segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE DEZEMBRO DE 2015 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS




                      


FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS


RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofspetro@ig.com.br
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus



INFORMATIVO
Ano VII  DEZEMBRO DE 2015 -  Nº  06

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA ROSA DE VITERBO

Padroeira da Juventude Franciscana – JUFRA

CAPÍTULO   XVII

DE DEUS E' A VITÓRIA (continuação)

No dia 25 de Janeiro de 1251, o legado de Inocêncio IV anunciava o término do exílio. O pontífice exclamou: — Rejubilem os céus e a terra. A tempestade se transformou em orvalho.
Aguarda o Papa as festividades da Páscoa para depois abandonar a cidade de Lião e aos franceses, aos quais chama de filhos muito amados. Entra na Itália em meio às aclamações. Podia, com razão, repetir aos embaixadores que lhe vieram trazer as felicitações as palavras da Escritura: — Ele submer­giu no mar o cavalo e o cavaleiro.
O cavalo da heresia, que se dissipava, voltará no correr dos tempos, sob outra forma, montado por outro Lúcifer, desdobrando outro estandarte. Mas to­dos estes sinais do mal desaparecerão, um após ou­tro, ante o sinal da Cruz.

CAPITULO  XVIII

EM   VITORQUIANO
  
                                                                                       "Deus me protegeu, quando de todos os lados   
                                                                                        irrompiam chamas e, em meio do braseiro, o
                                                                                       fogo não me lesou". (Of. de S. Rosa de Viterbo
                                                                                       —. I as. Vesp. 3» ant.).


