gostaria, hoje, de vos falar sobre uma das mulheres da Idade Média que maior admiração suscitou : Santa Isabel da Hungria, também chamada  de Isabel de Turíngia.
    Nasceu  em 1207, na Hungria. Os historiadores discutem onde. Seu pai era André II, rico e poderoso rei da Hungria, o qual, para reforçar seus vínculos políticos, tinha-se casado com a condessa alemã Gertrudes de Andechs-Merania, irmã de Santa Edwiges, que era esposa do duque de Silésia.
    Isabel viveu na corte húngara somente nos primeiros quatro anos da sua infância, junto com uma irmã e três irmãos. Ela gostava de música, de dança e de jogos; recitava com fidelidade as suas orações e mostrava  particular atenção aos pobres, a quem ajudava com uma boa palavra ou com um gesto afetuoso.
    A sua infância feliz foi bruscamente interrompida quando, da distante Turíngia, chegaram alguns cavaleiros para a conduzir à sua nova terra na Alemanha central. Segundo os costumes daquele tempo, de facto, o seu pai tinha acordado que Isabel se tornasse princesa de Turíngia. O landgrave, ou conde, daquela região era um dos soberanos mais ricos e influentes da Europa no começo do século XIII e seu castelo era centro de magnificência e de cultura. Mas, por trás das festas e da glória, escondiam-se as ambições dos príncipes feudais, geralmente em guerra entre eles e em conflito com as autoridades reais e imperiais. Neste contexto, o conde Hermann acolheu com boa vontade o noivado entre seu filho Ludovico e a princesa húngara. Isabel partiu da sua pátria com um rico dote e um grande séquito, incluindo as suas aias pessoais, duas das quais permaneceriam amigas fiéis até o fim. São elas que nos deixaram preciosas informações sobre a infância e sobre a vida da santa.
    Após uma longa viagem, chegaram a Eisenach, para subirem, depois, à fortaleza de Wartburg, o castelo num maciço sobre a cidade. Lá se celebrou o compromisso entre Ludovico e Isabel. Nos anos seguintes, enquanto Ludovico aprendia o ofício de cavaleiro, Isabel e suas companheiras estudavam alemão, francês, latim, música, literatura e bordados. Apesar de o compromisso ter sido decidido por razões políticas, nasceu entre os dois jovens um amor sincero, motivado pela fé e pelo desejo de fazer a vontade de Deus.
    Aos 18 anos, Ludovico, após a morte do seu pai, começou a reinar sobre Turíngia. Mas Isabel converteu-se em objeto de críticas silenciosas, porque o seu comportamento não correspondia à vida da corte. Assim também a celebração do matrimonio não foi faustosa e os gastos do banquete foram distribuídos, em parte, pelos pobres. Na sua profunda sensibilidade, Isabel via contradições entre a fé professada e a prática cristã. Não suportava os compromissos. Uma vez, entrando na igreja, na festa da Assunção, ela tirou a coroa, colocou-a aos pés da cruz e permaneceu prostrada no chão, com o rosto coberto. Quando uma freira a desaprovou por este gesto, ela respondeu: «Como posso eu, criatura miserável, continuar a usar uma coroa de dignidade terrena quando vejo o meu Rei Jesus Cristo coroado de espinhos?». Ela comportava-se diante dos seus súditos da mesma forma que se comportava diante de Deus. Entre os escritos das suas aias, encontramos este testemunho: «Não consumia alimentos sem antes estar certa de que procediam das propriedades e dos bens legítimos do seu marido. Enquanto se abstinha dos bens adquiridos ilicitamente, preocupava-se também por  ressarcir aqueles que tivessem sofrido violência» (nn. 25 e 37). Um verdadeiro exemplo para todos aqueles que desempenham cargos: o exercício da autoridade, a todos os níveis, deve ser vivido como serviço à justiça e à caridade, na busca constante do bem comum.
    Isabel praticava assiduamente as obras de misericórdia: dava de beber e de comer a quem batia à sua porta, distribuía roupas, pagava dívidas, cuidava dos doentes e sepultava os mortos. Descendo do seu castelo, dirigia-se frequentemente com suas aias às casas dos pobres, levando pão, carne, farinha e outros alimentos. Entregava pessoalmente estes alimentos e tratava com atenção do vestuário e das camas dos pobres. Este comportamento foi reportado ao seu marido, a quem isso não só não desagradou, como respondeu aos seus acusadores: «Enquanto ela não vender o castelo, estou feliz!». Neste contexto coloca-se o milagre do pão transformado em rosas: enquanto Isabel ia pela rua com seu avental cheio de pão para os pobres, encontrou-se com o marido, que lhe perguntou o que estava a transportar. Ela abriu o avental e, em vez de pães, apareceram magníficas rosas. Este símbolo da caridade está presente muitas vezes nas representações de Santa Isabel.
    O seu casamento foi profundamente feliz: Isabel ajudava seu marido a elevar as suas qualidades humanas ao nível espiritual, e ele, por outro lado, protegia a sua esposa na sua generosidade para com os pobres e nas suas práticas religiosas. Cada vez mais admirado pela grande fé de sua esposa, Ludovico, referindo-se à sua atenção aos pobres, disse-lhe: «Querida Isabel, é Cristo quem tu lavaste, alimentaste e cuidaste» - um claro testemunho de como a fé e o amor a Deus e ao próximo reforçam e tornam ainda mais profunda a união matrimonial.
