domingo, 31 de maio de 2015

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE MAIO DE 2015

Mês de Marta, Mãe do Redentor


Neste mês de maio, oferecemos um Especial sobre esta devoção mariana, indicando nas fontes franciscanas os textos que falam da Mãe de Deus. 
De Frei José Carlos Correa Pedroso, um mestre da espiritualidade franciscana, escolhemos "Maria em comunhão com a humanidade":
Segundo Frei José, o Fundador da Ordem dos Frades Menores fez de Maria a "Advogada da Ordem e pediu que os frades nunca abandonassem a Porciúncula, a casa de Nossa Senhora em que a Ordem nasceu".
O título deste Especial foi emprestado da Encíclica de João Paulo II, "Redemptoris Mater", sobre o significado que Maria tem no mistério de Cristo e sobre a sua presença ativa e exemplar na vida da Igreja.
O saudoso Ministro Geral, Frei Constantino Koser, ressalta que São Francisco não é apenas um santo muito devoto, muito afeiçoado à Mãe de Deus, mas é um dos santos em que a piedade mariana aparece numa floração original e singular, sem contudo se afastar, por pouco que seja, das linhas marcadas pela Igreja.
Frei Hugo Baggio observa que quem conhece os trabalhos do Vaticano II está ao par das tentativas de recuperar a mulher, seu papel e sua influência, e conseqüentemente dar-lhe um lugar de igualdade dentro dos parâmetros sociais. Esforço digno de nota de trazê-la da periferia para o centro da vida, embasando, assim, todo o movimento em prol da mulher desenvolvido nas últimas décadas, na tentativa de acabar com a discriminação. "Interessante observar que também neste particular Francisco de Assis deixou sua influência e agiu de forma concreta e prática", atesta o franciscano. A téologa Lina Boff assinala que a força da piedade popular levou a Igreja a proclamar o dogma da Imaculada Conceição.
Jesus Espeja diz que, como cristãos, temos motivos de sobra para celebrar Maria como "rainha e senhora", mas corremos o risco de esquecer a história daquela mulher simples que viveu num pequeno povoado de uma região periférica no mundo daquele tempo. Maria de Nazaré é alguém de nossa raça. Como os demais seres humanos, nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico, político e cultural.
Um texto da Campanha da Fraternidade de 1990 lembra que o livro do Gênesis denunciava Eva como causa do pecado original, colocando sobre todo o sexo feminino um fardo difícil de carregar, e que Maria é proclamada bem-aventurada, imaculada, sem pecado.
Fonte: ofsabaete.blogspot.com.br/2011/05/especial-mes-de-maria-mae-do-redentor.html

Os franciscanos na Liturgia e na 
Piedade popular (Parte I)
Continuação
 Cleiton Robsonn.

A Liturgia das Horas, entre os Capuchinhos, mas não entre os Menores nem entre os Conventuais, não era cantada com pautas gregorianas, mas em reto tom. Também comemoram, após as Completas, todos os dias, a Imaculada Conceição, São Francisco e Santo Antônio.
Todavia, essas particularidades litúrgicas franciscanas foram postas de lado quando todos os ramos da Ordem aderiram à reforma litúrgica de Paulo VI. O rito romano, que já era adotado, como vimos, ao ser reformado, continuou a ser observado. Mas se o rito romano anterior à reforma, entre os franciscanos, tinha certa adaptação, autorizada por Roma, o novo rito romano, de Paulo VI, pós-conciliar, não conservou essas particularidades.
Assim, o rito romano tradicional sofria certas derrogações na família franciscana, porém, com a reforma posterior ao Concílio Vaticano II, esse rito romano moderno passou a não mais contemplar tais variações.
Contudo, com o Motu Proprio Summorum Pontificum, de Bento XVI, dando liberação universal para os padres celebrarem o rito romano na forma tradicional – chamada pelo Papa de “forma extraordinária”, em contraponto à “forma ordinária” que é o rito romano moderno, pós-conciliar, levanta-se a questão da OFMConv, da OFM e da OFMCap. usarem suas particularidades quando celebram o rito antigo. Desse modo, um padre franciscano poderia utilizar a forma ordinária, a que está acostumado, vigente entre todos os padres latinos, contudo, se quiser utilizar a forma extraordinária, a “Missa tridentina”, cuidará de observar suas particularidades. Por exemplo, um padre capuchinho, celebrando a forma ordinária, seguirá o rito normal do Missal Romano, mas celebrando a forma extraordinária, seguirá o rito do Missal Romano-Seráfico, com a inserção do nome de São Francisco no Confiteor.
Outra questão que se poderia levantar, e isso mesmo antes do Summorum Pontificum, é a observância de certos costumes que não estavam nas rubricas e eram autorizados por Roma porque não feriam a unidade substancial do rito romano, como o celebrar descalços e o uso do amito na cabeça no lugar do barrete. Como o uso do barrete é facultativo no rito moderno, nada impede que se use um amito maior e cobrindo a cabeça, aliás, como era na Idade Média, dado que tal paramento era bem maior do que o que encontramos hoje. O celebrar descalços não pede autorização alguma, pois rubrica alguma determina o uso de tal ou qual sapato, além dessa ser uma tradição centenária da Ordem, que foi restaurada por certos grupos de espiritualidade franciscana não ligados à Ordem – como os Filhos da Pobreza e do Santíssimo Sacramento (Toca de Assis), os Franciscanos da Imaculada, os Franciscanos da Renovação. dentre outros.

