segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE JANEIRO DE 2013 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


INFORMATIVO

Ano IV  -  JANEIRO DE 2013 -  Nº  08

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

O BEM-AVENTURADO LUQUÉSIO

   VI. Religiosos no inundo.
                                                                                       (continuação)

Esta morte "teve a grandeza e a serenidade da dos patriarcas". Como estivessem ambos doentes, aconteceu que o estado de Bonadona se agravou repentinamente. Luquésio, esquecendo o seu próprio mal, le­vantou-se, foi confortá-la e induzi-la a receber os últimos sacramentos, encontrando força bastante para assisti-la. Após a piedosa cerimônia, disse-lhe, com uma voz que já significava as alegrias do céu: — Oh! minha Bona, sabes bem  com que união de coração servimos ao nosso bom Senhor. Eis que unidos também iremos partir, a fim de que a ele nos reunamos. Oh! Bona, como está próxima a hora! Meu coração se desfaz a este doce pensamento. Espe­ra-me um pouco; vou, por minha vez, re­ceber o santo Viático e depois irei contigo para o céu.
Traçou sobre ela um grande sinal da cruz e voltou arrastando-se para o leito. Seu diretor, Frei Hildebrando, do con­vento dos franciscanos, lhe disse: — "Meu querido Luquésio, sede forte e preparai-vos para a chegada do vosso Salvador, que está próxima. Repeli qualquer tentação; podeis crer em mim; hoje mesmo, vereis a salvação e recebereis a coroa de glória.
          Luquésio ergueu um pouco a cabeça mori­bunda: — Bondoso Frei Hildebrando, dis­se sorrindo, mesmo que eu tivesse esperado até hoje, para me preparar a bem morrer, ainda assim, acreditai, não deses­peraria da misericórdia de Deus; mas ver­dadeiramente falando, eu estaria menos tranquilo. E erguendo as mãos e os olhos ao céu: — Rendo-vos graças, exclamava, ó santa e adorável Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo e a vós, bem-aventurada e doce Virgem Maria e a vós, meu bendito Pai, bem-aventurado Francisco, por me ha­verdes livrado dos laços do inferno. Eis-me pronto, livre e feliz e a vós é que o devo pelos méritos da Paixão de N. S. Jesus Cristo!
Com sua alma em festa, recebeu os úl­timos sacramentos. Depois, percebendo que sua mulher estava em agonia, fez um der­radeiro esforço, arrastou-se até junto dela e segurou-lhe as mãos e a confortou com as mais ternas e sublimes palavras. Desfalecia. Trouxeram-no para o leito. Ouviram-no murmurar: "Jesus... Maria... Francisco, meu pai..."
Em seguida fez o sinal da cruz e sua alma deu a mão à de sua esposa, para voarem ao céu.