    O jovem casal encontrou apoio espiritual nos Frades Menores, que, desde 1222, se espalharam pela Turíngia. Entre eles, Isabel escolheu o Frei Rüdiger como diretor espiritual. Quando ele lhe narrou as circunstâncias da conversão do jovem e rico comerciante Francisco de Assis, Isabel entusiasmou-se ainda mais no seu caminho de vida cristã. A partir daquele momento, dedicou-se ainda mais a seguir Cristo pobre e crucificado, presente nos pobres. Inclusive quando nasceu o seu primeiro filho, seguido de outros dois, a nossa santa não descuidou, jamais, as suas obras de caridade. Além disso, ajudou os Frades Menores a construir um convento em Halberstadt, do qual o Frei Rüdiger se tornou superior. Por isso, a direção espiritual de Isabel passou para Conrado de Marburgo.
    Uma dura prova foi o adeus ao marido, no final de junho de 1227, quando Ludovico IV se associou à cruzada do imperador Frederico II, recordando à sua esposa que esta era uma tradição para os soberanos de Turíngia. Isabel respondeu: «Não o impedirei. Eu entreguei-me totalmente a Deus e agora devo entregar-te também». No entanto, a febre dizimou as tropas e o próprio Ludovico ficou doente e morreu em Otranto, antes de embarcar, em setembro de 1227, aos 26 anos. Isabel, ao saber da notícia, sentiu tal dor, que se retirou em solidão, mas depois, fortificada pela oração e consolada pela esperança de voltar a vê-lo no céu, interessou-se novamente pelos assuntos do reino.
     Outra prova, porém, a esperava: o seu cunhado usurpou o governo de Turíngia, declarando-se verdadeiro herdeiro de Ludovico e acusando Isabel de ser uma mulher piedosa e incompetente para governar. A jovem viúva, com os seus três filhos, foi expulsa do castelo de Wartburg e começou a procurar um lugar para se refugiar. Somente duas de suas aias (criadas) permaneceram junto dela, a acompanharam e confiaram os três filhos aos cuidados de amigos de Ludovico. Peregrinando pelos povoados, Isabel trabalhava onde era acolhida, assistia os doentes, fiava e costurava. Durante este calvário, suportado com grande fé, paciência e dedicação a Deus, alguns parentes, que lhe tinham permanecido fiéis, e consideravam ilegítimo o governo do seu cunhado, reabilitaram seu nome. Assim, Isabel, no início de 1228, pôde receber uma renda apropriada para se retirar para o castelo da família, em Marburgo, onde vivia, também, o seu diretor espiritual, Frei Conrado. Foi ele quem contou ao Papa Gregório IX o seguinte facto: «Na Sexta-Feira Santa de 1228, com as mãos sobre o altar da capela da sua cidade, Eisenach, onde tinha acolhido os Frades Menores, na presença de alguns frades e familiares, Isabel renunciou à sua própria vontade e a todas as vaidades do mundo. Ela queria renunciar a todas as suas posses, mas eu dissuadi-a por amor aos pobres. Pouco depois, construiu um hospital, recolheu doentes e inválidos e serviu à sua própria mesa os mais miseráveis e abandonados. Tendo-a repreendido por estas coisas, Isabel respondeu-me que dos pobres recebia uma graça especial e humildade» (Epistula magistri Conradi, 14-17).
    Podemos ver nesta afirmação uma experiência mística parecida com a vivida por São Francisco: de facto, o Pobrezinho de Assis declarou  no seu testamento que, servindo os leprosos, o que antes era amargo se transformou em doçura da alma e do corpo (Testamentum, 1-3). Isabel passou os seus últimos três anos no hospital que fundara, servindo os doentes e velando com os moribundos. Tentava sempre levar a cabo os serviços mais humildes e os trabalhos mais repugnantes. Ela converteu-se no que poderíamos chamar de mulher consagrada no meio do mundo (soror in saeculo) e formou, com outras suas amigas, vestidas com um hábito cinzento, uma comunidade religiosa. Não é por acaso que ela é padroeira da Terceira Ordem Regular de São Francisco e da Ordem Franciscana Secular.
    Em novembro de 1231, foi vítima de fortes febres. Quando a notícia da sua doença se propagou, muitas pessoas foram visitá-la. Após cerca de 10 dias, ela pediu que fechassem as portas, para ficar a sós com Deus. Na noite de 17 de novembro, descansou docemente no Senhor. Os testemunhos sobre a sua santidade foram tantos, que, apenas quatro anos mais tarde, o Papa Gregório IX a proclamou santa e, no mesmo ano, se consagrou, em Marburgo, bela igreja construída em sua honra.
    Queridos irmãos e irmãs, na figura de Santa Isabel, vemos como a fé e a amizade com Cristo criam o sentido da justiça, da igualdade de todos, dos direitos dos demais, e criam o amor e a caridade. E dessa caridade nasce a esperança, a certeza de que somos amados por Cristo e de que o amor de Cristo nos espera e nos torna, assim, capazes de o imitar e ver nos demais.
    Santa Isabel convida-nos a redescobrir Cristo, a amá-lo, a ter fé e, assim, a encontrarmos a verdadeira justiça e o amor; e também a alegria de que um dia estaremos submersos no amor divino, no gozo da eternidade com Deus.