Caminhada ecológica pede preservação da Mata

Cláudio Santos, OFS

Muita alegria e disposição para caminhar marcaram a XVI Caminhada Ecológica Franciscana Paty-Petrópolis que reuniu mais de quinhentas pessoas no último sábado (02/5). A caminhada já se tornou tradicional para os que lutam em defesa da vida no planeta e por uma cultura de paz, e, também para os amantes da natureza e de uma boa caminhada.
Anualmente, o evento é promovido pelo Instituto Teológico Franciscano e pela Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, e pela Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Paty do Alferes, cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro. A caminhada também conta com a participação de outras fraternidades e pessoas interessadas na temática ambiental.
O evento engloba duas caminhadas, cujos participantes, vindos de Paty do Alferes e de Petrópolis, se encontram no alto da Reserva Biológica do Tinguá, no conjunto da Serra dos Órgãos. A reserva se estende por uma área de 26 mil hectares e abrange seis municípios. Em 1997, a reserva foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco e está incluída na reserva da biosfera da Mata Atlântica.
A caminhada é uma rica experiência fraterna que tem como objetivo despertar a consciência ambiental dos participantes e proporcionar um maior contato com as belezas naturais da região através de reflexões sobre a obra da Criação. Outro objetivo é mostrar para as crianças e para os jovens a importância de se refletir sobre as possibilidades de aliar desenvolvimento e preservação ambiental para que as futuras gerações tenham hábitos saudáveis e reconheçam o meio ambiente como um espaço comum a todos.
A caminhada é realizada percorrendo a Estrada do Facão, antiga Estrada do Imperador, famosa por sua vegetação e fauna exuberantes e de rara beleza. São percorridos cerca de catorze quilômetros de caminhada entre ida e volta. Durante o percurso são feitas algumas paradas para descanso e momentos de reflexão sobre temas relacionados ao meio ambiente.
Além do tema da Campanha da Fraternidade 2015, os organizadores da caminhada destacaram o esforço da família franciscana em promover uma cultura de não violência, de respeito à dignidade humana e de valorização da vida que foram refletidas longo do caminho. As fraternidades franciscanas seculares do Regional Sudeste II e os frades menores das paróquias da Imaculada Conceição do Brasil, de Paty do Alferes, e Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, fizeram memória da irmã Sandra Guedes, paroquiana de Petrópolis, falecida este mês, e que deixou um grande exemplo de incentivo à caminhada franciscana e de respeito pela obra da Criação.

