segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE FEVEREIRO DE 2014

Petrópolis ganha o reconhecimento da igreja de dois beatos
Um deles, Ir. Jerônimo que foi de nossa fraternidade.

O Brasil está prestes a ganhar o primeiro casal de beatos.  A Arquidiocese do Rio de Janeiro anunciou o início do processo de beatificação de Zélia e Jerônimo. O casal viveu em Petrópolis, Região Serrana do Rio, e teve uma vida dedicada à igreja e à caridade. A família também ajudou a construir monumentos e prédios históricos da cidade.
Segundo os registros, Jerônimo de Castro Abreu Magalhães era engenheiro e nasceu em Magé, e Zélia Pedreira Abreu Magalhães era uma jovem de Niterói. Após o casamento, os dois foram morar em Petrópolis, em um terreno em que atualmente funciona o Colégio Terra Santa. Mais tarde, o casal se mudou para perto do Relógio das Flores, e depois construíram um casarão na Rua Monsenhor Bacelar. A família também contribuiu para a construção da Casa Franklin Sampaio, da Escola Nossa Senhora do Amparo e da Catedral São Pedro de Alcântara.
Há relatos de milagres de cura de doenças atribuídos ao casal, a partir de 1920. A Arquidiocese
do Rio de Janeiro está reunindo depoimentos e documentos para comprovar os casos, o resultado da pesquisa será encaminhado ao Vaticano. Zélia e Jerônimo tiveram 13 filhos, quatro morreram e nove se tornaram padres, frades e freiras.
Um dos filhos, frei João José, construiu o Trono de Fátima, hoje um dos pontos turísticos da cidade, para pagar uma promessa; o túmulo do frei está no próprio Trono de Fátima. A Congregação Mariana tem relatos de milagres e também faz campanha para a beatificação do frei João José.
O radialista Silvio Carvalho foi coroinha do frei e guarda uma relíquia que a família ganhou dele, em 1944. Um pedaço do tecido do hábito usado por Zélia, que se tornou freira quando ficou viúva. Por enquanto, a beatificação ainda depende da comprovação de um milagre.
Nós, da OFS temos muito do que nos alegrar com esta noticia, pois, à Jerônimo podemos chamá-lo de irmão. Irmão Francisco foi o nome escolhido por ele quando aconteceu sua profissão nesta Fraternidade recém fundada em 1897. Sua vestição foi no dia 02 de outubro de 1898 e sua profissão no dia 07 de janeiro de 1900. Alegremo-nos pois, um dos muitos que intercedem por esta fraternidade nos céus, esta prestes a ser reconhecido por toda a Igreja.


Livro de registro dos irmãos da ordem franciscana secular de Petrópolis do ano de 1830 à 1988.



Papa Francisco fala sobre a Eucaristia


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje falarei a vocês da Eucaristia. A Eucaristia coloca-se no coração da “iniciação cristã”, junto ao Batismo e à Confirmação, e constitui a fonte da própria vida da Igreja. Deste Sacramento de amor, de fato, nasce cada autêntico caminho de fé, de comunhão e de testemunho.
Aquilo que vemos quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, a Missa, já nos faz intuir o que estamos para viver.
No centro do espaço destinado à celebração encontra-se um altar, que é uma mesa, coberta por uma toalha e isto nos faz pensar em um banquete. Na mesa há uma cruz, a indicar que sobre aquele altar se oferece o sacrifício de Cristo: é Ele o alimento espiritual que ali se recebe, sob os sinais do pão e do vinho. Ao lado da mesa há o ambão, isso é, o lugar a partir do qual se proclama a Palavra de Deus: e isto indica que ali nós nos reunimos para escutar o Senhor que fala mediante as Sagradas Escrituras, e então o alimento que se recebe é também a Palavra e Pão na Missa tornam-se um só, como na Última Ceia, quando todas as palavras de Jesus, todos os sinais que havia feito, condensaram-se no gesto de partir o pão e de oferecer o cálice, antes do sacrifício da cruz, e naquelas palavras: “Tomai, comei, isto é o meu corpo…Tomai, bebei, isto é o meu sangue”.
O gesto de Jesus cumprido na Última Ceia é o extremo agradecimento ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia. “Agradecimento” em grego se diz “Eucaristia”. E por isto o Sacramento se chama Eucaristia: é o supremo agradecimento ao Pai, que nos amou tanto a ponto de dar-nos o seu Filho por amor. Eis porque o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é gesto de Deus e do homem junto, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Então a Celebração Eucarística é bem mais que um simples banquete: é propriamente o memorial da Páscoa de Jesus, o mistério central da salvação. “Memorial” não significa somente uma recordação, uma simples recordação, mas quer dizer que cada vez que celebramos este Sacramento participamos do mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo.
A Eucaristia é o ápice da ação da salvação de Deus: O Senhor Jesus, se fez pão partido por nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e seu amor, e assim renova o nosso coração, a nossa existência e a maneira como nos relacionamos com Ele e com os irmãos.
É por isto que sempre, quando nos aproximamos deste sacramento, se diz de: “Receber a Comunhão”, de “fazer a Comunhão”: isto significa que o poder do Espírito Santo, a participação na mesa eucarística se conforma de modo profundo e único a Cristo, nos fazendo experimentar já a plena comunhão com o Pai que caracterizará o banquete celeste, onde com todos os Santos teremos a alegria de contemplar Deus face a face.
Queridos amigos, nunca conseguiremos agradecer ao Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia! É um grande dom e por isto é tão importante ir à Missa aos domingos.
Ir à missa não somente para rezar, mas para receber a Comunhão, este pão que é o Corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa, nos une ao Pai. É muito bom fazer isto! E todos os domingos, vamos à Missa porque é o próprio dia da ressurreição do Senhor. Por isto, o domingo é tão importante para nós.
E com a Eucaristia sentimos esta pertença à Igreja, ao Povo de Deus, ao Corpo de Deus, a Jesus Cristo. Nunca terminará em nós o seu valor e a sua riqueza. Por isto, pedimos que este Sacramento possa continuar a manter viva na Igreja a sua presença e a moldar as nossas comunidades na caridade e na comunhão, segundo o coração do Pai. E isto se faz durante toda a vida, mas tudo começa no dia da primeira comunhão.
É importante que as crianças se preparem bem para a primeira comunhão e que todas as crianças a façam, porque é o primeiro passo desta forte adesão a Cristo, depois do Batismo e da Crisma.
  
                                                                                                       http://www.franciscanos.org.br



Ordem Franciscana anuncia lema do Capítulo Geral/2015



“Irmãos e Menores em nosso tempo”. Este é o lema do próximo Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores, a ser realizado em Santa Maria dos Anjos (Porciúncula), em Assis, Itália, entre os dias 10 de maio e 07 de junho de 2015. A escolha ocorreu na última reunião do Definitório Geral, realizada na segunda quinzena de janeiro. Em carta com informações sobre o capítulo a todos os Ministros Provinciais e Custódios, o Ministro Geral, Frei Michael Perry, escreve: “Ao mesmo tempo, peço-lhes também que, desde já, tenham um espaço em seus corações e suas orações para o próximo Capítulo Geral, para que o Espírito Santo nos guie e nos acompanhe sempre”.
O Capítulo Geral é a instância de maior importância para a vida e direção dos frades.
Os frades podem participar desde já deste evento enviando sugestões para os Estatutos Gerais da Ordem. O último prazo é junho deste ano. Do Capítulo Geral participam os Ministros Provinciais, custódios, presidentes de federações e representantes das Conferências. O último Capítulo Geral, que elegeu como Ministro Geral o espanhol Frei José Rodríguez Carballo e, no ano passado, foi substituído pelo atual Ministro Frei Michael Perry, reuniu 156 representantes da Ordem em Assis.
A Fraternidade universal é estruturada em 99 Províncias; 8 Custódias Autônomas, 7 Entidades dependentes do Ministro geral, 21 Custódias dependentes de Províncias, 14 Conferências de Ministros provinciais e 3 Uniões de Conferências (Ásia/Oceania: FCAO; América Latina: UCLAF; Europa: UFME).
Além da escolha do tema, do local e da data do Capítulo, o Definitório Geral também acolheu, na última reunião, o novo Definidor, Frei Gabriel Matthias, da Índia, que vem substituir Frei Paskalis Bruno Syukur, eleito Bispo da Diocese de Bogor, na Indonésia, em novembro do ano passado. No encontro do Definitório, houve ainda a aprovação dos Estatutos particulares de diferentes entidades da Ordem, entre elas a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.


Presença


“O que me fascinava em Francisco era algo único. Único e universal ao mesmo tempo. Ele me parecia um botão de flor que se abriu prematuramente, deixando entrever o esplendor de uma humanidade que aspira eclodir em cada um de nós. Seu primeiro biógrafo já havia feito esta observação: “Parecia um outro homem, um homem de outro mundo!”Então, quem era este homem novo? Que traços o distinguiam? Como caracterizá-lo? Eu via resplandecer em Francisco uma NOVA QUALIDADE DE PRESENÇA NO MUNDO. Aos meus olhos, esta nova presença era o mais belo presente que ele pôde dar-nos. Era uma presença atenta, amorosa, que tinha o Dom de converter toda hostilidade em tensão fraterna dentro de uma unidade de criação. Eu queria penetrar o mistério desta presença que anunciava uma nova humanidade. Certamente, jamais houve um homem, escreve o filósofo Louis Lavelle, que ofereceu mais perfeitamente a todos esta presença total e este Dom total de si que nada mais são do que a expressão da presença e do Dom que Deus faz de si mesmo a todos os seres, e a cada instante”
(Eloi Leclerc, “O Sol Nasce em Assis”)

Uma presença de qualidade é:
• A capacidade de dar sentido às coisas
• O conhecimento adquirido pelo 
questionamento. É muito bom saber o PORQUÊ.
• Saber administrar os bens que Deus nos confiou
• A necessidade de integração social
• O saber escolher e decidir
• A valorização das pessoas e a plena atenção às qualidades e carências do outro (a)
• Comunicar-se sempre, criando laços e estabelecendo harmonia entre as pessoas e as coisas
• Tempo e proximidade. Quanto menos tempo temos para ficar juntos com as pessoas e quanto maior for a distância do (a) outro (a) maior a dificuldade de compromisso
• Viver e sentir a saudação franciscana de PAZ E BEM!
• Começar sempre em PAZ e terminar sempre BEM!
Francisco diz: “A paz que vocês anunciarem com a boca devem tê-la nos vossos corações. Não provoquem ninguém à ira nem ao escândalo. Mas por vossa mansidão, todos sejam levados à paz, à benignidade e à concórdia, pois é para isto que fomos chamados: curar os feridos, reanimar os abatidos e trazer de volta os que estão no erro”.
(Legenda dos Três Companheiros, 58)
Faça de sua Presença uma fluição da Paz! Mesmo nos momentos mais agressivos e conflitivos. Comunicar e viver a paz é ser capaz de enfrentar a violência e os violentos sem ser violento. Não fugir, mas enfrentar com as armas da paz e do bem.

Reflita
Você tem melhorado sua presença no mundo? As pessoas lembram de você? Sentem falta de você? Há quanto tempo você não escuta alguém dizer que está com saudade da sua presença?
Pelo seu modo de relacionar-se as pessoas percebem que você é diferente?
Você é simples, descomplicado, alegre, otimista, bondoso?

Melhorar o mundo de fora é melhorar o mundo de dentro!
Cuide de suas qualidades e você melhora o mundo

“Francisco não é antes de tudo uma nova Ordem, nem uma nova doutrina, e muito menos um conjunto de regras de conduta. É uma ARTE DE VIVER, uma certa presença ao mundo, uma nova qualidade de relação com Deus, com os homens e com toda a criação. É também um saber jovial, o segredo de uma alegria de VIVER sob o Sol de Deus, no meio de todas as criaturas. Esta sabedoria me impressionou por duas razões: por sua profundidade e por sua extrema simplicidade. Ele é ao mesmo tempo simples e profundo, não se pode compreender a sabedoria de Francisco senão seguindo-o naquele caminho de simplicidade que o levou ao mais alto grau de despojamento.”
(Eloi Leclerc, “O Sol de Assis”)

Impressão feita pela Pró-Reitoria Comunitária da Universidade São Francisco Criação: Frei Vitório Mazzuco


