terça-feira, 18 de junho de 2013

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE JUNHO DE 2013

RAIMUNDO LULO

Raimundo Lulo nasceu por volta de 1235 em Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares. Nascido no seio de uma família abastada, Raimundo consagrou toda a sua fortuna ― quando seus pais faleceram ― à evangelização.
Efectivamente, inflamado do zelo das almas, entrou na Ordem Franciscana Secular, tratou da fundação de um colégio onde vieram estudar os futuros missionários, os quais ali aprendiam as línguas árabe e hebraica, visto que estes numerosos “estudantes” eram destinados à propagação da fé cristã nos países muçulmanos e em Israel.
Homem de grande cultura, considerado por muitos como “um dos maiores génios da Idade Média, e sem dúvida o espírito mais original do seu tempo”, Raimundo Lulo viajou muito e encontrou-se mesmo, durante a sua vida com três Papas, para solicitar o apoio destes às suas iniciativas que nem sempre foram das mais felizes.
Escreveu sobre quase todas as disciplinas humanas, sendo alcunhado “doutor iluminado”. A sua produção imensa inclui obras de teologia, filosofia, ciência e pedagogia, romances filosóficos, poemas líricos e místicos da maior beleza. Foram-lhe atribuídos tratados de magia e alquimia que não lhe pertencem, segundo alguns historiadores que tratam da Idade Média.
Em 1311, assim resumia ele a sua vida: «Fui casado, tive filhos, fui rico, gostei do mundo e dos prazeres. Depois tudo deixei pela glória de Deus, pelo bem dos meus irmãos, e com vista na propagação da verdadeira fé. Aprendi o árabe e muitas vezes fui à terra dos Sarracenos. Pela minha fé fui flagelado e encarcerado. Durante 45 anos procurei interessar os chefes da Igreja e os príncipes cristãos no bem público. Agora que sou velho e pobre, o meu ideal é sempre o mesmo e tal se manterá até à minha morte».
No fim da sua vida, quando já contava 80 anos, viajou para a Bugia, na África, ali foi encarcerado e, ele que muitas vezes procurado o martírio, os Mouros lapidaram-no e deixaram-no por morto na praça. Recolhido quase exânime, por um navio, expirou quando aportava à ilha de Maiorca, aos 29 de Junho de 1315.
Afonso Rocha

CONTRIBUIÇÃO  FINANCEIRA 

Embora o catecismo da Igreja Católica tenha exposto de forma diversa o quinto mandamento da Igreja, a forma autêntica é a redação do Código de Direito Canônico: "Os fiéis têm a obrigação de prover às necessidades da Igreja, de forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade e para a honesta sustentação dos seus ministros" (cânon 222 § 1o e cânon 1261).
Diversas vezes ele nos é citado nos textos sagrados e nos foi herdado do povo israelita, nossos irmãos mais velhos na fé. Porém sempre teve a mesma finalidade citada acima: “Prover às necessidades da igreja”, de que forma?
1.        “De forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino” – Como é salutar e agradável uma celebração bem ornamentada, com todo o material litúrgico bem organizado e limpo, bonito. São Francisco com toda a ausência de vaidade que carregava em sua mente reclama na sua Carta aos Clérigos a falta de selo com o material litúrgico, reclama a má qualidade dos corporais, os cálices e as toalhas que se sacrifica o Corpo de Cristo.
2.        “As obras de apostolado e de caridade” – O dizimo deve ser uma oferta generosa de acordo com aquilo que cada irmão recebe. Se na comunidade tem aqueles que deixam de colaborar, deveria-se voltar o olhar para determinados irmãos com mais carinho e menos julgamentos pois, se o irmão esta “endividado com a igreja” acumulando mensalidades de dizimo, será que em sua casa esta passando por dificuldade financeira? Não deveríamos procurar saber se tais irmãos precisam de ajuda é para este fim que nossa contribuição do dizimo deve se direcionar, a caridade para com os mais necessitados de nossa própria comunidade e estes irmãos revigorados de suas necessidades podendo voltar-se com mais vigor ao apostolado com suas contribuições financeiras e com os recursos somados do dizimo atender a outras necessidades urgentes da sociedade.  
3.        “E a honesta sustentação de seus ministros” – o que a de mais justo que, aquele que deixou casa, possibilidade de um matrimonio, optou pelo celibato, pai, mãe, perspectiva de uma profissão para o Ministério da palavra receber sua paga pelo dizimo dos irmãos.
Não nos esqueçamos, aquele que iluminado pelo Espírito do Senhor, abraçou a forma de vida franciscana secular, entrou para uma instituição que tem obrigações financeiras para os mesmos fins dos itens dois e três, quando um irmão deixa de pagar o seu dizimo, a fraternidade esta obrigado a suprir o dizimo do mesmo para a ajuda às despesas do regional, e o regional do nacional, e o nacional do internacional. É justo que mantenhamos em dia nossas mensalidades e os nossos dízimos para o bem da fraternidade que a mesma faz bem para sociedade e, nisto acreditamos e por isso estamos aqui.
Paz e Bem!

