sábado, 31 de dezembro de 2011

O ARAUTO DO GRANDE REI - DEZEMBRO DE 2011

Natal de Greccio: Bem-aventurados os que cuidam
Segundo a tradição, a primeira representação visualizada, teatralizada e celebrada de um Presépio aconteceu no ano de 1223, num bosque próximo de Greccio, na Úmbria, região da Itália. Quem tomou esta iniciativa foi Francisco de Assis, e, com isso, ele passa a ser primeiro a organizar de um modo plástico a cena da Encarnação do Filho de Deus. Encarnar-se significa morar junto, estar próximo tomar a mesma forma. Este é o cuidado de nosso Deus: ser um com o humano. Sair da gruta de Belém, do bosque de Greccio, numa verdade de colo, ternura,encantamento,fecundidade de pai e mãe, silenciosa contemplação de ofício de pastores.O presépio de Greccio lembra o calor humano que prepara o lugar para o divino nascer.Tudo se une! Animais,ovelhas, bois,o burro,pedras,árvores e plantas, céu estrelado, noite silente,anjos e canções. Há muita luminosidade em tudo e por tudo: a luz do Amor que aquece e a sensibilidade que observa um Deus ensinando convivência. 

O Deus que ama e cuida prepara ali o futuro do mundo: a essência da vida não está no aparato técnico mas no afeto.Quem reinventa o Natal reencontra a humanidade e a vizinhança do sagrado.Aquele Deus Menino nos ensina que a essência da vida está sempre em preparar um lugar, uma casa, um ninho, uma manjedoura. A vida precisa de cuidado para subsistir! Se você cuida, uma Estrela Guia aparece no céu da sua vida indicando o caminho do bem, da bondade, da solidariedade, da porta que se abre, do presente que vem de longe ou de perto. O Natal de Greccio nos traz o mundo dos valores, dos símbolos e significados: quando se começa a acolher e hospedar tudo começa a dar certo! Na simplicidade do lugar a Vida foi recebida, o Verbo se fez carne, a Grandeza de um Deus se fez Criança. O gesto obediente de José, a inspiração lida no sonho, o sim gratuito de Maria, o jeito sagrado de ser família nos mostra que o cuidado é a base onde se revela a vida. Esta dimensão, que tem uma fonte espiritual inesgotável, nos prepara para grandes realizações. 
Bem aventurados os que cuidam! Os que geram fraternidade, os que aproximam todas as criaturas, os que preparam o berço para o Divino e para o Amor! Bem-aventurados os que estão próximos dos relacionamentos mais simples, os que criam a inserção natural dos gestos mais generosos! Bem-aventurados os que vivem de um modo maternal, paternal e filial. Os que cuidam fazem nascer um Deus cada dia!
Frei Vitório Mazzuco
A Imaculada Conceição
de Nossa Senhora é o título dado a Maria, mãe de Jesus, cuja devoção popular, é bastante forte, sendo sua origem datada do século XI na Inglaterra e na Normandia. Esta devoção foi sendo divulgada posteriormente por todo o mundo, lembrando que quem muito contribuiu para esta divulgação foram os franciscanos. O carinho que o povo tem para com a Conceição de Maria é tão grande que todos recorrem a ela pedindo-lhe que interceda a seu Filho Jesus.
Santo Anselmo e posteriormente o Concílio de Basiléia, ocorrido em 1439, considerou a verdadeira grandeza do mistério que se realiza na concepção de Maria. Desde a concepção Deus preservou a Maria do pecado. Em outras palavras, o Altíssimo guardou Nossa Senhora desde sua concepção de todo e qualquer pecado para que ela pudesse ser a mãe do Salvador.
“Deus quis Maria para ser a salvação da humanidade, porque quis que o Salvador fosse “filho do homem”; por isso, é aplicada a Maria em sentido pleno a sentença divina ao tentador: “Porei inimizade entre ti a mulher; entre tua descendência e a sua; ela te esmagará a cabeça” (Gn 3,15). E é ela reconhecida como a “nova Eva, mãe de todos os vivos” (Gn 3, 9-15.20). Assim aparece Maria ao lado de Cristo, o novo Adão, e por isso se nos apresenta como figura da mulher ao lado do homem. Maria ajuda a descobrir e a respeitar o lugar da mulher na salvação da humanidade. Lembra e exalta o lugar e o papel da virgem, da esposa, da mãe, da viúva, na sociedade, na Igreja e no mundo; reivindica a dignidade da mulher contra tudo o que atenta contra ela.” (1)
A solenidade da Imaculada Conceição de Maria é celebrada no dia 08 de Dezembro, justamente nesta época a Igreja, em Tempo de Advento, se prepara para a chegada do Menino Deus. Esta solenidade é inserida neste contexto, de advento-natal, para que todo cristão possa olhar para a Virgem Imaculada e se espelhar, a fim de esforçar-se para bem viver sua vocação de batizado. Maria é toda santa, sem mancha alguma do pecado, e isto por graça e obra do Espírito Santo que nela encarnou e a fez nova criatura, tornando-a templo vivo do Salvador.
Muito, Maria Imaculada, tem a nos ensinar, míseros pecadores. E, é com ela que queremos aprender a sermos bons cristãos. Cristãos que assumem seu compromisso batismal. Cristãos que, como Maria, respondem cotidianamente o seu “Fiat” – “Sim”. Responder “sim” é estar na completa abertura ao Espírito do Senhor, para que ele próprio possa agir e operar em nós como convêm.
Este título dado a Maria, também é um dogma. Dogma é uma verdade de fé. Se for analisar pela pura razão, logo não compreenderemos, mas ao vislumbrar pelos olhos da fé, veremos e apreenderemos as maravilhas do Criador. Então, o título em questão é o dogma da Imaculada Conceição, cuja proclamação foi feita pelo Papa Pio IX em 1854.
Portanto “Maria é modelo de fé adulta, esclarecida, consciente, convicta, responsável, que repercute na vida. É modelo de virtudes maduras, crescidas num exercício contínuo de entrega aos outros, de ininterrupta abertura ao amor. Sua vida imaculada atingiu o fulgor de seu amor por Deus e pelos homens.” (2)
Oração à Imaculada Conceição de Nossa Senhora
Ó Deus, que preparaste uma digna habitação para o vosso Filho, pela imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também de toda culpa por sua maternal intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Vitório Mazzuco.


