domingo, 26 de novembro de 2017

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2017

 Santa Isabel da Hungria, pôs-se a servir os doentes até morrer

Isabel era filha de André, rei da Hungria, e nasceu num tempo em que os acordos das nações eram selados com o casamento. No caso de Isabel, ela fora prometida a Luís IV (duque hereditário da Turíngia) em matrimônio, um pouco depois de seu nascimento em 1207.
Santa Isabel foi morar na corte do futuro esposo e lá começou a sofrer veladas perseguições por parte da sogra que, invejando o amor do filho para com a santa, passou a caluniá-la como esbanjadora, já que tinha grande caridade para com os pobres. Mulher de oração e generosa em meio aos sofrimentos, Isabel sempre era em tudo socorrida por Deus. Quando já casada e com três filhos, perdeu o marido numa guerra e foi expulsa da corte pelo tio de seu falecido esposo, agora encarregado da regência.
Aconteceu que Isabel teve que se abrigar num curral de porcos com os filhos, até ser socorrida como pobre pelos franciscanos de Eisenach, uma vez que até mesmo os mendigos e enfermos ajudados por ela insultavam-na, por temerem desagradar o regente. Ajudada por um tio que era Bispo de Bamberga, Isabel logo foi chamada para voltar à corte, e seus direitos, como os de seus filhos, foram reconhecidos, isto porque os companheiros de cruzada do falecido rei tinham voltado com a missão de dar proteção à Isabel, pois nisto consistiu o último pedido de Luís IV.
Santa Isabel não quis retornar para Hungria; renunciou aos títulos, além de entrar na Ordem Terceira de São Francisco. Fundou um convento de franciscanas em 1229 e pôs-se a servir os doentes e enfermos até morrer, em 1231, com apenas 24 anos num hospital construído com seus bens.

                                         Santa Isabel da Hungria, rogai por nós!


Franciscanos na terra santa


Os frades franciscanos estão comemorando 800 anos de presença na Terra Santa.(…)
História
A origem da Custódia da Terra Santa remonta ao ano de 1217, no qual, em Santa Maria dos Anjos, próximo de Assis, se celebrou o primeiro Capítulo Geral dos Frades Menores. Na ocasião, São Francisco decide mandar os seus frades a todas as nações.
O mundo foi dividido em “Províncias” franciscanas e os frades, partindo de Assis, dividiram-se entre os quatro pontos cardeais. Entre as onze Províncias-Mães da Ordem, foi criada também a Província da Terra Santa.
Esta Província era composta por Constantinopla e o seu império, pela Grécia e suas ilhas, pela Ásia Menor, Antioquia, Síria, Palestina, a ilha de Chipre, Egito e todo o resto do Oriente.

São Francisco
Em 1219, o próprio São Francisco visitou pelo menos uma parte da Província da Terra Santa. Os documentos relatam a presença do “Pobrezinho de Assis” entre os Cruzados, sobre os muros de Damieta. Como também é conhecido o encontro de São Francisco com o Sultão Egípcio, Melek-el-Kamel, neto de Saladim o Grande. Os mesmos documentos relatam que Francisco, depois de ter deixado Damieta, dirigiu-se à Síria.
De qualquer modo, a visita de São Francisco aos Lugares Santos se deu entre 1219 e 1220. Referente a isto Jacques de Vitry, bispo de São João de Acre (cidade conhecida como Tolemaida), escreveu: “O mestre desses frades, que é também o fundador da Ordem, chama-se Francisco. É amado de Deus e venerado por todos os homens. Veio ao nosso exército cheio de zelo pela fé. Não teve medo de passar até o campo dos inimigos”.

Três anos de celebrações
Por isso, neste ano de 2017 tiveram início as celebrações pelos 800 anos da presença franciscana na Terra Santa, que culminarão em 2019 – ano da visita de S. Francisco.

Fonte: site Rádio Vaticano


A vida em Fraternidade: relação de intercambio e comunhão


Experimentemos e partilhemos a bondade de Deus. Para Francisco o seguimento de Jesus e seu projeto missionário se faz em fraternidade e fraternalmente. Comecemos por João 13,34-35. O texto deixa muito claro que o verdadeiro sinal do cristão, isto é, do seguidor de Jesus Cristo, é o amor mútuo. "Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros". O amor mútuo é a nota característica fundamental do seguidor de Jesus.

Continuemos refletindo João 13,1-17, observando passo por passo a atitude de Jesus. Primeiro o despojamento da autoridade, ele tira o manto. Depois a investidura da condição de servo, cinge-se com uma toalha. Coloca a toalha no lugar de avental. Em seguida se põe a lavar os pés dos discípulos. Ora, porque os pés? Por que os pés são os servos das pessoas. São eles que as carregam. Por essa pratica Jesus ensina a servir os servos. Muitos não acham indigno nem desonroso servir senhores, pelo contrario, falam de "boca cheia". Sou servo de fulano de tal. São raras as pessoas que publicam que servem servos. A dica de Jesus vai por aí. Discípulo de Jesus Cristo precisa servir os servos. A outra dica é que amar é servir. Amor autêntico se traduz em ação em favor dos pequenos.

Para Francisco de Assis cada irmão é um dom, um presente do Senhor. O que ele faz com o dom? Busca orientação no Evangelho para saber. Crendo que foi o Senhor que enviou o irmão o Senhor também dirá o que fazer com ele. Assim, o centro da fraternidade não é nem Francisco que foi o primeiro, nem Bernardo, o novo irmão que esta chegando, mas Jesus que na verdade é o responsável pelo encontro dos dois. Francisco e Bernardo se encontram e formam fraternidade por Jesus e em Jesus.

Vejamos ainda o que diz o Espelho da Perfeição 85. Aí Francisco nos apresenta 9 frades com 17 virtudes e diz que eles, juntos, unidos, constituem o frade perfeito. Isso significa que o frade perfeito não é um indivíduo, mas uma fraternidade, os frades unidos, comungando e partilhando é que constituem uma perfeição. O que isso nos ensina? Que a maravilha que buscamos é construída com a partilha, a disponibilidade dos dons de cada irmão, mas nos diz também que o inferno se constitui da comunhão dos defeitos de cada um. Os mesmos 9 frades têm tantos defeitos quantas virtudes. Se optarem por colocar os defeitos para funcionar e se focarem neles vão ficar do jeito que o diabo gosta. A fraternidade ótima e a fraternidade péssima podem ser feitas com as mesmas pessoas. Depende da decisão que elas tomaram na relação de umas com as outras.

Frei Moacir Casagrande OFMCap.



29 de Novembro: Dia de Todos os Santos da Ordem Seráfica


É dia de Festa! Comemoramos no dia 29 de novembro, dia de “Todos os Santos da Ordem Seráfica”.
A prodigiosa árvore da santidade franciscana testemunha a vitalidade e autenticidade evangélica da mensagem de São Francisco. A festa que os franciscanos celebram é um convite e um estímulo a devolver a Deus o amor que ele nos deu em Cristo, vivendo na pobreza e na humildade uma vida verdadeiramente fraterna, para que o mundo acredite, mediante este amor realizado, que o Pai ama e quer todos os homens salvos em sua casa.
Todos os santos e santas da Ordem Seráfica viveram e testemunharam com suas vidas, anunciando o Reino de Deus. Esses santos são aqueles que proclamaram e amaram as pessoas, observaram fielmente o santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; consagraram-se de corpo e espírito, doaram sua vida, derramaram o seu sangue por causa do Reino. Hoje todos participam da Festa da Ressurreição, a Glória Eterna.
São Francisco de Assis foi o santo audacioso e corajoso de seguir o Cristo, homem de fé, de amor para com o próximo e com a criação; fez com que as pessoas também vissem com o seu exemplo, este modelo de viver, fazendo suscitar nos corações das pessoas o desejo e a vontade de seguir o Evangelho, convertendo àqueles que antes não conheciam Jesus Cristo.
Com o seu exemplo, muitos tiveram coragem, muitos seguiram, muitos buscaram alcançar a perfeição, o Reino de Deus. E para isso, deixaram pais, casas, irmãos, parentes, amigos, dinheiros e terras, para estar mais próximo do Reino. Trocaram o “valor” mundano pelo valor cristão, dedicaram o tempo de suas vidas em oração, penitência e do amor ao próximo, e consagraram-se totalmente a Deus.
Hoje somos também convidados “a seguir na terra os seus exemplos e alcançar no céu a coroa da justiça”.
Santos canonizados da Primeira Ordem:110 - Santas canonizadas da Segunda Ordem: 9 - Santos e Santas canonizados da Terceira Ordem regular e secular:53 - religiosos da Primeira Ordem beatificados: 161 - religiosas da Segunda Ordem beatificadas: 34 - da Terceira Ordem regular e secular: 95 beatificados.
Total de membros das Ordens Franciscanas canonizados e beatificados, no fim do primeiro milênio: 482.
Todos os santos e santas da Ordem Seráfica – intercedei a Deus por nós.
Frei Luciano Lopes, ofm.

