FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano IX SETEMBRO DE 2017 - Nº 03
SANTO ANTONIO
Frei Hugo D. Baggio,OFM
9 — FREI ANTÔNIO DE LISBOA
Numa
bela manhã do ano de 1220, em fins de junho ou de julho,
os frades franciscanos desceram de seu conventinho dos Olivais e vieram ao
Mosteiro de S. Cruz. Era um dia importante para eles, pois iam agregar à Ordem
um membro destacado da raça portuguesa, que se tornaria um luzeiro da Ordem
em todo o mundo. O pequeno grupo de franciscanos foi recebido pelo Cônego D.
Fernando que os conduziu à igreja e ali, em cerimônia simples, ele despiu o
hábito branco e de largas pregas da Ordem de S. Agostinho e vestiu o humilde
hábito marrom de S. Francisco e se deixou cingir por rude corda. Trocou os
sapatos por sandálias e adaptou os cabelos ao corte dos franciscanos.
Para
completar a transformação externa — porque a interna
já se operara — trocou o nome de D. Fernando pelo de FREI ANTÔNIO. E como, na
época, era costume acrescentar ao nome de Ordem o nome do local de nascimento,
seu nome completo ficou sendo: Frei Antônio de Lisboa. Contam seus biógrafos que na hora da despedida, um dos companheiros do Mosteiro lhe
teria dito, em sinal de saudação e despedida:
— Vai, vai que hás de ser um santo!
— Quando ouvires contar que o sou — respondeu o novo frade — darás
graças ao Senhor Deus.
E com
os frades partiu para o Convento dos Olivais e com eles partilhou do sossego e
do silêncio que povoavam a ermidinha e seus
arredores, tomando parte no seu dia-a-dia, franciscanamente simples:
"ocupava-se cada um no ofício que aprendera antes de ser frade, desde que
tal ofício não trouxesse perigos à alma ou empecilhos à virtude. Saíam aos
campos a ajudar no granjeio das terras e nas fainas das colheitas..." E
rezavam, e cuidavam dos doentes e pregavam o Evangelho. E Antônio com eles. .
.
10 — FASCÍNIO DA ÁFRICA
Ao que
tudo indica, a estadia nos Olivais foi breve, pois Frei Antônio estava preparado e não precisava de estudos ou provações para ser
admitido definitivamente à Ordem. Assim, já no outono de 1220, começava a
realizar seu mais ardente desejo: ir às terras pagãs da África. Acompanhado de
Frei Filipino — pois a Regra de Francisco mandava que os frades fossem pelo
mundo dois a dois — desceu de Coimbra até Lisboa, a pé, esmolando pelo
caminho, hospe-dando-se onde houvesse um lugar que lhes parecesse casa aberta
do Pai.
Podemos
imaginar o ardor de Frei Antônio: português com ideais de conquistas cristãs da época e franciscano
fascinado pelo zelo apostólico de Francisco de Assis. Ia para morrer, sim, caso
essa fosse a santa vontade do Pai, mas ia também cheio de vida e oferecia toda
esta sua vitalidade para plantar cristandades, em terras onde o paganismo
escravizava as almas. Sentia-se conquistador e libertador. E dentro deste
dinamismo chegou a Lisboa, importante porto da época, de onde, saindo do
velho Tejo, navios de velas ao vento buscavam os principais portos conhecidos no mundo de então. Ali embarcou num navio de mercadores e buscou as
costas da África.
Não nos guardou nenhum relato o nome do porto, nas costas de Marrocos,
onde Frei Antônio e seu companheiro aportaram. Sabemos tão-somente, que foi
acometido, logo à chegada, por violenta febre que o prostrou, impedindo-o de
dar início à missão. Ali passou os dias de inverno. Assim, logo na entrada seus
castelos foram desfeitos pela doença. Quando a primavera baixou naquelas
terras, Frei Antônio e Frei Filipino retomaram um navio que os levaria, de
volta, à terra natal. Perceberam que Deus estava querendo outra coisa. Não
sabiam, porém, o quê. . .
