quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O ARAUTO DO GRANDE REI

FEVEREIRO DE 2012





A PROPÓSITO DO JUBILEU DE SANTA CLARA

 ano do Jubileu de Santa Clara nos ajuda muito a pensar a presença de  Santa Clara  há 800 anos,   não apenas como uma bela figura da história, mas  como a grande oportunidade de conhecê-la,  de sabermos da  sua   importância para o franciscanismo, de como dizia  seu biógrafo, Clara  como uma grande “Mestra de Vida”.   Uma Mestra de Vida nos dá, naturalmente, normas para viver.  O que aprendemos com Clara?
Ela é mãe espiritual porque  tem um pai espiritual, Francisco de Assis.
Mãe e pai espirituais geram vida e relações. Sentimos que todos somos filhos, filhas, irmãos e irmãs de Clara. Ela é mestra de vida porque fundamentou  sua existência no amor esponsal a Cristo. Ele é o modelo vivente, o amado, o espelho. Maria é modelo  de mãe guardando a fecundidade da Palavra. A Igreja é a mestra e mãe, guia segura de seu caminho. A fraternidade é a direcionada atenção de seus afetos e cuidados. A minoridade é o seu jeito de abraçar a verdadeira investidura da simplicidade, da desapropriação, do desapego, e da renúncia dos cargos de mando. A clausura é o seu coração recolhido no amor e aberto para o mundo. A alegria é sua boa energia, a transparente fala do sorriso perene, rosto feliz da mulher santa e  realizada. A prece é a sua linguagem de amor. A pobreza é a sua perene partilha. A castidade é o seu amor espalhado no cuidado das Irmãs e por toda parte do mosteiro. A obediência é a sua atenciosa escuta da vontade do Amor e do Amado.  A sua mística é fazer-se uma só com o Divino numa superação de si mesma para ser sempre Irmã, Esposa e Mãe. A sua perseverança é assumir a vida de cada dia como um lavar os pés das irmãs na humildade e serviço. A santidade brotou naturalmente: uma clara santa brilhando, inundando o mundo em chamas de luz que saíram das frestas das pedregosas paredes de São Damião e clareou a nossa vida.
Para conhecermos Clara  e fundamentarmos o que falamos acima, temos que  beber na fonte de suas Fontes: escritos, biografias, documentos escritos a respeito da sua vida e experiência.


