quinta-feira, 21 de março de 2013

ARAUTO DO GRANDE REI

Março de 2013

Francisco ganha o mundo

A eleição do Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio e a escolha do nome Francisco colocou São Francisco de Assis na pauta do dia, na boca do povo.
Na coletiva desta quinta-feira, três cardeais brasileiros falaram sobre a eleição do novo Papa e a escolha do nome. Dom Odilo Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo, contou ainda que visitou o túmulo de São Francisco de Assis, no domingo anterior ao conclave. Chegando lá, ele encontrou o cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schönborn. “Mas um dominicano num lugar tão franciscano!”, comentou o brasileiro na ocasião. O colega disse que seria bom que a Igreja tivesse um Papa com espírito franciscano. “É um sinal para o que a Igreja quer e precisa fazer”, afirmou Odilo na entrevista coletiva nesta quinta-feira. “Não se fazem saltos mortais na Igreja, mas existe uma continuidade.”
 Outro que também foi a Assis no período pré-conclave foi Dom Geraldo Majella. “Rezei naquela hora para que o Papa pudesse realmente ser o que fizesse às vezes de São Francisco”, afirmou. “Ele [Bergoglio] foi chamado e não teve nenhuma dificuldade de ser aclamado. Ele tem 76 anos, mas pode em pouco tempo fazer muito. O testemunho dele vai ser muito importante para o mundo, vai chamar a atenção do mundo. Vamos rezar para que ele seja feliz e, sendo feliz, faça a Igreja feliz”, disse. Para Dom Geraldo, a escolha não foi surpreendente. “Não foi uma grande surpresa no sentido de que ele não pudesse ser o possível candidato”, disse. “É um grande dom de Deus para a Igreja, para o mundo, um homem que tem um testemunho de vida. Ele vive o nome Francisco, é diferente dos outros”, afirmou.
O presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno, contou à  Rede Católica de Rádio que o papa Francisco já traz suas características expressas no nome que ele escolheu, inspirado no santo de Assis. “São Francisco, como nós sabemos, é um santo da pobreza, da simplicidade, da comunhão com todas as pessoas, e com a própria natureza… Aliás, é o patrono da ecologia. As marcas deste novo papa: o primeiro latino americano, um argentino, o primeiro a adotar este nome “Francisco”, o primeiro jesuíta… Mas creio que vai marcar o seu pontificado pela características de ser um verdadeiro pastor. Um pastor que ama o seu povo, que está inteiramente voltado para o cuidado do seu povo, mas ao mesmo tempo aberto ao mundo, a todos os demais povos, com os que pertencem a uma outra religião… Ele terá este coração grande, aberto, à exemplo de São Francisco de Assis. Creio que esta espiritualidade certamente inspirará o novo papa, pela simplicidade, pelo diálogo, que serão suas marcas, como foram quando ele foi arcebispo de Buenos Aires: um homem de grande simplicidade, de grande amor aos pobres”, disse.
Na opinião do padre José Oscar Beozzo, estudioso da história da Igreja Católica na América Latina, a escolha do nome do novo Papa é muito significativa: “Tivemos um jesuíta que não escolheu o nome de Inácio, mas de Francisco. Acho que isso é muito significativo porque São Francisco de Assis é o santo mais querido dentro e fora da Igreja Católica”.
Beozzo acredita que a escolha também remete à postura que o novo papa deve adotar com relação aos muçulmanos. “Francisco esteve no coração de um conflito que hoje se repete, que é o conflito do que fazer frente ao Islamismo. Na época de Francisco, o Papa convocou a guerra contra o mundo islâmico, e Francisco tomou um barco e foi ver o sultão do Egito para falar de paz, de amizade. Até hoje os muçulmanos respeitam Francisco e os franciscanos. Acho que nesse momento isso é um recado muito importante”. São Francisco é também conhecido por seu amor à natureza, e Beozzo afirma que a escolha é também um compromisso com a preservação ambiental. O novo papa é visto como um homem simples, que cozinha a própria comida, anda de metrô e ônibus em Buenos Aires. “É uma pessoa que escolheu o nome de Francisco não por fantasia, mas acho que por uma opção de vida”. Para Beozzo, a escolha toca um tema fundamental na trajetória da igreja latino-americana, que é a opção pelos pobres. “Ele é visto como um irmão universal, também irmão dos pobres”.