A VOCAÇÃO FRANCISCANA SECULAR


    Assim começa a nossa Regra: “A Regra e vida do Franciscano Secular é esta: observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o exemplo de São Francisco que fez do Cristo o inspirador e o centro da sua vida com Deus e com os homens.”
    Como Cristãos Batizados, todos somos chamados a viver o Evangelho.
   Ao fazermos a nossa Profissão na Ordem Franciscana Secular, nós temos uma maneira própria de se viver o Evangelho. É a maneira de São Francisco de Assis. É dentro da ótica dele que fez do Cristo o centro e o inspirador de seu relacionamento com todo o criado.
Por isso que se faz necessário um aprofundar-se em conhecer mais a sua vida e seus ensinamentos. Para conhecer mais a respeito das virtudes que são típicas do franciscanismo como: o espirito de simplicidade; a pobreza; sua vida de oração; a conversão continua; o espirito de fraternidade e o amor à Igreja. Estas virtudes não aprendemos em escola; nem nos livros. É a pratica e a partilha que podemos vivenciar através de nossa presença em nossas reuniões que acontecem uma única vez por mês e, o nosso retiro anual que, como o nome diz, acontece uma vez ao ano.
    Muitas vezes vemos irmãos iniciarem em nossas fraternidades e, aos poucos, vai desaparecendo. Não é intensão deste texto apontar os porquês. Mas gostaria de partilhar o pensamento sobre um detalhe que considero importante.
 Como diz a nossa regra e vida, “devido à fragilidade humana, devemos buscar uma radical transformação interior que o próprio Evangelho designa com o nome de conversão! (Rg, 7). Esta fragilidade, se não vigiarmos, nos arrebata de nosso ideal devido a tanta influencia que vem de todos os lados como por exemplo os meios de comunicação.
    Quando percebemos vamos nos habituando ao que é comum a quem busca uma espiritualidade como  nós franciscanos. Sem perceber, nos pegamos julgando o próximo, falando mal, às vezes do nosso irmão da fraternidade, outras vezes nos pegamos murmurando etc. Tudo isso é comum a grande  massa da sociedade que não se importa em viver uma espiritualidade como nós. A cruz que cristo quer que carreguemos é bem mais leve que esta. Precisamos estar vigilantes nesta conversão e na busca de viver o Evangelho nesta ótica de São Francisco. Só assim nós seremos fermento nesta massa e não massa se torne fermento em nosso coração. Já encontramos na carta que escreve o apostolo e irmão do Senhor Tiago. “Não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de seu irmão, ou o julga, fala mal da lei e julga a lei. E se julgas a lei, já não és observador da lei, mas seu juiz. Não há mais que um legislador e um juiz: Aquele que pode salvar ou perder. Mas quem és tu, que julgas o teu próximo?” (Tg 4,11-12).
    Um dia, por algum motivo, o irmão(ã), procurou onde teria uma fraternidade franciscana pois foram tocados de alguma forma à participar desta rica espiritualidade. Temos que, constantemente voltar ao “primeiro amor” como tão bem chamou Santa Clara. O nosso espirito se empolga com o que é novo mas logo se acostuma, deixa de ser novo, então precisamos renovar dentro de nós este primeiro amor. Não podemos deixar a chama se apagar pois assim, se deixarmos o sal perder o sabor, com que se salgará?(cf.: Mc 9,50). E não há melhor forma de estarmos com o mesmo calor do primeiro amor, que com nossa presença na fraternidade.
    É triste vermos irmãos que, por motivos que só ele e Deus o sabe, falta a uma ou duas reuniões e, em dado momento, não sente mais falta de estar com os irmãos na fraternidade.
    O sinal mais concreto de que um irmão sente falta de participar de nossa reunião e, nosso retiro anual, seria uma justificativa e, justificativa nada mais é que uma forma de expressar para à fraternidade que, procurou de diversas formas, um meio de não faltar a reunião mas que, esgotaram todas as alternativas. Não podemos deixar que passe uma falta ausência sem pegar o telefone para informar à fraternidade: “senti falta de estar com vocês mas não pude ir por motivo de; por exemplo: Meu primo veio do Nordeste e chegou na hora que eu ia sair não tendo onde se hospedar, ou ainda uma enfermidade que realmente impeça de sair de casa.
    Não podemos deixar que a necessidade de se ausentar de nossa fraternidade possa nos fazer acostumar com o afastamento para detrimento de sua própria espiritualidade, e da Fraternidade pois, a falta não justificada fere toda a fraternidade desde o seu sentido de, o que fizemos para que o irmão nos trate assim, até o financeiro pois, a fraternidade deve repassar o dizimo do faltoso para o regional.
   Que os nossos corações neste tempo do Advento que se inicia possa estar voltando-se para o Menino que nasce assim como nosso amor por Ele deve nascer todos os dias como nasceu em Francisco nos fazendo renovar por dentro de cada um de nós e no interior de nossa fraternidade.