Santa Bernadete
Também conhecida como Santa Maria Bernadete e Santa Bernadete Soubirous Nasceu em 7 de janeiro de 1844 em Lourdes, França. A mais velha de seis filhos de uma família muito pobre chefiada por Francois e Louise Casterot.Ela serviu como empregada de 12 aos 14 anos.Depois foi pastora de ovelhas. Em 11 de fevereiro de 1858, mais ou menos na época de sua primeira comunhão ela recebeu uma visão da Virgem; sua descrição de como foi pode ser lida abaixo. Ela recebeu 18 novas visões nos próximos cinco meses e foi levada a uma fonte de água que curava. Ela mais tarde mudou-se para uma casa do Convento das Irmãs de Nevers em Lourdes onde ela vivia, trabalhava, aprendeu a ler e a escrever. As irmãs cuidavam dos doentes e indigentes e quando Bernadete fez 22 anos foi admitida na Ordem. Sempre muito doente ela morreu enquanto orava a Virgem Maria.
A Aparição em Lourdes
 “Eu tinha ido com duas outras meninas na margem do rio Gave quando eu ouvi um som de sussurro. Olhei para as arvores e elas estavam paradas e o ruído não eram delas. Então eu olhei e vi uma caverna e uma senhora vestindo um lindo vestido branco com um cinto brilhante. No topo de cada pé havia uma rosa pálida da mesma cor das contas do rosário que ela segurava. Eu queria fazer o sinal da cruz, mas eu não conseguia e minha mão ficava para baixo. Aí a senhora fez o sinal da cruz ela mesma e na segunda tentativa eu consegui fazer o sinal da cruz embora minhas mãos tremessem. Então eu comecei a dizer o rosário enquanto ela movia as contas com os dedos sem mover os lábios”.Quando eu terminei a Ave Maria, ela desapareceu.Eu perguntei as minhas duas companheiras se elas haviam notado algo e elas responderam que não haviam visto nada. Naturalmente elas queriam saber o que eu estava fazendo e eu disse a elas que tinha visto uma senhora com um lindo vestido branco, embora eu não soubesse quem era. Disse a eles para não dizer nada sobre o assunto porque iriam dizer que era coisa de criança. Voltei no domingo ao mesmo lugar sentindo que era chamada ali.
Na terceira vez que fui à senhora reapareceu e falou comigo e me pediu para retornar todos os próximos 15 dias. Eu disse que viria e então ela disse para dizer aos padres para fazerem uma capela ali. Ela me disse também para tomar a água da fonte. Eu fui ao rio que era a única água que podia ver. Ela me fez realizar que não falava do rio Gave e sim de um pequeno fio d’água perto da caverna. Eu coloquei minhas mãos em concha e tentei pegar um pouco do liquido sem sucesso. Aí comecei a cavar com as mãos o chão para encontrar mais água e na quarta tentativa encontrei água suficiente para beber. A senhora desapareceu e fui para casa.
Voltei todos os dias durante 15 dias e cada vez, exceto em uma Segunda e uma Sexta a Senhora apareceu e disse-me para olhar para a fonte e lavar-me nela e ver se os padres poderiam fazer uma capela ali. Disse ainda que eu deveria orar pela conversão dos pecadores. Perguntei a ela, varias vezes, o que queria dizer com isto, mas ela somente sorria. Uma vez finalmente, com os braços para frente, ela olhou para o céu e disse-me que era a Imaculada Conceição. Durante 15 dias ela me disse três segredos que não era para revelar a ninguém e até hoje não os revelei.”


40 anos da unificação da OFS do Brasil
1972/2012
Especial para  O Arauto do Grande Rei, da Fraternidade de Petrópolis
II
A Conferência dos Comissários Provinciais para a OTSF e Frei Mateus Hoepers,OFM.
            No artigo anterior foi dito que, no período de 1955-1957, após o Encontro Nacional da OFS, em Ipanema, Rio de Janeiro, as raízes da unificação de nossas Fraternidades começavam a ser percebidas por mais pessoas interessadas e com mais clareza.
            Já então, tanto Frei Mateus Hoepers,OFM, como outros Frades de outras Obediências, ligados à Ordem Terceira, estavam convictos de que não era justo continuar a impor aos Terceiros a separação e  o isolamento existentes, em conseqüência da Obediência a que pertenciam seus Diretores.
Daí, a conclusão apresentada por Frei Mateus: “A convicção (era) de que se impunha formalizar entre nós a unificação da OFS.” E afirma categórico: “já ganhava forças.” – (Cf. Frei Mateus, “Passos de Vida Franciscana”, Secretariado Nacional da OFS, 1987, pág. 88).   

O grito inicial, porém, fora dado por Frei Egberto Prangenberg,OFM, ao apresentar a última tese do Encontro de julho de 1955 sobre Secretariados e Discretórios provinciais e nacionais como órgãos de orientação e expansão da OFS.
            O Encontro aprovou, entre outras, duas importantes conclusões da tese de Frei Egberto:
            – que um Secretariado Nacional, embora não sendo instância jurídica, seja, de fato, na pessoa do Secretário Nacional, cérebro e coração de todo o movimento terceiro do Brasil;
            – que uma comissão de quatro Padres, indicada pelos Comissários presentes, elabore um anteprojeto de um novo Estatuto, a ser apresentado aos RR. Ministros Provinciais. – (Cf. Frei Mateus, ibidem, pág.85).
            Nesse anteprojeto de Estatuto foi incluída a proposta da criação da Conferência Nacional dos Comissários Provinciais para a OFS, como uma espécie de governo externo, interobediencial, do qual o Secretariado Nacional seria o órgão executivo. A proposta foi aprovada em 5 de fevereiro de 1957, presentes sete Comissários com concordância escrita dos que não puderam comparecer.
            Começando pelos religiosos, avançava-se com segurança para a unificação da OFS, seu objetivo final.

            Nesse mesmo dia 5 de fevereiro, Frei Mateus Hoepers foi eleito Presidente da Conferência e, no dia 8, o elegeram Secretário Nacional da OFS. Resolveram ainda que tudo devia começar a funcionar de imediato. Por isso, sem delongas, Frei Mateus pôs mãos à obra. Verdadeiramente, ele foi um instrumento de união entre as diversas famílias franciscanas em torno da Ordem Franciscana Secular.

            Já em maio de 1957, um grupo de oito Terceiros/as se reuniu na Casa de Nª Sra. da Paz, em Ipanema, para ajudar o Secretário Nacional da OFS. Foram os pioneiros de numeroso grupo posterior. Numa sala desprovida de tudo, mesmo assim, deram início à sua preciosa colaboração. Eles e outros muitos participaram decididamente ao lado de Frei Mateus, na luta insana e angustiante para a implantação da projetada Revista Nacional PB (Paz e Bem, depois, Painel Brasileiro e, inicialmente, Visão Franciscana). Suportaram muito trabalho e agonias até terem de desistir do intento. Em 1964, a Revista deixou de circular. No entanto, desde junho de 1962, ela não estava mais sob a responsabilidade do Secretariado Nacional.       
            Por dificuldades de ordem prática para o exercício do trabalho (outros encargos, custos das viagens, dependência de seus Provinciais) e devido aos preocupantes problemas de ordem financeira, oriundos da publicação da Revista Nacional Ilustrada, os Comissários Provinciais, em 26 de julho de 1962, decidiram retirar-se da Conferência, encerrando sua participação.
            Porém, mantiveram “todas as responsabilidades e atribuições a cargo do Reverendíssimo Padre Dr. Frei Mateus Hoepers,OFM, atual Secretário Nacional, na qualidade de representante da Província Franciscana da Imaculada Conceição  do Brasil.” (Cf. Ata transcrita, em parte, em Frei Mateus, ibidem, pág. 102). Isto, graças ao apoio e à decisão do Provincial da Imaculada, Frei Walter Kempf,OFM, que assumiu as responsabilidades finais de tudo.
            Terminava, por tal forma, a atuação da Conferência dos Comissários Provinciais (1957-1962). Continuava, porém, a  luta pelos mesmos objetivos, agora, sob a orientação pessoal de Frei Mateus.
           
Qual foi, porém, a contribuição específica desta Conferência dos Comissários Provinciais para a unificação da OFS?
            Nesses anos iniciais, graças à Conferência dos Comissários Provinciais e à visão e empenho de seu Secretário Nacional, estreitaram-se entre eles os laços de amizade, entendimento e colaboração, independentemente da respectiva Obediência. Isto repercutiu favoravelmente entre Diretores e Terceiros de suas Fraternidades Seculares, que também passaram a desejar mudanças.

            Preparava-se, por tal forma, o caminho para a unificação da OFS do Brasil.

            Uma informação importante.

            O Boletim “Paz e Bem”, como veículo de formação e informação para a OTF, surgiu por iniciativa de Frei Mateus Hoepers, em novembro de 1959. Saiu como edição extraordinária da Revista Ilustrada PB, (em 1964, extinta), até o final de 1961, seu segundo ano, com publicação regular, bimensal. A partir de março/abril de 1960, aparece sob a responsabilidade do Secretariado Nacional da OTF e, de janeiro/fevereiro de 1962, como Boletim da OTF. Sob a direção de Frei Mateus, até 1975, tornou-se fonte importantíssima para quem deseja conhecer a histórias da OFS do Brasil, pois, mês a mês, são numerosas e variadas as informações que registra.
            Sob a direção de Frei Egberto, “Paz e Bem” tornou-se apenas um órgão de informação. As “Notícias breves” aparecem depois, mas são realmente brevíssimas. Ao ser eleito novamente Ministro Nacional em 1986, e no mandato seguinte do Ministro Nacional Rosalvo Gonçalves Mota (1990-1994), publiquei o Boletim Informativo do Conselho Nacional, o BI, a fim de suprir a deficiência de “Paz e Bem” do período.