Aconteceu em nossa fraternidade!!! 

I Encontro Fraterno Franciscano - "uma pequena catequese joanina

No dia 1º de maio corrente, Da 8h30 às 17h30, pequeno grupo de irmãs e irmãos da nossa Fraternidade, reuniu-se para refletir em conjunto sobre o Evangelho de São João, o Teólogo. Na simplicidade da alegria fraterna não vimos o dia passar, tão ligados estávamos no aprofundamento do conhecimento da PESSOA do autor do IV Evangelho. Éramos quatorze ao todo, sendo que três não pertencem a OFS, mas amam João e Francisco. Houve cantos, orações, partilha generosa do pão da palavra e do pão da mesa. O tema central foi uma catequese joanina em seus elementos fundamentais. Ano da Fé, ano da Jornada Mundial da Juventude. Sim estava tudo de acordo com os ideais do Papa! São João era o Apóstolo mais novo dentre os doze, nos ensina a Tradição. Faremos mais três ou quatro encontro encontros na Fraternidade, ainda neste ano, com o apoio do Conselho e da nossa Irmã Ministra, Maria Aparecida Oliveira da Silva,ofs, mãe do nosso estimado Frei Gilmar,ofm, digno Reitor do Santuário de Santo Antonio, no Largo da carioca _ Rio de janeiro, e Assistente espiritual da Fraternidade local da OFS-RJ.
Paz e Bem!
Ir. Luiz Alberto Vianna, ofs. 


Aniversário de Nossa Fraternidade e festa das Mães
Dia 19 de maio, dia em que os irmãos da OFS se reuniram vindos de diversos bairros de nossa cidade, juntamente com a comemoração dos 116 anos da fundação da sede de nossa Fraternidade e o Pentecostes, comemorou-se também como tradicionalmente se faz o dia das mães civilmente comemorado no 2º domingo dia 12.
A homenageada deste ano foi a nossa irmã Nair de Jesus Medas Almeida, moradora do bairro Mauá, Quitandinha.
Professa desde 12/10/1980, frequenta as nossas reuniões e eventos com assiduidade e, tem dado significativa contribuição montando periodicamente o bazar em nossa sede e durante todo ano contribui todas as quartas e sextas junto com outras irmãs professas e voluntarias no setor de costuras fazendo roupinhas para bebê que é vendido a preços bem acessível as pessoas mais carentes que procuram em nossa fraternidade proporcionando o bem estar de estar adquirindo o que necessitam a custo de seu dinheiro pois, como dizia em sua musica o velho Gonzagão: Uma esmola seu douto para um homem que é são ou lhe mata de vergonha ou vicia o coração”.
  