                                                                                        Paz e Bem 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE NOVEMBRO DE 2016 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS




FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofssagradopetropolis@gmail.com
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15

 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano VIII  NOVEMBRO DE 2016 -  Nº  05

SANTA CLARA DE ASSIS


                                                                                Frei Hugo D. Baggio,OFM

FOGO QUE NÃO QUEIMA

Soror Clara vivia com suas irmãs no conventinho de São Damião e Frei Francisco com seus irmãos nas cabanas ao redor da igrejinha de San­ta Maria dos Anjos. Embora as duas casas da Po­breza não distassem muito, ainda assim, só raras vezes, podia soror Clara encontrar-se com Frei Francisco. E isto não só por causa das constantes viagens apostólicas de Frei Francisco, mas também pelo espirito de penitência deste, pois. queria privar-se a si e a soror Clara do prazer destes en­contros, por amor de Deus.
Soror Clara, alimentava um ardente desejo: de passar um dia, ou mesmo almoçar, na Porciúncula junto com Frei Francisco. Mas este nunca foi ao encontro destes piedosos desejos. Os irmãos cen­suraram-no:
—  Pai, a nós nos parece que este rigor não é conforme à caridade divina, que à irmã Clara, vir­gem  tão  santa,  dileta  de  Deus,  não  atendas  em coisa tão pequenina como é comer contigo; e es­pecialmente considerando que ela pela tua prega­ção abandonou as riquezas e as pompas do mundo.
—  Parece-vos  que  devo  atendê-la?
—  Sim,  Pai:  digna  coisa  é  que  lhe  dês  esta consolação.
— Pois, se vos parece, a mim também. E que seja aqui na Porciúncula, onde foi tonsurada e fei­ta esposa de Jesus Cristo.
Foi para soror Clara uma notícia auspiciosa. Chegado o dia marcado, dirigiu-se com uma com­panheira à Porciúncula, onde foi cortesmente re­cebida pelos irmãos.
Depois de uma visita à capela, povoada de re­miniscências, soror Clara foi dar uma olhadela às habitações dos irmãos. Não teve grandes surpre­sas, pois nada mais havia que uma série de chou­panas de galhos, cobertas com esteiras, sem mó­vel algum.
À hora do almoço, Frei Francisco mandou preparar a mesa. E que mesa, meu Deus... A ter­ra nua. E sobre esta mesa os pratos do banquete. E que pratos... Pedaços de pão mendigados à caridade, legumes sem tempero algum, algumas frutas e a água cristalina da irmã fonte. Tudo quan­to os irmãos recolheram à mesa do Senhor.
Dizem os Fioretti: "Como primeira vianda Frei Francisco começou a falar de Deus tão sua-vemente, tão claramente, tão maravilhosamente que, descen­do sobre eles a abundância da divina graça, todos ficaram arrebatados em Deus".
Enquanto isso os habitantes de Assis e Betona passaram por um grande susto. A igreja, o conventinho da Porciúncula e os arredores estavam circundados de chamas de um imenso incêndio. Correram todos apressadamente ao sítio, mas, "che­gando ao convento e não encontrando nada queimado, entraram dentro e acharam soror Clara com Frei Francisco e toda a sua companhia arrebatados em Deus, em contem-plação, assentados ao redor desta humilde mesa".
Uma  manifestação  externa do fogo abrasador que ardia naqueles grandes corações (I Fioretti, XV).
O MILAGRE DO AZEITE