11 — O VENTO SOPRA PARA ONDE QUER
Tanto
a tripulação do navio quanto Frei Antônio embarcaram
rumo a Portugal, mas uma tempestade os surpreendeu no Mar Mediterrâneo e os
jogou a todos nas costas da Sicília, ilha ao sul da Itália, completamente fora
do roteiro humano, mas totalmente dentro do roteiro divino. Na cidade de Messina,
os Monges de S. Basílio haviam cedido uma ermida a um grupo de frades que levavam
ali a vida nos moldes de S. Francisco de Assis. Foi para junto deles que Frei
Antônio se refugiou.
Extenuado
pela doença, cansado pela penosa viagem por mar, estava
necessitado de repouso e tratamento. Foi isso que os confrades de Messina lhe
ofereceram. O carinho dos irmãos, a calma e a paz do ambiente, os bons ares da
ilha, que recebiam os eflúvios quase da saudosa África não muito distante,
restituíram-lhe as forças e as energias e despertaram-lhe o ardor. Mas, que
fazer agora, se a tempestade destroçara seus planos? Deus lhe deu a resposta
na voz dos acontecimentos.
Nesta
altura, chegou a alegre nova do regresso de Frei Francisco do Oriente, onde
muitos o acreditavam já morto às mãos dos
sarracenos, ou à mercê de algum naufrágio. E mais: vendo o estado em que estava
a sua Ordem, resolvera convocar uma grande reunião, em Assis, nas próximas festividades de Pentecostes, a fim de poder
contactar com o maior número possível de irmãos, para reanimá-los,
restaurá-los e recolocá-los nas sendas uríssimas do Evangelho, assim como o
Senhor lho revelara.
De
todo o mundo os frades se movimen-taram. Também da Sicília. Frei Antônio nada revelara de seu passado. Nada contara
ainda se seus sonhos malogrados. Viu, porém, que Deus lhe oferecia uma
magnífica oportunidade de encontrar-se com o Fundador dos Menores- Francisco de
Assis. .
Continua no informativo – Ano IX - OUTUBRO DE 2017 -
Nº 04
SANTOS FRANCISCANOS
MES DE SETEMBRO
1 — B. João
Francisco Burté, 1ª Ordem, mártir
2 —
B. Severino Jorge Girault,3ª Ordem, Mártir
3 — B. Apolinário de Posat, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Rosa de Viterbo, 3ª Ordem.
5 — B. Gentil
de Matelica, 1ª Ordem, mártir.
6 — B. Liberato de Loro
Piceno, 1ª Ordem.
7 — B. Peregrino de Falerone, 1ª Ordem.
8 — B. Serafina Sforza, 2ª Ordem.
9 — B. Jerônimo Torres,1ª Ordem, mártir no Japão.
10 — B. Apolinário
Franco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
11 — B. Boaventura de
Barcelona, 1ª Ordem.
12 — B. Francisco de Calderola, 1ª Ordem.
13 — B. Gabriel da Madalena, 1 ª Ordem, mártir no Japão.
14 — B. Ludovico
Sasanda, 1ª Ordem, mártir no Japão.
15 — B. Antonio de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
16 — B. Antonio de S.Francisco, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
17 — ESTIGMAS DE
S. FRANCISCO DE ASSIS (1224)
18 — S. José de Cupertino, 1ª Ordem.
19 — B. Francisco de Santa Maria, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
20 — S. Francisco Maria de Camporosso,1ª Ordem
21 — B. Delfina de
Glandeves, 3ª Ordem.
22 — B. Inácio de Santhiá, 1ª Ordem.
23 — BB. Francisco
Hubyoe, Caio liyemon
Liyemon,
Tomás linemon, Leão Satzuma
e Luís Matzuo, 3ª Ordem, mártires no Japão.
24 — S. Pacífico de S. Severino, 1ª Ordem.
25 — B. Lúcia
de Caltagirone, 3ª Ordem.
26 — S. Elzeário de Sabran, 3ª Ordem.
27 — B. Luís Guanela, 3ª Ordem.
28 — B. Bernardino de Feltro, 1ª Ordem.
29 — B. João Dukla, 1ª Ordem.
30 — B. Félix Meda de Milão, 2ª Ordem