sábado, 20 de setembro de 2014

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 06 DE SETEMBRO DE 2014 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano VI  SETEMBRO DE 2014 -  Nº  04

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA ROSA DE VITERBO

Padroeira da Juventude Franciscana – JUF

CAPÍTULO   III

NOVA  ESTRELA  NO  FIRMAMENTO (continuação)
                                                                           
No ano de 1225, porém, os adivinhos se esqueceram de lhe comunicar a aparição de uma  nova estrela. Num dia de primavera, na cidade de Viterbo, nascia de pais já entrados em anos, numa pobre choupana pró- xima ao Mosteiro de Santa Maria, uma me­nina.
Foi-lhe imposto o nome de Rosa. Seus progenito­res, João e Catarina, conhecidos apenas pelo nome, como era uso na Idade Média, desempenhavam o ofício de porteiros do Mosteiro. Abriam as portas,  var­riam o pátio  e levavam encomendas à cidade. As re­ligiosas, que eram   das Pobres Damas, estavam ligadas a São Damião, mas em parte seguiam a regra bene­ditina, pois a de Santa Clara não estava ainda con­cluída. Desde seus verdes anos, ouviu Rosa cantar os louvores divinos e viu a Imagem de Cristo nos muros de um convento. Seus pais, cristãos que eram, não necessitavam que outros ensinassem aos filhos os no­mes de Jesus e de Maria. E segundo os cronistas, Rosa os balbuciava frequentemente, com grande fervor.
         Como sucede com certas pessoas que têm uma trajetória rápida no mundo, Rosa revelou uma inteligên­cia precoce. Dava mostras de compreender as inquie­tações dos adultos, as conversas veladas e aquele pro­nome misterioso "ele", que designava um homem a tal ponto temido, que ninguém o ousava declinar.
Conta-se que mandou encerrar o filho Henri­que numa fortaleza e que sua crueldade levou o in­feliz ao suicídio. Fala-se do seu terceiro casamento com uma princesa da Inglaterra, que trouxe um dote de 300 mil libras esterlinas. O ouro, a prata, as jóias e pedrarias constituem a sua paixão. Quem nos li­vrará deste tirano?
E Catarina, conduzindo Rosa pela mão, remoía a mesma súplica:
Senhor, quando vireis enfim em nosso auxilio?
Os habitantes de Viterbo tinham assistido à entrada de Frederico II em sua cidade, num dia de 1234. Pequeno, franzino, calvo, com uns olhos de águia, iluminando um semblante ardoroso e severo.
Guardavam ainda bem vivos numerosos detalhes da grandiosa assembléia de Mayence e da admiração que causou aos alemães o jardim zoológico, onde se viam panteras, leões, dromedários, hienas, íbis cor de rosa e falcões brancos.
Algumas cidades da Itália, entre elas Vivençaguardavam uma lembrança sangrenta da passagem das hordas de Frederico, que não pouparam nem mulheres e nem crianças. Milão ainda não esquecera a terrível batalha, numa tarde tempestuosa, quando Frederico, com seu elefante branco, trazendo sobre o dor­so uma torre embandeirada, calcava mortos e feridos.
Era de uma crueldade tão requintada, que seus pri­sioneiros proferiam o suplício do fogo à morte len­ta nos calabouços, onde eram lançados, indistinta­mente, após atrozes suplícios, com os olhos vazados e os membros mutilados.
E o adversário deste tirano, aquele que o havia de derrotar um dia, ensaiava seus primeiros passos à sombra de uma capela conventual, balbuciando os nomes de Jesus e de Maria.    

