terça-feira, 22 de outubro de 2013

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE OUTUBRO DE 2013

Bem Aventurado Frederico Ozanam
(1813 - 1853)

Professor, da Terceira Ordem Secular.
Fundador das Conferências de São Vicente.
Beatificado por João Paulo II.

Antonio Federico Ozanam nasceu em Milão a 23 de abril de 1813 de família descendente de um antigo tronco israelita da Bresse Lione. Em 1816 a família voltou a Lião e Federico foi aluno no colégio real onde fez seus estudos humanísticos desde 1822 até 1829. Com apenas 15 anos sua juventude foi abalada por uma profunda crise de fé, mas teve a graça de ter ao seu lado o abade Noirot, seu professor de filosofia, que mais que nenhum outro lhe ajudou a superá-la.
Com efeito, a vida de Ozanam está marcada pelo pronto benefício deste sacerdote que soube fazer intuir ao jovem sua vocação de apologista e apóstolo. Em 1831, enviado por seu pai a Paria para realizar estudos jurídicos, Federico foi hóspede por dois anos do cientista André Marie Ampère, e pôde freqüentar aquele verdadeiro viveiro de jovens esperanças que Emanuel Bailly soube reunir ao redor de um dos protagonistas da fundação da Pia Sociedade das Conferências de São Vicente de Paula (23 de abril de 1839).
A 30 de agosto de 1836 pôde coroar seus trabalhos convertendo-se em doutor das leis e a 07 de janeiro de 1839 chegou a se doutorar em letras. De 1839 a 1840 esteve em Lião como professor de direito comercial e acariciou um vago desejo da vida religiosa; ao não poder realizá-lo, fez-se fervoroso na Ordem Franciscana Secular e se inspirou na espiritualidade franciscana. Em 1841 casou com Amália Soulacroix, filha do reitor da universidade de Lião, da qual teve em 1845 uma filha chamada Maria.
A ambas amou ternamente na mais suave felicidade familiar. Tendo-se estabelecido definitivamente em Paris, foi titular da cátedra em Sorbone, onde travou amizade com eminentes personalidades do mundo literário e católico. O ensino universitário o obrigou a fazer contínuas viagens de estudos por toda a Europa, especialmente na Itália.
A vida de Ozanam pertence em especial à história da Igreja e seu nome está ligado à sociedade de São Vicente de Paula. O método por ele adotado era o da visita a domicílio aos pobres, aos quais junto com uma boa palavra de consolo e de fé, sabia levar-lhes o socorro de sua caridade.
A Sociedade de São Vicente de Paula teve graças a ele um desenvolvimento extraordinário desde o começo: um ano depois de sua fundação os confrades eram uma centena, dez anos mais tarde, em 1853 o mesmo Ozanam podia dizer: “De oito que éramos a princípio, hoje apenas em Paris somos 2000 e visitamos 5000 famílias”. Hoje as conferências de São Vicente superam os 1.250.000 membros.
Em 08 de setembro de 1853, amorosamente assistido por sua esposa, sua filha, seu irmão sacerdote, seu irmão médico e seus confrades vicentinos de Marsella morreu aos 40 anos.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.


SEFRAS

 O Serviço Franciscano de Solidariedade – Sefras é uma rede de serviços sociais coordenados pelos Frades Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil. Atende a cerca de 141.000 (cento e quarenta e um mil) pessoas ao ano, por meio da assistência social com acolhimento, proteção, atividades socioeducativas, articulação política e o incentivo ao exercício da cidadania. O publico atendido nos serviços são: crianças, famílias, pessoas em situação de rua, catadores, idosos(as) e pessoas vivendo com HIV/ AIDS. Toda a ação social direcionada à esta população, segue as diretrizes da Política Nacional de Assistência Social – PNAS.
O Sefras é a expressão solidária de trabalhadores religiosos, profissionais de diversas áreas, voluntários e doadores para com os empobrecidos – pessoas vitimas do sistema socioeconômico que norteia as relações humanas e de mercado. A instituição fundamenta-se nos Direitos Humanos, com o objetivo de contribuir com a superação da desigualdade social e, tem como bandeira de luta, mediante as atividades que desenvolve e participa, a implantação de uma justiça ambiental.
Para isso, desenvolve diversos serviços no campo da defesa e da promoção dos Direitos Humanos  e a inserção nas lutas ambientais. São 14 serviços que se dividem nos Estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, região sudeste do país.
Visão
Um serviço social fundamentado nos direitos humanos e ecológicos, a partir dos princípios cristãos e franciscanos, voltados para a busca de superação da desigualdades social, articulando atendimento imediato e construção de políticas públicas que assegurem os direitos da população.
Valores O entendimento do humano como ser sagrado, a misericórdia, a compaixão, a caridade, a justiça na ótica profética do anuncio e da denuncia, a simplicidade, a minoridade, o serviço, o acolhimento, o cuidade, a cortesia, a cordialidade, a paciência, a fraternidade, a alteridade, a qualidade das relações, a integração entre feminino e masculino, a criatividade, a beleza e a bondade, a sabedoria, a ternura, a alegria, a atenção aos sinais dos tempos, a utopia; a liberdade de expressão, opinião, pensamento, consciência e opção político- ideológica; a postura ecumênica e diálogo interreligioso; uma cultura de paz; pluralidade cultural, étnica e de gênero; superação da discriminação e do preconceito de qualquer natureza; postura ética e praticas democráticas; a política como pratica do bem comum; consciência ecológica integral.
http://www.sefras.org.br



A Fraternidades: Nossa Riqueza

1. O Documento final do Capítulo da OFS de Manaus pediu que fosse feito um esforço de revigoramento das reuniões mensais e da vida fraterna. O tema da fraternidade é vasto e complexo. Não é finalidade deste texto refletir sobre todos os seus aspectos e implicações. Desnecessário lembrar e frisar que a dimensão da fraternidade perpassa toda a Regra e colore o projeto de vida dos seculares. Constituímo-nos em Fraternidades. Somos Fraternidades da Ordem Franciscana Secular.
2. Ser irmão significa não querer dominar, mas servir. Uma das palavras-chaves da espiri-tualidade franciscana é servir. Nos escritos de Francisco encontramos mais de cinqüenta vezes o verbo servir e perto de vinte vezes o substantivo servo. Belo e sugestivo o que Francisco escreve: “Neste gênero de vida, nenhum irmão tenha poder ou dominação, principalmente entre si. Pois, como diz o Senhor no Evangelho: Os príncipes dos povos os dominam e os que são maiores exercem poder sobre eles, assim não será entre os irmãos. Mas todo aquele que quiser tornar-se maior entre eles, seja ministro e servo deles. E quem entre eles é o maior, faça-se como menor” (…) “E nenhum irmão faça ou fale mal do outro. Antes, pelo contrário, sirvam e obedeçam de boa vontade uns aos outros na caridade do espírito” (Regra não Bulada 5,12-17).
“E ninguém se chame prior mas, neste gênero de vida, todos se chamem irmãos menores. E um lave os pés dos outros”( Regra não Bulada 6,3).
3. Os relacionamentos fraternos entre os discípulos de Francisco situa-se na linha dos servidores. Na experiência do Poverello, em sua juventude, ele compreendeu que os relacionamentos humanos eram marcados pela dialética do padrão e do empregado, do forte e do fraco, do superior e do inferior. Sabemos que a mesmo impulso nos ronda: a grande tentação do poder, ser o maior, o mais inteligente, o mais brilhante, o mais forte, em resumo, o primeiro. Normal que as pessoas queiram avançar e progredir. Francisco compreendeu claramente que esse desejo fundamental de afirmar-se tem como perversão o desejo do domínio e da apropriação. Somos todos capazes de fazer uma lista de exemplos concretos disso no campo profissional, nos relacionamentos nacionais e internacionais e mesmo nos ambientes eclesiais. Nossa sociedade, baseada na competição e competitividade, é feita para os lobos e não para os fracos e débeis. No Evangelho, notamos a vontade de brilhar dos filhos de Zebedeu. Francisco quer construir sua nova fraternidade baseada na idéia do serviço. Para ele, converter-se à fraternidade significa passar gradualmente do dominador que dorme em cada um de nós ao servo dos irmãos.
4. Francisco fará do mútuo serviço, vivido em minoridade, na igualdade, na simplicidade, na humildade um dos fundamentos da fraternidade. Ele sabe que cada grupo humano precisa de pessoas responsáveis pelo seu andamento. Mas sua autoridade não pode ser um poder de domínio, mas um serviço. “Os ministros acolham os irmãos com caridade e benevolência. Tenham-lhes tanta familiaridade que os irmãos possam lhes falar e proceder como senhores para seus servos. Pois assim deve ser que os ministros sejam servos de todos os irmãos” (Regra Bulada 10,5-6).
5. Servir significa partilhar com confiança. Para Francisco ser irmão significa querer servir os outros. Isso pressupõe que conheçamos suas necessidades. Fraternidade é um lugar onde cada pessoa pode dar, pedir e receber. “Onde quer que estejam os irmãos, mostrem-se familiares uns com os outros. E cada um manifeste ao outro com confiança suas necessidades, porque como uma mãe nutre e ama seu filho carnal com mais cuidado não deve um amar e nutrir seu irmão espiritual? E se algum cair doente que os irmãos o sirvam como gostariam de ser eles mesmos servidos” (Regra Bulada 6,79). Francisco fala da pobreza e da fraternidade no mesmo texto. Não se pode dissociar fraternidade e pobreza. O pobre é alguém que se encontra na necessidade. Todos somos pobres de alguma coisa. Para cobrir esta pobreza, o Senhor nos dá irmãos e irmãos  que nos complementam. Tornamo-nos como transmissores das atenções de Deus para com nossos irmãos e irmãs. O homem satisfeito consigo mesmo nunca será irmão. A fraternidade supõe pessoas que, ao mesmo tempo, dão e recebem. Se no casal, na sociedade e em nossos grupos apenas recebemos não existe fraternidade. O paternalismo gera seres infantis e assistidos e não irmãos e irmãs.
6.Francisco privilegia a imagem da mãe. Características do amor maternal: ternura vigilante, intuição, devotamento. Francisco fala do amor espiritual para significar que não estamos num ajuntamento qualquer, mas na força do Espírito que une e cimenta os relacionamentos.
7. A fraternidade é o primeiro lugar de nossa conversão. É no nível dos relacionamentos que se exercita e se verifica nossa vida de fé. Desde o momento do encontro com o leproso Francisco sabe que converter-se ao Evangelho é, antes de tudo, sair de si mesmo. Uma fraternidade com os mais simples… encontra-los, servi-los, viver com eles. Nesse dia, ele descobre a fraternidade. Mais tarde haverá de compreender que o Cristo fez a mesma opção, ou seja, viver a singeleza e pobreza do ser humano. Cristo sai de si mesmo. Cada manhã podemos fazer a escolha de sairmos de nós mesmos e caminhar na direção do Senhor e dos outros. A vida de fé é sempre uma saída de si, sempre um êxodo na busca de uma maior felicidade.
8. Os irmãos que o Senhor nos dá constituem um convite à conversão. Eles nos instigam a que nos superemos. Sua maneira de ser e a convivência com eles nos revelam quem somos nós. Os relacionamentos entre as pessoas são um lugar de prova, de verificação onde cada um faz a verdade. Não se pode trapacear com aqueles que vivem todo o tempo conosco. Os irmãos me fazem descobrir meu pecado: inveja, bloqueios, trevas, pobreza, incapacidade de amar de verdade sem dobrar-me sobre mim mesmo. Somente a pessoa que faz a verdade de si pode ser irmão.
9. Os que buscam uma fraternidade ideal (ou um casal ideal) é quem vive na ilusão e não na verdade. Sonha com uma fraternidade ideal e não a constrói cada dia. Um dos fundamentos da fraternidade é assumir as grandezas e as misérias dos outros.  O mistério da cruz está plantado no seio das fraternidades e do casal. A vida fraterna será um sucesso se for uma vitória cotidiana, vitória do Espírito, sobre o caos do pecado.
10. A fraternidade evangélica não existe ainda. Está sendo construída. É uma história, uma utopia criativa, uma tensão fecunda. Cada um de nós não cessa de converter-se ao amor fraterno. Onde quer que homens e mulheres desejem viver a fraternidade evangélica sempre se erguerão forças caóticas para destruí-la. Podemos designá-los de diabo, trevas ou simplesmente o mal. Não se vive a fraternidade “como reserva celeste”. Em todas as comunidades há doentes, velhos impotentes, pessoas difíceis… que constituem uma parte do povo que marcha na direção de Deus.
11. Não se vive a fraternidade como espaço idealizado. Francisco viveu a fraternidade como um lugar pascal. Nela encontrou suas maiores alegrias, mas também grandes sofrimentos. Ali, desta maneira, ele entrou na verdadeira pobreza evangélica.
Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM.

O Encontro entre o Papa Francisco e o poverello de assis.

A história franciscana nos relata que quando Francisco de Assis e companheiros chegaram ao número de 12 irmãos, e "vendo o bem-aventurado Francisco que o Senhor aumentava cada dia o seu nú­mero, escreveu para si e para seus irmãos, presentes e futuros, com simplicidade e com poucas palavras, uma forma e Regra de vida, sendo principalmente expressões do santo Evangelho". E por esse motivo, por volta de 1209, foi a Roma com todos os irmãos, "desejando ardentemente que o Papa Inocêncio III confirmasse o que tinha escrito". Assim que foram acolhidos pela igreja de Roma, o Papa Inocêncio, "informado do desejo daqueles homens de Deus, depois de refletir, aceitou o pe­dido. Tendo-lhes feito muitas exortações e admoestações, abençoou São Francisco e seus irmãos e lhes disse: 'Ide com o Senhor, irmãos, e conforme o Senhor se dignar inspirar-vos, pregai a todos a penitência..." (cf. !Cel32).
São Francisco de Assis, ao longo de toda a sua vida, estabeleceu profunda rela­ção de comunhão com Papa e com a santa mãe Igreja. Esta unidade e comunhão com a Igreja foram 
imprescindíveis ao Pobre de Assis! Ele, à luz da Fé e do Evangelho,
compreendeu que a Igreja será sempre Igreja quando ela é a encarnação viva e proclamadora do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. No início do seu Tes­tamento, depois de recordar o significado do leproso no seu processo de conversão, imediatamente lhe vem à memória a santa Igreja: "O Senhor me deu tanta fé nas igrejas que com simplicidade orava e dizia: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas igrejas que estão no mundo inteiro..." (Test 4).
Enquanto a fraternidade, por cerca de 14 anos, deu o acabamento definitivo à forma devida (Regra) aprovada oralmente em 1209 pelo Papa Inocência III, São Francisco e os primeiras frades moldura-ram o carisma franciscano numa moldura eclesial. Na abertura da Regra definitiva se lê: "Frei Francisco promete obediência e reverência ao Senhor Papa Honório e a seus sucessores, canonicamente eleitos" (RB 1,1). Depois, na conclusão da Regra, se diz: "... para que, sempre súditos e sujei­tos aos pés da mesma santa Igreja, firmes na fé católica, guardemos a pobreza e a humildade e o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, como firmemente prometemos" (RB 12,4).
O carisma franciscano, moldurado em contornos evangélico-eclesiais, se dinamiza pela oração que é sintonia e comunhão ("Rezem o ofício divino, se­gundo a ordem da santa Igreja Romana") e pela pregação ("nenhum dos irmãos pregue contra a forma e a doutrina da santa Igreja").
Se Francisco submeteu a vida da Or­dem Franciscana aos pés da Santa Igreja, neste ano, no próximo dia 04 de outubro, a visita do Papa Francisco à cidade de Fran­cisco de Assis significa uma reafirmação da Igreja de Deus pela 'Profecia de Paz' que Francisco de Assis representa ao mundo de hoje. Três momentos me chamaram a atenção na programação da viagem do Papa a Assis, divulgada pela Santa Sé: a) o "encontro com crianças tocadas pela doença e portadoras de deficiência", b) "o Papa vai almoçar com os pobres no centro de Assis", c) e no eremitério do Cárceri "rezará na cela de São Francisco".
Portanto, neste ano a Festa de São Francisco de Assis será histórica pois será assinalada pela renovação do encontro entre o Sumo Pontífice e o Poverello de Assis. 
                                                                                             
                                                                                                             Frei Fidêncio Vanboemmel


Aconteceu!!!

Dia 04 de Outubro, Festa de São Francisco, a Fraternidade acolheu com muito carinho a profissão de nossa Irmã Elizabeth Nascimento Rigoni.
Seja muito bem vinda e que as Bênçãos de Deus esteja sempre contigo!


Tivemos também o jubileu de prata de nossa irmã Maria Tereza Fernandes.
Sua profissão aconteceu na Igreja do Sagrado em 04 de outubro de 1988.
Que Deus continue inspirando frutos nesta nossa irmã tão dedicada a nossa fraternidade.

O Conselho!

Exposição de Imagens de São Francisco

 
Do dia 30 de setembro ao dia 04 de outubro, festa de nosso pai São Francisco, a fraternidade abriu as portas para a visitação da 1ª exposição de imagens de São Francisco. Uma boa oportunidade de tornar a nossa fraternidade mais conhecida para quem não conhece e familiarizada para aqueles que observam de longe mais nunca procurou saber o que somos de fato.



Foram diversas imagens de diversas regiões com características próprias de sua região e criatividade de diversos artistas.
A exposição aconteceu pela iniciativa de nossa irmã ministra Aparecida que, com o apoio de seus filhos e sobrinhos, ajudaram a preparar o ambiente e organizar as imagens que por sua vez são colecionadas pelo seu filho Frei Gilmar que também esteve presente e ajudou na montagem.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE OUTUBRO DE 2013 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano V  -  OUTUBRO DE 2013 -  Nº  05

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA  ISABEL  DE  HUNGRIA

Continuação

DEIXANDO TUDO

No entanto, Isabel mandou construir, em Marburgo, uma casinha de madeira e barro, perto do convento dos franciscanos, e nela se instalou com os filhos e suas servas amigas.
Como seu confessor se obstinasse e re­cusar-lhe a permissão de abraçar a regra de S. Francisco em toda a sua extensão e de mendigar o seu pão como as religiosas de Santa Clara, quis ela ao menos apro­ximar-se da perfeição evangélica, dando a sua afiliação à Ordem Terceira de S. Fran­cisco, para a qual entrara já em vida de seu esposo, em caráter irregovável e sole­ne pela profissão pública, renovando os votos de castidade, de obediência e pobreza absoluta, que tantas vezes, havia feito no coração.
Mestre Conrado aprovou esta resolução, e ela escolheu para esta cerimônia, o dia de sexta-feira santa.
Era o dia em que Jesus, despojado de tudo por nosso amor, fora cravado na cruz, e em seus altares, nus e despojados como ele, relembram aos fiéis a memória do sacrifício supremo.
Isabel também queria despojar-se de tudo e romper os últimos laços que a pren­diam à terra.
Assim, pois, na capela que havia dado aos franciscanos, pôs as mãos sobre a pe­dra nua do altar em que se oferece o San­to Sacrifício da Missa, e jurou que, d'ora em diante, renunciava à própria vontade, a todas as pompas e prazeres do mundo.
Enquanto Mestre Conrado oficiava no altar, o guardião dos franciscanos, cor­tou-lhe os cabelos, conforme o ritual, re­vestiu-a com a túnica parda e cingiu-lhe o cordão, distintivo da Ordem de S. Fran­cisco. Ela conservou este hábito, andando, além disso, sempre descalça até a morte, apesar de ser filha do rei da Hungria e soberana da Thuringia.
E para poder ainda mais abdicar ao mundo, desejava três coisas, pelo que su­plicava a Deus com grande fervor: pri­meiro: o desprezo completo de todas as coisas temporais, segundo: o ânimo para desprezar as injúrias e as calúnias dos ho­mens, e por último: a diminuição do amor excessivo que tinha dos filhos. Depois de muito orar nesta intenção, disse um dia às servas: "O Senhor ouviu a minha ora­ção: eis aqui que todas as riquezas e todos os bens deste mundo, que, outrora apre­ciava, tornaram-se-me aos olhos como lodo. Sinto-me feliz por ser alvo das calúnias dos homens,  das mentiras, e do desprezo dos maus. Estas crianças, que eu tanto amava, tornaram-se para mim co­mo estranhas; tomo por testemunho a Deus. Não amo mais nada, mais nenhuma criatura. Amo somente a Deus.
Despojou-se também do que ao cora­ção de mãe mais custa separar-se: Hermann, com sete anos, foi levado para o castelo de Kreuzburgo, onde recebeu a educação conveniente para, feito maior, poder tomar as rédeas do governo que o tio Henrique manejava em seu nome.
Não se sabe onde se agasalhou Sofia, a segunda filha. A menor, Gertrudes, com apenas dois anos de idade, foi envia­da ao Convento das Religiosas Premonstratenses, em Altenberg.
"Todo aquele que deixou casas ou irmãos
            ou irmãs, ou pai ou mãe, ou filhos, ou cam-
            pos, por amor de meu nome, receberá o
            cêntuplo e herdará a vida eterna." (Mat.
            19,29)

GERTRUDES

Gertrudes, a pequenina de dois anos, havia sido consagrada, mesmo antes do seu nascimento, ao serviço de Deus, em um convento.
Conta o autor deste livro, que visitando o castelo de Braunfels, perto de Wetzlar, encontrou um quadro velho, representan­do uma freira vestida de branco, um véu com cruz vermelha na testa; no braço se­gurava um crucifixo e um niveo lírio. A verônica, um pouco erguida, era de bele­za, amabilidade e piedade extraordinárias.
Esta religiosa é a filha mais moça de Santa Isabel, também canonizada, a bem-aventurada Gertrudes.
No coro da igreja do mosteiro Altenberg, vê-se o monumento do túmulo de Gertrudes: uma eça de pedra, e em cima, em tamanho natural, sua efigie esculpi­da, da mesma alvura e amenidade do quadro pintado em Braunfels.
Nesta igreja, em que está depositado o seu corpo, Gertrudes passou os melhores dias de sua longa vida. Ainda se guarda ali, a boneca com que a menina costuma­va brincar.
Estabeleceu, no mosteiro, um hospital, onde prestava os serviços mais humildes, qual filha verdadeira da cristã mais mi­sericordiosa, Isabel.
Com a idade de 21 anos apenas, Gertru­des foi eleita abadessa: E a sua divisa, ela a repetia sempre às filhas das famílias fidalgas quando desejavam entrar para o convento: "Quanto mais fidalga, tanto mais humilde em tudo".
Como abadessa governou o mosteiro durante 50 anos. Faleceu em 13 de agosto de 1298, sendo canonizada pelo Papa Cle­mente VI.