Francisco e seus frades na peregrinação

 

  Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, em 1182. Pertencia à burguesia, e dessa condição tirava todos os proveitos.
Como seu pai, tentou o comércio, mas logo abandonou a idéia por não ter muito jeito para isso.Sonhou, então, com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o status que sua condição exigia. 
Contudo, em 1206 para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa. 
Entregou-se totalmente a um estilo de vida fundado na pobreza, na simplicidade de vida, no amor total a todas as criaturas. Com alguns amigos deu início ao que seria a Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos. 
Com Santa Clara, sua dileta amiga, fundou a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados. 
O pobrezinho de Assis, como era chamado, foi uma criatura de paz e de bem, terno e amoroso. Amava os animais, as plantas e toda a natureza. 
Poeta, cantava o Sol, a Lua e as Estrelas. Sua alegria, sua simplicidade, sua ternura lhe granjearam estima e simpatia tais que fizeram dele um dos santos mais populares dos nossos dias.
                                    O Presente                                               
Uma mãe estava muito brava com sua filha de cinco anos de idade por estragar um rolo de papel dourado, que ela ia, por fim, decorar uma caixa a ser colocada sob a árvore de natal. 
Na manhã seguinte á noite de natal, a menina trouxe a caixa e entregou á mãe, dizendo:
- “Isto é para você, mamãe”
A mãe ficou embaraçada por sua reação precipitada, mas a raiva aflorou de novo, quando viu que a caixa estava vazia e falou rudemente com a menina:
- “Você não sabe que quando se presenteia alguém é esperado que haja alguma coisa dentro do pacote?
A menina olhou-a em lágrimas e disse:
- ” Oh, não está vazia, mamãe. Eu soprei dentro dela até ficar cheia de beijos. “
A mãe ficou arrasada.
Ajoelhou e pedindo perdão abraçou com ternura sua filhinha.
Verdadeiramente, cada um de nós, temos recebido uma caixa dourada repleta do amor de DEUS.
Não há maior tesouro a se possuir..