A Soriano chegou um peregrino, narrando, emocionado, que numa cidade vizinha a heresia parecia indestrutível.
— Os que lá vivem já não são homens, mas ani­mais. Um bando de demônios numa manada de porcos.
Rosa escutava tristemente o relato dos viajantes e inquiria sobre a distância que separava Soriano de Vitorquiano, a cidade por muitos chamada maldita.
—- Cerca de quatro horas, por um caminho infes­tado de salteadores.
João e Catarina, que desejavam regressar a Viterbo, acompanharam a pequena missionária. Mas es­ta partida em nada se assemelhava à expulsão que tantas mágoas lhes causara. Em lugar dos brutais soldados, eram desta vez acompanhados por amigos, que choravam ao vê-los partir tão cedo.
Em Vitorquiano foi recebida sem constrangimento. Já fôra precedida pela fama de seus milagres. Mas nes­te particular, não havia necessidade, pois os doen­tes consultavam a uma mulher extraordinária, inteligente e sábia, uma curandeira, profunda conhece­dora das artes mágicas.
Os Bolandistas lhe dão simplesmente o nome de Herética. Filiada à seita dos Patarinos, combatia vio­lentamente o Papa e a Igreja que ela chamava de "Igreja do Deus Perverso". Era uma dessas mulhe­res que, segundo Jacopone de Todi, "cobria com a longa cauda do vestido os saltos de cortiça" e sen­do pálida, fazia-se rosada e, de morena, transforma­va-se em loura, sob a ação de muitos ingredientes. Combinava unguentos e filtros para toda sorte de maquinações; fabricava figuras de cera e queimava folhas de louro contra os seus inimigos.
Já o primeiro sermão de Rosa produziu mudan­ças. Houve libertinos que mudaram de vida e herejes que abjuraram a heresia. Como em Viterbo e em Soriano, também aqui era seguida por uma multidão de ouvintes sempre crescente.
— Ela é uma pequena santa — exclamavam.
Andava de pés descalços, com passo ligeiro e le­ve, apenas roçando o solo. Levava a cabeça desco­berta, os lindos cabelos ao vento, vestia um burel des­botado e levava o crucifixo em suas mãos. A nigro­mante andava-lhe à espreita e a provocava.
O fato de a pedra onde se encontrava elevar-se do solo não lhe causava nenhuma admiração, pois ela mesma se poderia elevar do solo e, ainda mais, poderia transportar-se de um lugar para outro, com a rapidez do espírito. Ela também tinha visões e fa­zia semões maravilhosos. Mas sabia perfeitamente que alguns milagres eram superiores às forças de Belzebu e temia ser superada pela pequena Santa.
Certo dia, não se podendo mais conter, irrompe da multidão atenta ao sermão de Rosa, e a apostrofa violentamente.
A menina replica com toda a calma, pois conhe­ce o conselho franciscano: "Nutre verdadeiro amor por seus inimigos aquele que, sofrendo uma injustiça, pensa antes de tudo e unicamente no dano que a in­justiça pode causar a si e à sua alma".
A nigromante não se dobrava à caridade. O ódio por esta inocente lhe devorava as entranhas. Ela a teme e por isso a combate.
Chegou a época dos torneios entre os cavaleiros e dos debates poéticos organizados pelos trovadores. Diversões, instrução, castigos, pregações, passeatas, jogos, teatros, execuções: tudo ao ar livre.
Em praça pública, iriam medir-se em duelo a fei­ticeira e a menina. Tratava-se de uma questão de cortezia e de amor, relacionada, porém, com a corte ce­leste e com o amor divino. Rosa rebate como um dou­tor os sofismas da nigromante, enquanto a multidão aplaude.
Naqueles tempos, estavam em uso as estranhas provas chamadas "julgamentos de Deus". O guerrei­ro devia provar sua inocência pelas armas. No nosso caso, o céu tomará a defesa da sua fiel serva. Uma vez que ambas têm o carisma dos milagres, realizar-se-á entre elas um concurso; somente as preces da Santa serão eficazes.
Foi trazida uma ceguinha e apresentada à curan­deira, que recorreu aos seus auxiliares invisíveis, que de ordinário a ajudavam em suas curas. Mas os es­píritos das trevas manifestaram-se impotentes. Rosa colocou então as mãos sobre a fronte da ceguinha. Um grito de alegria e a criança estava curada. O povo começou a escarnecer a feiticeira e a heresia ia perdendo adeptos. João e Catarina acharam que a situação melhorara em Vitorquiano e por isso con­vidaram a filha para regressar a Viterbo.
Mas tal projeto suscitou muitas lamentações. Os convertidos afirmavam que após a partida de Rosa, a nigromante retomaria seus sortilégios e, em pouco, destruiria a obra realizada. Rosa prometeu, então, permanecer em Vitorquiano até alcançar a conversão da herética.
Diante disso, o povo estupefato não pôde conter o sorriso. Admiravam a tenacidade e a intrepidez da jovem.
— Nada teme. E' capaz de passar através das chamas.
Na Ordem Terceira aprendera a História Sagrada. Os pregadores falavam frequentemente sobre Daniel e ao evocarem a figura de Nabucodonosor, compara­vam-no a Frederico II.
Rosa recordou as provas que Daniel teve que suportar por amor a Deus e foi ter com a feiticeira, com a proposta de um jejum de 20 dias.

Continua no informativo – Ano VII -            JANEIRO DE 2016  -  Nº  07

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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE DEZEMBRO

1 — B. Antonio Bonfadini, 1ª Ordem
2 — B. Carlos de Blois, 3ª Ordem.
3 — S. Donino, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
4 — B. Pedro de Sena, 3ª Ordem.
5 — S. Hugolino,   mártir   de  Ceuta, 1ª Ordem                  
6 — S. Samuel, mártir de Ceuta, 1ª Ordem
7 — S. Maria José Rosselo, 3ª Ordem.
8 — IMACULADA CONCEIÇÃO
9 — B. João Romano, 3ª Ordem, mártir no Japão
10 — B. Engelberto Kolland, 1ª Ordem, mártir
11 — B. Hugolino Magalotti, 3ª Ordem.
13 — B. Conrado de Ofida, 1ª Ordem.
14 — B. Bártolo de S. Gimignano, 3ª Ordem.
15 — B. Maria   Francisca   Schervier, 3ª Ordem Regular
17 — B. João   de   Montecorvino, 1ª Ordem, culto ainda não aprovado
22 — S. Francisca Xavier Cabrini, 3ª Ordem.
23 — B. Nicolau Fatore, 1ª Ordem.
25 — SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE JESUS
26 — B. Bentivólio de Bonis, 1ª Ordem.
29 — B. Gerardo de Valença, 1ª Ordem
30 — B. Margarida Colona, 2ª Ordem