Dia 04 de fevereiro tivemos festa no Céu 

Ottília Avila Figueiredo
Nascida em 16/08/1929, falecida em 04/02/2014, nos deixa, bem como outros santos exemplos que já passaram, e outros que caminham conosco nesta nossa amada fraternidade,um belo exemplo de assiduidade e serviço, exemplo de dedicação e selo pela obra do Senhor. Exemplo de interação entre fraternidade e familia.
De fato, desde 1995 quando assumiu a direção da equipe de costura, passou pela nossa fraternidade boa parte de seus familiares de forma que todos podemos dizer que conhecemos boa parte de seus familiares. Fato hoje tão importante na pertença a fraternidade. É importante que os nossos entes queridos saibam onde estamos e qual é o motivo de a vida franciscana nos encantar tanto.
Outro fato importante em sua vida foi o espírito fraterno. Assídua nas reuniões de nossa fraternidade e no trabalho que mantinha todas as quartas e sexta-feira na costura, nunca ouvia-a falar mal de algum irmão(ã). Sempre paciente, se submetia as decisões da fraternidade, não andava revoltada pelo que não podia fazer, mas, sempre pronta a fazer o que estava ao seu alcance, à exemplo de nosso Pai Serafico: “Faça poucas coisas, mas às faça bem!”
Ela ficou responsável pela costura de 1995 à 2013, serviço que fica agora a encargo de nossa irmã Nair Almeida.
Com certeza meus irmãos, junto com o beato Jerônimo que o nosso Papa esta por beatificar, esta também a nossa irmã Otilia a interceder por nossa fraternidade e por cada um de nós.
Paz e Bem!

A filosofia do Caminho Franciscano da Paz



Acredita na consciência – ecológica, pacifista, energética e criadora de todo o ser humano sendo a mesma vivenciada por Francisco de Assis. Talvez utopicamente possamos acreditar que buscando... Tenhamos uma civilização bem mais humana, com pessoas mais conscientes, com visão do significado viver, somando para uma vida melhor, e definitivamente, com cabeças mais saudáveis. O nosso relacionamento com a Natureza tem como princípio inspirador à fé, que é a fonte de toda a criação e de toda a vida, donde procede ao homem e a natureza.
 O nosso relacionamento com a Natureza inspira-se também na relação com o Criador que se manifesta na Criação e nos faz respeitar valores superiores aos que o Positivismo descobre, na sua investigação puramente experimental.
O nosso relacionamento com a Natureza, finalmente, inspira-se na Sabedoria Eterna do Criador, donde procede toda a verdade, bondade e beleza das criaturas.
O nosso relacionamento com a Natureza é de simpatia, de admiração, de comunhão, de gratidão, sem domínio nem possessão, vendo, como num espelho, nos outros seres criados, mesmo irracionais, inanimados e insensíveis, o reflexo da sublime dignidade humana e da infinita beleza do Criador.

O sol nasce em Assis

Éloi Leclerc –Ed.Vozes




Francisco não fraterniza unicamente com seus semelhantes, mas também com as criaturas inferiores que ele considera verdadeiramente seus irmãos ou irmãs, é um fato...devota a cada uma delas, sem exceção, uma afeição e um respeito fraterno.
Na maioria das vezes esta fraternidade cósmica de Francisco foi vista como transbordamento lírico de seu louvor ao criado.
A fraternidade cósmica de Francisco tem sua fonte própria e está diretamente ligada a seu sentido da criação...
Esta atitude de profunda humildade e de adoração, pela qual Francisco se coloca dentro de uma unidade de criação, fazendo-o atar laços de amizade com todas as criaturas, é de extrema importância, pois vem reforçar a fraternidade humana propriamente dita.
Esta com efeito, encontra sua melhor garantia nesta fraternidade cósmica: nesta atitude de respeito e de amor par com todo o conjunto da criação, para com todas as formas de vida... o ser humano que fraterniza com todas as criaturas comunga com o amor do Criador por sua obra inteira, coloca-se ao abrigo da tentação de dominar seus semelhantes e de violentá- los de alguma forma...
Nele as forças da vida se convertem num impulso de simpatia e de amor. Ele mesmo se humaniza humanizando a natureza...


FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 01 DE FEVEREIRO DE 2014 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano V  -  FEVEREIRO DE 2014 -  Nº  09

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SÃO  LUIS, REI  DE  FRANÇA

O PEQUENO LUÍS DE POISSY

Nasceu em França, na cidade de Poissy, no dia 25 de abril de 1215, aquele que seria mais tarde, Rei de França, Luís IX, filho do Rei Luís VIII e de Branca de Castella.
Luís foi batizado na bela igreja abacial de Poissy. Ali recebeu o nome de seu pai, e neste dia entrou para a comunidade cristã.
Sua mãe, Branca de Castella, tendo perdido outros filhos ainda pequeninos, cuidou em dar-lhe a melhor ama, dentre tantas que se lhe haviam recomendado: Marie la Picarde.
Esta, ao ver o pequeno Luís, levantou as mãos, exclamando cheia de admiração: "Senhora, eis o mais belo menino do mundo!"
Ao que a mãe respondeu: "Realmente ele é perfeito e tem a tez branca de sua avó Isabel la Flamande; mas o principal é que, o mais cedo possível, sua pequenina alma se torne inteiramente branca, e seu Senhor Deus faça com que ele a conserve assim por toda a sua vida. Se assim não for, desejo vê-lo morto como seus irmãozinhos".
O pequeno Luís foi vestido para o batismo. Sua roupa, feita com os maiores requintes e carinho pelas damas da corte, adornava a quem ia ser o rei de França.
Por debaixo do seu pescoço, foi atada a fita de uma touca muito alva, simboli­zando a "veste branca" de sua inocência.

Tudo perfeito. O cortejo o acompanha­va solenemente, muito humilde e res­peitoso. No final, a boa e dedicada ama, Marie la Picarde.
Branca de Castella, sua mãe, olhou por um instante o berço vazio. Rezou com muito fervor, pois, tratava-se de um grande dia, dia de festa para o seu coração.
Luiz IX, nosso São Luís, continuou sempre tão ligado ao lugar do seu batismo, que de bom grado assinava, em suas cartas: Luís "de Poissy".