Autor Desconhecido



Ele está próximo...
Alegremo-nos! Vamos ao encontro do “Maravilhoso Conselheiro, do Príncipe da Paz” (Is 9,5), do Redentor que se aproxima
Estão-se completando os dias (cf. Lc 2,6) daquele bendito      e santo Nascimento que reviveremos nos mistérios da Noite Santa do Natal. Torne-se nossa vigilância mais intensa e nossa oração mais confiante.
Todos os anos somos convidados a resgatar o sentido pleno do Natal de Jesus, para vivê-lo como cristãs e cristãs, fugindo à mentalidade cada vez mais paganizada de nossa época. Não nos deixemos infectar ou contaminar pelo vírus do consumismo e do materialismo. Infelizmente, antes mesmo de iniciarmos o tempo litúrgico do Advento, enfeites natalinos e a voracidade consumista invadem nossas ruas, lojas e até nossos corações. Com isso, o Natal cristão vai-se transformando em simples recordação do nascimento de nosso Salvador.
Não obstante a mentalidade semipaganizada do Natal, a festa da Criança de Belém é um dom de luz que rasga e rompe as trevas da humanidade, prisioneira do pecado, incapaz de amar. O Natal do Senhor abre-nos a uma incontida alegria, de que ninguém sai ileso. A liturgia cristã é significado de festa, porque “Deus está conosco”. Onde há vida, há alegria. A alegria causada pela vinda do Salvador é portadora de paz e de esperança.
Diante do presépio, ficamos tomados de ternura e exultação a contemplar enlevados os mistérios de vida que encerra o amor infinito de Jesus Salvador. Por isso, vamos às pressas a Belém para ver o recém-nascido deitado na manjedoura (cf. Lc 2,15-16). Não fiquemos trancados em casa, prisioneiros de nossas trevas e negativismos. Vamos! Guiados pela Estrela, vamos com o coração alegre e feliz! Lá há uma Luz resplandecente que nos faz transcender o que vemos com os olhos da carne. Sim, os olhos da mente abrem os caminhos do coração, que permitem apreender e acolher a Verdade que nos liberta de todo mal. A Luz de Belém empenhar-nos-á em viver na liberdade e na dignidade de filhos e filhas de Deus. Fará com que abandonemos a noite do pecado, abrindo-nos para a graça da Vida nova, iluminados pela “Luz verdadeira, que vindo ao mundo, a todos ilumina” (Jo 1,9). A alegria completa nasce da Luz que resplandece num coração transparente, que não teme a escuridão da falsidade. Não se trata de uma alegria frenética causada pela droga, pelos paraísos artificiais e enganosos, pela embriaguez momentânea... Trata-se da embriaguez do Espírito que regenera e renova, trazendo paz e serenidade ao coração humano.
Estamos bem próximos da chegada do Deus Menino. Ninguém falte ao encontro marcado com Ele. A incomensurável distância percorrida por Deus para chegar até nós é razão suficiente para corrermos ao Seu encontro e sentirmos “que coisa é o ser humano, para dele te lembrares e o visitares” (Sl 8,5)
Na proximidade do Natal, não há motivo para angústias e temores. Fazendo espaço para Jesus nascer, o Natal será ocasião única para um encontro vivo, amigo e pessoal com Ele. Acolhamos Jesus Cristo, “concebido por obra do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria”. Acolher o Filho de Maria significa mostrá-Lo vivo, transparente em nós, visibilizando em nosso jeito de ser a Sua amabilidade, a Sua ternura, a Sua bondade e o Seu amor.              Dom Nelson Westrupp
         