Regional da ffb do ES/RJ elege nova coordenação

Por Cláudio Santos, especial para este site
O Regional RJ/ES da Família Franciscana do Brasil (FFB) realizou, no último domingo, no Colégio Santo Antônio, em Duque de Caxias (RJ) a sua assembleia eletiva. A FFB tem como objetivo desenvolver e incentivar a vivência e anúncio do Evangelho; promover a reflexão sobre a vida franciscana e seu carisma, bem como sua presença e atuação na Igreja e no mundo de hoje; estimular o conhecimento, a comunicação e a comunhão entre os diversos ramos e membros da Família Franciscana; prestar assistência espiritual franciscana aos seus membros e colaborar com entidades congêneres na linha dos ideais de Francisco e Clara de Assis; e colocar-se a serviço da justiça, paz e ecologia, promovendo e valorizando a vida onde ela se encontra mais ameaçada.
A assembleia foi marcada pela alegria própria do carisma franciscano e pela partilha fraterna entre os diversos ramos da frondosa família que se fizeram presentes em mais essa etapa da vida fraterna. O vice-ministro regional da Ordem Franciscana Secular (OFS) abriu a assembleia dizendo que o Regional RJ/ES vive um momento especial, pois está em processo de rearticulação e a realização da assembleia é uma prova desse esforço da FFB.
Durante a assembleia, os participantes refletiram sobre a necessidade da sociedade e da Igreja apoiarem a juventude e estimular o protagonismo juvenil que é estimulado pela Campanha da Fraternidade 2012 que tem como tema ‘Fraternidade e Juventude’ e como lema ‘Eis-me aqui, envia-me!’. O secretário fraterno da Jufra, Márcio Bernardo Ramos, realçou a necessidade de um esforço para que conheçamos a realidade da juventude, seu comportamento e cultura para que se sintam verdadeiramente acolhidos e conquistem mais espaço na sociedade e na Igreja.
O irmão Márcio enalteceu o trabalho feito com a mini-Jufra pela OFS em Nilópolis e Duque de Caxias são exemplos a serem seguidos pelas fraternidades, pois abrem um campo profícuo para o trabalho com os adolescentes, jovens e suas famílias. O jufrista encerrou sua reflexão destacando que toda a Família Franciscana deve se mobilizar para acolher os jovens de todo o mundo não só durante a Jornada Mundial da Juventude.
O encontro foi encerrado com a Santa Missa celebrada pelo frei Edcarlos Hoffman, OFMCap, que em sua homilia abordou os valores simbolizados pela Páscoa, cujo anúncio nos exorta a crer no amor e na força do Cristo ressuscitado, o Bom Pastor, que apascenta as ovelhas e as conduz com segurança para o aprisco. Frei Edcarlos ainda reafirmou a importância de mantermos atados os laços que nos unem ao Cristo e aos irmãos através do testemunho deixados por São Francisco e Santa Clara.
Após a Santa Missa a nova coordenação foi apresentada aos delegados e terá a seguinte composição: irmã Cleusa Neves, da Congregação das Irmãs Nossa Senhora do Amparo, irmã Mariza Vera Sampaio, da Congregação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas, Maria Tereza Ribeiro, OFS, Helio Gouveia, OFS, e frei Alex Cuquetto, OFM Capuchinho, como membros titulares, e como suplentes os irmãos Aline Milani Romeiro Pereira e Márcio Bernardo Ramos, ambos da OFS. As fraternidades saíram revigoradas e ciosas do compromisso de viver o ideal de Francisco e Clara mais intensamente, resgatando valores negligenciados em nossa sociedade como acolhimento, coerência, desprendimento, fidelidade, gratuidade, minoridade, pobreza evangélica e a vida em fraternidade – marcas inconfundíveis do nosso carisma.
A Família Franciscana agradece a Congregação das Irmãs Franciscanas de Dillingen pela carinhosa acolhida e cessão do espaço para a realização da assembleia, e a todos os irmãos e irmãs que contribuíram para a concretização dessa importante etapa da caminhada fraterna. Que possamos cultivar nossa vocação tendo amor à santa pobreza vivida em frater­nidade e no seguimento ao Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!

                             
Entrar na amizade de Deus pela fé e pelo amor

Será que Deus se sente mais feliz com a fria irrepreensibilidade dos “bem comportadinhos” ou com a afetuosa efusão dos excluídos e pecadores? Aliás, os próprios “irrepreensíveis”, se sentem felizes?
Jesus não tinha medo de pessoas mal-afamadas. Conforme o evangelho de hoje, Jesus aceitou até o carinho de uma prostituta! Enquanto ele estava, à maneira oriental, deitado à mesa na casa do fariseu Simão, chegou uma prostituta, regou-lhe os pés com suas lágrimas, secou-os com sua generosa cabeleira e perfumou-os com o rico perfume, adquirido com o dinheiro do pecado. Escândalo para a “gente de bem”. Mas Jesus aponta o mistério profundo que está agindo por trás das aparências: a mulher mostrou tanto amor, porque encontrou tamanho perdão! Enquanto o fariseu não demonstrou carinho para com Jesus, porque achava que nada tinha a ser perdoado … Jesus explica isso por meio de uma parábola: um devedor a quem é perdoado muito mostrará mais gratidão do que um que pouco tem a ser perdoado. Enquanto o fariseu continua “na sua”, a pecadora encontra a salvação: “Tua fé te salvou” (Lc 7,50).
Há muitas espécies de fariseus, de pessoas satisfeitas consigo mesmas. Há os fariseus clássicos, os “bem comportadinhos”, que se julgam melhores que os outros e acham que, por força de sua virtude, eles têm méritos, direitos e até privilégios diante de Deus. Mas há também os que acham que sua sem-vergonhice descarada os torna mais honestos que as pessoas menos ousadas … O filósofo Kierkegaard fala do “publicano” que, lá no fundo do templo, reza assim: “Eu te agradeço, Senhor, porque sou um humilde pecador, não como aquele orgulhoso fariseu lá na frente … ”
A 2ª  leitura, usando outra terminologia, ensina a mesma coisa: somos justificados pela fé. Quem nos torna justos é Deus, não porque o merecemos, mas porque nos confiamos a ele na fé. Não é bom arvorar-se em juiz em causa própria, e muito menos em causa alheia … Quem se julga justo e perfeito, que lhe pode acrescentar Deus? É melhor deixar-se declarar justo e sem culpa por Deus, mediante o seu perdão, e amá-lo de coração. Cumprir a lei (judaica ou outra) é bom, mas não me livra de minha culpa. Só Deus pode abolir minha culpa, pois todo pecado atinge finalmente a ele, nosso sumo bem. Ele aboliu a culpa demonstrando quanto ele nos ama: permitiu que seu filho Jesus desse sua vida por nós. Este amor é maior que nossa culpa. Jesus o leva dentro de si. Jesus pode perdoar o mal que marcou nossa vida. Nós mesmos, não. Só nele nosso mal encontra perdão.
Quem assim, pela fé, se torna amigo de Deus, porque encontrou em Jesus o amor, não pode mais deixar de amar. Torna-se outra pessoa. A graça recebida de graça não pode tornar-se um pretexto para continuar pecando. A lição de hoje é esta: são amigos de Deus (“justos”) aqueles que reconhecem diante de Deus sua dívida de amor e dele recebem a remissão. Então, abrir-se-ão em gestos de gratidão, semelhantes ao gesto da pecadora.

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes.



quinta-feira, 6 de junho de 2013

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 01 DE JUNHO DE 2013 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano V  -  JUNHO DE 2013 -  Nº  01

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA  ISABEL  DE  HUNGRIA

Continuação

INCENSO PRECIOSO

Terminado o Te Deum, Isabel prostrou-se ao  pé do altar e agradeceu em alta voz, por ser agora pobre como Ele fora na manjedoura em Belém. "Senhor, dizia ela, seja feita a vossa vontade. Ontem eu era duquesa com grandes e ricos castelos; hoje eis-me mendiga e sem me quererem dar guarida. Senhor, se Vos houvesse melhor servido no tempo de soberana, se mais esmola tivesse dado por Vosso amor, isso agora me encheria de alegria. Infelizmente, assim não acontece. Meus fi­lhos nasceram príncipes e princesas, e ei-los agora famintos, não tendo nem mes­mo palha para se deitarem! Por causa deles, meu coração está repassado de angústia. Bem mereci vê-los sofrer e me arrependo, amargamente. Quanto a mim, Vós sabeis, meu Deus, que sou indigna de ser por Vós eleita para a graça da pobreza".
Oh, sejamos nós interiormente tão fir­mados  em Deus, que, também nos maio­res sofrimentos, à semelhança de Santa Isabel, possamos dizer com o apóstolo São Paulo: "Quem nos separará, pois, do amor de Cristo? Será a tribulação? ou a angústia? ou a fome? ou o perigo? ou a perse­guição? ou a espada? (Rom, VIII, 35).

POBRE

Durante o resto da noite, Isabel perma­neceu sentada na Igreja, rodeada dos filhinhos e servas, pois sempre era melhor ali do que no chiqueiro do dono da esta­lagem. Entretanto, a fome e o frio de que se queixavam os meninos, a obrigavam a sair e ir novamente mendigar de porta em porta algum alimento.
Mas as portas todas lhe foram tranca­das como os corações daqueles a quem ela havia socorrido tantas vezes. Parecia-lhe receber  uma bofetada no rosto cada vez que era rejeitada.
E apesar de correr o risco de desagra­dar ou aumentar a ira do duque Henri­que, um padre muito pobre também ou­sou acolher a princesa e os filhos.
Aceitou, com reconhecimento, os leitos de palha que o pobre padre generosamen­te lhes havia dado.
Embora não se atrevessem a puni-lo, os perseguidores de Isabel obrigaram-na a pedir abrigo  na casa de um dos fidalgos da corte, fidalgo este  que lhe havia ma­nifestado a maior aversão.
Para lá dirigiu-se com os filhos; pas­sou a noite num canto frio e desabrigado do castelo, e não lhe restava senão um abrigo: o asqueroso asilo da taverna, on­de havia passado a primeira noite.
Uma princesa num estábulo, sem mesa nem cadeira, sem fogão nem leito, pobre por haver sido misericordiosa para com os pobres, eis o que é nobre e generoso aos olhos de Deus.

NUVEM ESCURA

Isabel que havia acolhido e sustentado tantos órfãos, tantos meninos abandona­dos, sobre os quais derramava os mais abundantes tesouros de sua misericórdia, e a quem havia servido de terna mãe, via-se agora forçada a separar-se dos próprios filhos.
A fim. de não os condenar, em tão tenra idade, à nudez e à miséria a que ela esta­va reduzida, forçoso lhe foi sacrificar a última consolação humana. Algumas pessoas de confiança sabendo da sorte a que ela estava reduzida, se oferecem para tomar conta dos filhos, o que Isabel, obri­gada pela fome e pela extrema penúria, aceitou, com o coração sangrando, mas grata ao Pai, por mais este consolo.
Em todos os momentos, renovando dia a dia, hora por hora, o ato de resignação: "É isto mesmo que eu quero e que me basta: cumprir a vontade de Deus e so­frer".
Tranquila sobre a sorte dos filhos, Isa­bel ficou inteiramente resignada quanto à própria; vendeu todas as jóias que ain­da possuía, objetos valiosos, e inclusive a sua aliança de casamento, e tratou de ga­nhar o seu sustento, fiando.
E mesmo na sua profunda miséria, sempre tinha alguma sobra para os mais necessitados: alguns bocados de pão ou algumas moedas insignificantes.
Na Igreja de Santa Isabel, em Breslau, guarda-se uma bengala de que a Santa se servia, não para apoiar-se, mas para defender-se dos cães, havendo ainda na parte inferior da bengala, sinais de den­tes caninos. Daí se deduz que andava bastante mal vestida, pois os cães, em ge­ral, atacam de preferência os mendigos e outras pessoas esfarrapadas.
A filha de reis e soberana reduzira-se, pois, em sua antiga capital, a uma pobre jornaleira que vivia do seu trabalho ma­nual.
Quão formosa Isabel devia parecer aos espíritos celestes naqueles farrapos mise­ráveis e desasseados! A alma tornara-se-lhe tão limpa das manchas humanas, co­mo o raio do sol que, também na lama, não fica contaminado. Dela vale o que São Paulo diz de si e dos demais apósto­los: "Porque entendo que Deus nos ex­pôs como os últimos dos apóstolos, como destinados à morte; pois que estamos sendo um espetáculo para o mundo, para os Anjos e para os homens (I Cor. IV. 9.)

