quinta-feira, 10 de setembro de 2015

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE SETEMBRO DE 2015 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


Santa Rosa de Viterbo
Padroeira da Jufra


FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS


RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofspetro@ig.com.br
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas

Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das   14:00 às 17:00 horas. Missa no 1° sábado de cada mês
 às 16:15 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus


INFORMATIVO
Ano VII  SETEMBRO DE 2015 -  Nº  03

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA ROSA DE VITERBO

Padroeira da Juventude Franciscana – JUFRA

CAPÍTULO   XV

O   ÊXODO

               "Frei Leão, se tivéssemos a virtude de dar vista
               aos cegos e pés aos paralíticos, libertar os pos-
               sessos e dar ouvido aos surdos, desatar a língua
               dos mudos e ressuscitar mortos de quatro dias,
               anota-o bem: nisto não consiste a verdadeira
               alegria" (S. Francisco — Fioretti IX).

      Se o ano de 1249 trouxe novo vigor à árvore da liberdade, chamada por Frederico de venenosa, também anunciava ao Imperador o declínio. Enzo, seu filho predileto, foi derrotado e feito prisioneiro. Re­crudesciam as conspirações contra a sua vida. Caíam, vítimas da suspeita de traição, os seus mais presti­mosos auxiliares. Assim, Pedro de Vigne, depois de ter os olhos queimados por ferro em brasa, foi entre­gue ao furor da populaça.
      Realizava-se o vaticínio: "Tudo ambiciona, mas na­da conservará".
      À medida que vê fugir-lhe o império, multiplica as detenções, as ordens de prisão, as execuções. Em 1250, em Viterbo, assinava-se uma ordem que condenava Rosa ao exílio.

      Para, se apoderar da menina, a polícia imperial es­perou a noite, a hora em que as casas se fecham e se acendem os lampiões, a hora em que as ruas se despovoam e os homens procuram o lar com a só preocupação de gozar uma noite tranquila. A neve que tomba amortecerá os passos, pois deve-se evitar uma rebelião dos fanáticos.
      Catarina, apavorada, abre a porta aos soldados. E ainda que tenha compreendido, pelo gesto brutal a inutilidade de qualquer queixa, atreve-se a protestar:
      —   Somos  gente pobre e não fazemos mal a nin­guém.
      E os soldados, com uma gargalhada:
      —  Não fazemos mal a ninguém, mas lutamos con­tra o Imperador!... Sim, senhores!... Que comédia!...
      Poucos instantes depois, pai, mãe e filha encon­tram-se na presença do representante imperial. Não seriam necessários os candelabros de prata acesos, pois o tronco que ardia na enorme lareira, enchia de luz toda a sala. O prefeito, sobre uma cadeira de espaldar dourado, lança olhares de desprezo sobre es­tas modestas pessoas. Rosa, envolta em seu burel, com os pés descalços, não tinha aparência alguma de te­mível adversária. A menina fixa nele os olhos radiantes e ele sem perda de tempo, com voz encolerizada, lê o decreto de banimento, onde era acusada de ter des­respeitado o Imperador e semeado a centelha da re­volta. O homem gagueja num crescendo de cólera.
      —  Já dei ordens de vos conduzirem para fora das muralhas. Parti!
      Aterrorizado, o pai suplica a graça de poder pas­sar ainda uma noite em sua morada, no que é cola­borado pelas preces da esposa. Rosa, em silêncio, me­dita. As palavras "desrespeito ao Imperador e excita­ção à revolta" lhe acordam na mente uma tarde de verão e uma ordem de Maria Santíssima:
      —  Confundirás a heresia e darás combate aos ad­versários da Igreja.

      Não tem escusas a apresentar, pois apenas cum­prira ordens do céu. O prefeito é irredutível. As lá­grimas dos dois velhos parecem excitar-lhe o furor. E à observação de João, que partir a horas tão altas da noite sob uma tempestade de neve seria expor-se a um perigo mortal, responde sarcástico:

      — A morte? Que outra coisa vos podemos desejar? E ficai sabendo, que é isso que vos espera, caso ten­teis regressar à cidade.
      Acenou aos soldados que os conduzissem sob es­colta até fora dos muros, abandonando-os com uma derradeira ameaça.
      Ninguém nos revelou o quanto terão sofrido os pais de Rosa nesta marcha em meio à neve. Como tam­bém ninguém nos transmitiu, talvez porque a língua humana é incapaz, o sofrimento da mãe de Francisco, ao ver seu filho querido, vestido como um vagabun­do, com uma escudela na mão, esmolando pelas por­tas de Assis. Sem dúvida, o céu reserva uma glória especial às mães dos santos.
      Todavia, os cronistas relatam que os pais de Rosa marchavam chorando pela noite a dentro, açoitados pelos turbilhões da neve que caía. Em vão tentava Rosa reconfortá-los. Na campina, desaparecera qual­quer vestígio de caminho e os viandantes, para evitar os pântanos, resvalavam pelas encostas geladas e tropeçavam nas raízes. De quando em vez, o velho casal voltava irresistivelmente os olhos para as mu­ralhas da cidade, atrás das quais, não mais se po­deriam abrigar. O sinal de apagar as luzes já há tem­po que soara. E Catarina lembrava-se do asno, das galinhas brancas e grisalhas, do seu chale que ficara sobre a cadeira e com o qual desejaria agasalhar sua filha infeliz. Neste momento, esquecia graças e mila­gres. Apenas via um deserto de neve, uma alucinante fusão de alvura e trevas, um céu sem estrelas, uma noite desoladora.
      João pensava nos seus feixes de lenha; bruscamen­te abandonados no pátio e nas compras que no dia seguinte deveria fazer para as clarissas. E num sus­piro acrescentava:
      —  Amanhã irão inquirir por onde andamos. . .
      E Catarina chorando:
      —  Amanhã, Viterbo em peso saberá da nossa ex­pulsão e julgarão que perecemos os três ao rigor da neve.
       Rosa docemente atalhava:
      —  Tenho a promessa da Virgem   de que nunca me abandonaria.
      Ela atingira o ápice de seus sonhos: sofrer por amor de Deus. Mas não há santo, que vendo a mãe chorar, não tente o impossível para a consolar. Rosa repetia as palavras de sua Rainha e Protetora e dei­xava transparecer tanta esperança e fervor, que a ve­lha senhora deixou de chorar.
      Chegados aos pés de um rochedo, procuraram às apalpadelas um abrigo. Encostaram-se um contra o outro à semelhança de avezinhas empoleiradas sobre um galho à mercê do vento glacial.
      À mente de Rosa, provavelmente se apresentou uma narração dos frades menores aos terceiros. Francisco e Frei Leão subiam, uma tarde, transidos, de frio, ru­mo a Porciúncula, conversando sobre a verdadeira alegria.
      O Santo dizia ao companheiro que se, ao chega­rem ao convento, o irmão porteiro não os quisesse re­ceber, mas os expulsasse aos golpes e injúrias e os obri­gasse a dormir na neve, esses contratempos, supor­tados por amor de Cristo, transformar-se-iam na ver­dadeira alegria.

Continua no informativo – Ano VI -            OUTUBRO DE 2015  -  Nº  04

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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE SETEMBRO

1  — B. João Francisco Burté, 1ª Ordem, mártir
2 —  B. Severino Jorge Girault,3ª Ordem, Mártir
3 — B. Apolinário de Posat, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Rosa de Viterbo, 3ª Ordem.
5 — B. Gentil  de  Matelica,  1ª Ordem, mártir.
6 — B. Liberato de Loro  Piceno,  1ª Ordem.
7 — B. Peregrino de Falerone, 1ª Ordem.
8 — B. Serafina Sforza, 2ª Ordem.
9 — B. Jerônimo Torres,1ª Ordem, mártir no Japão.
10 — B. Apolinário  Franco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
11 — B. Boaventura de  Barcelona, 1ª Ordem.
12 — B. Francisco de Calderola, 1ª Ordem.
13 — B. Gabriel da Madalena, 1 ª Ordem,  mártir no Japão.
14 — B. Ludovico   Sasanda, 1ª Ordem, mártir no  Japão.
15 — B. Antonio de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir no Japão.
16 — B. Antonio de S.Francisco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
17 — ESTIGMAS   DE   S. FRANCISCO   DE ASSIS (1224)
18 — S. José de Cupertino, 1ª Ordem.
19 — B. Francisco de Santa Maria, 1ª Ordem, mártir do Japão.
20 — S. Francisco Maria de Camporosso,1ª  Ordem
21 — B. Delfina  de Glandeves, 3ª Ordem.
22 — B. Inácio de Santhiá, 1ª Ordem.
23 — BB. Francisco  Hubyoe,  Caio  liyemon Liyemon, Tomás linemon, Leão  Satzuma  
          e  Luís Matzuo, 3ª Ordem, mártires no Japão.
24 — S. Pacífico de S. Severino, 1ª Ordem.
25 — B. Lúcia  de  Caltagirone,  3ª Ordem.
26 — S. Elzeário de Sabran, 3ª Ordem.
27 — B. Luís Guanela, 3ª Ordem.
28 — B. Bernardino de Feltro, 1ª Ordem.
29 — B. João Dukla, 1ª Ordem.
30 — B. Félix Meda de Milão, 2ª Ordem