INFORMATIVO
Ano V - FEVEREIRO
DE 2014 - Nº 09
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SÃO LUIS, REI
DE FRANÇA
O PEQUENO LUÍS DE POISSY
Nasceu em França, na
cidade de Poissy, no dia 25 de abril de 1215, aquele que seria mais tarde, Rei
de França, Luís IX, filho do Rei
Luís VIII e de Branca
de Castella.
Luís foi batizado na
bela igreja abacial de Poissy. Ali recebeu o nome de seu pai, e neste dia
entrou para a comunidade cristã.
Sua mãe, Branca de
Castella, tendo perdido outros filhos ainda pequeninos, cuidou em dar-lhe a
melhor ama, dentre tantas que se lhe haviam recomendado: Marie la Picarde.
Esta, ao ver o
pequeno Luís, levantou as mãos, exclamando cheia de admiração: "Senhora,
eis o mais belo menino do mundo!"
Ao que a mãe
respondeu: "Realmente ele é perfeito e tem a tez branca de sua avó Isabel
la Flamande; mas o principal é que, o mais cedo possível, sua pequenina alma se
torne inteiramente branca, e seu Senhor Deus faça com que ele a
conserve assim por toda a sua vida. Se assim não for, desejo vê-lo morto como
seus irmãozinhos".
O pequeno Luís foi
vestido para o batismo. Sua roupa, feita com os maiores requintes e carinho
pelas damas da corte, adornava a quem ia ser o rei de França.
Por debaixo do seu
pescoço, foi atada a fita de uma touca muito alva, simbolizando a "veste
branca" de sua inocência.
Tudo perfeito. O
cortejo o acompanhava solenemente, muito humilde e respeitoso. No final, a boa e dedicada ama, Marie la Picarde.
Branca de Castella,
sua mãe, olhou por um instante o berço vazio. Rezou com muito fervor, pois,
tratava-se de um grande dia, dia de festa para o seu coração.
Luiz IX, nosso São Luís, continuou sempre tão
ligado ao lugar do seu batismo, que de bom grado assinava, em suas cartas: Luís
"de Poissy".
DIAS DE SUA INFÂNCIA
Como tantas mães
cristãs, Branca de Castella marcou profundamente a alma de seu filho. Isso, não
somente por sua formação e conselhos, mas também pela viva afeição que unia a
ambos.
Sempre levado por
profunda piedade, sua primeira e grande preocupação fora: fazer o Cristo muito
amado por seu filho.
A personalidade forte
de Branca de Castella e a daquele filho tão agraciado e tão diferente dos
outros meninos de sua idade, tornou-se marca singular na vida de mãe e filho.
Seu exemplo teria de
ser grande, forte e cheio de amor, pois ele havia aprendido uma coisa muito
especial: o seu povo era o seu próximo mais próximo, o mais real, o mais
carente do seu amor!
Como outras muitas
mães verdadeiramente cristãs, Branca de Castella juntava as mãozinhas do
pequeno Luís, assaz criança, e, a seu modo, balbuciando o nome de Jesus, ia
descobrindo e amando a imagem da Virgem Maria.
O catecismo foi-lhe
ensinado por Branca a rainha-mãe, e, mais tarde, pelos capelães da corte. Sua
instrução religiosa foi confiada aos Frades
Menores, por quem a princesa devotava particular afeição.
Por conselheiro teve
ela Guilherme D'Auvergne, bispo de Paris, e tantos outros religiosos ilustres,
que souberam imprimir no espírito do jovem Luís, cultura sólida e terna devoção às coisas da
Igreja.
Os monges
admiravam-se da humildade com que Luís participava dos ofícios divinos. O
jovem tinha por eles grande reverência, ajoelhando-se diante deles.
As suas vestes de
seda, eram, por livre decisão sua, cobertas de grossas roupas de lã, simples,
pouco vistosas, para que não fosse notado em público. Luís
possuía o senso da vida cristã. Era piedoso, probo e recatado.
Jovem ainda, resolveu
agir com prudência ser pacífico e sempre que possível, fugir do mal. E assim,
Luís espírito de paz, crescia em caridade, seguindo o exemplo de sua mãe,
como também, muitas vezes, seguindo os próprios impulsos de seu bom coração.