Clara e suas irmãs viviam no conventinho de São Damião, na mais extrema pobreza. Confiavam na Providência, que se manifestava carinhosa pe­la bondade com que os assisienses atendiam às necessidades das Damas Pobres.
Nada tinham, nada queriam ter. Mas, o que parece paradoxo, nada lhes faltava. Se os homens as esqueciam, não as esquecia Deus.
Frei Francisco e seus irmãos se encar-regavam de esmolar pelas Damianitas. Quando precisavam de alguma coisa chamavam o Irmão encarregado e este providenciava.
Um dia de verão, a irmã cozinheira dispôs-se a preparar a frugal refeição da comunidade, quan­do percebeu que o azeite havia terminado. Ali es­tava o cântaro, mas dentro nem uma gota de azei­te. Que fazer? Correu logo para a mãe da casa:
—  Soror Clara, estamos sem azeite. Como po­derei preparar nossos pobres alimentos? E já está na  hora  de servir alguma  coisa  às nossas irmãzinhas...
— Irmã, confia em Deus. Ele nunca abandona os que se fizeram pobres pelo amor dele.
Ela mesma foi à cozinha, tomou o cântaro do azeite e começou a lavá-lo cuidadosamente. E enquanto as mãos se ocupavam em limpar a vasilha, os lábios se moviam numa prece silenciosa.
Findo o trabalho, colocou o cântaro no para­peito da janela e mandou chamar o irmão que pe­dia esmolas, o qual se apresentou imediata-mente.
Informado das necessidades das Irmãs, dispôs-se a sair. Pegou o vaso para o levar, mas logo te­ve que repô-lo no chão. Estava muito pesado. O frade assustou-se:
— Ora! Como pode pesar tanto uma vasilha tão pequena e por cima vazia? Por aqui andam mistérios. ..
Desconfiado, tirou cautelosamente a tampa e. .. o cântaro estava cheio até às bordas do mais lím­pido e perfumoso azeite. No primeiro momen-to, quis zangar-se.
— Como se explica isso? Chamaram-me para buscar azeite, quando o cântaro está a transbor­dar. Quiseram, irmãs, pregar-me uma peça? Sai­bam que...
Olhou sério para soror Clara e esta estava com as mãos postas e olhos voltados para o céu em atitude de agradecimento. O irmão esmoler compreendeu:
Com suas orações Clara alcançara de Deus um milagre em favor da pobreza. Ela rezara e pe­dira, e Deus enchera o cântaro.
O irmão retirou-se em silêncio. As irmãs co­movidas e cheias de gratidão foram agradecer ao Senhor mais esta prova da sua bondade e des­velo, que lhes mostrava concretamente não aban­donar jamais os que nele confiam
           
Continua no informativo – Ano VIII -            DEZEMBRO DE 2016  -  Nº  06

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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE NOVEMBRO

1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
        B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS DEFUN­TOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon,
        3ª Ordem, mártires do Japão  
6 — B. Paulo  de   S. Clara,  1ª Ordem,  mártir no  Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto  — culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato   de   Rodez, 1ª Ordem,  mártir 
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21  — S. Nicolau, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no Japão.
25 — B. Isabel Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM FRANCISCANA
ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE OUTUBRO DE 2016


Bem-aventurado Contardo Ferrini


Professor da Terceira Ordem (1859-1902). Beatificado por Pio XII no dia 13 de abril de 1947.

