BOLETIM INFORMATIVO
DE FEVEREIRO DE 2016
Entrar em Deus para sair de si
Transfigurar-se é
entrar em Deus para sair de si. Esta é a lição que Jesus ensina no Evangelho
deste 2º Domingo da Quaresma (Lc 9,28b-36). Não é à toa que o fenômeno ocorre
justamente quando o Filho do Homem, no alto de uma montanha, encontra-se num
momento de oração, em profunda intimidade com o Pai. É esta atitude de entrega
confiante que confere a Jesus a força para sair de si, para ir ao encontro das
pessoas, para apresentar a elas a ternura e o amor de Deus. É a partir desta
postura que Jesus manifesta a glória de Deus, junta forças para enfrentar os
ventos contrários, adquire coragem para vencer a morte injusta e humilhante à
qual foi sujeitado. Assim também os seguidores de Cristo são chamados a
proceder: colocar confiança total em Deus, a exemplo de Abraão (Cf. Gn 15,6).
Esta fé generosa é que garante ao ser humano a firmeza para abandonar o próprio
egoísmo e para se colocar generosamente a serviço de Deus e da humanidade, como
agente de transformação da realidade. Outro ensinamento do episódio da
Transfiguração é que o mergulho confiante em Deus nada tem a ver com uma
atitude de autorreferencialidade e fechamento. Talvez possa ter sido esta a tentação de São Pedro
ao recomendar ao Mestre: “É bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma
para ti, outra para Moisés
e outra para Elias” (Lc 9,33). Pedro não havia compreendido ainda que, em
Jesus, Deus não arma sua tenda num lugar à parte, entre poucos, mas o faz em
meio à humanidade. Este é o retrato de Igreja sonhado e intuído por Jesus,
apresentado com insistência pelo Papa Francisco: uma Igreja Mãe, serva,
companheira, em saída, hospital de campanha que se instala nas periferias da
existência para apresentar às pessoas o brilho da bondade e da ternura de Deus.
Extraído:
http://www.franciscanos.org.br
Respostas às principais desculpas para não ir à Missa
“Só vou à
Missa quando estou com vontade.
Às vezes falta disposição e é melhor ficar em casa”.
Às vezes falta disposição e é melhor ficar em casa”.
Acontece que a nossa vida não se move
exclusivamente por sentimentos ou gostos pessoais. É preciso reconhecer que as pessoas
só agem bem quando são movidas por convicções
profundas e éticamente corretas. Observemos as
coisas mais importantes que fazemos na vida. Não é verdade que muitas delas nós
fazemos sem ter vontade, simplesmente por estarmos convencidos de que são importantes?
Mal andaríamos se só
fizéssemos as coisas quando tivéssemos vontade. Uns perderiam o emprego, outros
não passariam de ano, outros perderiam aquela oportunidade única etc.
Imaginemos uma banda na qual os músicos só tocam quando estão com vontade e
disposição. Seria um fracasso total! Logo, para não fracassar a nossa vida de
fé, não devemos ir à Missa só quando estamos com vontade, mas, pela importância
deste encontro com Deus e com a comunidade, devemos ir sempre, porque somos
cristãos e estes costumam se reunir aos domingos para um encontro com Deus.
OS ESCÂNDALOS NA IGREJA:
O próprio Jesus Cristo já havia nos prevenido
que os escândalos seriam inevitáveis (Lc 17,1), e nos alertou que ninguém tem o
direito de sair da Igreja por causa dos escandalosos, ou seja, do Joio (Mt 13,
24-30). São Paulo por sua vez nos diz que nós seremos julgados pelos nossos
erros e pecados não pelos erros e pecados dos padres, dos outros (Rm 14, 12). O
que você diria de um filho que se afastou ou deixou de frequentar a casa de seu
pai porque tem alguns irmãos rebeldes? Cometeu grande injustiça! O que você
diria de alguém que se afastou ou rejeitou Jesus Cristo e sua igreja por causa
da traição de Judas? Agiu injustamente, semelhantemente assim faz todos
aqueles (as) que se afastam da Igreja por causa das traições dos Padres.
Ademais, o fato de haver Professores de matemática, português... Pedófilos,
Homossexuais... Isto não invalida as verdades da ciência, semelhantemente, o
fato de haver maus padres: pedófilos, homossexuais... Não invalida as verdades
da Religião ou da Igreja. Os católicos só vivem uma vida de pecados quando
desobedecem a igreja cf. CIC (Catecismo da Igreja Católica) Parágrafo 827.Nunca
esqueça : “Quem quer ser
bom só procura se espelhar nos bons exemplos, quem não quer ser bom só cita os
maus para continuar como esta”.