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2015

Santa Isabel

Padroeira da Ordem Franciscana Secular

                                                   

    Diz a lenda que Isabel foi invocada mesmo antes de nascer. Um vidente anunciou seu glorioso nascimento como estrela que nasceria na Hungria, passaria a brilhar na Alemanha e se irradiaria para o mundo. Citou-lhe o nome, como filha do rei da Hungria e futura esposa do soberano de Eisenach (Alemanha).
    De fato, como previsto, a filha do rei André, da Hungria, e da rainha Gertrudes, nasceu em 1207. O batismo da criança foi urna festa digna de reis. E a criança recebeu o nome de Isabel, que significa repleta de Deus. 
    Ela encantou o reino e trouxe paz e prosperidade para o governo de seu pai. Desde pequenina se mostrou de fato repleta de Deus pela graça, pela beleza, pelo precoce espírito de oração e pela profunda compaixão para com os sofredores. 
    Tinha apenas quatro aninhos quando foi levada para a longínqua Alemanha como prometida esposa do príncipe Luís, nascido m 1200, filho de Hermano, soberano da Turingia. Hermano se orientava pela profecia e desejava assegurar um matrimônio feliz para seu filho.
    Dada a sua vida simples, piedosa e desligada das pompas da corte, concluíram que a menina não seria companheira para Luis. E a perseguiam e maltratavam, dentro e fora do palácio.
    Luis, porém, era um cristão da fibra do pai. Logo percebeu o grande valor de Isabel. Não se impressionava com a pressão dos príncipes e tratou de casar-se quanto antes. O que aconteceu em 1221. A Santa não recuava diante de nenhuma obra de caridade, por mais penosas que fossem as situações, e isso em grau heróico! Certa  vez,  Luis  a  surpreendeu com o avental repleto de alimentos para os pobres. Ela tentou     esconder... Mas ele, delicadamente, insistiu e...  milagre!  Viu somente rosas brancas e vermelhas, em pleno inverno. Feliz, guardou uma delas. Sua  vida  de   soberana  não  era  fácil   e frequentemente tinha que acompanhar o marido em longas e duras cavalgadas. Além disso, os filhos, Hermano, de 1222; Sofia, de 1224 e Gertrudes, de 1227. Estava grávida de Gertrudes, quando descobriu  que o duque Luis se comprometera com o Imperador Frederico II a seguir para a guerra das Cruzadas para libertar  Jerusalém. Nova  renúncia duríssima! E mais: antes mesmo de sair da Itália, o duque morre de febre, em 1227! Ela recebe a notícia ao dar à luz a menina. Quando  Luis  ainda vivia,  ele  e  Isabel receberam    em    Eisenach    alguns    dos primeiros    franciscanos    a    chegar    na Alemanha   por   ordem   do   próprio   São Francisco. Foi-lhes dado um conventinho. Assim,   a   Santa   passou   a   conhecer   o Poverello de Assis e este a ter frequentes notícias dela. Tornou-se mesmo membro da Família Franciscana, ingressando na Ordem Terceira que Francisco fundara para leigos solteiros e casados. Era, pois, mais que amiga dos frades. Chegou a receber de presente o manto do próprio São Francisco! Morto o marido, os cunhados tramaram cruéis calúnias contra ela e a expulsaram do castelo de Wartburgo. E de tal forma apavoraram os habitantes da região,   que   ninguém   teve coragem   de   acolher   a   pobre,   com   os pequeninos, em pleno inverno. Duas servas fíéis a acompanharam, Isentrudes e Guda. De volta ao Palácio quando chegaram os restos mortais de Luís, Isabel passou a morar no castelo, mas vestida simplesmente e de preto, totalmente afastada das festas da corte. Com toda naturalidade, voltou a dedicar-se aos pobres. Todavia, Lá dentro dela o Senhor a chamava para doar-se ainda mais. Mandou construir um  conventinho   para os franciscanos em Marburgo e lá foi morar com suas servas fiéis. Compreendeu que tinha de resguardar os direitos dos filhos. Com grande dor, confiou os dois mais velhos para a vida da corte. Hermano era o herdeiro legitimo de Luís.  A mais novinha foi entregue a um Mosteiro de Contemplativas, e acabou sendo Santa Gertrudes! Assim, livre de tudo e de todos, Isabel e suas companheiras professaram  publicamente na Ordem Franciscana Secular e, revestidas de grosseira veste,   passaram   a  viver  em   comunidade religiosa. O rei André mandou chamá-las, mas ela respondeu que estava de fato feliz. Por ordem do confessor, conservou alguma renda,   toda   revertida   para   os   pobres   e sofredores.
    Construiu abrigo para as crianças órfãs, sobretudo defeituosas, como também hospícios para os mais pobres e abandonados. Naquele meio, ela se sentia de fato rainha, mãe, irmã. Isso no mais puro amor a Cristo. No atendimento aos pobres, procurava ser criteriosa. Houve época, ainda no palácio, em que preferia distribuir alimentos para 900 pobres diariamente, em vez de dar-lhes maior quantia mensalmente. É que eles não sabiam administrar. Recomendava sempre que trabalhassem e procurava criar condições para isso. Esforçava-se para que despertassem para a dignidade pessoal, como convém a cristãos. E são inúmeros os seus milagres em favor dos pobres! De há muito que Isabel, repleta de Deus, era mais do céu do que da terra. A oração a arrebatava cada vez mais. Suas servas atestam que, nos últimos meses de vida, frequentemente uma luz celestial a envolvia. Assim chegou serena e plena de esperança à hora decisiva da passagem para o Pai. Recebeu com grande piedade os sacramentos dos enfermos. Quando seu confessor lhe perguntou se tinha algo a dispor sobre herança, respondeu tranquila: "Minha herança é Jesus Cristo !" E assim nasceu para o céu! Era 17 de novembro de 1231. Sete anos depois, o Papa Gregório IX, de acordo com o Conselho dos Cardeais, canonizou solenemente Isabel. Foi em Perusa, no mesmo lugar da canonização de São Francisco, a 26 de maio de 1235, Pentecostes. Mais tarde foi declarada Padroeira da Ordem Franciscana Secular.

                                                                                                                                  FREI CARMELO SURIAN, O.F.M.
                                                                                                                                  http://w\vw.franciscanos.org.br



A Mística da Paz em Francisco e Clara

A Concepção de Paz na Idade Média

    Na visão cristã, evitam-se guerras entre cristão, mas ao mesmo tempo faz-se guerra contra os inimigos do cristianismo, os não-crentes e os hereges, que a ameaçam a existência do cristianismo. A paz interior da pessoa adquire-se pela conversão do pecado, penitência e paz com Deus. A meta dos cristãos crentes, através do afastamento do pecado, do mundo, e através das obras de misericórdia, é a paz do paraíso. 
    A paz nas cidades era entendida como garantia aos cidadãos da inviolabilidade do corpo, da vida e do matrimônio. A cidade garante a segurança dos bens dentro dos muros. A cidade assume o dever de construir e manter relações pacíficas entre seus cidadãos.
1. A Mística da Paz em Francisco e Clara 
Francisco faz referência a uma revelação em relação à saudação da paz. "O Senhor me revelou que nós devíamos saudar da seguinte forma: 'O Senhor te dê a paz' " (Test. 23). Várias fontes biográficas confirmam essa expressão e contam como os irmãos desde o início  usaram  em  diferentes  modos  essa saudação (cf. LTC, 26; LP, 67; LM 3,2; EP,26). A Legenda Perusina e o Espelho da Perfeição  relacionam a revelação da saudação da paz com revelação do nome de "menores". Dizer que algo é revelado por Deus é dizer que vem carregado de força de vida, de verdade, de amor e bondade, de graça e salvação. Torna-se normativo, tem peso de responsabilidade. Tem o caráter de dom, de iniciativa divina e do que não pode ser guardado, mas deve ser comunicado, anunciado, testemunhado. A expressão "saudação" indica busca, abertura, desejo de relação. Saudar alguém é estabelecer relação com alguém. Saudar, desejando a paz do Senhor, é construir relação de paz.  Este desejo terá tanto mais credibilidade quanto mais vier do coração, do testemunho de quem vem carregado da vontade divina. 
    Dois são, portanto, os traços que caracterizam o movimento dos irmãos que se reuniram ao redor de Francisco. Juntando esses dons com a experiência do Evangelho (envio missionário), temos um núcleo certamente bem central no carisma francisclariano. É uma fraternidade enviada em missão para dar testemunho e anunciar o Evangelho, como Irmãos Menores e arautos da paz.
    Esta saudação da paz soava estranha para muitos que nunca tinham ouvido algo semelhante de outros religiosos. Alguns ficavam até mal humorados e questionavam os frades, de modo que houve quem sentisse vergonha e pedisse a Francisco a dispensa de tal saudação. Francisco, porém, animou o frade envergonhado e admoestou-o para que não se encolhesse (cf. EP,26). No tempo de Francisco haviam  muitos grupos e movimentos que buscavam a pobreza e a pregação. No entanto, a novidade estava nessa saudação da paz. Diante do irmão envergonhado, Francisco esclarece que essa saudação pertence essencialmente à compreensão da nova Fraternidade. Segundo o franciscanólogo João Batista Frayer, são quatro os elementos que impregnaram a compreensão inicial dos irmãos que se juntaram a Francisco: a minoridade, a vida de penitência, a fraternidade enquanto tal e a saudação de paz. O novo estaria na saudação de paz, ao passo que os demais elementos são comuns a outros grupos da época. As fontes testemunham com clareza que se pode falar com a mesma ênfase de um movimento de  paz  como  se  costuma  falar  de   um movimento de pobreza e penitência.