Contardo Ferrini, chamado "astro de santidade e de ciência", nasceu em Milão, no norte da Itália, a 5 de abril de 1859. Contardo Ferrini tinha extrema inteligência. Filho de Rinaldo e Luiza, ambos, desde cedo, cuidaram para o integral desenvolvimento de sua potencialidade. Seu pai, um professor e engenheiro, incutiu-lhe o desejo de buscar o conhecimento nas fontes verdadeiras e uni-lo à fé. Esta última parte sempre foi muito desprezada pela maioria dos intelectuais. Porém Contardo foi um dos juristas mais apreciados e um dos grandes romancistas do seu tempo. Um grande professor e intelectual, mas muito diferente e especial também. O
que o tornava realmente destacado era sua dedicação religiosa, num tempo em que a Igreja atravessava profunda crise de fé e enfrentava grande oposição. Já era assim quando nasceu, no dia 5 de abril de 1859, em Milão, Itália. E continuaria sendo nas décadas seguintes.
No plano intelectual, foi brilhante. Com dezessete anos, já havia estudado hebraico, siríaco, sânscrito, copta e iniciava o curso de Direito na Universidade de Pávia. Especializou-se em direito romano e para isso, além de estudar latim, grego e alemão, paralelamente aprendeu espanhol, inglês e francês. Laureado em 1880, como prêmio a universidade deu-lhe uma bolsa de estudos, o que proporcionou-lhe a oportunidade de estudar na Universidade de Berlim. Com vinte e quatro anos, já lecionava direito criminal e direito romano, viajando pelo exterior e realizando conferências e palestras.
No plano espiritual, foi exemplar. Mesmo depois de aguentar e sofrer com as gozações dos companheiros de universidade por causa da religiosidade, foi crescendo na fé. Fez voto de castidade em 1881, e assistia à missa diariamente. Humilde, seu amor aos mais pobres o fez participar das obras da Sociedade de São Vicente de Paulo. Simples, seu amor à natureza - praticava alpinismo - o fez tornar-se terciário franciscano em 1886. Juntando os dois planos, foi um homem completo, amigo, solidário, lutador das causas contra o divórcio, dos excessos de materialismo e em defesa da infância abandonada. Especialmente, quando foi eleito conselheiro municipal de Milão. Vivia para os estudos, as aulas, a igreja e as orações solitárias em casa, mas estava sempre à disposição de todos os que o procuravam para pedir ajuda, conselhos e orientações pessoais.
Nas férias, sempre viajava para Suna, uma região montanhosa destinada à pratica do alpinismo. Lá, conheceu um religioso apreciador e praticante desse esporte, Achille Ratti, mais tarde Pio XI, promotor de sua beatificação. Foi lá que contraiu a doença que o levou à morte em 17 de outubro de 1902, o tifo.
Deixou um legado literário importante: os escritos jurídicos de Ferrini resultam nos cinco volumes conhecidos como "Obras de Contardo Ferrini", os estudos espirituais chamados de "Escritos religiosos de Contardo Ferrini" e "A vida".
O papa Pio XII beatifieou-o em 1947. No mesmo ano, o bem-aventurado Contardo Ferrini foi proclamado patrono da Faculdade Paulista de Direito, da Pontifícia Universidade Católica, e a Sala de Reuniões da mesma homenageia o seu nome. A celebração litúrgica em sua memória ocorre no dia de sua morte.
Tinha apenas quarenta e três anos de idade quando, aos 17 de outubro de 1902, descansou na paz do Senhor.

                         Fonte: "Santos Franciscanos para cada dia", Ed. Porziuncola.