 Emanuela De Nunzio


Em 10 de novembro de 2011, em 18:55, na cidade de Roma, a nossa irmã Emanuela De Nunzio morreu aos 82 anos de idade. Pouco antes de sua morte, Encarnita Del Pozo, junto com Benedetto Lino e sua esposa Gilda, reunidos em torno de sua cama para apoiá-la em oração. No momento da sua partida para o infinito amor de Deus, ela foi acompanhada por Encarnita e um amigo. Gilda e Benedetto devolvido imediatamente a rezar para o repouso de sua alma, fazendo o sinal da cruz em sua testa, e pedindo a São Francisco e Nossa Senhora dos Anjos para apresentar a sua alma ao Todo-Poderoso.
 Emanuela foi professo na OFS na Fraternidade local de San Cristoforo de Rodi Garganico na Apúlia (Itália) em 03 de março de 1949. Em 1959, foi eleito Secretário de sua fraternidade local. Ela também atuou como o National OFS Ministro da Itália no seio da Fraternidade Nacional assistida pelo OFM Conventuais, durante os dias em que a Ordem foi estruturado de acordo com "Obediências".


 Ela foi eleito Ministro Geral OFS no Capítulo Geral celebrado em 1990 Fátima, e reeleito no Capítulo Geral 1996, em Roma. Como Ministro Geral da OFS, Emanuela foi o secular primeiros a aderir à Conferência da Família Franciscana e abriu a porta para uma verdadeira parceria com os outros ministros Geral. Ela "lutou" com coragem para que o OFS seria reconhecido como um elemento igual da Família Franciscana e trabalhou incansavelmente com a Conferência, em colaboração mútua.
Entre seus muitos deveres como Ministro Geral, ela foi responsável pela promulgação das Constituições Gerais da Ordem, em 6 de fevereiro de 2001. Em sua carta que acompanha esta promulgação, ela se refere à maneira Franciscana Secular de vida, uma maneira que ela mesma tentou viver até o fim de sua vida:
 " Nossa profissão, representa para cada um de nós o ponto de referência para a experiência diária, começando com uma vocação específica e identidade precisa. Nesta base, precisamos re-moldar a nossa existência e encontrar um projeto de vida (a radicalidade evangélica franciscana) e um lugar de comunhão eclesial (a Fraternidade), na qual deve ser possível para nós "aprender a finalidade e o modo de viver, amar e sofrer " (Const, art 10).
 Ela viajou por todo o mundo, incansavelmente visitar constituída e emergentes fraternidades nacionais, e trazendo as Constituições recentemente aprovado Geral a cada irmão e irmã para que eles possam amor, estudo e aplicá-las, e, assim, dar sangue novo para a OFS.
Como um profissional legal, ela sempre ofereceu o seu conhecimento ao serviço da OFS, mesmo até seus últimos dias, apoiando o trabalho da Comissão Jurídica e Patrimonial da Presidência.
Em uma apresentação feita em 2002, Emanuela disse:
Precisamos recuperar a visão essencial de nosso relacionamento com Deus, conosco e com toda a criação, a fim de re-encontrar uma possibilidade incondicional de diálogo com aqueles que caminham ao nosso lado ao longo dos caminhos do mundo. Eu acho que nós podemos apresentar-nos com um slogan simples: "Andar descalço no jardim de Deus, sem se importar com os espinhos... ' "
 "O que significa a andar?"  Ela responde com as palavras de Santo Agostinho:
 Emanuela já está desfrutando o convite do Senhor, porque ela fez seu caminho para o bem, na fé e na santidade. Ela tem cantado (algumas vezes mal, mas ela cantou) e já respondeu ao Seu convite: “Vinde Bendito ..“
Que a sua alma descanse no amor infinito de Deus e que ela possa receber seu merecido descanso em Seus braços.