Fraternidade comemora seus 118 anos 


Neste dia 30 de maio próximo, a fraternidade de petrópolis se rejubila com os 118 anos de sua fundação.
Louvamos e agradecemos a Deus por cada irmão que já passou por esta fraternidade e muitos deles estão hoje na fraternidade celeste e os que aqui ainda se encontram ajudando a manter unida esta belíssima fraternidade.
Sua fundação se deu graças ao esforço de nosso saudoso Frei Ciriaco Hielscher, OFM, que um ano antes chegara à cidade para iniciar sua apostolar atividade. Constitui ela assim um dos mais antigos sodalícios criados após a restauração da Província, sendo precedida em antiguidade apenas pelo de Blumenau (1894) e o de Rodeio (1896)
Logo no ano da chegada dos primeiros franciscanos a Petrópolis, em 26 de novembro de 1896, Frei Ciriaco Hielscher, OFM, pregava com frequência sobre os benefícios da então Ordem Terceira. Explicava aos católicos que lhe procuravam com o intuito de conhecer melhor o seu intento, sobre sua iniciativa, pontos importantes da Regra e lhe distribuía exemplares do Manual da Ordem Terceira. Diversas foram as reuniões até que em 30 de maio de 1897 realizou-se, na igreja do Sagrado Coração de Jesus a primeira vestição franciscana. A mesma foi presidida pelo fundador e acolitada por Frei Inacio Hinte e Frei Filipe Niggemeier, então jovens estudades franciscanos que acompanharam as reuniões até então.
Segundo a revista franciscana de então, cito a “Eco-Serafico” de 1947 todos os meses entravam novos candidatos e os frades estudantes mencionados acima, colaboravam com a acolhida dos mesmos.
Frei Ciriaco, propositalmente escolhera a data do dia 30 de maio para a vestição dos primeiros franciscanos seculares e fundação da fraternidade em alusão ao dia 30 de maio de 1883 em que o Papa Leão XIII, publicara sua constituição de reforma e atualização da Ordem III para os tempos presentes.
Pedro Delveaux, foi o primeiro ministro de nossa Fraternidade. Sendo ele pedreiro, foi o construtor do convento primitivo, reformou a Igreja, remodelou a torre e lhe aplicou o relógio com 4 mostradores que até hoje podemos apreciar. Dispondo de conhecimentos musicas, foi sob sua direção que funcionou o primeiro grupo de cantores para abrilhantar as reuniões mensais. A classe operaria que se encontrava sem assistencia social alguma, comovia-o. lançou, por isso, a iniciativa da primeira associação de operarios católicos da cidade, a qual chegou a belo desenvolvimento, contendo varias secçoes de atividade como de canto, banda musical, de recreação de assistencia e principalmente de uma cooperativa de secos e molhados. Apresenta seu exercicio na Ordem III o período de sementeira e de arregimentação.
Nos próximos boletins, iremos contemplar um pouco da atuação dos demais 4 primeiros ministros da fraternidade que são o Sr. João Deister Sobrinho, o Sr, desembargador João Pedro de Saboia Bandeira de Melo, Dr, Abelardo Bueno de Carvalho, e D. Maria Barreiro Costa.

Extraido da revista Eco Serafico, Junho de 1947,
                                                                                                                                ofssagradopetropolis.blogspot.com.br/p/historia-                                                                                                                                  da-fraternidade


CURSO BÁSICO DO CARISMA FRANCISCANO – CBCMF

“CLARA E FRANCISCO INICIAM UM MOVIMENTO”

Até Hoje, o movimento franciscano tem uma tarefa a cumprir na Igreja e no mundo. Em que consiste exatamente essa tarefa do movimento franciscano? Onde é que se situa dentro da Igreja? Qual o seu significado para o mundo, e vice-versa: do mundo em relação a ele?

·        EXAME DE CONSCIÊNCIA FRANCISCANO PARA ESTE MÊS:
                                       (Responda só para você)

1)     Eu sei, DE FATO, o que é ser franciscano/a?
2)     Fui bem formado ( e informado) sobre isso?
3)     Será que após tantos anos de Profissão feita tenho clareza total sobre o passo que dei?
4)     O que isso mudou em mim?
5)     Não serei eu (por acaso)? mero/a admirador/a de São Francisco, sem saber a fundo quem ele foi e é ainda na Igreja, no mundo e na minha vida pessoal?
6)     O que você, minha irmã, meu irmão faz durante o mês na sua vida pessoal que a/o torna interessante na missão franciscana?
7)     Quantas biografias (vidas) de São Francisco e Santa Clara você lê durante um (01) ano? Quem era mais velho em idade: Francisco ou Clara? Quantos anos?
8)      Seriamente responda à sua consciência: “Eu vivo de fato o Evangelho nos doze meses do ano; lendo, relendo, meditando, ensinando, praticando, comparando os textos, achando Jesus em cada palavra ou versículo?”
9)     Desde o seu acordar diário até o seu adormecer em paz, quanto tempo você dedica à leitura da Palavra de Deus e à sua reflexão/meditação? Você já leu o livro de Tobias?
10) Você é daquelas/es que gostam de ler só o “Evangelho dos preguiçosos” (isto é, de São Marcos, porque é o mais curto: 16 capítulos)? ou só lê o “Salmos do Cansados” ( Sl 116, porque só tem dois (2) versículos)? Francisco não era assim.
11) Na hora da sua morte qual dos quatro relatos da Paixão, Francisco pediu que lhe fosse lido? E por quê?
12) Você tem vergonha de usar sobre o peito o “TAU” ou a cruz de São Damião? Você tem vergonha disto? Se a sua resposta for sim não procure se justificar, procure melhor entender. Isto também é missão. Não tenha vergonha disto:
assuma. Leia com muita atenção, várias vezes, a carta de São Paulo aos Gálatas. São apenas seis (06) capítulos. Leia com muito amor!