Conta-se que ele,
certa manhã, ainda muito cedo, viu, da janela de seu quarto, um grupo de pobres
esperando pacientemente o despertar no palácio. Seu coração se encheu de
comoção! Carinhosamente, chamou um criado e deu-lhe grande número de moedas. A seguir, pé
ante pé, ambos desceram as escadas. Muito feliz, começou sem mais, a distribuir
as moedas aos pobres.
Porém, de uma janela
do palácio, um religioso observava. Quando Luís voltou, disse-lhe o religioso,
com ares de censura: "Meu Senhor, eu vi Vossas faltas!"
— "Meu querido
irmão", retrucou o jovem Luís, "os pobres são meus credores; são eles
que cobrem o meu reino com as bênçãos de Deus; o certo é que eu ainda não dei o
suficiente! "— Conhecia perfeitamente o valor da pobreza e
seu mérito sobrenatural diante de Deus.
Luís foi também um
dos reis mais doutos de França. Conhecia muito bem o latim, e acompanhava, no original, todos os
ofícios divinos, orações e cânticos da Igreja, coisa que, até mesmo entre os religiosos,
não era muito comum.
Para um rei, os
exercícios físicos eram de grande importância. Assim, manejava admiravel mente o arco e a lança. Era, outrossim, exímio
nadador. No salto não tinha concorrente, pois devido a sua elevada
estatura, conseguia saltar a grandes distâncias, e, isso,
com muita graça e agilidade.
A caça era, então, um
dos grandes divertimentos dos nobres. E ele, como os demais não
podia renunciar à caçada de veados nas florestas dos arredores de Paris.
Mas, em boa hora,
renunciou a esse prazer, que para ele era quase uma obrigação. De sua parte,
considerava a caça uma verdadeira selvageria.
A corte foi o seu
mundo. Mas, não se distanciou daquele outro mundo, que tanto amava: o mundo simples e rústico do
seu povo.
Quando andava pelos
campos, seu povo o aclamava com amor e respeito, — este mesmo povo, que chorou
sincera e comovidamente, ao passar ele por ali pela última vez, então levado
por seus soldados e súditos, para ser sepultado.
Continua no informativo – Ano IV - MARÇO DE 2014 -
Nº 10
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE FEVEREIRO
1 — B. André dei
Conti, 1ª Ordem.
2 — B. Verdiana de Castelfiorentino, 3ª Ordem
3 — S. Joana de Valois, 3ª Ordem Regular, Fundadora
das Irmãs da SS. Anunciada.
4 — S. José de Leonessa, 1ª Ordem.
5 — S. Tomás de Ize, 3ª Ordem, mártir
do Japão.
6 — S. Pedro Baptista Blasquez, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
7 — S. Coleta de Corbia, 2ª Ordem.
8 — B. João de Triora, 1ª Ordem, mártir.
9 — B. Antônio de Stroncone, 1ª Ordem.
10 —B. Egídio Maria de S. José, 1ª Ordem.
11— B. Clara de Rimini,
2ª Ordem.
12 —B. Rizzerio
de Muccia, 1ª Ordem.
13 — S.Francisco de Meaco, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
14 — S.Tomás de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
15 — Trasladação do Corpo de S.Antônio de Lisboa
16 — B. Filipa Mareri, 2ª Ordem.
17 — B. Lucas
Belludi, 1ª Ordem.
18 — S. Joaquim Sakakibara, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
19 — S. Conrado de Placenza, 3ª Ordem.
20 — B. Pedro de Treia,
1ª Ordem.
21 — S. Leão
Karasuma, 3ª Ordem, mártir do Japão.
22 — S. Boaventura de Meaco, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
23 — B. Isabel de França, 2ª Ordem.
24 — S. Matias de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
25 — B. Sebastião de Aparício, 1ª Ordem.
26 — S. Antônio de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
27 — S. Paulo Suzuki, 3ª Ordem, mártir do Japão
28 — B. Antonia de Florença, 2ª Ordem.
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