Encarnación del Pozo Roma, 11/11/11

domingo, 11 de dezembro de 2011

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Com as honras devidas à Maria Imaculada foi celebrada a Santa Missa no dia 08 de dezembro, às 18:00 na igreja do Sagrado Coração de Jesus, presidida pelo Frei Sandro,OFM e concelebrada por vários outros jubilandos nos seus 25 anos de sacerdócio e de vida religiosa. 
A saudação inicial e despedida foi feita pelo Mestre dos Frades Frei César Küllkamp,OFM.
Frei Edrian comemorou 25 anos de vida religiosa, dedicada à folhinha do Sagrado Coração de Jesus, da qual é responsável.
Frei Wolnei, Frei Morás completaram 25 anos de ordenação sacerdotal. Seis frades estudantes fizeram a renovação anual dos votos que antecedem a profissão solene.











FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HS. DO DIA 03/12/2011 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

  INFORMATIVO     Ano III  -  DEZEMBRO DE 2011 -    08

CONHECENDO A NOSSA IGREJA

LEGENDA DOS TRÊS COMPANHEIROS

CAPÍTULO XVI  - (continuação)

63. O bem-aventurado Francisco se propôs também pedir ao senhor papa Honório um dos cardeais da Igreja Romana que fosse como o papa de sua ordem, o senhor bispo de Óstia, ao qual os irmãos pudessem recorrer em suas necessidades. De fato o bem-aventurado Francisco tivera uma visão que pode tê-lo induzido a pedir um cardeal e colocar a ordem sob a proteção da Igreja Romana. Vira uma galinha pequena e preta com as pernas emplumadas, e as patas como as de uma pomba doméstica e tinha tantos pintinhos que não podia acolher a todos debaixo das asas, ficando muitos de fora em torno dela.
Acordando, pôs-se a pensar sobre o significado da visão, e logo, pelo Espírito Santo, reconheceu ser ele mesmo aquela galinha e disse: "Eu sou essa galinha, pequena de estatura e negra por natureza. Devo ser simples como uma pomba e, com as plumas das virtudes que me cumpre amar, voar ao céu. O Senhor, por sua misericórdia, deu-me e dar-me-á muitos filhos, que não poderei proteger só com minhas forças. Portanto, é neces­sário que os coloque debaixo da proteção da Santa Igreja, a fim de que os proteja e governe à sombra de suas asas".

64. Poucos anos depois desta visão, foi a Roma e visitou o senhor bispo de Óstia. Este ordenou-lhe que no dia seguin­te, bem cedo, fosse com ele à cúria, pois desejava que fizesse uma pregação diante do senhor papa e dos cardeais e lhes recomendasse, devota e afetuosamente, sua ordem.
Embora o bem-aventurado Francisco se escusasse, dizendo que era sim­ples e ignorante, teve que ir com ele à cúria.
Quando o bem-aventurado Francisco se apresentou diante do senhor papa e dos cardeais, foi acolhido por eles com grande alegria. Levantou-se e pregou-lhes como havia sido instruído unicamente por inspiração do Espírito Santo. Terminada a pre­gação, recomendou sua ordem ao senhor papa e a todos os cardeais. Eles ficaram muito edificados com as palavras de Francisco e começaram a amar com mais afeto sua ordem.