            Ao menos as Fraternidades Regionais deviam procurar ter uma coleção completa dessa revista, reunindo-a com a colaboração de seus antigos assinantes.
                                                                                                                   
                                                           (continua no Informativo de março)

                                                        Paulo Machado da Costa e Silva,OFS

Nota: – Os artigos podem ser transcritos, indicando-se a procedência.

O conselho da Fraternidade


1. O Conselho da Fraternidade Local é formado pelos seguintes cargos: Ministro, Vice-Ministro, Secretário, Tesoureiro e Responsável pela formação. De acordo com as exigências de cada Fraternidade, podem incluir-se outros cargos. De direito, faz parte do Conselho o Assistente espiritual da Fraternidade

2. A Fraternidade, reunida em Assembléia ou Capítulo, trata dos argumentos que interessam a sua vida e organização. Cada três anos, em Assembléia ou Capítulo eletivo, elege o Ministro e o Conselho, segundo as normas previstas nas Constituições e nos Estatutos.

1. Compete ao Conselho da Fraternidade Local:
-- promover as iniciativas necessárias para favorecer a vida fraterna, para incrementar a formação humana, cristã e franciscana dos seus membros, para os apoiar no seu testemunho e no compromisso no mundo;
-- fazer opções concretas e corajosas, adequadas à situação da Fraternidade, entre as múltiplas atividades possíveis no campo apostólico.

2. Além disso, são competências do Conselho:
a. decidir sobre a aceitação e a admissão à Profissão de novos irmãos
b. estabelecerem um diálogo fraterno com os membros que se encontrem em dificuldades particulares e adotar as conseqüentes providências;
c. acolher o pedido de afastamento e decidir sobre a suspensão de um membro da Fraternidade;
d. decidir sobre a constituição de seções ou grupos, de conformidade com as Constituições e os Estatutos;
e. decidir a destinação dos fundos disponíveis e, em geral, deliberar sobre matérias referentes à situação financeira e às questões econômicas da Fraternidade;
f. conferir encargos aos Conselheiros e aos outros Professos;
g. pedir aos competentes Superiores da Primeira Ordem e da TOR religiosos idôneos e preparados como Assistentes;
h. cumprir os outros deveres indicados nas Constituições ou necessários para atingir os seus fins.

Os cargos na Fraternidade

1. Sem prejuízo da co-responsabilidade do Conselho na animação e guia da Fraternidade, cabe ao Ministro, que é o primeiro responsável pela Fraternidade, cuidar que sejam postas em prática as orientações e as decisões da Fraternidade e do Conselho, que informará sobre sua atuação.

2. Além disso, o Ministro tem a atribuição de:
a. convocar, presidir e dirigir as reuniões da Fraternidade e do Conselho, bem como convocar cada três anos o Capítulo eletivo da Fraternidade, ouvido o Conselho sobre a formalidade da convocação;
b. preparar o relatório anual a ser enviado ao Conselho de nível superior, com prévia aprovação do Conselho da Fraternidade;
c. representar a Fraternidade em todas as suas relações com as autoridades eclesiásticas e civis. Quando a Fraternidade adquire a personalidade jurídica na ordem civil, o Ministro assume quando possível, a representação legal;
d- solicitar, de acordo com o Conselho, a visita pastoral e a visita fraterna, ao menos, uma vez no triênio;
e - Executar os atos que estas Constituições atribuem à sua competência.

1.   O Vice-Ministro tem a atribuição de:
a.
colaborar com o Ministro em espírito fraterno e apoiá-lo no desempenho das atribuições que lhe são próprias;
b. desempenhar as funções que lhe sejam confiadas pelo Conselho e/ou pela Assembléia ou Capítulo;
c. substituir o Ministro nas suas competências e responsabilidades, em caso de ausência ou de impedimento temporário;
d-
assumir as funções de Ministro quando o cargo ficar vago.