A Formação.



quarta-feira, 20 de maio de 2015

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16,15 HORAS DO DIA 02 DE MAIO DE 2015 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS



FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS


RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofspetro@ig.com.br
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano VI  MAIO DE 2015 -  Nº  11

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA ROSA DE VITERBO

Padroeira da Juventude Franciscana – JUFRA

CAPÍTULO   X

UM DIA DE FESTA   (Continuação)

            Ela, a Doçura, amaria os desgraçados e infelizes; ela, a Pureza, inclinar-se-ia sobre os pecadores. Mas os pecadores não lhe veriam o semblante; somente aos puros seria dado contemplá-lo. Porque a pureza não pode senão ter predileção pela brancura.
            As crianças de Viterbo invocam-na sob o título Santa Maria in Poggio, no seu santuário de Nossa Senhora do Outeiro. E em todas as igrejas, na de São João Batista, de São Francisco, de São Lourenço, de São Xisto, um artista havia se esforçado por reproduzir sua beleza, mas foram tentativas infrutíferas e incapazes de concretizar seu grande sonho. Em Viterbo, como nos demais lugares, diante das ima­gens, os fiéis quedavam-se de olhos fechados para sonhar com esta Luz.
            23 de Julho de 1247. Pesado silêncio reina no apo­sento, onde agoniza uma jovem. As vizinhas pene­tram no quarto de Rosa, enferma há 15 meses, como o haviam previsto seus pais. No momento, jaz inconsciente, respirando com dificuldade. Sôbre ela poder-se-iam recitar as preces pelos moribundos. De súbi­to, abre os olhos, ergue-se precipitadamente e cai de joelhos. Tôdas as mulheres lhe imitam o gesto, pois ela pronunciou um nome:

            —   A  Rainha  dos  Anjos...
             A noite caía sobre a campina embalsamada. Os últimos raios da tarde beijavam as colinas recamadas de zimbro, de tojo e almecegueira de ramagem densa.
            Neste momento, não cantavam as cigarras nas ár­vores, nem o grilo no capim. De quando em vez, o grito de um beberrão atravessava alguma janela aberta.
            Os homens continuavam a jogar dados, a banque­tear-se, a contar as moedas de ouro e de prata. As mulheres encerravam no escrínio uma nova jóia.
            Dia de dor para alguns, dia de festa para outros.
            Na mais pobre habitação de Viterbo, uma jovem ajoe­lhada, os grandes olhos abertos, jaz imóvel, insensí­vel, muda.
            Quando a filha saiu do êxtase, Catarina quis in­terrogá-la; mas ela estava deslumbrada, incapaz de bal­buciar. Mas não podia conservar totalmente o segrêdo, pois recebera ordens. E era necessário transmi­ti-las.
            Vestida de branco, deslumbrante, ornada com ouro e pedrarias, em meio a um cortejo de virgens sorri­dentes, assim se apresentara a Rainha do Céu:
            —   Eu sou a Rosa sem mancha.
            Seiscentos anos após, faria ela idêntica declaração a uma menina:
            —  Eu sou a Imaculada Conceição.    Neste dia 23 de Junho ela prosseguiu: 
            —  Eu sou a flor de eterno perfume, a haste onde desabrochou   o  mais  formoso  lírio.
            A Virgem empregava palavras que os poetas da época lhe referiam:
            Alvo  Lírio   da  Trindade.
            Rosa cintilante que aformoseia o céu — exclamaria mais tarde Matilde de Hackeborn.
            Acompanhada das virgens celestes, viera a Soberana trazer saúde à criança enferma e confiar-lhe sua mis­são:
—   Põe  trajes  festivos  e visita  as  igrejas   de São João Batista e de meu fiel servidor Francisco. Faze, com algumas mulheres piedosas, uma romaria ao meu santuário de Santa Maria do Outeiro. Após a missa so­lene, trocarás as vestes mundanas pelo hábito da Or­dem III  da Penitência e cingir-te-ás com a corda do teu jumentinho.
            Detalhe encantador, em que Nossa Senhora se mos­tra bem franciscana. O Poverello não teria agido di­versamente. E com sua voz maviosa, que Rosa dese­jaria ouvir continuamente, prossegue:
            —   Celebrados  os   esponsais   e  entoado   o  cântico do Espôso, voltarás à   tua cela à espera da   voz de Deus. Quando ela soar, irás pelas ruas da cidade pre­gar a penitência com zêlo e ardor, sem esmorecimento.
            E' sempre a mesma a mensagem que a Virgem trans­mite às suas crianças: Penitência! Penitência! Peni­tência! e exclamará em Lourdes, como um eco das pa­lavras pronunciadas, dois anos antes, em La Sallete.  Mas no dia 23 de Junho de 1247, acrescentava uma ordem que deveria parecer extraordinária a uma me­nina de 12 anos:
            —  Confundirás a heresia e pelejarás contra os ini­migos da Igreja.
            Rosa não estremece, nem dá sinal de protesto; ape­nas tem um desejo: permanecer eternamente, de joe­lhos, diante da Rainha.
            —  E se teu proceder despertar a mofa a atrair sô­bre ti insultos e perseguições, quer da parte dos teus pais,  quer  de  teus  concidadãos  ou  estrangeiros,  su­porta  tudo  com  resignação.  Estes sofrimentos  serão para ti fonte de merecimentos e de recompensa eter­na. Os que te auxiliarem alcançarão a graça de Deus e a alegria do céu, mas os que te contradisserem e combaterem   tornar-se-ão réus de tremendos castigos.
            E assim dizendo, a Virgem desaparecia.