65. Em seguida disse o bem-aventurado  Francisco  ao Sumo Pontífice: “Senhor, compadeço-me de vós    pela  solicitude e trabalho contínuo com  que  deveis velar sobre a Igreja de Deus, e muito me envergonho que tenhais tanta preocupação e solicitude por nós, irmãos menores. De fato, enquanto muitos nobres e ricos e muitos religiosos não podem chegar a vós, grande deve ser o nosso receio e escrúpulo, pois que somos os mais pobres e desprezíveis entre todos os religiosos, já não digo por comparecer perante vós, mas por estar à vossa porta e ter a presunção de bater ao tabernáculo da fortaleza dos cristãos. Portanto, suplico humilde e de-votamente a Vossa Santidade que vos digneis conceder-nos o senhor bispo de Óstia como pai, para que os irmãos possam recorrer a ele no tempo de necessidade, salva sempre a dignidade de vossa autoridade".
Este pedido agradou ao senhor papa, que concedeu ao bem-aventurado Francisco o senhor bispo de Óstia como digníssimo protetor de sua ordem.

66. Este recebeu a ordem do senhor papa e logo pôs mãos à obra para defender os  irmãos,  escrevendo a muitos prelados que os haviam perseguido, a fim de que  daí  para frente não lhes fossem   adversos. Antes, dessem-lhes conselho e auxílio para pregar e morar em suas províncias, como a bons e santos religiosos aprovados pela autoridade da Sé Apostólica. Da mesma forma, muitos outros cardeais escreveram cartas com o mesmo objetivo.
No capítulo seguinte o bem-aventurado Francisco concedeu licença aos ministros para  receberem irmãos  à  ordem  e  enviou-os às  mencionadas províncias, levando cartas dos cardeais juntamente  com a regra confirmada pela bula apostólica. Vendo tudo isto e  conhecendo  os  testemunhos  dados  pelos  irmãos, os prelados liberalmente concederam-lhes morar e pregar em suas  províncias. Vendo seu modo de vida humilde e santa e ouvindo suas dulcíssimas palavras que comoviam e inflamavam as mentes ao amor de Deus e a fazer penitência, muitos procuraram e receberam o hábito de sua santa ordem, com fervor e humildade.

67. Ao ver o bem-aventurado Francisco a confiança e o amor que o senhor bispo de Óstia tinha para com os irmãos, amava-o afetuosamente com  todas as veias do coração. Sabendo por revelação de Deus que aquele seria o futuro Sumo Pontífice, nas cartas que lhe escrevia, chamava-o de Pai do mundo inteiro, nestes termos: “Ao venerável em Cristo, Pai do mundo inteiro...”
Pouco tempo depois, tendo morrido o senhor papa Honório III, o senhor bispo de Óstia foi eleito Sumo Pontífice com nome de Gregório IX, o qual até o fim da vida foi insigne benfeitor e defensor dos irmãos e dos outros religiosos, especialmente dos pobres de Cristo. Por isso justamente se crê que tenha sido acolhido entre os santos.

CAPÍTULO XVII

Da morte santíssima do bem-aventurado Fran- cisco e como ele, dois anos antes, havia recebido os estigmas de nosso ,Senhor Jesus Cristo

68. Vinte anos após, desde o momento  em  que  se  havia conformado perfeitissimamente a Cristo seguindo a vida e as pegadas dos apóstolos, o homem apostólico Francisco,  no ano da encarnação do Senhor 1226, dia 4 de outubro, domingo, voltou a Cristo, tendo conseguido, após muitos trabalhos, o eterno descanso, e apresentou-se dignamente diante do Senhor. Um de seus discípulos, famoso por santidade, viu sua alma subir diretamente ao céu como uma estrela do tamanho da lua, e quase tão brilhante como o sol. Elevava-se sobre muitas águas e tinha por baixo uma nuvenzinha branca.  
Havia de fato trabalhado muito na vinha do Senhor, solícito e fervoroso nas orações, nos jejuns, nas vigílias, nas pregações e nas salutares peregrinações, no trato e na compaixão dos irmãos, e no desprezo de si mesmo, desde o início de sua conversão até seu trânsito para o Cristo, a quem amara de todo o coração, tendo sempre presente sua memória, louvando-o com os lábios e glorificando-o com obras frutuosas. Amava tanto a Deus que, ouvindo falar seu nome, consumia-se todo em seu íntimo e clamava publicamente que o céu e a terra deviam inclinar-se ao nome do Senhor.