VII. Epílogo.

Luquésio, tendo-se convertido ao amor,  conseguiu pela simples força de seu exem­plo converter a cidade que habitava, me­lhor do que o teriam feito muitos sermões quaresmais e missões.
Semelhantes acontecimentos não eram raros na época: multiplicavam-se sob os passos de São Francisco de Assis. Numa sociedade decaída o pobrezinho atraía, magnetizava, reunia em torno de si tudo que restava de bom, as almas nobres que, desgostosas do seu meio, experimentavam uma necessidade de regeneração, esperan­do o homem que lhes apontasse o modelo. Havia dessa forma constituído este núcleo, sustentáculo da completa reforma social que ia operar sobre as massas.
Os resultados foram maravilhosos. A Ordem III propagou-se rapidamente na Itália, na Europa e no mundo inteiro. Ex­cedendo ao domínio religioso ou antes ampliando-o, a sua influência ganhou to­dos os ramos do patrimônio social e político. Não somente restaurou em toda par­te a piedade, os bons costumes e a obe­diência dos fiéis, mas assegurou o triunfo da Santa Sé; acabou a autonomia das co­munas e forçou o imperador a depor as armas. Verdadeiramente, segundo a visão profética de Inocêncio III, São Francisco tinha, graças sobretudo à Ordem III, re­composto uma cristandade nova e salvo á Igreja e a sociedade.
Qual o segredo destes triunfos? "Vivei o Evangelho", disse o pobrezinho: isto fora o bastante. Pois este remédio em cada pessoa absorvia toda a vida, a transfor­mava de conformidade com as máximas cristãs; e da santificação assim realizada, brotara naturalmente o zelo, a dedicação, o exemplo e todas as obras que reclamam as circunstân-cias da época. Isto foi sufi­ciente, por então, como aconteceu nos pri­meiros séculos na conquista do império romano. Bastaria ainda hoje: ah! é que é o mais esquecido agora. No decorrer dos séculos, a Ordem III se tornou um viveiro de santos. Mais de 100 terciários foram elevados aos altares, a começar pelos dois admiráveis padroeiros, são Luís de França e Sta. Isabel da Hungria e mais de 500 mor-reram em odor de santidade. Estes exemplos são, para  os cristãos, uma in­comparável escola de perfeição.
Os cristão, indistintamente, devem se santificar. Os santos, os santos terciários sobretudo, estes leigos dão prova eloquen­te de como é possível santificar-se no seu próprio estado. Se a Igreja os canoniza, é porque quer torná-los modelos.
Não se diz que cada um deve chegar ao ponto de Luquésio; são alturas cuja as­censão exige uma violência não comum. Todavia o Espírito Santo sopra ainda em nossos dias: um Matt Talbot não fica aquém do heroísmo de Luquésio.
Mas que ao menos, diante de tais exem­plos, tenham consciência do que lhes im­plica o título de cristãos, que examinem sua vida, e se esforcem por reformá-la.
Que cessem, pois, de querer unir Deus a Mâmon, o Reino dos Céus e o Reino da terra; e tomando a sério o Evangelho, con­sintam, enfim, em pôr, como base de sua vida, esta pedra fundamental: o despren­dimento. Encontrarão, então, o tempo que lhes falta, como dizem, para orar, assistir à Missa e receber a sta. Comunhão, e terão a oportunidade e os recursos inesperados, para dispender com os pobres e com o apostolado. O que falta é a coragem. O único obstáculo é a covardia: retraem-se, fogem diante da palavra chocante do Evangelho: a renúncia.
Ah! aprendam nos exemplos dos santos; de todas as tentativas de felicidade que poderiam fazer neste mundo, uma só pôde dar resultado: a que partiu desta condu­ta. Somente os santos são venturosos. O caminho é difícil, mas o seu termo é a felicidade.

(Final da Vida de Beato Luquésio e Bonadona. Em fevereiro começa nova historia)

Continua no informativo – Ano IV -            FEVEREIRO DE 2013  -  Nº  09


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JANEIRO

2 — S. Martinho da Ascensão, 1ª Ordem, mártir
       do Japão..
4 — B. Angela de Folinho, 3ª Ordem.
5 — B. Rogério de Todi, 1ª Ordem.
6 — S. Carlos de Sezze, 1ª Ordem.
7 — B. Mateus de Agrigento, 1ª Ordem.
8 — S. Francisco   Blanco,  1ª Ordem, mártir  no Japão.
9 — S. Filipe de Jesus, 1ª Ordem,mártir no Japão
10 — B. Egídio de Laurenzana, 1ª Ordem.
11  —B. Tomás de Cori, 1ª Ordem.
12 — B. Bernardo de Corleone, 1ª Ordem.
13 — S. Francisco de S. Miguel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
14 — B. Odorico de Pordenone, 1ª Ordem.
15 — S. Berardo, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
16 — S. Pedro, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
17 — S. Acúrsio, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
18 — S. Otão, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
19 — S. Eustóquia de Messina, 2ª Ordem.
20 — S. Adjuto, 1ª Ordem, mártir em  Marrocos
21 — B. João Baptista Triquerie, 1ª Ordem, Mártir.
22 — S. Vicente Pallotti,  3ª Ordem.
23 — S. Gonçalo Garcia, 1ª Ordem, mártir no Japão.
24 — B. Paula Cambara Costa, 3ª Ordem.
25 — S. Paulo Ibarki, 3ª Ordem, mártir no Japão.
26 — S.Gabriel de Duisco, 3ª Ordem, mártir no
          Japão.
27 — S. Angela Merici, 3ª Ordem. Fundadora das Ursulinas.
28 — S. João Kisaka, 3ª Ordem, mártir no Japão.      
29 — B. Luísa Albertoni,  3ª Ordem.
30 — S. Jacinta Marescotti, 3ª Ordem Regular.
31 — S.João Bosco, III O., Fundador dos Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora