terça-feira, 7 de março de 2017

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 04 DE MARÇO DE 2017 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS




FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
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E-MAIL: ofssagradopetropolis@gmail.com
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das  14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15

 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano VIII  MARÇO DE 2017 -  Nº  09

SANTA CLARA DE ASSIS

                                                                                                      Frei Hugo D. Baggio,OFM

ESPIRITO DE ORAÇÃO

Em todas as circunstâncias da vida, seja nas horas felizes, seja nas de adversidade, o homem sente necessidade de compartilhar com alguém seus afetos. E melhor companheiro para todas as horas não há que Deus. Por isso recorre o ho­mem à oração.
A prece é a poderosa fonte de energia, onde são temperadas as forças desperdiçadas na luta de cada dia, onde o homem pode munir-se de co­ragem e confiança para enfrentar o dia de amanhã, sob qualquer aspecto que se apresente. E não há estado de alma que não encontre na oração o seu clima.
Dizia o parlamentar espanhol Donoso Cortês: "Eu creio que os que oram trabalham mais pelo mundo do que os que combatem. E se o mundo vai de mal a pior é porque há nele mais batalhas que orações".
E o que dizer de uma existência dedicada to­talmente à oração? Um recenseamento em nossos dias, como nos dias do passado, um número enor­me de respostas seria: inútil!
Que terá pensado soror Clara? Responde-o com o exemplo de sua vida. Como andorinhas es­tavam entregues as damianitas aos cuidados da Providência, E como andorinhas não faziam mais que chilrear. E seus chilreies eram orações.
Na regra que Clara legou às filhas, o dia está semeado de preces. Já à meia-noite, quando um dia passa a responsabilidade ao outro, encontra as irmãs reunidas no coro, louvando a Deus. E em louvores a Deus vai decorrendo o dia. Assim, quan­do o irmão sol nasce, encontra-as rezando, quan­do se deita deixa-as rezando e rezando as encon­tra também a irmã lua.
Uma noite, as irmãs estavam no seu pobre coro imersas em meditação. O silêncio e a pe­numbra as envolvia, quase ocultando-as uma da outra. Apenas a lamparina de azeite piscava len­tamente, como que temerosa de desfazer o enleio.
De súbito, uma luz intensa enche o ambiente. As irmãs assustadas procuram a fonte de tão re­pentina luz. Olham para o lado de soror Clara e não a encontram com seus olhos, porque está en­volta em chamas. Toda ela é uma chama.
No meio das chamas aparece soror Clara, ten­do sobre os joelhos um formoso menino, brilhan­te como uma tocha. Os dois se entretinham em amável conversação.
Uma manifestação externa do fogo que ardia no coração de soror Clara, fogo que à semelhan­ça de São Francisco leva-a a cantar:

In  foco  amor  mi  mise,
divisemi Io core.1

O   amor   incendiou-me,
destroçou-me   o   coração.

A FILHA DA OBEDIÊNCIA

O amor de soror Clara pela obediência andava ao lado do seu amor pela pobreza. Um tocante exemplo da obediência recompensada de soror Clara, no-lo narram os Fioretti:
Soror Clara, devotíssima discípula da cruz de Cristo e nobre planta de frei Francisco, era de tan­ta santidade que não só os bispos e cardeais, mas o próprio papa desejava com grande afeto vê-la e ouvi-la e frequentes vezes a visitava pessoalmente.
Entre outras, veio o santo Padre uma vez ao mosteiro para ouvi-la falar das coisas celestiais e divinas. E estando assim juntos em divinos coló­quios, soror Clara mandou preparar a mesa e pôr nela o pão, a fim de que o santo Padre o benzesse. Pelo que, terminado o entretimento espiritual, soror Clara pediu-lhe que se dignasse benzer o pão posto na mesa. Mas o papa:
—  Soror Clara, fidelíssima,  quero  que  benzas este pão e faças sobre ele o sinal da cruz de Cris­to ao qual te deste inteiramente.
Soror Clara  disse:
—  Santíssimo Padre, perdoai-me. Que eu se­ria digna de muito grande repreensão se, diante do Vigário de Cristo, eu, que sou uma vil mulherzinha, tivesse a presunção de dar tal bênção.
E o Papa  responde:
— A fim de que isto não seja imputado à presunção, mas ao mérito da obediência, ordeno-te pela santa obediência que sobre este pão fa­ças o sinal da cruz e o benzas em nome de Deus.
Então soror Clara, como verdadeira filha da obediência, benzeu devotissimamente aqueles pães com o sinal da santa cruz. Admirável coisa de ver! subitamente em todos aqueles pães apa­receu o sinal da cruz belissimamente gravado e então daqueles pães, uma parte foi comida e ou­tra guardada por causa do milagre.
E o santo Padre, tendo visto o milagre, to­mando do dito pão e agradecendo a Deus, par­tiu-se, deixando soror Clara com sua bênção (I Fioretti, XXXIII).

A  PENITENTE

O mês de setembro chegara sobre São Da-mião. As andorinhas despediam-se dos seus ni­nhos para buscar ares mais quentes e para fugir ao vento do outono que começava a despojar as árvores de suas folhas.
Clara reuniu suas irmãs, que acorreram pres­surosas:
—  E' belo viver em doce penitência e maravi­lhosa  pobreza.  Mesmo  que  o  vento  sopre  gélido, é sempre o nosso  irmão  que canta nos ciprestes que nos  rodeiam,  apontando o céu.
—  Pensam os  homens  —  diz  soror  Inês — que abraçando esta vida de penitência   renun-cia­mos  ao  desejo  inato  da  felicidade.  Puro  engano! Irmã  Clara,  no palácio de nosso pai,   onde nada nos faltava, tínhamos porventura encontrado a fe­licidade?
—  Jamais  sinto tanta  felicidade como  depois que este pobre hábito, assim remendado, me cobre o corpo, depois que meus pés descalços estão em contacto  com  a terra fria, depois que  em  nossa mesa só aparece o pão da caridade.
—  Frio, fome, pobreza e sofrimento, tudo su­portaremos em espírito de reparação — acrescen­tou soror Pacífica.
Clara olhou para o pequeno jardinzinho, onde os  pássaros  brincavam  nas  roseiras.  E  como  eles sentiu-se livre e como eles feliz.
—   Irmãs  minhas,  nosso  leito serão  as tábuas duras e nosso travesseiro um cêpo.
 
Continua no informativo – Ano VIII -            ABRIL DE 2017  -  Nº  10

                                                           
SANTOS FRANCISCANOS

MES DE MARÇO

1 — S. Francisco Fahelante, 3ª ordem, mártir do Japão 
2 — S. Inês de Praga, 2ª Ordem.
3 — B. Inocêncio de Berzo, 1ª Ordem
4 — B. Cristóvão de Milão,  1ª Ordem
5 — S. João José da Cruz, 1ª Ordem
6 — SS. Cosme e Máximo Takeya, 3ª Ordem - Mártires do Japão.
7 — S. Pedro Sukejiro, 3ª Ordem, mártir do Japão
8 — S. MiguelKosaki, 3ª Ordem, mártir do Japão
9 — S. Luís Ibaraki, 3ª Ordem, mártir do Japão
10 — B. Tomás Sen, 3ª Ordem, mártir da China
11 — B. João Baptista de Fabriano, 1ª Ordem 
12 — B. Simão Tchen, 3ª Ordem, mártir da China
13 — B. Agnelo de Pisa, 1ª Ordem
14 — B. Pedro U-Ngan-Pan, 3ª Ordem, mártir da China 
15 — B. Matias Fan-TE, 3ª Ordem, mártir da China
16 — B. Pedro Tciang, 3ª Ordem, mártir da China      
17 — B. Francisco Tciang,
18 — S. Salvador da Horta, 1ª Ordem
19 — S. José – Esposo da Virgem Maria – Solenidade
20 — B. Hipólito Galantini, 3ª Ordem
21 — B. João de Parma, 1ª Ordem
22 — S. Benvenuto de Osimo, 1ª Ordem
23 — B. Marcos   de   Montegallo, 1ª Ordem
24 — B. Diogo José de Cadiz, 1ª Ordem
25 — S. Tiago Jen, 3ª Ordem, mártir da China   
26 — B. Pedro Wang, 3ª Ordem, mártir da China  
27 — B. Tiago Tchao, 3ª Ordem, mártir da China
28 — B. Joana Maria Maillé, 3ª Ordem     
29 — B. João Tciang, 3ª Ordem, mártir da China
30 — S. Pedro Regalado, 3ª Ordem
31  —B.Patrício Tong, III O., mártir da China  

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