BOLETIM
INFORMATIVO DE OUTUBRO DE 2013
Bem Aventurado Frederico Ozanam
(1813 - 1853)
Professor, da Terceira Ordem Secular.
Fundador das Conferências de São Vicente.
Beatificado por João Paulo II.
Antonio Federico Ozanam nasceu em Milão
a 23 de abril de 1813 de família descendente de um antigo tronco israelita da
Bresse Lione. Em 1816 a
família voltou a Lião e Federico foi aluno no colégio real onde fez seus
estudos humanísticos desde 1822 até 1829. Com apenas 15 anos sua juventude foi
abalada por uma profunda crise de fé, mas teve a graça de ter ao seu lado o
abade Noirot, seu professor de filosofia, que mais que nenhum outro lhe ajudou
a superá-la.
Com efeito, a vida de Ozanam está
marcada pelo pronto benefício deste sacerdote que soube fazer intuir ao jovem
sua vocação de apologista e apóstolo. Em 1831, enviado por seu pai a Paria para
realizar estudos jurídicos, Federico foi hóspede por dois anos do cientista
André Marie Ampère, e pôde freqüentar aquele verdadeiro viveiro de jovens
esperanças que Emanuel Bailly soube reunir ao redor de um dos protagonistas da
fundação da Pia Sociedade das Conferências de São Vicente de Paula (23 de abril
de 1839).
A 30 de agosto de 1836 pôde coroar seus
trabalhos convertendo-se em doutor das leis e a 07 de janeiro de 1839 chegou a
se doutorar em letras. De
1839 a
1840 esteve em Lião como professor de direito comercial e acariciou um vago
desejo da vida religiosa; ao não poder realizá-lo, fez-se fervoroso na Ordem
Franciscana Secular e se inspirou na espiritualidade franciscana. Em 1841 casou
com Amália Soulacroix, filha do reitor da universidade de Lião, da qual teve em
1845 uma filha chamada Maria.
A ambas amou ternamente na mais suave
felicidade familiar. Tendo-se estabelecido definitivamente em Paris, foi
titular da cátedra em Sorbone, onde travou amizade com eminentes personalidades
do mundo literário e católico. O ensino universitário o obrigou a fazer
contínuas viagens de estudos por toda a Europa, especialmente na Itália.
A vida de Ozanam pertence em especial à
história da Igreja e seu nome está ligado à sociedade de São Vicente de Paula.
O método por ele adotado era o da visita a domicílio aos pobres, aos quais
junto com uma boa palavra de consolo e de fé, sabia levar-lhes o socorro de sua
caridade.
A Sociedade de São Vicente de Paula
teve graças a ele um desenvolvimento extraordinário desde o começo: um ano
depois de sua fundação os confrades eram uma centena, dez anos mais tarde, em
1853 o mesmo Ozanam podia dizer: “De oito que éramos a princípio, hoje apenas
em Paris somos 2000 e visitamos 5000 famílias”. Hoje as conferências de São
Vicente superam os 1.250.000 membros.
Em 08 de setembro de 1853, amorosamente
assistido por sua esposa, sua filha, seu irmão sacerdote, seu irmão médico e
seus confrades vicentinos de Marsella morreu aos 40 anos.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
O
Serviço Franciscano de Solidariedade – Sefras é uma rede de serviços sociais
coordenados pelos Frades Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do
Brasil. Atende a cerca de 141.000 (cento e quarenta e um mil) pessoas ao ano,
por meio da assistência social com acolhimento, proteção, atividades
socioeducativas, articulação política e o incentivo ao exercício da cidadania.
O publico atendido nos serviços são: crianças, famílias, pessoas em situação de
rua, catadores, idosos(as) e pessoas vivendo com HIV/ AIDS. Toda a ação social
direcionada à esta população, segue as diretrizes da Política Nacional de
Assistência Social – PNAS.
O Sefras é a expressão solidária de
trabalhadores religiosos, profissionais de diversas áreas, voluntários e
doadores para com os empobrecidos – pessoas vitimas do sistema socioeconômico
que norteia as relações humanas e de mercado. A instituição fundamenta-se nos
Direitos Humanos, com o objetivo de contribuir com a superação da desigualdade
social e, tem como bandeira de luta, mediante as atividades que desenvolve e
participa, a implantação de uma justiça ambiental.
Para isso, desenvolve diversos serviços no
campo da defesa e da promoção dos Direitos Humanos e a inserção nas lutas ambientais. São 14
serviços que se dividem nos Estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro,
região sudeste do país.
Visão
Um serviço social fundamentado nos direitos
humanos e ecológicos, a partir dos princípios cristãos e franciscanos, voltados
para a busca de superação da desigualdades social, articulando atendimento
imediato e construção de políticas públicas que assegurem os direitos da
população.
http://www.sefras.org.br
A Fraternidades: Nossa Riqueza
1. O Documento final do Capítulo da OFS
de Manaus pediu que fosse feito um esforço de revigoramento das reuniões
mensais e da vida fraterna. O tema da fraternidade é vasto e
complexo. Não é finalidade deste texto refletir sobre todos os seus aspectos e
implicações. Desnecessário lembrar e frisar que a dimensão da fraternidade
perpassa toda a Regra e colore o projeto de vida dos seculares. Constituímo-nos
em
Fraternidades. Somos Fraternidades da Ordem Franciscana
Secular.
2. Ser irmão significa não querer
dominar, mas servir.
Uma das palavras-chaves da espiri-tualidade franciscana é servir. Nos
escritos de Francisco encontramos mais de cinqüenta vezes o verbo servir e perto de vinte vezes o substantivo servo. Belo e sugestivo o que Francisco
escreve: “Neste gênero de vida, nenhum irmão tenha poder ou dominação,
principalmente entre si. Pois, como diz o Senhor no Evangelho: Os príncipes dos povos os
dominam e os que são maiores exercem poder sobre eles, assim não será entre os irmãos. Mas todo aquele que
quiser tornar-se maior entre eles, seja ministro e servo deles. E quem entre
eles é o maior, faça-se como menor” (…) “E nenhum irmão faça ou fale mal do
outro. Antes, pelo contrário, sirvam e obedeçam de boa vontade uns aos outros
na caridade do espírito” (Regra não Bulada 5,12-17).
“E
ninguém se chame prior mas, neste gênero de vida, todos se chamem irmãos
menores. E um lave os pés dos outros”( Regra não Bulada 6,3).
3. Os relacionamentos fraternos entre os discípulos
de Francisco situa-se na linha dos servidores. Na experiência do Poverello, em
sua juventude, ele compreendeu que os relacionamentos
humanos eram marcados pela dialética do padrão e do empregado, do forte e do
fraco, do superior e do inferior. Sabemos que a mesmo impulso nos ronda: a
grande tentação do poder, ser o maior, o mais inteligente, o mais brilhante, o
mais forte, em resumo, o primeiro. Normal que as pessoas queiram avançar e
progredir. Francisco compreendeu claramente que esse desejo fundamental de
afirmar-se tem como perversão o desejo do domínio e da apropriação. Somos todos
capazes de fazer uma lista de exemplos concretos disso no campo profissional,
nos relacionamentos nacionais e internacionais e mesmo nos ambientes eclesiais.
Nossa sociedade, baseada na competição e competitividade, é feita para os lobos
e não para os fracos e débeis. No Evangelho, notamos a vontade de brilhar dos
filhos de Zebedeu. Francisco quer construir sua nova fraternidade baseada na
idéia do serviço. Para ele, converter-se à fraternidade significa passar
gradualmente do dominador que dorme em cada um de nós ao servo dos irmãos.
4. Francisco fará
do mútuo serviço, vivido em minoridade, na igualdade, na simplicidade, na
humildade um dos fundamentos da fraternidade. Ele sabe que cada grupo humano precisa
de pessoas responsáveis pelo seu andamento. Mas sua autoridade não pode ser um
poder de domínio, mas um serviço. “Os ministros acolham os irmãos com caridade
e benevolência. Tenham-lhes tanta familiaridade que os irmãos possam lhes falar
e proceder como senhores para seus servos. Pois assim deve ser que os ministros
sejam servos de todos os irmãos” (Regra Bulada 10,5-6).