    Podem-se identificar  alguns traços característicos do significado da paz  em  Francisco: a paz interior como fundamento da paz exterior, atitude de paz como estilo de vida, contemplação, paz a ser construída, teologia e espiritualidade como base para a paz.

                                                                            Frei Nestor Inácio Schwerz, Ofm
                                                                             http://www.franciscanos. org.br


CURSO BÁSICO DO CARISMA MISSIONÁRIO FRANCISCANO (CBCMF)

O ENCONTRO COM OS MUÇULMANOS ( PARTE !!)

Como vimos no fina! da I Parte desta exposição, Maomé deixou fixados no Alcorão dois temas fundamentais: 1 - Oposição enérgica ao antigo politeísmo (adoração a muitos deuses) dos Árabes; 2 - A preparação da humanidade para o dia do juízo escatológico do (o juízo fina!}, Fique bem claro que as idéias de céu e de inferno são amplamente desenvolvidas no livro santo {o Alcorão). Além disso, o profeta propõe os "cinco pilares" (colunas) do Islã para todos os seus seguidores. Abrangem eles: 1-A profissão de fé; 2 - A oração obrigatória (recitadas 5 vezes ao dia); 3 - 0 imposto destinado aos pobres; 4 - O jejum no mês do Ramada; 5 - A peregrinação á meca, a cidade santa, que cada muçulmano deve fazer ao menos uma vez na vida, se tiver condições físicas e econômicas. Algumas outras determinações complementam os "cinco pitares": o fiei pode ser chamado a participar numa "guerra santa" (DSCHIHAD) - O uso do vinho é proibido, bem como os jogos de azar - carne de porco é considerada impura - A legislação matrimonial concede aos homens a posse simultânea que quatro mulheres e a livre disposição sobre suas escravas. Esta prática fica limitada, porque supões ricas posses. A princípio, a mensagem de Maomé atinge apenas um limitado número de fiéis. Na sua cidade paterna, os poderosos o enfrentaram com hostilidades. Esta situação melhorou com a HÉGIRA (fuga ou migração) ocorrida no ano 622 D.C. data com a quai os muçulmanos começam a contagem de sua era. Pois, habitantes de Jathrib, ao norte de Meca, convidaram o profeta e seus seguidores para que se mudassem para esta cidade que em breve receberia o nome de "cidade do profeta", em Árabe "MEDINÁT ÂN-NABÍ" abreviado para"MEDINA". Em Medina, Maomé tornou-se o coordenador de uma região maior, submissa ao Islã. Como tarefa mais urgente, empreendeu a reconquista dê sua cidade nata!, cujo santuário pré-islâmico (antes de Maomé), a KAABA ele declarou o centro principal da Hégira, a saber, da peregrinação islâmica, A Kaaba ou Ca'ba é um enorme bloco de pedra quase quadrado, compacto, de cor totalmente negra; talvez um meteoro trabalhado ou fruto de lava vulcânica de épocas desconhecidas dos cientistas, alta, larga e comprida. Ela já estava ali milhões de anos antes de Maomé aparecer. Já se acreditava, desde muito tempo, que ela era branca e fora trazida do céu para a terra pelo Arcanjo Gabriel, mas e!a ficou negra devido à maldade humana. Assim eles crêem.
Após uma ausência de oito anos e repetidos confrontos com os habitantes de Meca, Maomé conseguiu a entrada triunfal e pacífica na sua cidade natal. Durante os últimos dois anos de vida, dedicou-se, sobretudo à organização da peregrinação. Maomé faleceu em 08 de junho de 632 (décimo ano da Hégira), As causas são discutidas sem conclusão. Viveu 62 anos.