PAPA FRANCISCO INSTITUI O DIA MUNDIAL DOS POBRES
Cidade do Vaticano – Foi publicada, na manhã de terça-feira (13/6), no Vaticano, a Mensagem do Papa para o Primeiro Dia Mundial dos Pobres, que tem como tema: «Não amemos com palavras, mas com obras».
O Dia Mundial dos Pobres foi instituído por Francisco, na conclusão do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, com uma Carta Apostólica intitulada “Misericórdia e mísera”. A celebração, sinal concreto” do Ano Jubilar, se realizará no XXXIII Domingo do Tempo Comum, que este ano cai em 19 de novembro.
O Papa inicia sua Mensagem, com a citação evangélica do tema central: «Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade».
Estas palavras do apóstolo São João – diz Francisco – são um imperativo do qual nenhum cristão pode prescindir. A importância do mandamento de Jesus, transmitido pelo “discípulo amado” até aos nossos dias, tem pleno sentido diante das palavras vazias que saem da nossa boca.
O amor não admite álibis: quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo, sobretudo quando somos chamados a amar os pobres. Aliás, é bem conhecida a forma de amar do Filho de Deus: “Ele nos amou primeiro, a ponto de dar a sua vida por nós”.
Deste modo, a misericórdia, que brota do coração da Trindade, se concretiza e gera compaixão e obras de misericórdia pelos irmãos e irmãs mais necessitados.
Neste sentido, o Santo Padre fez diversas referências da vida de Jesus, que ecoou, desde o início, na primeira Comunidade eclesial, que assumiu a assistência e o serviço aos pobres, com base no ensinamento do Mestre, que proclamou os pobres “bem-aventurados e herdeiros do Reino dos Céus”.
Contudo, aconteceu que alguns cristãos não deram a devida atenção a este apelo, deixando-se contagiar pela mentalidade mundana. Mas, o Espírito Santo soprou sobre muitos homens e mulheres que, de várias formas, dedicaram toda a sua vida ao serviço dos pobres.
O Papa recordou que, nestes Dois mil anos, numerosas páginas da história foram escritas por cristãos que, com simplicidade e humildade, se colocaram a serviço dos seus irmãos mais pobres.
Aqui, citou alguns nomes que mais se destacaram na caridade, como São Francisco de Assis, testemunha viva de uma pobreza genuína.
O Santo Padre lembra que, para os cristãos, discípulos de Cristo, a pobreza é, antes de tudo, uma vocação; é seguir Jesus pobre; é o metro para avaliar o uso correto dos bens materiais.
O nosso mundo, muitas vezes, não consegue identificar a pobreza dos nosso dias, com suas trágicas consequências: sofrimento, marginalização, opressão, violência, torturas, prisão, guerra, privação da liberdade e da dignidade, ignorância, analfabetismo, enfermidades, desemprego, tráfico de pessoas, escravidão, exílio e miséria. A pobreza é fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada!
Diante deste cenário, não se pode permanecer inertes e resignados, afirmou Francisco. Todos estes pobres – como dizia o Beato Paulo VI – pertencem à Igreja por “direito evangélico” e a obriga à sua opção fundamental.
Por isso, o Papa conclui sua Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres convidando toda a Igreja a fixar seu olhar, neste dia, a todos os estendem suas mãos invocando ajuda e solidariedade.
Que este Dia sirva de estímulo para reagir à cultura do descarte, do desperdício e da exclusão e a assumir a cultura do encontro, com gestos concretos de oração e de caridade, para uma maior evangelização no mundo. Os pobres – diz por fim Francisco – não são um problema, mas “um recurso para acolher e viver a essência do Evangelho”.
Na foto, o Papa abençoa a escultura de Jesus sem teto que foi colocada na entrada do prédio da Esmolaria Apostólica em março de 2016. 


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 04 DE NOVEMBRO DE 2017 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS




FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofssagradopetropolis@gmail.com
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15

 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano IX  NOVEMBRO DE 2017 -  Nº  05

SANTO ANTONIO

                                                                                       Frei Hugo D. Baggio,OFM


15 — CHAMEI-TE DO SILÊNCIO OBSCURO

    No Advento de 1221 ou na primavera de 1222, alguns frades vieram ao Convento de Forlívio, per­to de Montepaolo, para serem ordenados sacerdo­tes. Para o convento significava um dia de festa. Por isso, das casas e comunidades vizinhas acor­reram os confrades e, além deles, vieram também os irmãos dominicanos, muito ligados aos franciscanos, pois Fr. Francisco e Fr. Domingos haviam cultivado uma santa e sólida amizade.
    Após as cerimônias religiosas foi servido um almoço que, embora franciscano, naquele dia apre­sentava um ar mais festivo, para complemen-tar as festividades. Durante esta refeição, o superior dos franciscanos procurou entre os irmãos pregadores, os dominicanos, alguém que dirigisse umas palavras de edificação à assembléia ali reunida e sobretudo aos novos sacerdotes. Um a um, porém, escusaram--se, pois ninguém se havia preparado e não se sen­tia em condição de improvisar um sermão diante de tão culto auditório. O mesmo sucedeu quando o superior procurou pregador entre os frades me­nores. Escusas delicadas, mas firmes.
    O superior entendeu que os solicitados temiam não só dar uma mensagem acanhada, mas também perder seu prestígio. Daí procurou alguém que não temia perder tal prestígio, pois não o tinha nem o pretendia. Foi ter com Frei Antônio e su­plicou-lhe dirigisse ele algumas palavras, simples e breves, como lhas inspirasse o Espírito Santo. O Santo obedeceu. E começou a falar. E como diz gostosamente um biógrafo: "o Espírito Santo en­trou a lhe puxar a língua, e dos seus lábios brota­ram caudais de tanta eloquência, num falar tão ri­co e colorido, tão sentencioso e acertado, que to­dos os presentes, pasmos, eram só ouvidos, presos que estavam no inspirado orador". Naquele mo­mento, Deus revelava ao mundo uma jóia escondi­da e a oferecia, brilhante e polida, à fé dos cris­tãos do século XIII..

16 UMA REVELAÇÃO ENTRE OS FRADES

    Os primeiros franciscanos caracterizavam-se por extrema simplicidade, herdado de seu Funda­dor São Francisco, simplicidade que abrangia igual­mente o mundo intelectual da nova Ordem. Por isso, quando Frei Antônio entrou na Ordem, o pre­gar dos frades era simples, sem oratória e sem grande ciência. Segundo Francisco deviam, antes de mais nada "pregar com o bom exemplo". Ele mesmo, dava acento especial à vida evangélica e não entra­ra ainda nas preocupações de conteúdos teológicos e de normas retóricas. Por isso, o sermão de Frei Antônio recheado de citações das Escrituras e dos Santos Padres, pronunciado em bom latim, com imagens e comparações surpreendentes fora uma revelação e uma alegria para os presentes.
    Entre os ouvintes estava o Provincial Frei Graciano que, só naquela hora, descobriu quem era o fradezinho humilde e obscuro que no final do Capítulo das Esteiras pedira para vir com ele. Sem demoras, deu a Frei Antõnio o ofício de pre­gador. Teve, assim, que trocar o silêncio e a cal­maria de seu eremitério pelos caminhos e aldeias, cidades e castelos da redondeza, povoados de gente cheia de problemas, que gostava de gritar, de bri­gar de guerrear, de discutir, de cometer mil faltas. Contra tudo isso, o verbo inflamado de Frei Antônio se arremeteu e ceifou fundo, deixando, na passagem, um campo novo, onde o Evangelho po­dia florescer.
    Começava uma nova fase na pregação fran-ciscana. Mais que isso talvez: "Pode-se dizer que foi pela mão de Frei Antônio que a eloquência sá­bia e erudita veio professar a singeleza devota e a encantadora poesia nos eremitérios da Ordem dos Irmãos Menores". Frei Antônio com sua ciência e sua eloquência chegava em muito boa hora, pois, a heresia esparramava-se avassaladora pela Europa, lançando confusão e causando discórdias, dividin­do a cristandade e despertando os mais absurdos procedimentos e formas de culto a Deus e de inter­pretação do Evangelho. ..

17 — AS HERESIAS

    Antes de tudo, vamos lembrar que heresia é uma doutrina que ensina idéias opostas aos dogmas ou ensinamentos da Igreja. São interpre-tações da­das, no correr da história, à fé, ao Evangelho, aos costumes, aos sacramentos, crian-do uma cisão na comunidade cristã. Na Igreja, desde os seus pri­mórdios, a heresia foi um fenômeno presente, que reclamou muita luta e muita lucidez, sobretudo muita luz do Espírito Santo, para fazer frente a estas doutrinas adversas e perturbadoras. Frei An­tônio, em seu tempo, encontrou um campo se­meado de agudos espinhos. As heresias pululavam no século XIII, algumas nascidas por aquelas al­turas da história, outras mais antigas e ressuscita­das das cinzas, naqueles dias. Assim, havia uma quantidade de seitas, com as mais absurdas interpretações. Por vezes, porém, motivadas, no seu nascedouro, por uma situação crítica oferecida pela própria igreja e seu clero e o povo cristão em geral. Um grupo bem intencio­nado procurava uma reação de cunho e colorido evangélico, mas acabava descambando na revolta e na heresia. Nomeiam-se, assim, uma série delas: patarinos, valdenses e os cátaros, cujo nome em grego significa "puro": tentaram uma ascese de pu­rificação e afundaram numa desenfreada luxúria. Insurgiram-se contra o matrimônio, o batismo, a posse dos bens, os sacramentos, o valor da oração. Portanto, eram grupos que atacavam não só os costumes da Igreja e de seus homens, mas ataca­vam a própria doutrina e os conteúdos teológicos desta Igreja. Donde, não bastava uma vida exem­plar para combatê-los, como queria Francisco de Assis, reclamava-se igualmente uma formação teo­lógica e bíblica à altura, para rebater os argumen­tos ardilosos e armadilhas sutis e manhosas.
    Daí, a importância dos estudos feitos por Frei Antônio em Coimbra. Sua passagem pela escola dos Agostinianos foi providencial, pois o preparou de uma forma que a Ordem Franciscana não po­deria fazer. .

Continua no informativo – Ano IX -            DEZEMBRO DE 2017  -  Nº  06

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE NOVEMBRO

1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
        B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS DEFUN­TOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon, 3ª Ordem, mártires do Japão  
6 — B. Paulo  de   S. Clara,  1ª Ordem,  mártir no  Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto  — culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato   de   Rodez, 1ª Ordem,  mártir 
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21  — S. Nicolau, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no Japão.
25 — B. Isabel Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM FRANCISCANA