Por que
eu tenho de ir à missa no domingo?
Para
quem são essas linhas? Na Carta Apostólica Nova millennio ineunte, João Paulo
II aponta as prioridades pastorais da Igreja para o início deste novo milênio.
Entre elas está a Eucaristia dominical, “temos de insistir (...) chamou a
atenção especial a dar prioridade à Eucaristia dominical e ao próprio domingo,
como um dia especial da fé, o dia do Senhor ressuscitado e do dom do Espírito,
verdadeira Páscoa da semana “(n. 35)”“. Espero que você faça parte desta
categoria de católico.
A de
católico que vai à missa e, seguindo o apelo do Papa, ele
quer ajudar as pessoas a sentir novamente a necessidade dessa prática
como essencial para a vida cristã. Estas linhas quer trazer-lhe algumas ideias
que pretende ajudá-lo nesta tarefa. Pré-aviso: Para este artigo terá que pensar
e tentar vivenciar, não basta apenas lê-lo.
As razões
básicas para a Missa.
É
deitado no chão, sofá, rede ou sentado na cadeira em casa ou em um bar...
Curtindo uma preguiça, um som, um esporte, uma cerveja... que quase sempre
começam a perder a missa no domingo em resposta a uma atitude extravagante, que
é muito difícil de refutar, precisamente por sua falta de racionalidade, aqui
você tem alguns pensamentos sobre o preceito dominical e importância da Missa
em sua vida. Ele foi escrito para pessoas de fé.
1. Primeiramente devemos considerar que
devemos ir à missa, primeiro, para dar, não receber. Não devemos ir por motivos
egoístas ou comercial, espécie de troca
com Deus, minha atenção e dedicação de tempo em troca de certos valores, produtos,
seja espiritual ou material, temporal ou eterno ... quem se importa ... é o
mesmo. Esta raiz do primeiro ponto desvaloriza todos os motivos para não ir com
base em uma linha de pensamento egoísta: eu estou aborrecido, eu não sinto
nada, não tenho tempo, não tenho vontade, estou cansado, etc.
2. Porque Deus é o Criador e você deve gastar
algum tempo semanal para Ele, é a manifestação da vida centrada em Deus e na
salvação: viver o ano centralizado na semana da Páscoa, no domingo, Não importa
o quão entediado você esteja o seu Criador providenciou um dia da semana é-lhe:
"Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo, Deus te concede Seis dias
por semana para fazer todo seu trabalho, Mas o sétimo dia é o sábado santo,
porque dedicado e consagrado ao Senhor. vosso Deus “(Êxodo 20,8-10)”. É certo e
justo que tenhamos o dever de lhe obedecer. Faltando à missa seria uma
desobediência clara e frontal (é como dizer a Deus "Eu não quero dar o meu
tempo" para Deus, para ouvir a sua palavra, para lhe agradecer, para lhe
adorar...). E apesar da sua desobediência... Deus merece e tem o direito à
nossa obediência, temos como criaturas, servos e filhos(as) o direito de
obedecer a Deus nosso Criador, Senhor, Soberano e Pai Celeste. Seria você como
uma simples criatura, servo, filho(a) Superior e mais Importante do que Deus:
seu Criador, Senhor, Soberano e Pai Celeste? Infelizmente é o que queres dizer
com a sua Desobediência, ingratidão e Desamor!! Você acreditaria no amor de um
filho, que apesar de dizer que te ama, mesmo podendo, não frequentasse a sua
casa, que a frequentasse somente nas festas sociais da família ou a
frequentasse raramente(de
anos em anos)?
3.
Porque, como um membro da família de Deus, adorar a Deus segundo a sua
natureza, juntamente com seus irmãos. Isto requer que a adoração a Deus não
está apenas dentro (de seu coração) mas também no exterior (para que outros
possam ver a sua fé) e comunidade (para adorar junto com seus irmãos). Isso
significa que você encontrar-se com outros para adorar a Deus juntos. Além de
seus gostos pessoais, você assiste a missa não para si mesmo (porque você
gosta), mas para mostrar a sua reverência ao Todo-Poderoso em comunhão com os
outros filhos(as) de Deus e por conseguinte, seus irmãos(ãs). Nosso
relacionamento com Deus tem uma dimensão comunitária. Não é o suficiente orar
sozinho, sem família, você precisa fazer junto com nossos irmãos na fé. Neste
sentido, é um ato de comunhão com nossos irmãos na fé, para compartilhar os
frutos e as graças mais importantes da nossa fé que são: a Eucaristia, isto é,
o próprio Cristo, a palavra de Deus proclamada e explicada, e a oração
litúrgica (de toda Igreja). Neste sentido faltar à missa seria um desprezo de
teus irmãos, e uma falta de unidade. É como se estivesse dizendo que a sua oração
individual (sozinha) é mais agradável ao criador, é mais eficaz, poderosa...