2. O Secretário tem como atribuições: a. redigir as atas oficiais da Fraternidade e do Conselho e cuidar do seu envio aos respectivos destinatários;
b. cuidar da atualização e da conservação do arquivo e dos registros, anotando neles as admissões, as profissões, os falecimentos, as saídas e as transferências da Fraternidade [35] ;
c. providenciar a comunicação dos fatos mais relevantes aos vários níveis e, se for o caso, a divulgação pelos meios de comunicação social.

3. O Mestre de formação tem como atribuições: a. coordenar, com a ajuda dos outros membros do Conselho, as atividades formativas da Fraternidade;
b. instruir e animar os aspirantes no tempo de iniciação, os candidatos no tempo de formação inicial e os néo-professos;
c. informar o Conselho da Fraternidade, antes da profissão, sobre a idoneidade do candidato para empenhar-se a viver segundo a Regra.

4. O Tesoureiro ou Ecônomo tem como atribuições: a. guardar diligentemente as contribuições recebidas, anotando no respectivo registo cada entrada, a data em que lhe foram entregues e o nome do ofertante, ou de quem as recolheu;
b. anotar no mesmo registo os valores relativos às despesas, especificando a data e a destinação, de conformidade com as orientações do Conselho da Fraternidade;
c. prestar conta de sua administração à Assembléia e ao Conselho da Fraternidade segundo as normas do Estatuto Nacional.

5. As disposições relativas ao Vice-Ministro, ao Secretário e ao Tesoureiro valem, com as oportunas adaptações, para todos os níveis.

COORDENADOR DE COMUNICAÇÕES
Este irmão deve ser o "fermento da comunicação" dentro da Frater­nidade e no relacionamento deste com o Regional e as demais Fraterni­dades da Região.
Deve enviar ao Regional as notícias sobre o| acontecimentos da Fra­ternidade, avisando com bastante antecedência as datas das solenida-des e festas programadas.
Deve ter a relação dos aniversários de nascimento e casamento dos irmãos, cumprimentá-los e levar a Fraternidade a comemorá-los.
Cuidar para que os visitantes sejam apresentados e recebidos frater­nalmente.
Preocupar-se com o ambiente das reuniões, fazendo com que esteja bonito e bem arrumado, de modo que todos se sintam bem.
Colaborar com a animação das reuniões e demais solenidades, pro­movendo alegres recreações.
Desempenhar outras tarefas que o Conselho ou a Fraternidade de­signar.