5. Servir significa partilhar com confiança. Para Francisco ser irmão significa querer
servir os outros. Isso pressupõe que conheçamos suas necessidades. Fraternidade
é um lugar onde cada pessoa pode dar, pedir e receber. “Onde quer que estejam
os irmãos, mostrem-se familiares uns com os outros. E cada um manifeste ao
outro com confiança suas necessidades, porque como uma mãe nutre e ama seu
filho carnal com mais cuidado não deve um amar e nutrir seu irmão espiritual? E
se algum cair doente que os irmãos o sirvam como gostariam de ser eles mesmos
servidos” (Regra Bulada 6,79). Francisco fala da pobreza e da fraternidade no
mesmo texto. Não se pode dissociar fraternidade e pobreza. O pobre é alguém que
se encontra na necessidade. Todos somos pobres de alguma coisa. Para cobrir
esta pobreza, o Senhor nos dá irmãos e irmãos que nos complementam. Tornamo-nos como
transmissores das atenções de Deus para com nossos irmãos e irmãs. O homem satisfeito
consigo mesmo nunca será irmão. A fraternidade supõe pessoas que, ao mesmo
tempo, dão e recebem. Se no casal, na sociedade e em nossos grupos apenas
recebemos não existe fraternidade. O paternalismo gera seres infantis e
assistidos e não irmãos e irmãs.
6.Francisco privilegia a imagem
da mãe.
Características do amor maternal: ternura vigilante, intuição, devotamento.
Francisco fala do amor espiritual para significar que não estamos num
ajuntamento qualquer, mas na força do
Espírito que une e cimenta os relacionamentos.
8. Os irmãos que o Senhor nos dá constituem
um convite à conversão. Eles nos instigam a que nos superemos. Sua maneira de
ser e a convivência com eles nos revelam quem somos nós. Os relacionamentos
entre as pessoas são um lugar de prova, de verificação onde cada um faz a
verdade. Não se pode trapacear com aqueles que vivem todo o tempo conosco. Os
irmãos me fazem descobrir meu pecado: inveja, bloqueios, trevas, pobreza,
incapacidade de amar de verdade sem dobrar-me sobre mim mesmo. Somente a pessoa
que faz a verdade de si pode ser irmão.
9. Os que buscam uma fraternidade ideal (ou um
casal ideal) é quem vive na ilusão e não na verdade. Sonha com uma fraternidade
ideal e não a constrói cada dia. Um
dos fundamentos da fraternidade é assumir as grandezas e as misérias dos
outros. O mistério da cruz está plantado no seio das fraternidades e do casal. A vida fraterna será um
sucesso se for uma vitória cotidiana, vitória do Espírito, sobre o caos do
pecado.
11. Não se vive a fraternidade como espaço
idealizado. Francisco viveu a fraternidade como um lugar pascal. Nela encontrou
suas maiores alegrias, mas também grandes sofrimentos. Ali, desta maneira, ele
entrou na verdadeira pobreza evangélica.
Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM.
O Encontro
entre o Papa Francisco e o poverello de assis.
A história franciscana
nos relata que quando Francisco de Assis e companheiros chegaram ao número
de 12 irmãos,
e "vendo o bem-aventurado Francisco que o Senhor aumentava cada dia o seu
número,
escreveu para si e para seus irmãos, presentes e
futuros, com simplicidade e com poucas palavras, uma forma e Regra de vida,
sendo principalmente expressões do santo
Evangelho". E por esse motivo, por volta de 1209, foi a Roma
com todos os irmãos,
"desejando ardentemente que o Papa Inocêncio
III confirmasse o que tinha escrito". Assim que foram acolhidos pela
igreja de Roma, o Papa Inocêncio,
"informado do desejo daqueles homens de Deus, depois de refletir, aceitou
o pedido. Tendo-lhes feito muitas exortações e admoestações,
abençoou
São
Francisco e seus irmãos
e lhes disse: 'Ide com o Senhor, irmãos, e conforme o
Senhor se dignar inspirar-vos, pregai a todos a penitência..."