Diante do pai celeste do quer a de todos os filhos (as) de Deus juntos. O que
se constituí em grande presunção e orgulho!
Livro pesquisado: A Missa
me dá tédio de Javier M. Suescun. Paulus. Obs: com
alguns suplementos do catequista Aquino
CURSO BÁSICO DO CARISMA FRANCISCANO
(APÊNDICE)1ª PARTE
O ROSÁRIO DO PADRE
SERRA (FREI JUNÍPERO SERRA,OFM 1713-1784
Frei Junípero Serra,ofm nasceu em 1713 na Ilha de Maiorca, Espanha. Não
era o tipo de homem que se escolheria para líder ou pioneiro. Homem de estudo,
doutor em teologia e professor de filosofia, era frágil e sofria de bronquite.
Recebera um ferimento na perna que tornara um suplício às caminhadas, mas ainda
assim percorreu milhares de quilômetros a pé, calçado de sandálias, no
exercício do seu apostolado. Calejou-se dormindo na terra dura, e
alimentando-se de raízes e de sementes. Enquanto soldados e índios combatiam e
se matavam, Padre Junípero passava ileso entre os “gentios”, seus “filhos
pagãos”, como lhes chamava. Em 1768, aos 55 anos, resolvera ligar a sua vida
para sempre ao continente americano distante e selvagem.
Nesta época, todo o México e o atual estado americano da Califórnia
(Estados Unidos) pertenciam à coroa da Espanha. Era chamada de Nova Espanha.
A 16 de julho de 1769, Frei Junípero celebrou a sua primeira missa ao
pé de uma cruz fincada diante da linda baia que hoje tem o nome de San Diego
(São Diogo: santo franciscano do século XIV, frade leigo e cozinheiro). Por onde passava deixava sempre um nome
ligado à sua ordem. Na mesma ocasião, fundou ali, a primeira das conhecidas Missões
da Califórnia, ou “ o Rosário do Padre Serra” como costumam ser chamadas em
memória do seu fundador. O pequeno grupo ali presente – outros franciscanos,
uns poucos soldados espanhóis e alguns índios da Baixa Califórnia – não
assistia apenas o começo de uma grande obra missionária. Aqueles homens
presenciavam a FUNDAÇÃO DA PRÓPRIA CALIFÓRNIA, que há duzentos anos vinha
sendo desprezada por ser inteiramente inacessível.
Melhor mesmo, talvez, que o comandante militar da expedição, Gaspar
de Portolá, Frei Serra previu as conseqüências futuras da nova colônia.
Ali, naquele deserto ensolarado (Califórnia quer dizer “forno quente”), entre
índios hostis, enquanto os homens morriam de escorbuto (infecção das gengivas
devido à falta de vitamina C) o missionário ousou sonhar com uma terra coberta
de hortas e pomares, e povoada por cristãos fervorosos e pacatos.
E
quando o rei Carlos III de Espanha mandou o General Portolá defender a
Alta Califórnia, não foi tanto para salvar os pagãos, como para deter o avanço
dos eslavos (russos), que se ia estendendo naquela direção pela costa do
Pacífico, desde o Alasca, que naquela época era propriedade da Rússia, mais
tarde vendido ao recém criado Estados Unidos e separado dele pelo Canadá. A coroa de
Espanha reconheceu, porém, o valor dos missionários franciscanos na obra de
pacificação dos índios; e tencionava com o tempo “secularizar” os peles-vermelhas
catequizados, sujeitando-os às leis civis. Mas para o honrado Padre Serra toda
aquela terra nova pertencia aos índios. Até os prédios das missões deveriam ser
deles; o gado, as lavouras e todos os produtos da organização missionária
ficariam na custódia dos franciscanos, que nada possuíam eles mesmos, dos bens
deste mundo.
Ao fim de um ano, Padre
Junípero já fundara outra missão, quase 800 quilômetros mais adiante, em pleno
descampado, à beira da baia de Monterrey: A Missão Carmelita de São Carlos
Barromeu. No ano seguinte, em um vale coberto de carvalhos, entre os montes
de Santa Lúcia, ardendo ao calor do verão, o destemido Padre Serra pendurou seu
sino a um galho de árvore e o fez soar no meio do silêncio hostil: “Vinde
pagãos”, proclamava, “Vinde à Santa Igreja: vinde receber a fé de Jesus
Cristo”.
(Continua no próximo mês)
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