CAPÍTULO XI

A   TERCIÁRIA
    
                                                     "A Ordem IIIª se destina aos padres e aos leigos, às virgens e às viúvas                                                         e às pessoas casadas. A missão dos irmãos e irmãs desta Ordem é viver                                                       honestamente em seu lar, dedi­car-se às obras pias e fugir da vida                                                                 munda­na..." (Bernardo de Besse —  Analecta Franciscana, III, 686).

            No dia seguinte, 24 de Junho, uma multidão se aglomerava à porta de João e Catarina. Já se divul­gara a notícia de que a agonizante fora miraculosa­mente curada e que uma cerimônia magnífica se es­tava preparando.
            À aparição de Rosa, com vestes brancas e coroa­da de flores, um murmúrio de admiração ergueu-se da turba.
            Caminhava com olhos baixos, sem se preocupar com as figuras da terra, uma vez que vira as do céu, e alheia aos cochichos simplórios dos que a cercavam:
            — Para onde dirigirá seus passos? À igreja? A qual delas? À de Santa Maria ou de São João? O que estará acontecendo? Quem lhe terá emprestado estes vestidos? Dona Zita? E estes adornos? E esses sapatinhos brancos? Que maravilha!...
            Após a visita à igreja de São João, Rosa dirigiu-se à igreja dos Franciscanos, no castelo do Santo Anjo, regressando finalmente à sua paróquia, Santa Maria in Poggio.
Continua no informativo – Ano VI -            JUNHO DE 2015  -  Nº  12


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE MAIO

1 — B. Juliano de Istria,  1ª Ordem
2 — B. Vivaldo de S. Gimignano,  3ª Ordem.
3 — B. Petronila de Troyes, 2ª Ordem.
4 — B. Ladislau de Gielnow, 1ª Ordem.
5 — B. Benvenuto de Recanati, 1ª Ordem.
6 — B. Bartolomeu de Montepulciano, 1ª Ordem
7 — B. Maria de Santa Natália, 3ª Ordem
        Regular, mártir da China
9 — S. Catarina de Bolonha, 2ª Ordem.
10 — B. Félix de Nicósia, 1ª Ordem.
11 — S. Inácio de Laconi, 1ª Ordem.
12 — B. João de Cetina, 1ª Ordem, mártir
13 — B. Pedro de Duenas,  1ª Ordem, mártir
14 — B. Crispim de Viterbo, 1ª Ordem.
15 —  B. Humiliana Cerchi, 3ª Ordem.
16 — S. Margarida   de   Cortona, 3ª Ordem.
17 — S. Pascoal de Bailão,  1ª Ordem.
18 — S. Félix de Cantalício, 1ª Ordem.
19 — S. Teófilo da Corte
20 — S. Bernardino de Sena, 1ª Ordem.
21 — S. Ivo de Bretanha, 3ª Ordem.
22 — B. João Forest, 1ª Ordem, mártir
23 — B. João de Prado, 1ª Ordem, mártir
24 — DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE S. FRANCISCO EM ASSIS
25 — B. Gerardo   de   Vilamagna, 3ª Ordem.
26 — B. Estêvão de  Narbona, 1ª Ordem, mártir
27 — B. Raimundo de Carbona, 1ª Ordem, Mártir
28 — S. Maria Ana de Jesus Paredes, 3ª Ordem
29 — B. Herculano de Piegaro, 1ª Ordem.
30 — B. Camila Baptista Varano, 2ª Ordem.
31 — S. Fernando III,Rei de Castela, 3ª Ordem