sexta-feira, 11 de março de 2016

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE MARÇO DE 2016 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS



FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofspetro@ig.com.br
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15
 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano VII  MARÇO DE 2016 -  Nº  09

ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA

SANTA ROSA DE VITERBO

Padroeira da Juventude Franciscana – JUFRA

CAPÍTULO XXI

SEREIS FELIZES EM ME ACOLHENDO - continuação

Sixto IV concedeu indulgências aos fiéis que celebrassem a festa da transladação da Santa. Foi com­posto um ofício, que recebeu a aprovação da Sagra­da Congregação dos Ritos. O capítulo dos milagres jamais encerrou-se, porque esta criança que passara ilesa sobre as chamas corria, agora, em socorro dos homens atingidos pela procela, pelo incêndio e pela tempestade, pela peste e pela lepra, pelos demônios e pela morte.

CAPÍTULO   XXII

A  MENSAGEM

                  "Que época mais do que a nossa foi atormen­-
                  tada pela falta de espiritualidade e de profun­-
                  da indigência interior, não obstante todo o
                  progresso técnico e puramente civil? Acaso
                  não se lhe poderá aplicar a palavra revelado-
                  ra do Apocalipse:  "Dizes: sou rico e opulen-
                  to e de na­da tenho falta; mas ignoras que és
                  um coi­tado, miserável, pobre, cego e nu?
                  Poderá exis­tir um dever maior e mais urgente
                 do que anunciar aos homens do nosso tempo
                  as inson­dáveis riquezas de Cristo? Poderá
                  haver algo de mais nobre do que arvorar o
                 estandarte do Rei diante daqueles que segui-
                 ram e seguem em­blemas enganadores e de
                 reconquistar para a bandeira vitoriosa da Cruz
                 àqueles que a aban­donaram?" (Pio XII — 
                 Encíclica Summi Pontificatus — 1939).

Como é atual esta Santa da Idade Média que pre­parou a inssurreição e cooperou na resistência do dés­pota alemão!
Conheceu o êxodo e o exílio, a fome e a guerra, tal qual as crianças dos nossos dias. Saiu com a cabeça descoberta, os cabelos ao vento, como uma jovem do século XX, pregando a todos a verdade. Como é mo­derna e atual!
Parece que a vemos, ainda hoje, atravessar as nos­sas ruas, subir às pedras das nossas praças, nas ci­dades e nos campos, concitando a todos, com sua voz clara, à penitência.
Aos que romperam o cântaro e delapidam os bens alheios, anuncia docemente:
—  Deixai de pensar unicamente no comer e no be­ber. Abandonai a avareza, as mesquinharias, a men­tira e lembrai-vos que Cristo morreu por vós.
Aos que se submetem a Satã por orgulho ou ambi­ção, ela repete:
—  Regressai à casa da vossa infância, aos dias do vosso batismo e da vossa  primeira  Comunhão. Ve­reis em breve submergir no mar o cavalo com seu cavaleiro, pois o reino de Deus está próximo.
Aos  amantes  de  Cristo  recomenda:
—  Velai por vossas almas. O vento sopra rijo. Pro­tegei  vossas  lâmpadas.  Urge levar  a  luz aos vossos irmãos infelizes. Não podeis ficar em descanso, urge marchar... urge  correr... lutar  pela  Igreja  até  a morte. Deveis pregar e zelar, pensar e sanar. Tomai o meu exemplo. Mostrai a todo o mundo quão doce é o Senhor.
E os amantes de Cristo sussurram-lhe a resposta nu­ma prece:
—  Filha de São Francisco, vem e vê se no mundo houve, alguma vez, tantas almas desoladas por falta de amor. Ensina-nos a prece, para conseguirmos de Deus que os mortos tornem à vida.
                            FIM