Franciscanos convidam o Papa para visitar Assis

“De Assis um grande abraço, afetuoso e filial, a você, Papa Francisco, novo Vigário de Cristo”. É o que desejam os frades franciscanos de Assis ao novo Pontífice.
Numa nota, os franciscanos agradecem a Deus e se alegram pela eleição do Cardeal Jorge Bergoglio, manifestando “sentimentos de gratidão, sincero afeto e profundo obséquio, prometendo como Francisco obediência e reverência ao senhor Papa”.
“Neste ano da fé – prossegue a nota – ao acompanhar o início do seu ministério com incessante oração, esperam de acolher o Sumo Pontífice nos lugares sagrados à memória de São Francisco, estreitamente ligados a Sede Apostólica com a Igreja que está em Assis guiada pelo seu Bispo Domenico Sorrentino”.
Os franciscanos, na carta enviada ao Papa Francisco, dizem saber ‘que Jesus está no comando de sua Igreja’ e assim querem seguir o novo Papa ‘com afeto e obediência’. Os frades também expressam “confiança de que, assim como tantos dos seus predecessores até Bento XVI, também você venha logo a esta Cidade onde Francisco continua a anunciar com todo seu ser, à Igreja e ao mundo, o Evangelho que salva”.

Extraído do site: www.franciscanos.org.br


Cuidar da juventude para que ela seja fonte de renovação
Cuidar da juventude para que ela seja fonte de renovação
A força da renovação existe no seio da Igreja, por obra do Espírito Santo. Apesar de ela ser pecadora, enquanto composta de  seres humanos sujeitos às próprias fragilidades, há a santidade de Deus que a faz regenerar-se e superar os próprios limites. Uma força que ajuda o humano da Igreja a se renovar é a juventude, quando ela for bem evangelizada e evangelizadora. Temos, então, uma grande oportunidade de luminosidade dos valores crísticos para o interno da comunidade eclesial e para a sociedade em geral. Juventude vamos sempre ter. Por isso, ela é o presente e o futuro da comunidade cristã e da convivência social, com os valores assumidos por ela do que é humano e divino em sua contínua renovação.
Moisés, o grande personagem bíblico escolhido por Deus para libertar o povo hebreu do jugo dos egípcios, pode encontrar-se pessoalmente com Deus na montanha, onde recebeu a missão divina. Sua curiosidade o levou a aproximar-se de uma sarça que não se consumia. Era o Senhor que o chamava para o diálogo acerca da missão de libertação do povo (Cf. Êxodo 3,1-15). Fruto da ação divina, a sarça da juventude pode perenizar a renovação da Igreja, se ela realmente entrar na intimidade de Cristo e aceitar a missão de evangelizar a sociedade para a libertação de todo tipo de mecanismo de morte. Alimentará a sociedade com os novos critérios do Salvador, para dar vida de sentido a todos, na convivência de fraternidade. Cuidar da juventude para que ela seja fonte de renovação do convívio familiar, eclesial e social é de fundamental importância, para termos dias melhores, onde se superem as injustiças, os desmandos sociais e descaminhos dos vícios e das derrotas humanas.
Na contemplação de Jesus transfigurado no monte Tabor, com a presença de Moisés e Elias, podemos solidificar nossa fé e indicar para a juventude o ideal de dar vida, proposto e vivenciado por Jesus (Cf. Lucas 9,28-36). De fato, o Mestre em seguida foi crucificado, morto e ressuscitado. Os Apóstolos foram testemunhas disso. Passando também pelo mesmo caminho do Filho de Deus, somos capazes de assumir a missão, como os Apóstolos, para que todos se convertam. Não podemos ser como a figueira que não produz figos, para não termos que ser cortados da realização do projeto de Deus, à semelhança da que Jesus queria cortar por não dar frutas (Cf. Lucas  13,1-9). A ascese é um modo de exercitação na prática do bem, que devemos fazer e ensinar à nova geração. Exige treinamento, renúncias, vivência da caridade, responsabilidade na realização do compromisso de fé, serviço ao outro e promoção do bem comum. Sem o ideal de servir não damos frutos de realização da vida de sentido para todos. Somos instados, no seguimento a Cristo, a assumir a responsabilidade de implantarmos os critérios ou valores do Evangelho de Jesus. Sem isso, a juventude não será capaz de dar base à sustentação de um mundo novo, ou uma sociedade onde reina o amor, fundamentado no amor de Deus.
O lema da Campanha da Fraternidade é muito propício para focalizarmos a abertura da juventude ao novo, provindo da missão dada por Deus, com sua resposta de grande disponibilidade: “Eis-me aqui; envia-me!” (Isaías 6,8).

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)


Deus joga longe o pecado!