1. Finalidade do Serviço aos Enfermos e Idosos (SEI)
1) Prestar auxílio material se necessário, com muita discrição, pois talvez ao doente falte alguma coisa, como medicamento, material de higiene etc.
A mais antiga Regra da nossa Ordem, em seu Cap. 8a. determina: "Se um irmão ou uma irmã cair doente, os ministros visitem o enfermo uma vez por semana, pessoalmente ou por intermédio de outros, caso o enfermo lhe tenha comunicado: movam-no à penitência e. conforme lhes parecer conveniente, lhe forneçam, por conta da caixa comum, o que for necessário para a saúde".
Portanto, as Fraternidades locais, regionais e nacional, devem orga­nizar uma CAIXA COMUM, para atenderem aos irmãos idosos, enfer­mos e necessitados, no que lhes for necessário. Até mesmo, para viagem de tratamento de saúde em outro local.
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3. Quaresma
A Quaresma é iluminada e animada pelo Tríduo Pascal. Tudo deve convergir para a Páscoa: celebração da morte e ressurreição de Cristo e celebração da morte e ressurreição dos cristãos em Cristo. O povo de Deus é chamado a renovar a Páscoa, renovar a nova e eterna aliança em Cristo morto e ressuscitado. A busca da Terra prometida exige penitência no sentido de conversão, de mudança de vida, de deixar o mal e aderir ao bem. É o êxodo, é sair de si, do seu egoísmo, do pecado, para viver o verdadeiro amor a Deus, ao próximo e a todo ser criado, segundo o amor com que Deus nos amou primeiro.
Os franciscanos, abraçando o carisma da vida de penitência, viverão itensamente a Quaresma pela vida litúrgica iluminada pela Palavra de Deus na Eucaristia e pela Liturgia das Horas. Na Quaresma de­vem transparecer os exercícios de conversão apresentados pela Igreja:  oração, jejum (renúncia, desprendimento, pobreza), esmola (generosidade, partilha, solidariedade). A conversão intensamente vivida na Quaresma levará a uma vida de conversão permanente de toda a Igreja. Ampliarão e intensificarão sua vida de conversão evangéli­ca através da oração e das práticas devocionais que podem ser encontradas a seguir, sobretudo pela prática da devoção da Via-sacra.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012
A Igreja Católica no Brasil realiza ao longo da quaresma a Campa­nha da Fraternidade. Os seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, na busca do bem co­mum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor; renovar  a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora na Igreja, em vista de uma sociedade justa e solidária. Neste ano de 2012 a CF convida a uma reflexão sobre a realidade da saúde pública em nosso país. O tema é: "Fraternidade e a saúde pública" e o lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra" (cf. Eclo 38,8), tendo em vista a melhoria da qualidade dos serviços, do acesso e da vida da população.
 A proximidade das celebrações do Tríduo Pascal quer lembrar a todos que Jesus Cristo, verdadeiro médico dos corpos e das almas, assumiu os sofrimentos humanos, especialmente aqueles decorrentes das nossas doenças. Jesus, em sua missão, sem­pre se fez próximo dos doentes, ação que se prolonga na Igreja, pela atuação do Espíri­to Santo, na Palavra, nos sacramentos, nos homens e mulheres de boa vontade e nas atividades de assistência que as comunidades promovem com caridade fraterna, mos­trando o verdadeiro rosto de Deus e o seu amor. Neste sentido, a Igreja é chamada a continuar no cuidado das pessoas doentes, ajudando-as a participar do sofrimento re­dentor de Cristo pela salvação do mundo, levando-lhes a presença vivificadora do Se­nhor Jesus na Palavra e na Eucaristia (VD nQ 106).
Pé. Luiz Carlos Dias Secretário da Campanha da Fraternidade / CNBB
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Fraternidade Santo Antônio: 60 anos de vida fraterna


Durante a Ação de Graças, a ministra local Noélia Souza rendeu graças ao Senhor pela graça da vocação franciscana e agradeceu a todos pela presença e manifestou sua gratidão pelo incentivo que a fraternidade está recebendo do padre Marcos Barbosa e ao final convidou os admiradores de São Francisco para conhecerem a Fraternidade Santo Antônio e a vivenciarem o carisma franciscano. A celebração foi encerrada com a bênção de São
Francisco e o entusiasmo dos presentes que bradaram com fé a Cristo e a São Francisco.
Após a celebração, a fraternidade brindou os convidados com uma grande festa que contou ainda com a bela encenação da peça teatral “Vai, Francisco e reconstrói minha igreja”, encenada pelo Projeto Fazendo Arte que emocionou a todos, revelando o frescor e do carisma franciscano que há 800 anos mantêm o seu vigor entre nós, depois o café da manhã foi servido no salão da OFS, onde quatorze irmãos da Fraternidade de Petrópolis, participaram das homenagens.
Louvemos e bendizemos o Senhor que entre nós faz maravilhas!

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40 Anos de Unificação da OFS no Brasil.
 1972/2012


Ficará na história do Regional Sudeste II (RJ/ES), da Ordem Franciscana Secular (OFS), a celebração realizada no último sábado 4 de fevereiro, na Igreja de São Francisco da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência (RJ), em comemoração pela passagem dos 40 anos de unificação da OFS, que reuniu dezenas de fraternidades que exultaram de alegria e louvaram o Senhor pela graça da vocação franciscana secular.
Antes do encerramento da celebração o Conselho Regional Sudeste II homenageou os irmãos Paulo Machado da Costa e Silva, Maria Natividade de Carvalho Gomes e Sylvio Vieira de Carvalho com a oferta de uma placa comemorativa como prova de gratidão aos irmãos franciscanos seculares artífices da unificação da OFS. A homenagem alegrou e emocionou a todos que na pessoa desses irmãos pode-se fazer memória de todos os irmãos vivos e falecidos que ajudaram a construir a história da OFS no Brasil.