DIAS DE SUA INFÂNCIA

Como tantas mães cristãs, Branca de Castella marcou profundamente a alma de seu filho. Isso, não somente por sua formação e conselhos, mas também pela viva afeição que unia a ambos.
Sempre levado por profunda piedade, sua primeira e grande preocupação fora: fazer o Cristo muito amado por seu filho.
A personalidade forte de Branca de Castella e a daquele filho tão agraciado e tão diferente dos outros meninos de sua idade, tornou-se marca singular na vida de mãe e filho.
Seu exemplo teria de ser grande, forte e cheio de amor, pois ele havia apren­dido uma coisa muito especial: o seu povo era o seu próximo mais próximo, o mais real, o mais carente do seu amor!
Como outras muitas mães verdadei­ramente cristãs, Branca de Castella jun­tava as mãozinhas do pequeno Luís, assaz criança, e, a seu modo, balbuciando o nome de Jesus, ia descobrindo e amando a imagem da Virgem Maria.
O catecismo foi-lhe ensinado por Bran­ca a rainha-mãe, e, mais tarde, pelos ca­pelães da corte. Sua instrução religiosa foi confiada aos Frades Menores, por quem a princesa devotava particular afeição.
Por conselheiro teve ela Guilherme D'Auvergne, bispo de Paris, e tantos outros religiosos ilustres, que souberam imprimir no espírito do jovem Luís, cul­tura sólida e terna devoção às coisas da Igreja.
Os monges admiravam-se da humilda­de com que Luís participava dos ofícios divinos. O jovem tinha por eles grande reverência, ajoelhando-se diante deles.
As suas vestes de seda, eram, por livre decisão sua, cobertas de grossas roupas de lã, simples, pouco vistosas, para que não fosse notado em público. Luís possuía o senso da vida cristã. Era piedoso, probo e recatado.
Jovem ainda, resolveu agir com pru­dência ser pacífico e sempre que possível, fugir do mal. E assim, Luís espírito de paz, crescia em caridade, seguindo o exem­plo de sua mãe, como também, muitas vezes, seguindo os próprios impulsos de seu bom coração.
Conta-se que ele, certa manhã, ainda muito cedo, viu, da janela de seu quarto, um grupo de pobres esperando paciente­mente o despertar no palácio. Seu cora­ção se encheu de comoção! Carinhosa­mente, chamou um criado e deu-lhe grande número de moedas. A seguir, pé ante pé, ambos desceram as escadas. Muito feliz, começou sem mais, a distri­buir as moedas aos pobres.
Porém, de uma janela do palácio, um religioso observava. Quando Luís voltou, disse-lhe o religioso, com ares de censura: "Meu Senhor, eu vi Vossas faltas!"
— "Meu querido irmão", retrucou o jovem Luís, "os pobres são meus credores; são eles que cobrem o meu reino com as bênçãos de Deus; o certo é que eu ainda não dei o suficiente! "— Conhecia perfeitamente o valor da pobreza e seu mérito sobrenatural diante de Deus.
Luís foi também um dos reis mais doutos de França. Conhecia muito bem o latim, e acompanhava, no original, todos os ofícios divinos, orações e cânticos da Igreja, coisa que, até mesmo entre os reli­giosos, não era muito comum.
Para um rei, os exercícios físicos eram de grande importância.  Assim,  manejava admiravelmente o arco e a lança. Era, outrossim, exímio nadador. No salto não tinha concorrente, pois devido a sua ele­vada estatura, conseguia saltar a grandes distâncias, e, isso, com muita graça e agilidade.
A caça era, então, um dos grandes divertimentos dos nobres. E ele, como os de­mais não podia renunciar à caçada de veados nas florestas dos arredores de Paris.
Mas, em boa hora, renunciou a esse prazer, que para ele era quase uma obri­gação. De sua parte, considerava a caça uma verdadeira selvageria.
A corte foi o seu mundo. Mas, não se distanciou daquele outro mundo, que tanto amava: o mundo simples e rústico do seu povo.
Quando andava pelos campos, seu povo o aclamava com amor e respeito, — este mesmo povo, que chorou sincera e como­vidamente, ao passar ele por ali pela última vez, então levado por seus solda­dos e súditos, para ser sepultado.

Continua no informativo – Ano IV -            MARÇO DE 2014  -  Nº  10

.x.x.x.x.x.x.x.x.x. 

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE FEVEREIRO

1 — B. André dei  Conti,  1ª Ordem.
2 — B. Verdiana de Castelfiorentino,  3ª Ordem
3 — S. Joana de Valois, 3ª Ordem Regular, Fundadora das Irmãs da SS. Anunciada.
4 — S. José de Leonessa, 1ª Ordem.
5 — S. Tomás de Ize, 3ª Ordem, mártir do Japão.
6 — S. Pedro Baptista Blasquez, 1ª Ordem, mártir do Japão.
7 — S. Coleta de Corbia, 2ª Ordem.
8 — B. João de Triora, 1ª Ordem,  mártir.
9 — B. Antônio de Stroncone, 1ª Ordem.
10 —B. Egídio Maria de S. José, 1ª Ordem.
11— B. Clara de Rimini,  2ª Ordem.
12 —B. Rizzerio   de   Muccia,  1ª Ordem.
13 — S.Francisco de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
14 — S.Tomás de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do Japão.
15 — Trasladação do Corpo de S.Antônio de Lisboa
16 — B. Filipa Mareri, 2ª Ordem.
17 — B. Lucas Belludi,  1ª Ordem.
18 — S. Joaquim Sakakibara, 3ª Ordem, mártir do Japão.
19 — S. Conrado de Placenza, 3ª Ordem.
20 — B. Pedro de Treia,  1ª Ordem.
21 — S. Leão   Karasuma, 3ª Ordem, mártir do Japão.
22 — S. Boaventura de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
23 — B. Isabel de França, 2ª Ordem.
24 — S. Matias de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
25 — B. Sebastião de Aparício, 1ª Ordem.
26 — S. Antônio de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do Japão.
27 — S. Paulo Suzuki, 3ª Ordem, mártir do Japão
28 — B. Antonia de Florença, 2ª Ordem.