SANTA CLARA DE ASSIS


                                                                                     Frei Hugo D. Baggio,OFM


A   CIDADE   PRIVILEGIADA

No coração da península italiana, repousa a região que leva o nome de Úmbria, bordada por montanhas e ridentes planícies, onde os olivais, com seu verde escuro, e os vinhedos, com seu verde alegre, formam ilhas de verdura, na planície, ou trepam pelas colinas, cingindo-as em graciosos co­lares. Os rebanhos pastam mansamente, enquan­to a canção dos camponeses ressoa, em meio à messe, que ondeia ao vento, parecendo querer acompanhar o canto dos ceifadores. Aqui e acolá, ciprestes esguios, de verde carregado, à guisa de sentinelas, lançam-se para as alturas, em direção ao céu azul que se desdobra sobre a região.
Olivais, vinhedos, rebanhos... lembrando a paisagem palestinense, a terra bendita que serviu de berço a Jesus e Maria.
Mas a pérola da Úmbria é Assis. Pequena ci­dade que se arrima ao monte Subásio, cercada por muralhas que a protegem contra os assaltos do inimigo, abrigando uma população composta de burgueses, negociantes, cavalheiros e nobres, nem sempre pacificamente unidos. E' cortada por ruazi-
nhas estreitas e íngremes e irregulares, que sobem e descem as encostas do Subásio, domina­do por uma fortaleza.
Ao lado das ruas enfileiram-se as casas, pe­queninas algumas, de três ou quatro andares ou­tras. Há casas com janelas alegres, ornadas com flores: são as habitações; há outras altimuradas, com janelas 
gradeadas, com torres e ameias de aspecto sombrio: são as fortificações; há casas bai­xas, com poucas janelas, duplamente gradeadas e de aspecto silencioso: são os conventos.
Nos pontos mais altos da redondeza, os cas­telos mostram ameaçadoras torres e negras muralhas, onde mora o heroísmo, a fé e o cavalhei­rismo e, não raro, a crueldade e a ambição, a sede de sangue e a devassidão.
Ao redor, a planície cultivada, ao longe as montanhas a perder de vista, confundindo-se com o céu. E tudo envolto num silêncio claro e alegre. As montanhas convidam às alturas, a limpidez do céu incita à pureza, o silêncio predispõe â prece.
Esta cidadezinha de Assis estava marcada pa­ra grandes coisas. Dela surgiriam os grandes lu­zeiros, que lhe constituiriam a mais fúlgida e pe­rene glória: Francisco de Assis e Clara de Assis.
Foi o primeiro quartel do século XIII que preparou grandes acontecimentos que abalariam Assis, a Itália, a Europa, o mundo. A Assis da Itália ia tornar-se a Assis do mundo, a querida Assis que todos lembram com profunda emoção.

Continua no informativo – Ano VII -           
ABRIL DE 2016  -  Nº  10

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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE MARÇO

1 — S. Francisco Fahelante, 3ª ordem, mártir do Japão 
2 — S. Inês de Praga, 2ª Ordem.
3 — B. Inocêncio de Berzo, 1ª Ordem
4 — B. Cristóvão de Milão,  1ª Ordem
5 — S. João José da Cruz, 1ª Ordem
6 — SS. Cosme e Máximo Takeya, 3ª Ordem - Mártires do Japão.
7 — S. Pedro Sukejiro, 3ª Ordem, mártir do Japão
8 — S. MiguelKosaki, 3ª Ordem, mártir do Japão
9 — S. Luís Ibaraki, 3ª Ordem, mártir do Japão
10 — B. Tomás Sen, 3ª Ordem, mártir da China
11 — B. João Baptista de Fabriano, 1ª Ordem 
12 — B. Simão Tchen, 3ª Ordem, mártir da China
13 — B. Agnelo de Pisa, 1ª Ordem
14 — B. Pedro U-Ngan-Pan, 3ª Ordem, mártir da China 
15 — B. Matias Fan-TE, 3ª Ordem, mártir da China
16 — B. Pedro Tciang, 3ª Ordem, mártir da China      
17 — B. Francisco Tciang,
18 — S. Salvador da Horta, 1ª Ordem
19 — S. José – Esposo da Virgem Maria – Solenidade
20 — B. Hipólito Galantini, 3ª Ordem
21 — B. João de Parma, 1ª Ordem
22 — S. Benvenuto de Osimo, 1ª Ordem
23 — B. Marcos   de   Montegallo, 1ª Ordem
24 — B. Diogo José de Cadiz, 1ª Ordem
25 — S. Tiago Jen, 3ª Ordem, mártir da China   
26 — B. Pedro Wang, 3ª Ordem, mártir da China  
27 — B. Tiago Tchao, 3ª Ordem, mártir da China
28 — B. Joana Maria Maillé, 3ª Ordem     
29 — B. João Tciang, 3ª Ordem, mártir da China
30 — S. Pedro Regalado, 3ª Ordem
31  —B.Patrício Tong, III O., mártir da China


ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE FEVEREIRO DE 2016

Entrar em Deus para sair de si


Transfigurar-se é entrar em Deus para sair de si. Esta é a lição que Jesus ensina no Evangelho deste 2º Domingo da Quaresma (Lc 9,28b-36). Não é à toa que o fenômeno ocorre justamente quando o Filho do Homem, no alto de uma montanha, encontra-se num momento de oração, em profunda intimidade com o Pai. É esta atitude de entrega confiante que confere a Jesus a força para sair de si, para ir ao encontro das pessoas, para apresentar a elas a ternura e o amor de Deus. É a partir desta postura que Jesus manifesta a glória de Deus, junta forças para enfrentar os ventos contrários, adquire coragem para vencer a morte injusta e humilhante à qual foi sujeitado. Assim também os seguidores de Cristo são chamados a proceder: colocar confiança total em Deus, a exemplo de Abraão (Cf. Gn 15,6). Esta fé generosa é que garante ao ser humano a firmeza para abandonar o próprio egoísmo e para se colocar generosamente a serviço de Deus e da humanidade, como agente de transformação da realidade. Outro ensinamento do episódio da Transfiguração é que o mergulho confiante em Deus nada tem a ver com uma atitude de autorreferencialidade e fechamento. Talvez  possa ter sido esta a tentação de São Pedro ao recomendar ao Mestre: “É bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias” (Lc 9,33). Pedro não havia compreendido ainda que, em Jesus, Deus não arma sua tenda num lugar à parte, entre poucos, mas o faz em meio à humanidade. Este é o retrato de Igreja sonhado e intuído por Jesus, apresentado com insistência pelo Papa Francisco: uma Igreja Mãe, serva, companheira, em saída, hospital de campanha que se instala nas periferias da existência para apresentar às pessoas o brilho da bondade e da ternura de Deus.
Extraído: http://www.franciscanos.org.br

Respostas às principais desculpas para não ir à Missa

“Só vou à Missa quando estou com vontade.
Às vezes falta disposição e é melhor ficar em casa”.


Acontece que a nossa vida não se move exclusivamente por sentimentos ou gostos pessoais. É preciso reconhecer que as pessoas só agem bem quando são movidas por convicções profundas e éticamente corretas. Observemos as coisas mais importantes que fazemos na vida. Não é verdade que muitas delas nós fazemos sem ter vontade, simplesmente por estarmos convencidos de que são importantes? Mal andaríamos se só fizéssemos as coisas quando tivéssemos vontade. Uns perderiam o emprego, outros não passariam de ano, outros perderiam aquela oportunidade única etc. Imaginemos uma banda na qual os músicos só tocam quando estão com vontade e disposição. Seria um fracasso total! Logo, para não fracassar a nossa vida de fé, não devemos ir à Missa só quando estamos com vontade, mas, pela importância deste encontro com Deus e com a comunidade, devemos ir sempre, porque somos cristãos e estes costumam se reunir aos domingos para um encontro com Deus.

OS ESCÂNDALOS NA IGREJA:

O próprio Jesus Cristo já havia nos prevenido que os escândalos seriam inevitáveis (Lc 17,1), e nos alertou que ninguém tem o direito de sair da Igreja por causa dos escandalosos, ou seja, do Joio (Mt 13, 24-30). São Paulo por sua vez nos diz que nós seremos julgados pelos nossos erros e pecados não pelos erros e pecados dos padres, dos outros (Rm 14, 12). O que você diria de um filho que se afastou ou deixou de frequentar a casa de seu pai porque tem alguns irmãos rebeldes? Cometeu grande injustiça! O que você diria de alguém que se afastou ou rejeitou Jesus Cristo e sua igreja por causa da traição de Judas? Agiu injustamente, semelhantemente assim faz todos aqueles (as) que se afastam da Igreja por causa das traições dos Padres. Ademais, o fato de haver Professores de matemática, português... Pedófilos, Homossexuais... Isto não invalida as verdades da ciência, semelhantemente, o fato de haver maus padres: pedófilos, homossexuais... Não invalida as verdades da Religião ou da Igreja. Os católicos só vivem uma vida de pecados quando desobedecem a igreja cf. CIC (Catecismo da Igreja Católica) Parágrafo 827.Nunca esqueça : “Quem quer ser bom só procura se espelhar nos bons exemplos, quem não quer ser bom só cita os maus para continuar como esta”.