VIDA INTERIOR

         Santa Isabel havia perdido o gosto das criaturas. Em consequência da vida de so­frimento, necessidade, injúrias e não as­pirando o seu coração senão o amor divi­no, muitas vezes era favorecida por Deus com visões, revelações e consolo sobrena­turais.
Num dia da Quaresma, como fosse as­sistir a Missa e se ajoelhasse na igreja, de repente prostrou-se de encontro à pa­rede, permanecendo, por muito tempo, como que absorta e elevada acima da vida temporal, em contemplação profunda.
Finda a Missa e sentindo-se extremamente cansada, deitou-se sobre um ban­co em frente à janela, repousando a ca­beça no colo de sua fiel serva Isentrude.
Esta, julgou-a doente e talvez desejo­sa de dormir. Porém, Isabel conservava os olhos abertos e encarava fixamente o céu. O seu semblante se alternava em tristeza e alegria, e assim permaneceu até a noite. Conservara-se calada; final­mente, com o semblante cheio de alegria, pronunciou estas palavras: —  "Sim, Se­nhor, se quereis estar comigo, quero es­tar convosco, e jamais me separarei de Vós" — E continuou: "Vi o céu entrea­berto, e meu Senhor, o misericordiosíssi­mo Jesus, dignou-se descer e me conso­lar nas tribulações que me oprimem. À vista de meu divino Salvador foi que mos­trei alegria e sorriso. Algumas vezes, Ele desviava o rosto, como quisesse retirar-se, então eu chorava. Tendo piedade de mim, voltou Seu olhar celeste para mim, dizen­do: — "Isabel, se queres estar comigo, fi­carei contigo e nunca hei de separar-me de ti" — E lhe respondi o que já sabes" — Assim Isabel falava com a boa e fiel serva Isentrude.

Continua no informativo – Ano V -            JULHO DE 2013  -  Nº  02

.X.X.X.X.X.X. 
SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JUNHO

2 — B. João Pellingoto,  3ª Ordem.
3 — B. André  de  Spello,  1ª Ordem.
4 B. Pacífico de Cerano,  1ª Ordem.
5 — B. Maria   Clara  Nanneti,   3ª Ordem Regular,  mártir  da China 
6 — B. Lourenço   de  Vilamagna,  1ª Ordem.
7 — B. Maria da Paz Bolsena, 3ª Ordem Regular,  mártir da China
8 — B. Hermínia de Jesus, 3ª Ordem Regular, mártir da China
9 — S. Cornélio Wican,  1ª Ordem, mártir em Gorkum
10 — S.Pedro de Assche, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
11 — B. Guido de Cortona, 1ª Ordem.
12 — B. lolanda, Duquesa da Polônia, 2ª Ordem.
13 — S. Antônio de Lisboa, 1ª Ordem.
14 — S. Francisco de Bruxelas, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
15 — S. Antônio de Hoornaert, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
16 — S. Antônio de Werten,  1ª Ordem, mártir em Gorkum.
17 — B. Pedro Gambacorta, 3ª Ordem Regular.
18 — S. Godofredo de Merville, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
19 — B. Miquelina de Pesaro, 3ª Ordem.
20 — S. Willehado da Dinamarca,  1ª Ordem, mártir em Gorkum (1482-1572) c. 1867
21 — S. Nicásio  Jonson,   1ª Ordem, mártir em Gorkum.
22 — B. André Bauer, 1ª Ordem, mártir da China 
23 — S. José Cafasso, 3ª Ordem.
24 — B. Teodorico Balat, 1ª Ordem, mártir da China
25 — B. José Maria Gambaro, 1ª Ordem, mártir da China.
26 — B. Cesídio de Fossa, 1ª Ordem, mártir da China
27 — B. Benvenuto de Gubio, 1ª Ordem.
28 — B. Elias Facchini, 1ª Ordem, mártir da China
29 — S. Vicenza  Gerosa,  3ª Ordem.
30 — B. Raimundo  Lulo, 3ª Ordem, mártir