CAPÍTULO IV

  O PRIMEIRO PRODÍGIO

                                                                                                                      "A menina disse à mãe: não chores, tem fé e
                                                                                                                      confiança" (Of. de S. Rosa, Responsório II).
                                                                                                                                        
Se Rosa tivesse escrito a história de sua alma, teria, sem dúvida, escrito também: "Desde a idade de 3 anos, nada neguei ao bom Deus".
E o bom Deus também nada lhe recusou.
Num dia do ano de 1238, sua mãe Catarina, debulhada em lágrimas, conduziu-a, junto à tia que acabava de expirar. Ao penetrar no quarto, envolto na penumbra, a criança se dirigiu docemente ao cadáver, murmurando algumas palavras de admiração. Ajoelhou-­se como aprendera fazê-lo quando se implora o so­corro divino. Compreendeu que a causa das lágrimas da mãe era aquele sono glacial e trágico. Por isso, rezou para que a morta tornasse à vida. Sem dúvida, algumas horas antes, Catarina havia dito o que todos os vivos dizem em presença dos mortos: "Isto é impossível". E agora, presa de admiração, repete a mesma exclamação.
Os olhos cerrados se  entreabrem, a fronte petrificada  se reanima, sobre os lábios descorados se dese­nha um sorriso.
Com a celeridade do raio a nova corta a cidade. 
A pequena Rosa, filha do João e da Catarina, ressuscitou a um morto.
Vamos até lá!
Vinde ver!
E a multidão invadiu a choupana. Dez vezes... vinte vezes, Catarina se vê obrigada a repetir o re­lato. Conta a doença da irmã e a sua morte. A tia de Rosa também se vê constrangida a responder a todas as perguntas. Ela confessa não sentir mais ne­nhum incômodo e estar completamente livre da febre.    
—  Mas como conseguiu isso essa pequena inocente, essa pobre ignorante?
—   Ajoelhou-se  e  rezou.
—  Mas que oração fez ela? Precisamos ouvi-la e aprendê-la.
Rosa não sabia o que desejavam todos aqueles cu­riosos. Escapuliu-se e foi ocultar-se num recanto obs­curo, onde, em segredo, falava com Deus.
Foi este o milagre realizado num ano cheio de re­tumbantes acontecimentos e de importantes fatos es­pirituais, que preparavam silenciosamente.
João de Fidanza contava, então, 17 anos, Tomás de Aquino, 11 e Santa Clara escrevia os estatutos da "santa Humildade e da sublime Pobreza".
Frei Leão vivia, trazendo continuamente sobre o co­ração, o autógrafo de São Francisco.

Continua no informativo – Ano V -            OUTUBRO DE 2014  -  Nº  05


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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE SETEMBRO

1  — B. João Francisco Burté, 1ª Ordem, mártir
2 —  B. Severino Jorge Girault,3ª Ordem, Mártir
3 — B. Apolinário de Posat, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Rosa de Viterbo, 3ª Ordem.
5 — B. Gentil  de  Matelica,  1ª Ordem, mártir.
6 — B. Liberato de Loro  Piceno,  1ª Ordem.
7 — B. Peregrino de Falerone, 1ª Ordem.
8 — B. Serafina Sforza, 2ª Ordem.
9 — B. Jerônimo Torres,1ª Ordem, mártir no Japão
10 — B. Apolinário  Franco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
11 — B. Boaventura de  Barcelona, 1ª Ordem.
12 — B. Francisco de Calderola, 1ª Ordem.
13 — B. Gabriel da Madalena, 1 ª Ordem,  mártir no Japão.
14 — B. Ludovico   Sasanda, 1ª Ordem, mártir no  Japão.
15 — B. Antonio de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir no Japão.
16 — B. Antonio de S.Francisco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
17 — ESTIGMAS DE S. FRANCISCO DE ASSIS (1224)
18 — S. José de Cupertino, 1ª Ordem.
19 — B. Francisco de Santa Maria, 1ª Ordem, mártir do Japão.
20 — S. Francisco Maria de Camporosso,1ª Ordem
21 — B. Delfina  de Glandeves, 3ª Ordem.
22 — B. Inácio de Santhiá, 1ª Ordem.
23 — BB. Francisco Hubyoe, Caio liyemon, Tomás linemon, Leão Satzuma e Luís Matzuo, 3ª                      Ordem, mártires no Japão.
24 — S. Pacífico de S. Severino, 1ª Ordem.
25 — B. Lúcia  de  Caltagirone,  3ª Ordem.
26 — S. Elzeário de Sabran, 3ª Ordem.
27 — B. Luís Guanela, 3ª Ordem.
28 — B. Bernardino de Feltro, 1ª Ordem.
29 — B. João Dukla, 1ª Ordem.
30 — B. Félix Meda de Milão, 2ª Ordem