Por que eu tenho de ir à missa no domingo?
 Para quem são essas linhas? Na Carta Apostólica Nova millennio ineunte, João Paulo II aponta as prioridades pastorais da Igreja para o início deste novo milênio. Entre elas está a Eucaristia dominical, “temos de insistir (...) chamou a atenção especial a dar prioridade à Eucaristia dominical e ao próprio domingo, como um dia especial da fé, o dia do Senhor ressuscitado e do dom do Espírito, verdadeira Páscoa da semana “(n. 35)”“. Espero que você faça parte desta categoria de católico. 
A de católico que vai à missa e, seguindo o apelo do Papa, ele quer ajudar as pessoas a sentir novamente a necessidade dessa prática como essencial para a vida cristã. Estas linhas quer trazer-lhe algumas ideias que pretende ajudá-lo nesta tarefa. Pré-aviso: Para este artigo terá que pensar e tentar vivenciar, não basta apenas lê-lo.
As razões básicas para a Missa.
 É deitado no chão, sofá, rede ou sentado na cadeira em casa ou em um bar... Curtindo uma preguiça, um som, um esporte, uma cerveja... que quase sempre começam a perder a missa no domingo em resposta a uma atitude extravagante, que é muito difícil de refutar, precisamente por sua falta de racionalidade, aqui você tem alguns pensamentos sobre o preceito dominical e importância da Missa em sua vida. Ele foi escrito para pessoas de fé.

 1. Primeiramente devemos considerar que devemos ir à missa, primeiro, para dar, não receber. Não devemos ir por motivos egoístas ou comercial, espécie  de troca com Deus, minha atenção e dedicação de tempo em troca de certos valores, produtos, seja espiritual ou material, temporal ou eterno ... quem se importa ... é o mesmo. Esta raiz do primeiro ponto desvaloriza todos os motivos para não ir com base em uma linha de pensamento egoísta: eu estou aborrecido, eu não sinto nada, não tenho tempo, não tenho vontade, estou cansado, etc.
2. Porque Deus é o Criador e você deve gastar algum tempo semanal para Ele, é a manifestação da vida centrada em Deus e na salvação: viver o ano centralizado na semana da Páscoa, no domingo, Não importa o quão entediado você esteja o seu Criador providenciou um dia da semana é-lhe: "Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo, Deus te concede Seis dias por semana para fazer todo seu trabalho, Mas o sétimo dia é o sábado santo, porque dedicado e consagrado ao Senhor. vosso Deus “(Êxodo 20,8-10)”. É certo e justo que tenhamos o dever de lhe obedecer. Faltando à missa seria uma desobediência clara e frontal (é como dizer a Deus "Eu não quero dar o meu tempo" para Deus, para ouvir a sua palavra, para lhe agradecer, para lhe adorar...). E apesar da sua desobediência... Deus merece e tem o direito à nossa obediência, temos como criaturas, servos e filhos(as) o direito de obedecer a Deus nosso Criador, Senhor, Soberano e Pai Celeste. Seria você como uma simples criatura, servo, filho(a) Superior e mais Importante do que Deus: seu Criador, Senhor, Soberano e Pai Celeste? Infelizmente é o que queres dizer com a sua Desobediência, ingratidão e Desamor!! Você acreditaria no amor de um filho, que apesar de dizer que te ama, mesmo podendo, não frequentasse a sua casa, que a frequentasse somente nas festas sociais da família ou a frequentasse  raramente(de anos em anos)?

 3. Porque, como um membro da família de Deus, adorar a Deus segundo a sua natureza, juntamente com seus irmãos. Isto requer que a adoração a Deus não está apenas dentro (de seu coração) mas também no exterior (para que outros possam ver a sua fé) e comunidade (para adorar junto com seus irmãos). Isso significa que você encontrar-se com outros para adorar a Deus juntos. Além de seus gostos pessoais, você assiste a missa não para si mesmo (porque você gosta), mas para mostrar a sua reverência ao Todo-Poderoso em comunhão com os outros filhos(as) de Deus e por conseguinte, seus irmãos(ãs). Nosso relacionamento com Deus tem uma dimensão comunitária. Não é o suficiente orar sozinho, sem família, você precisa fazer junto com nossos irmãos na fé. Neste sentido, é um ato de comunhão com nossos irmãos na fé, para compartilhar os frutos e as graças mais importantes da nossa fé que são: a Eucaristia, isto é, o próprio Cristo, a palavra de Deus proclamada e explicada, e a oração litúrgica (de toda Igreja). Neste sentido faltar à missa seria um desprezo de teus irmãos, e uma falta de unidade. É como se estivesse dizendo que a sua oração individual (sozinha) é mais agradável ao criador, é mais eficaz, poderosa... Diante do pai celeste do quer a de todos os filhos (as) de Deus juntos. O que se constituí em grande presunção e orgulho!
 