A EXPANSÃO DO ÍSLÃ

Esta começou imediatamente após a morte do profeta. Numa rápida guerra triunfal, exércitos do Islã conquistaram as costas do Mediterrâneo no norte da África, transpuseram o estreito de Gilbratar (DJED-AL-TARIK). Destruíram o reino dos visigodos (descendentes das antigas invasões germânicas) na Espanha, no ano de 711, na batalha de JERES DE LA FRONTERA. na qual tombou o último rei visigodo, RODRIGO, Os visigodos eram bárbaros convertidos ao catolicismo. Apenas em 732, ou seja, 100 anos após a morte de Maomé, o cavaleiro e nobre francês CARLOS MARTELO conseguiu enfrentar os muçulmanos na península Ibérica (Espanha e Portugal) durou até o ano de 1942, quando foi tomada a última base de resistência: GRANADA. A ocupação durou, pois, 781 anos com lutas encarniçadas e acordos de paz entre os cristãos e os mulçumanos. Em algumas cidades a convivência era pacífica, também com habitantes judeus. Durante a época de ascensão do Islã, os dois grandes adversários no oriente médio, a saber, BIZÂNCIO (ou Constantinopla) e a PÉRSIA(hoje Irã) se tinham quase extenuados mutuamente em longas lutas. Em consequência foi possível aos mulçumanos avançar simultaneamente no oriente e no ocidente. Em 642 conseguiram dominar o império persa dos Sassânidas e impor-lhe a fé do Islã. Na índia, o Islã atingiu o apogeu no século XVI (1500/1600), durante o reinado do grão Mogul. Na Indonésia, chegou por intermédio de comerciantes hindus. Daí passou à África orienta! e centrai. (C6CMF lição 16)            
                                                                                      Segue na III parte.

"Ao ouvir o grito: Vamos à oração!' e se não me encontrardes na primeira fila da mesquita, então procurai-me no cemitério." (Abu Abdallah ibn Chafit{+982), de Shiras). - Sábio muçulmano.

PASSATEMPO FRANCISCLARIANO

Da Carta escrita por Conrado de Marburgo, diretor espiritual de Santa Isabel, escrita ao Papa, no ano de 1232.

Isabel conheceu e amou Cristo nos pobres

Muito cedo começou Isabel a possuir grandes virtudes. Do mesmo modo como a vida inteira foi a consoladora dos pobres, era também desde então a providenciados famintos. Determinou a construção de um hospital, perto de um castelo de sua propriedade, onde recolheu muitos enfermos e enfraquecidos. A todos que ali iam pedir esmola. distribuiu liberalmente suas dádivas: e não só ali, mas em todo o território sob a jurisdição de seu marido. Destinou para isto a renda de quatro dos principados do esposo, e foi ao ponto de mandar vender seus adornos e vestes preciosas em benefício dos pobres.

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"Uma mulher forte, quem a encontrará? Ela vale mais do que as jóias. (Prov.31,10)