A Misericórdia na história e na vida 
dos frades Capuchinhos

São Francisco antes da sua conversão tinha uma repulsa de estar perto dos leprosos, no entanto a providência divina levou o pobrezinho de Assis a ter uma experiência de conversão justamente entre aqueles que ele mais desprezava, os leprosos. Interessante observarmos que o santo de Assis não fala que teve misericórdia e sim que fez
misericórdia, ele não teve pena dos leprosos. Fazer misericórdia aqui significa que São Francisco amou aqueles leprosos, pois para ele, naqueles pobres miseráveis que estavam excluídos do convívio social por motivo de sua enfermidade, o seráfico pai viu a figura de Cristo chagado, pobre e desprezado. Para nós franciscanos a misericórdia não é apenas olhar a miséria em que o irmão se encontra e começar a condená-lo, apontando o dedo no rosto do outro e dizendo que ele está errado, mais sim estar do lado da pessoa caída e resgatar a sua dignidade de irmão e principalmente de filho de Deus, que é amado pelo Pai.
Mais especificamente queremos refletir a misericórdia na espiritualidade capuchinha. Os frades capuchinhos desde os primeiros momentos da reforma sempre tiveram como meio de apostolado e também parte essencial do carisma, o perdão e a misericórdia. Podemos observar isto nos escritos dos primeiros anos da reforma capuchinha, como um texto das constituições da Albacina que foram as primeiras da Ordem: "Recordem-se também de que nosso pai São Francisco costumava dizer que, se quisermos levantar alguém que tivesse caído, precisamos agir por piedade, como fez Cristo, piedosíssimo Salvador, quando lhe foi apresentada a adúltera, e não estar com rígida justiça e crueldade sobre o pecador. E mais: Cristo, Filho de Deus, para salvar-nos, desceu do céu sobre a cruz e aos pecadores humilhados mostrou toda doçura possível. Pensem também que, se Deus devesse julgar-nos com justiça rígida, poucos ou nenhum se salvaria [...] como dizia o pai São Francisco, todos nós faríamos muito pior se Deus não nos preservasse com sua graça". (Fontes Capuchinhas do Primeiro Século 332).
Nossos frades sempre levaram isso sempre muito a sério, pois como se sentiam pecadores e necessitados da graça divina, como uma vez falaram de São Leopoldo Mandic tinham "as mangas largas", ou seja, eram muito indulgentes e generosos em dar o perdão.
Esta liberalidade no perdão também foi atestada pela história, desde os primeiros frades até hoje os capuchinhos sempre foram os grandes confessores da Igreja. Aqui podemos recordar algumas figuras que nos atestam essa "fama" no bom sentido da palavra. Em primeiro lugar o que mais lembramos é de São Pio de Pietrelcina, o frade sacerdote italiano que teve em seu corpo os estigmas do Senhor. São Pio se destacou muito como confessor, a tal ponto que ele ficava até 16 horas dentro do confessionário a cada dia, atendendo centenas de pecadores que vinham para se confessar. E como São Pio foi um santo quase contemporâneo a nós, temos a graça de ter muitas coisas sobre ele escrita, e podemos ler o testemunho de Katharina Tangari descreveu como era se confessar ao Padre Pio:
"... Padre Pio primeiramente questiona quanto tempo se passou desde nossa última confissão. Esta primeira pergunta estabelece um contato entre Padre Pio e o penitente; de repente parece que Padre Pio sabe tudo sobre nós. Se nossas forem pouco claras e inexatas, ele as corrige; temos a sensação de que... seu olho pode ver nossa alma como verdadeiramente ela é ante Deus".
Outro santo que podemos destacar foi São Leopoldo Mandic. Este tinha no coração o desejo de ser missionário no oriente entre os ortodoxos para reconduzi-los ao seio da Santa Igreja, entretanto como tinha uma saúde muito frágil os superiores não o permitiram partir em missão. Todavia ele para não trair este chamado divino, se ofereceu pelos orientais no confessionário.
O confessionário foi o principal instrumento para a realização de tal oferecimento. Nele permanecia todos os dias mais de dez horas, às vezes doze, atendendo almas às quais consolava, orientava e ministrava o Sacramento da Reconciliação. Jamais deixou de mostrar-se solícito com quem o procurava, mesmo quando se tratava de pessoas impertinentes ou quando o horário já era tardio. O pequeno espaço de sua cela-confessionário transformou-se para ele num verdadeiro campo de batalha. Dizia com frequência: "Devo fazer tudo só para o bem das almas, tudo, tudo mesmo! Quero e devo morrer lutando". Poderíamos destacar também outros frades capuchinhos, Frei Damião de Bozano, missionário do nordeste, entre outros frades que nós mesmos conhecemos e damos testemunho que foram insignes confessores. Estamos no ano santo da Misericórdia, e o papa Francisco escolheu como ícones da Misericórdia Divina justamente esses dois frades que foram citados aqui; São Pio de Pietrelcina e São Leopoldo Mandic, homens que viveram a Misericórdia do Senhor no seu tempo principalmente através do sacramento da penitência e da direção espiritual. Os corpos destes dois santos foram levados a Roma para serem venerados na Basílica de São Pedro. Na oportunidade o papa celebrou uma missa com a presença de cerca de 4.000 frades capuchinhos.
Durante a homilia o papa Francisco deu seu testemunho durante a sua homilia dizendo que tinha em Buenos Aires um frade capuchinho amigo seu que foi enviado aos 70 anos a um santuário para confessar. Aquele homem, disse o papa, "tinha uma fila de pessoas: sacerdotes, fiéis, ricos e pobres... Ele era um grande 'perdoador', sempre achava o jeito de perdoar ou pelo menos deixar aquela alma em paz com um abraço". E continua o papa: "Uma vez eu o encontrei e ele me disse: eu acho que peco porque perdoo muito. Sempre encontro  um jeito de perdoar". "E o que você faz?", perguntou o então cardeal Bergoglio. "Eu vou à capela, diante do tabernáculo, e digo: 'me perdoa, Senhor, acho que hoje eu perdoei demais. Mas, Senhor, foste tu que me deste o 'mau' exemplo!".
O papa reconhece e confirma a tradição dos capuchinhos falando aos frades reunidos na Basílica de São Pedro: "A sua tradição capuchinha é uma tradição de perdão". Ouvir isso de um papa, para nós capuchinhos é uma enorme alegria, pois é como a confirmação da nossa identidade e carisma apostólico por parte da Igreja. O capuchinho se destaca ao perdoar porque também ele se reconhece pecador, e se coloca de mãos vazias diante de Deus reconhecendo a grandeza de Deus que se fez homem para nos salvar, e o frade olha para si e no seu interior diz: O que fiz para merecer tanto amor assim? E é isso que os capuchinhos querem ser para o mundo sinais da Misericórdia.