(cf. !Cel32).
São Francisco de Assis, ao longo de toda a sua vida, estabeleceu profunda
relação de comunhão com Papa e com a santa mãe Igreja. Esta unidade e comunhão com a Igreja foram
imprescindíveis ao Pobre de
Assis! Ele, à
luz da Fé
e do Evangelho,
compreendeu que a Igreja será
sempre Igreja quando ela é a encarnação
viva e proclamadora do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. No início
do seu Testamento, depois de recordar o significado do leproso no seu processo
de conversão,
imediatamente lhe vem à
memória
a santa Igreja: "O Senhor me deu tanta fé
nas igrejas que com simplicidade orava e dizia: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas igrejas que estão
no mundo inteiro..." (Test 4).
Enquanto a fraternidade, por cerca de 14 anos, deu
o acabamento definitivo à forma devida
(Regra) aprovada oralmente em 1209 pelo Papa Inocência
III, São
Francisco e os primeiras frades moldura-ram o carisma franciscano numa moldura
eclesial. Na abertura da Regra definitiva se lê:
"Frei Francisco promete obediência e reverência
ao Senhor Papa Honório
e a seus sucessores, canonicamente eleitos" (RB 1,1). Depois, na conclusão
da Regra, se diz: "... para que, sempre súditos
e sujeitos aos pés
da mesma santa Igreja, firmes na fé católica,
guardemos a pobreza e a humildade e o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo, como firmemente prometemos" (RB 12,4).
O carisma franciscano, moldurado em contornos evangélico-eclesiais,
se dinamiza pela oração
que é
sintonia e comunhão
("Rezem o ofício
divino, segundo a ordem da santa Igreja Romana") e pela pregação
("nenhum dos irmãos
pregue contra a forma e a doutrina da santa Igreja").
Se Francisco submeteu a vida da Ordem Franciscana
aos pés
da Santa Igreja, neste ano, no próximo dia 04 de
outubro, a visita do Papa Francisco à cidade de Francisco
de Assis significa uma reafirmação da Igreja de
Deus pela 'Profecia de Paz' que Francisco de Assis representa ao mundo de hoje.
Três
momentos me chamaram a atenção na programação
da viagem do Papa a Assis, divulgada pela Santa Sé:
a) o "encontro com crianças tocadas pela
doença
e portadoras de deficiência",
b) "o Papa vai almoçar com os pobres
no centro de Assis", c) e no eremitério do Cárceri
"rezará
na cela de São
Francisco".
Portanto, neste ano a Festa de São
Francisco de Assis será
histórica
pois será assinalada
pela renovação
do encontro entre o Sumo Pontífice e o Poverello
de Assis.
Frei
Fidêncio Vanboemmel
Aconteceu!!!
Dia 04 de
Outubro, Festa de São Francisco, a Fraternidade acolheu com muito carinho a
profissão de nossa Irmã Elizabeth Nascimento Rigoni.
Seja muito bem
vinda e que as Bênçãos de Deus esteja sempre contigo!
Tivemos também
o jubileu de prata de nossa irmã Maria Tereza Fernandes.
Sua profissão
aconteceu na Igreja do Sagrado em 04 de outubro de 1988.
Que Deus
continue inspirando frutos nesta nossa irmã tão dedicada a nossa fraternidade.
O Conselho!
Exposição
de Imagens de São Francisco
Do dia 30 de setembro ao dia 04 de outubro,
festa de nosso pai São Francisco, a fraternidade abriu as portas para a
visitação da 1ª exposição de imagens de São Francisco. Uma boa oportunidade de
tornar a nossa fraternidade mais conhecida para quem não conhece e
familiarizada para aqueles que observam de longe mais nunca procurou saber o
que somos de fato.
Foram diversas imagens de diversas regiões com
características próprias de sua região e criatividade de diversos artistas.
A exposição aconteceu pela iniciativa de nossa
irmã ministra Aparecida que, com o apoio de seus filhos e sobrinhos, ajudaram a
preparar o ambiente e organizar as imagens que por sua vez são colecionadas
pelo seu filho Frei Gilmar que também esteve presente e ajudou na montagem.
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