HERMANN

Hermann, o filho mais velho, chegan­do à idade de 16 anos, em 1239, tomou posse dos estados de seu pai, até então administrados por seu tio Henrique.
Fez uma viagem à França para visitar o rei, Luiz IX o Santo, decorridos anos após a morte de Isabel.
Como filho de Isabel, ele mereceu ge­rais aplausos da corte, e sobretudo, da rainha Branca de Castella, a qual beijou-lhe a fronte com grande afeto e reverên­cia, como tantas vezes havia beijado sua Mãe, Santa Isabel.
Muito jovem ainda, casou-se com He­lena, filha de Otto, duque de Brunswick. Mas inesperadamente, tendo um brilhan­te futuro, faleceu aos 18 anos. Esta morte precoce é atribuída a veneno, que lhe fora propinado por uma dama de honra, chamada Berta, por instigação de Hen­rique, seu indigno tio.
Desta triste maneira, findou-se a estir­pe viril do santo casal Luiz e Isabel.

Continua no informativo – Ano V -            NOVEMBRO DE 2013  -  Nº  06

 .X.X.X.X.X.X.

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE OUTUBRO

1 — B. Nicolau da Forca Palena, 3ª Ordem.
2 — BB. Miguel Jamada e Lourenço Jamada, 3ª Ordem, mártires do Japão.
3 — TRÂNSITO  DE   S. FRANCISCO  DE ASSIS
4 — SOLENIDADE DE S. FRANCISCO DE ASSIS
5 — BB. Luís Maki e João Maki, 3ª Ordem, mártires no Japão.
6 — S. Maria das Cinco Chagas, 3ª Ordem.
7 — NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
8 — B. Martinho  Gomez,  3ª Ordem, mártir no japão.
9 — BB. Gaspar Vaz e Maria Vaz, 3ª Ordem, Mártires do Japão.
10 — S. Daniel, 1ª Ordem, mártir em Ceuta.
11 — B. Luísa, 3ª Ordem, mártir no Japão
12 — S. Serafim de Montegranário, 1ª Ordem.
13 — BB. João Tomachi e seus filhos Domingos,
         Miguel, Tomás e Paulo, 3ª Ordem, mártires do Japão.
14 — BB. Ludovico Mihachi e seus filhos Francisco e Domingos, 3ª Ordem,  mártires do Japão.
15 — B.Francisco de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir do Japão.
16 — B. Tomás Tzugi, 3ª Ordem, mártir no Japão
17 — B. Baldassarre  de  Chiavari, 1ª Ordem.
18 — B. Bartolomeu Laurel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
19 — S. Pedro de Alcântara, 1ª Ordem. 
20 —  B. Contardo Ferrini, 3ª Ordem.  
21 — S. Angelo, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B.Tiago de Strepa, 1ª Ordem.
23 — S. João de Capistrano, 1ª Ordem.
24 — B. Josefina  Leroux,   2ª Ordem, mártir.
25 — B. Domingos de S. Francisco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
26 — B. Boaventura   de   Potenza,  1ª Ordem.
27 — B. Ludovico Baba, 3ª Ordem, mártir do Japão.
28 — B. Lúcia Fleites, 3ª Ordem, mártir do Japão
29 — B.Tomás de Florença, 1ª Ordem.
30— B. Angelo de Acri, 1ª Ordem.
31— B. Cristóvão   de   Romagna,  1ª Ordem

EXPOSIÇÃO DE IMAGENS DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Foi realizada no salão da Fraternidade de 30 de setembro a 04 de outubro, uma exposição de imagens de São Francisco de Assis. As imagens pertencem ao Frei Gilmar José da Silva, filho da nossa irmã Ministra Maria Aparecida.