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HS DO DIA 04/02/2012 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano III  -  FEVEREIRO DE 2012 -    10

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

O BEM-AVENTURADO LUQUÉSIO

I. Um homem de negócios que não perdeu sua meta.

Em princípios do século XIII, vivia em Caggiani, cidade de Toscana, um homem honrado, que se chamava Luquésio.
Casado ainda jovem, cheio de saúde, de projetos e de ilusões, ativo, inteligente, de espírito empreendedor, ele via abrirem-se diante de si os horizontes da vida e esta­va decidido a começar aí o seu caminho.
Seus bons pais lhe haviam ensinado a ir à missa nos domingos, a nunca men­tir nem roubar e a se portar irrepreen­sivelmente: era essa, pouco mais ou menos toda a sua bagagem religiosa e mo­ral. Também não tinham sido os sonhos de ascetismo que haviam alimentado a sua jovem imaginação. Essas coisas lhe eram tão desconhecidas como a álgebra. Mas vi­ver, lutar para viver e por melhor viver, como havia visto fazer seus pais, como via todo mundo fazer, oh! isto ele compreendia... Como acontece à maior parte dos homens, havia formado o seu ideal no que presenciara.
Tornar-se rico e, um dia, quem sabe? ser chefe em sua aldeia; estes dois esplendo­res representavam aos seus olhos o ápice da vida feliz. Duas ambições que se re­solviam nesta outra: privar com os nobres. Com efeito, "ele tinha boa aparência, porte atraente, elegante e desembaraçado no fa­lar e em todas as suas maneiras, vanta­gens que ele desejara fazer valer nas re­lações com pessoas nobres e distintas" (1).
Sua esposa Bonadona, que era verdadei­ramente uma boa mulherzinha, partilha­va dos mesmos sonhos e esperanças.
 Ah, dizia ela ao marido, quando nós formos ricos... teremos uma bela e gran­de casa...  um castelo!... E tu compra­rás somente vestidos de seda para mim e um colar de pérolas, como aquele de dona Mona; não é?
E seus olhos fixavam-se esbugalhados, cheios de sorrisos cobiçosos, sobre o faus­to ambicionado.
Luquésio fazia mais que sonhar. Havia refletido bem, calculado, estudado todas as probabilidades e se pôs à obra com en­tusiasmo. Meteu-se ao mesmo tempo nos negócios e na política, e eis o bom do Luquésio empenhado pela fortuna e pela glória.
As pequenas repúblicas italianas viviam, então, uma vida febricitante e turbulenta, cujas paixões invadiam até as menores al­deias. Todo mundo fazia política. Era o tempo das Comunas: povo e burgueses, li­bertos de ontem, mantinham as liberda­des adquiridas e agitavam-se para con­quistar novos direitos. Os nobres resistiam com um orgulho áspero, a fim de salva­guardarem seus privilégios comprometidos: daí um estado violento, agitado à menor eventualidade por colisões sangrentas.
Esta situação se agravava por uma ques­tão de política exterior: a luta entre o im­perador e o Papa. Frederico II manobra­va para anexar a Itália; apoiava-se sobre os nobres, que viam no seu triunfo a oca­sião de restaurar o antigo regime: era o partido gibelino.
O povo, por reação, havia se colocado sob o estandarte  dos papas,  que se tornavam  desse modo os campeões da nova ordem e da liberdade; era o partido guelfo.Guelfos e gibelinos, povo e nobreza, burgue­ses e aristocratas, defrontavam-se numa luta sem tréguas. Por toda parte as duas facções conservavam milícias armadas.
Nessa desordem, cada um escolhia o par­tido. E, como é costume nas coisas políticas, não é sempre por motivos desinteres­sados que se abraça uma das causas; as conveniências pessoais, as pequenas dispu­tas de família, os ódios das classes, as vantagens imediatas, pesavam muito mais na balança do que as considerações de or­dem social ou religiosa.
Uma multidão de cristãos convictos, por motivos diversos, punha-se sem vacilar em oposição à Santa Sé. Fascinados pela liber­dade conquistada e extraviados pelas com­plicações da política, os fiéis tinham-se desacostumado a obedecer.
Assim fez Luquésio. A ambição o exci­tava; queria subir ràpidamente na escala social; desejava ardentemente igualar-se aos nobres, ser admitido no seu círculo: para isso era preciso pôr-se ao lado deles. Depois os gibelinos eram o partido distinto da época e a vaidade de Luquésio incli­nava-o para ele: envolveu-se na política gibelina, enquanto se ocupava de seu co­mércio.
Foi bem sucedido ao princípio. Bonito rapaz, com facilidade de expressão, não tardou a tornar-se chefe de facção e ca­pitão da juventude armada do lugar. Já antegozava da vitória.
Não conhecia os homens; devia perce­ber em breve que a vida é mais compli­cada do que supunha. Um concorrente explorou suas tendências gibelinas muito enraizadas, e como a massa era guelfa, desviou da lojinha de Luquésio a melhor parte da clientela. Os negócios começaram a perigar. Luquésio ficou  logo em má posição.  Por repercussão, sua influência polí­tica se ressentiu também. Era uma  mes­quinha  estréia para o pobre ambicioso. Co­mo, enfim, em negócios todos os meios são bons, seu rival fez correr por sua con­ta histórias deprimentes: a situação de Luquésio tornava-se insustentável em Caggiani. Ele aprendia à sua custa que é pe­rigoso envolver a política nos negócios.
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      (1)   "Lê   palmier   séraphique",   de   Paul   Guérin.   T. IV,   p.   259.