Continua no informativo – Ano III -            JANEIRO DE 2012  -    09

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE DEZEMBRO

1 — B. Antonio Bonfadini, 1ª Ordem
2 — B. Carlos de Blois, 3ª Ordem.
3 — S. Donino, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
4 — B. Pedro de Sena, 3ª Ordem.
5 — S. Hugolino,   mártir   de  Ceuta, 1ª Ordem                   
6 — S. Samuel, mártir de Ceuta, 1ª Ordem
7 — S. Maria José Rosselo, 3ª Ordem.
8 — IMACULADA CONCEIÇÃO
9 — B. João Romano, 3ª Ordem, mártir no
        Japão
10 — B. Engelberto Kolland, 1ª Ordem, mártir
11 — B. Hugolino Magalotti, 3ª Ordem.
13 — B. Conrado de Ofida, 1ª Ordem.
14 — B. Bártolo de S. Gimignano, 3ª Ordem.
15 — B. Maria   Francisca   Schervier, 3ª Ordem
          Regular
17 — B. João   de   Montecorvino, 1ª Ordem, culto
          ainda não aprovado
22 — S. Francisca Xavier Cabrini, 3ª Ordem.
23 — B. Nicolau Fatore, 1ª Ordem.
25 — SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE
          JESUS
26 — B. Bentivólio de Bonis, 1ª Ordem.
29 — B. Gerardo de Valença, 1ª Ordem
30 — B. Margarida Colona, 2ª Ordem

REUNIÃO DE MINISTROS E VICE-MINISTROS NA VOT

Após a convocação por carta feita pelo Ministro Regional, irmão Helio Gouvêa, realizou-se nas dependências do auditório da VOT- RIO – Tijuca, no último dia 03 de dezembro, três eventos simultâneos ao longo do dia, iniciado com a celebração eucarística presidida pelo Assistente Regional, Frei Edcarlos Hoffman,OFMCap.
Eventos realizados:
a)      Capítulo Avaliativo do Regional Sudeste II da OFS.
b)      Reunião geral dos irmãos Ministros e Vice-Ministros do Regional p/discutir temas diversos e estabelecer o Calendário do Regional p/o ano de 2012.
c)      Encontro de Formadores dos quatro distritos sob a coordenação da nossa irmã Deise.
Por volta das 17:00 horas encerrou-se o festivo encontro com as longas despedidas franciscanas e votos de Feliz Natal.
Não pode ficar em branco a homenagem póstuma à nossa querida irmã Ana Maria Catarcione,OFS prestada pelo Ministro Helio, uma vez que ela fazia parte ativa do Conselho Regional (R.I.P. + 23/set/11).

FESTA DE SANTA ISABEL DA HUNGRIA

Comemoramos com alegria a festa de nossa padroeira Santa Isabel da Hungria no seu dia, 17 de novembro, como consta no calendário litúrgico da Família Franciscana. A missa foi às 18:00 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, celebrada pelo Frei Marcos,OFM, o qual deu ênfase à figura de Santa Isabel como mãe, esposa, duquesa, viúva, terceira franciscana e Santa. Ressaltou-lhe, em especial, a sua firmeza na dura caminhada, sem esperar outro auxílio senão a da providência divina.
A imagem de santa Isabel ficou em destaque, ornamentada com o carinho proverbial da nossa irmã Vera, sacristã da Paróquia, franciscana de coração. Esta imagem provinda de Munique, Alemanha há mais de 90 anos, foi restaurada neste ano pelo artista em restauro  o Sr. Paulo.

 No dia 20 de novembro, dia da reunião mensal da Fraternidade, Santa Isabel também foi comemorada pela  Fraternidade durante a reunião com a recitação do Jogral de Santa Isabel e depois na Santa Missa, celebrada pelo Assistente Frei Luiz Flavio A. Loureiro. Após a Santa Missa tivemos uma confraternização.