Domingo passado presenciamos a volta do filho pródigo e sua acolhida pelo Pai misericordioso. Hoje, aparece com mais força ainda o quanto Deus está acima do pecado. Eis a base do que se chama “conversão”. Mas, quando se fala em conversão, os céticos objetam: “Que adianta querer ser melhor do que sou?”, e os acomodados: “Melhorar a sociedade, para quê?”
Deus, porém, não é limitado que fique imobilizado por nosso pecado. Ele passa por cima, escreve-o na areia, como Jesus, no episódio da mulher adúltera (evangelho). A magnanimidade de Deus, que se manifesta em Jesus, está em forte contraste com a mesquinhez dos justiceiros que queriam apedrejar a mulher. Estes, sim, estavam presos no seu pecado; por isso, nenhum deles ousou jogar a primeira pedra. Decerto, importa combater o pecado; mas é preciso estar com Deus para salvar o pecador.
Pois Deus é um libertador. Ele quer apagar nosso passado e renovar nossa vida, assim como renovou o povo de Israel no fim do exílio babilônico (1ª  leitura). Paulo diz que devemos deixar nosso passado para trás e esticar-nos para apanhar o que está na nossa frente: Cristo, que é a nossa vida (2ª  leitura). Como dissemos domingo passado, o pecado é o que fica atrás, enquanto o futuro que está à nossa frente é o amor de Deus em Jesus Cristo.
“Não peques mais”. Perdoar não é ser conivente com o pecado, mas é salvar o pecador – termo que não está na moda hoje, mas é o que melhor exprime a realidade … Deus perdoa, para dar ao pecador uma “plataforma” a partir da qual possa iniciar uma vida nova. Ora, o perdão é do tamanho da grandeza de Deus; só Ele é grande que chega para perdoar definitivamente. Por isso, para fazer jus ao perdão, não devemos desejá-lo levianamente. Devemos querer eficazmente mudar a nossa vida, ainda que saibamos que “Roma não foi construída num só dia”.
Devemos desejar não mais pecar, e para que este desejo seja eficaz, escolher e utilizar os meios adequados. Quem peca por má índole, procure amigos que o tornem melhor. Quem peca por fraqueza ou vício, evite as ocasiões de tentação. E quem peca por depender de uma estrutura ou laço que conduz à injustiça, procure transformar essa situação, no nível pessoal e no da coletividade. Tratando-se de estruturas sociais injustas, o meio adequado de combater o pecado consiste em unir as forças para lutar pela transformação política e social. Devemos transformar as estruturas de pecado fora e dentro de nós. Mas faremos tudo isso com mais empenho se estivermos convencidos de que Deus nos perdoa e joga longe de si o nosso pecado. Quando se trata de problemas pessoais (embora sempre com alguma dimensão social), a certeza de que Deus é maior que o pecado é um estímulo forte para acreditar numa renovação da vida – com a ajuda dos meios psicológicos adequados, pois a graça não suprime a natureza.

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes


Oração pelo Capítulo Regional em Pentecostes
 OFS do Brasil - Região Sudeste 2 (RJ/ES)  

"Senhor Jesus, a messe é grande, mas os operários são poucos. Rogamos-te, pois que envieis operários para a messe. Então Senhor ao ouvir teu apelo nos colocamos ao teu dispor e dizemos: EIS-ME AQUI SENHOR. Queremos ser como nosso seráfico Pai São Francisco que lhe perguntou: Senhor que queres que eu faça? E tu nos respondes: junte-se a outros homens de boa vontade e construam um mundo mais fraterno; junte-se a outros homens de boa vontade e pelo seu testemunho tomem iniciativas corajosas na promoção da justiça; junte-se a outros homens de boa vontade e comprometam-se com opções concretas e coerentes com sua fé e assumam sua profissão. Trabalhando, participem na criação e na redenção da comunidade humana. Por isso Senhor, pra responder ao teu apelo de amor, ajude-nos a sermos portadores de paz lembrando que ela deve ser construída incessantemente. Ajude-nos Senhor, a sermos mensageiros da perfeita alegria, para que saibamos ter a humildade de ver que pouco ou nada fizemos e que portanto é necessário começar tudo de novo. Que Maria Santíssima, a Medianeira de todas as Graças, estrela da evangelização nos ajude a chegar as águas mais profundas da santidade e da missão e lancemos nossas redes para melhor servir o nosso Regional. Amém!"

 José Renato Vargas, OFS
Fraternidade São Sebastião
Tijuca, Rio de Janeiro - RJ


Seguindo com a nossa preparação para o Capitulo Eletivo Regional que será realizado nos dias 17, 18 e 19 de MAIO, durante a festividade de PENTECOSTES, publicamos a ORAÇÃO DO CAPÍTULO ELETIVO REGIONAL, que deverá ser reproduzida e entregue a todos os irmãos de nossas fraternidades para que possam participar ativamente, com suas orações diárias, deste momento singular em nosso Regional.

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 02 DE MARÇO DE 2013 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


INFORMATIVO

Ano IV  -  MARÇO DE 2013 -  Nº  10

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA  ISABEL  DE  HUNGRIA

A CRIANÇA

                                   Continuação

Porém, Isabel encontrou no nobre Luís, seu noivo, um grande amor e uma estima tão grande, que se sentia protegida e amparada.
E quanto mais maltratada pelos parentes do Conde Hermann, maior era o carinho e a afeição que Luís lhe dedicava.
Chegando a época determinada pelo Senhor  Luís cumprindo sua palavra, conduziu Isabel ao altar, embora tendo ela ape­nas quatorze anos e o conde vinte e um. Ela, cuja infância havia sido tão cheia de sofrimentos e aflições, por mercê de Deus, experimentava a maior felicidade de que é capaz, neste mundo, a mulher casada; pois seu esposo, o conde Luís, era sob todos os aspectos, um dos mais modelares daquela época, varão deveras segundo o coração de Deus, no verdadeiro sentido da palavra, e, por conseguinte, também segundo o coração de Isabel. Não faltava nunca à  Santa Missa, onde fortalecia a alma contra todas as tentações e para o cumprimento das múltiplas obrigações, que o dia lhe trazia.
Grande prazer lhe proporcionava a freqüente visita a um mosteiro beneditino, pois edificava-o sobremodo a vida virtuosa e exemplar dos filhos de S. Bento.
Sua divisa era: "Religioso, casto, justo!" Na qualidade de soberano, considerava, como seu primeiro dever particular, a justiça. Em família não tolerava palavras inconvenientes ou equívocas.

Se, porém, era ele próprio o ofendido, costumava ser indulgente até o extremo, dizendo apenas: "Não tornem a fazê-lo; sofro com isso". No mais mostrava-se sem­pre alegre, benevolente e amável, e, espe­cialmente, cheio de bondade para com os pobres.

A ESPOSA

Luís deixava à sua jovem esposa não só toda liberdade na prática de suas devoções e obras de misericórdia, mas animava-a e até a auxiliava.
Todas as noites Isabel erguia-se do leito, às primeiras horas da madrugada, e ajoe­lhava-se para meditar e render graças ao divino Redentor por se haver dignado nas­cer à meia-noite, sofrendo o frio e a miséria  a fim de remir o gênero humano.
Muitas vezes, o esposo, receando por sua saúde, aconselhava Isabel a que se poupasse e não prejudicasse a saúde; no fundo d'alma, porém, considerava-se feliz por ter uma esposa tão piedosa.
Amavam-se extremamente, e grande era a felicidade que os unia, tão grande como era íntima a aliança de suas almas.
Afim de receber o marido, e adornando-se de jóias, ela dizia: "Ponho os adornos, não por vaidade e galanteio, Deus me é disso testemunha; mas somente por amor cristão, afim de não causar a meu "irmão", descontentamento ou mesmo ocasião de pecar. Há de amar somente a mim, por isso lhe devo agradar".
Assim viviam Isabel e Luís; desejavam viver na terra de modo que pudessem, na eternidade, morar juntos na casa comum de Deus.
Santa Isabel, sob seus ricos vestidos, tra­zia sempre um cilício. Todas as sextas-feiras, em memória da Paixão dolorosa de Nosso Senhor, e todos os dias da quaresma, mandava que lhe aplicassem severas disci­plinas, afim de dar alguma compensação ao Divino Salvador, flagelado pelos nossos pecados.
Quando se via na necessidade de apa­recer em trajes de cerimônia, trazia sem­pre, sob a púrpura e o ouro, um vestido simples de lã. E o cilício nunca a abando­nava.
Nos seus desabafos familiares, com as suas servas que também eram suas ami­gas, envolvia-se, às vezes, num grande e velho manto, cobria a cabeça com um pa­no grosso e roxo e, passeando na sala co­mo uma pobrezinha, dizia, como que advertida por uma inspiração celeste, , quando for mendiga pelo amor de Deus".
Isabel era como um caçador; não se dei­xava deter para seguir a pista da caça. Ela caçava da sorte que o Senhor lhe reservava: "Assim andarei os pobres. Por caminhos e tri­lhas íngremes, subia em busca das caba­nas dos indigentes.
Penetrava nos lugares mais sujos e insalubres, para levar víveres, roupas e conforto espiritual.
Consolava os pobres com palavras sua­ves e afetuosas. Quando lhe era possível velar junto dos pobres falecidos, envolvia-os, com suas próprias mãos, em lençóis de seu próprio leito e assistia-lhes ao enterro, com tanto recolhimento e humildade, co­mo se o morto fosse um parente seu.
Para Santa Isabel era doce, suave, o ato, de humilhação, e ela se sujeitava, beijando os pés dos pobres na ocasião do Lava-pés, durante a Semana Santa.
A noite toda de quinta para sexta-feira santa, passava em claro, inteiramente ab­sorta em oração e na contemplação dos tormentos sofridos por Nosso Senhor.
"O dia da humilhação é para todos", di­zia ela para as criadas. E sem mudar o tra­je da véspera, descalça e desconhecida, metia-se entre a multidão, levando as ofer­tas como os pobres as ofereciam para os altares: pequenos embrulhos contendo li­nho, incenso e círios. Acompanhava sem­pre a procissão, vestida de grosseiro burel, pois ela se con-siderava a última serva do Senhor crucificado.
Aconteceu, um dia, que durante o Canon da Missa, estando Isabel a orar com fervor, e tendo o véu levantado a fim de con­templar melhor a Hóstia Sagrada, o cele­brante viu-a cercada de resplendor celeste, e tão forte era o seu brilho, que o sacerdo­te julgou estar vendo os raios do sol.
Cheio de surpresa, glorificou ao Senhor por lhe haver dado presenciar, por meio daquela luz visível e maravilhosa, o brilho interior daquela alma santa. Em outras ocasiões, viu-se desprender da alma ardente de Isabel, mergulhada em meditação, uma luz sobrenatural.
Santa Isabel teve como seu guia e mestre Conrado de Marburgo, homem de vasta cultura, hábitos exemplares, e defensor entusiasta da fé católica.
Havia renunciado aos bens temporais, e àqueles que o seu nobre nascimento lhe conferia. Seu exterior era simples, modes­to e mesmo auste-ro, em seu hábito estrita­mente clerical. Este foi o homem santo, que tornou-se o confessor de Santa Isabel. Mas, já antes de ser guiada pelo mestre Conrado no caminho da perfeição, ela achara outro apoio: A Regra da Ordem Terceira de S. Francisco.

Continua no informativo – Ano IV -            ABRIL DE 2013  -  Nº  11


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE MARÇO

1 — S. Francisco Fahelante, 3ª ordem, mártir do Japão 
2 — S. Inês de Praga, 2ª Ordem.
3 — B. Inocêncio de Berzo, 1ª Ordem
4 — B. Cristóvão de Milão,  1ª Ordem
5 — S. João José da Cruz, 1ª Ordem
6 — SS. Cosme e Máximo Takeya, 3ª Ordem - Mártires do Japão.
7 — S. Pedro Sukejiro, 3ª Ordem, mártir do Japão
8 — S. MiguelKosaki, 3ª Ordem, mártir do Japão
9 — S. Luís Ibaraki, 3ª Ordem, mártir do Japão
10 — B. Tomás Sen, 3ª Ordem, mártir da China
11 — B. João Baptista de Fabriano, 1ª Ordem 
12 — B. Simão Tchen, 3ª Ordem, mártir da China
13 — B. Agnelo de Pisa, 1ª Ordem
14 — B. Pedro U-Ngan-Pan, 3ª Ordem, mártir da China 
15 — B. Matias Fan-TE, 3ª Ordem, mártir da China
16 — B. Pedro Tciang, 3ª Ordem, mártir da China      
17 — B. Francisco Tciang,
18 — S. Salvador da Horta, 1ª Ordem
19 — S. José – Esposo da Virgem Maria – Solenidade
20 — B. Hipólito Galantini, 3ª Ordem
21 — B. João de Parma, 1ª Ordem
22 — S. Benvenuto de Osimo, 1ª Ordem
23 — B. Marcos   de   Montegallo, 1ª Ordem
24 — B. Diogo José de Cadiz, 1ª Ordem
25 — S. Tiago Jen, 3ª Ordem, mártir da China   
26 — B. Pedro Wang, 3ª Ordem, mártir da China 
27 — B. Tiago Tchao, 3ª Ordem, mártir da China
28 — B. Joana Maria Maillé, 3ª Ordem     
29 — B. João Tciang, 3ª Ordem, mártir da China
30 — S. Pedro Regalado, 3ª Ordem
31 — B.Patrício Tong, III O., mártir da China