Livro pesquisado: A Missa me dá tédio de Javier M. Suescun. Paulus. Obs: com alguns suplementos do catequista Aquino


CURSO BÁSICO DO CARISMA FRANCISCANO
(APÊNDICE)1ª PARTE
O ROSÁRIO DO PADRE SERRA (FREI JUNÍPERO SERRA,OFM 1713-1784

Frei Junípero Serra,ofm nasceu em 1713 na Ilha de Maiorca, Espanha. Não era o tipo de homem que se escolheria para líder ou pioneiro. Homem de estudo, doutor em teologia e professor de filosofia, era frágil e sofria de bronquite. Recebera um ferimento na perna que tornara um suplício às caminhadas, mas ainda assim percorreu milhares de quilômetros a pé, calçado de sandálias, no exercício do seu apostolado. Calejou-se dormindo na terra dura, e alimentando-se de raízes e de sementes. Enquanto soldados e índios combatiam e se matavam, Padre Junípero passava ileso entre os “gentios”, seus “filhos pagãos”, como lhes chamava. Em 1768, aos 55 anos, resolvera ligar a sua vida para sempre ao continente americano distante e selvagem.
Nesta época, todo o México e o atual estado americano da Califórnia (Estados Unidos) pertenciam à coroa da Espanha. Era chamada de Nova Espanha.
A 16 de julho de 1769, Frei Junípero celebrou a sua primeira missa ao pé de uma cruz fincada diante da linda baia que hoje tem o nome de San Diego (São Diogo: santo franciscano do século XIV, frade leigo e cozinheiro).  Por onde passava deixava sempre um nome ligado à sua ordem. Na mesma ocasião, fundou ali, a primeira das conhecidas Missões da Califórnia, ou “ o Rosário do Padre Serra” como costumam ser chamadas em memória do seu fundador. O pequeno grupo ali presente – outros franciscanos, uns poucos soldados espanhóis e alguns índios da Baixa Califórnia – não assistia apenas o começo de uma grande obra missionária. Aqueles homens presenciavam a FUNDAÇÃO DA PRÓPRIA CALIFÓRNIA, que há duzentos anos vinha sendo desprezada por ser inteiramente inacessível.
Melhor mesmo, talvez, que o comandante militar da expedição, Gaspar de Portolá, Frei Serra previu as conseqüências futuras da nova colônia. Ali, naquele deserto ensolarado (Califórnia quer dizer “forno quente”), entre índios hostis, enquanto os homens morriam de escorbuto (infecção das gengivas devido à falta de vitamina C) o missionário ousou sonhar com uma terra coberta de hortas e pomares, e povoada por cristãos fervorosos e pacatos.
E quando o rei Carlos III de Espanha mandou o General Portolá defender a Alta Califórnia, não foi tanto para salvar os pagãos, como para deter o avanço dos eslavos (russos), que se ia estendendo naquela direção pela costa do Pacífico, desde o Alasca, que naquela época era propriedade da Rússia, mais tarde vendido ao recém criado Estados Unidos e separado dele pelo Canadá. A coroa de Espanha reconheceu, porém, o valor dos missionários franciscanos na obra de pacificação dos índios; e tencionava com o tempo “secularizar” os peles-vermelhas catequizados, sujeitando-os às leis civis. Mas para o honrado Padre Serra toda aquela terra nova pertencia aos índios. Até os prédios das missões deveriam ser deles; o gado, as lavouras e todos os produtos da organização missionária ficariam na custódia dos franciscanos, que nada possuíam eles mesmos, dos bens deste mundo.
Ao fim de um ano, Padre Junípero já fundara outra missão, quase 800 quilômetros mais adiante, em pleno descampado, à beira da baia de Monterrey: A Missão Carmelita de São Carlos Barromeu. No ano seguinte, em um vale coberto de carvalhos, entre os montes de Santa Lúcia, ardendo ao calor do verão, o destemido Padre Serra pendurou seu sino a um galho de árvore e o fez soar no meio do silêncio hostil: “Vinde pagãos”, proclamava, “Vinde à Santa Igreja: vinde receber a fé de Jesus Cristo”.

                                   (Continua no próximo mês)
  


“Sempre em frente e nunca para trás”.F.Junípero Serra.

Paz e Bem!        A formação.