Continua no informativo – Ano III -            MARÇO DE 2012  -    11

SANTOS FRANCISCANOS


MES DE FEVEREIRO

1 — B. André dei  Conti,  1ª Ordem.
2 B. Verdiana de Castelfiorentino,  3ª Ordem
3 — S. Joana de Valois, 3ª Ordem Regular, 
        Fundadora das Irmãs da SS. Anunciada.
4 — S. José de Leonessa, 1ª Ordem.
5 — S. Tomás de Ize, 3ª Ordem, mártir do
        Japão.
6 — S. Pedro Baptista Blasquez, 1ª Ordem,
        mártir do Japão.
7 — S. Coleta de Corbia, 2ª Ordem.
8 — B. João de Triora, 1ª Ordem,  mártir.
9 — B. Antônio de Stroncone, 1ª Ordem.
10 —B. Egídio Maria de S. José, 1ª Ordem.
11— B. Clara de Rimini,  2ª Ordem.
12 —B. Rizzerio   de   Muccia,  1ª Ordem.
13 — S.Francisco de Meaco, 3ª Ordem,   
          mártir
         do Japão.
14 — S.Tomás de Nagasaki, 3ª Ordem,
          mártir do Japão.
15 — Trasladação do Corpo de S.Antônio de
          Lisboa
16 — B. Filipa Mareri, 2ª Ordem.
17 — B. Lucas Belludi,  1ª Ordem.
18 — S. Joaquim Sakakibara, 3ª Ordem,
          mártir do Japão.
19 — S. Conrado de Placenza, 3ª Ordem.
20 — B. Pedro de Treia,  1ª Ordem.
21 — S. Leão   Karasuma, 3ª Ordem, mártir  
          do Japão.
22 — S. Boaventura de Meaco, 3ª Ordem,
          mártir do Japão.
23 — B. Isabel de França, 2ª Ordem.
24 — S. Matias de Meaco, 3ª Ordem, mártir
          do Japão.
25 — B. Sebastião de Aparício, 1ª Ordem.
26 — S. Antônio de Nagasaki, 3ª Ordem,
          mártir do Japão.
27 — S. Paulo Suzuki, 3ª Ordem, mártir do
          Japão
28 — B. Antonia de Florença, 2ª Ordem.