A sabedoria de Deus

                                                         Publicado por Rui Apoliano | 21/05/2016 - 00:01

Vivemos cercados de mistérios. A vida é um mistério. O amor é um mistério. O sofrimento é um mistério. A morte e um mistério. O que virá após esse mundo em que vivemos também é um mistério. E o mistério não é algo incompreensível. É algo que vai se revelando aos poucos a partir dos conhecimentos adquiridos. Quanto mais aprofundar nesses conhecimentos tanto mais irá descobrindo riquezas intelectuais e, ao mesmo tempo, irá se convencendo do tão pouco que conhece e sabe a respeito dessas maravilhas. Somente a sabedoria poderá penetrar o mistério. Essa sabedoria não necessariamente será adquirida com o passar dos anos ou com os
conhecimentos somados em nossa mente. A sabedoria é fruto da reflexão exercitada no dia a dia da vida. Não tem idade. Tem intensidade. Pessoas jovens podem possuir mais sabedoria do que os de idade avançada. Ela se forma na análise da realidade, no jeito de se posicionar frente a essa realidade e o sentido que lhe for atribuído.
A sabedoria não é fruto de pesquisas. Ela é fruto do amor que se dedica àquilo que se descobriu e se cultiva como valor. A sabedoria é o prazer que sente e alimenta quem encontrou um tesouro. Vai e vende tudo o que possui para adquirir esse tesouro e zelar por ele.
A sabedoria possui características humanas e divinas. É humana por abrir horizontes novos, valores encantadores, pensamentos conscientes e sonhos maravilhosos. A pessoa sábia é humilde e simples, alegre e contente por se deliciar desse mundo fantástico de crenças e de credos. Existe também a sabedoria divina. É a sabedoria que nos ensina que o Pai é quem ama, o Filho é o amado e o Espírito é o amor. E o amor tende a transbordar em generosidade, em compaixão e em misericórdia. E é esse amor de Deus que muitos buscam entender. E, como não conseguem, preferem se isolar em suas crenças ou em suas indiferenças. Sabemos, porém, que a sabedoria de Deus não contem nada de estranho. Ela se revela nas criaturas e nos fenômenos mais simples da natureza. A beleza e o perfume de uma flor, o encanto de uma paisagem a melodia sonora de um canto de pássaro, o amanhecer sempre novo de cada dia. Tudo revela a sabedoria de Deus.
Não haverá a necessidade de desvendar todos os mistérios de Deus. É bom procurar descobrir algumas de suas riquezas e encantos. O melhor, porém, será perceber sua presença e sua graça nos gestos e nos sentimentos em cultivar valores e sonhos. A sabedoria de Deus se revela no gesto da mãe acariciando e amamentando seu filho. Essa sabedoria se revela na delicadeza do pai ou da mãe ao sentar com seu filho, ou sua filha e buscar uma luz para iluminar as dúvidas e as angustias que possam envolver uma decisão. Essa sabedoria se revela no momento em que o casal se recolhe para trocar ideias, elaborar planos buscando a luz divina para esclarecer dúvidas e acertar pontos de vista.
A sabedoria de Deus está no coração e na mente de quem acredita na possibilidade de superar dúvidas, elaborar projetos, rever atitudes e construir caminhos de esperança.