INFORMATIVO
Ano V - OUTUBRO
DE 2013 - Nº 05
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
Continuação
DEIXANDO TUDO
No entanto, Isabel
mandou construir, em Marburgo, uma casinha de madeira e barro, perto do
convento dos franciscanos, e nela se instalou com os filhos e suas servas
amigas.
Como seu confessor se
obstinasse e recusar-lhe a permissão de abraçar a regra de S. Francisco em
toda a sua extensão e de mendigar o seu pão como as religiosas de Santa Clara,
quis ela ao menos aproximar-se da perfeição evangélica, dando a sua afiliação
à Ordem Terceira de S. Francisco, para a qual entrara já em vida de seu esposo,
em caráter irregovável e solene pela profissão pública, renovando os votos de
castidade, de obediência e pobreza absoluta, que tantas vezes, havia feito no
coração.
Mestre Conrado
aprovou esta resolução, e ela escolheu para esta cerimônia, o dia de sexta-feira
santa.
Era o dia em que Jesus , despojado de
tudo por nosso amor, fora cravado na cruz, e em seus altares, nus e
despojados como ele, relembram aos fiéis a memória do sacrifício supremo.
Isabel também queria
despojar-se de tudo e romper os últimos laços que a prendiam à terra.
Assim, pois, na capela que
havia dado aos franciscanos, pôs as mãos sobre a pedra nua do altar em que se
oferece o Santo Sacrifício da Missa, e jurou que, d'ora em diante, renunciava
à própria vontade, a todas as
pompas e prazeres do mundo.
Enquanto Mestre
Conrado oficiava no altar, o guardião dos franciscanos, cortou-lhe os cabelos,
conforme o ritual, revestiu-a com a túnica parda e cingiu-lhe o cordão,
distintivo da Ordem de S. Francisco. Ela conservou este hábito, andando, além
disso, sempre descalça até a morte, apesar de ser filha do rei da Hungria e soberana da
Thuringia.
E para poder ainda
mais abdicar ao mundo, desejava três coisas, pelo que suplicava a Deus com
grande fervor: primeiro: o desprezo completo de todas as coisas
temporais, segundo: o ânimo para desprezar as injúrias e as calúnias
dos homens, e por último: a diminuição do amor excessivo que tinha dos
filhos. Depois de muito orar nesta intenção, disse um dia às servas: "O
Senhor ouviu a minha oração: eis aqui que todas as riquezas e todos os bens
deste mundo, que, outrora apreciava, tornaram-se-me aos olhos como lodo.
Sinto-me feliz por ser alvo das calúnias dos homens, das mentiras, e do desprezo dos maus. Estas crianças, que eu tanto
amava, tornaram-se para mim como estranhas; tomo por testemunho a Deus. Não
amo mais nada, mais nenhuma criatura. Amo somente a Deus.
Despojou-se também do
que ao coração de mãe mais custa separar-se: Hermann, com sete anos, foi
levado para o castelo de Kreuzburgo, onde recebeu a educação conveniente para,
feito maior, poder tomar as rédeas do governo que o tio Henrique manejava em
seu nome.
Não se sabe onde se
agasalhou Sofia, a segunda filha. A menor, Gertrudes, com apenas dois anos de
idade, foi enviada ao Convento das Religiosas Premonstratenses, em Altenberg.
"Todo aquele que
deixou casas ou irmãos
ou
irmãs, ou pai ou mãe, ou filhos, ou cam-
pos, por amor de meu nome, receberá o
cêntuplo e herdará a vida eterna." (Mat.
19,29)
GERTRUDES
Gertrudes, a
pequenina de dois anos, havia sido consagrada, mesmo antes do seu nascimento,
ao serviço de Deus, em um convento.
Conta o autor deste
livro, que visitando o castelo de Braunfels, perto de Wetzlar, encontrou um
quadro velho, representando uma freira vestida de branco, um véu com cruz
vermelha na testa; no braço segurava um crucifixo e um niveo lírio. A verônica,
um pouco erguida, era de beleza, amabilidade e piedade extraordinárias.
Esta religiosa é a filha
mais moça de Santa Isabel, também canonizada, a bem-aventurada Gertrudes.
No coro da igreja do
mosteiro Altenberg, vê-se o monumento do
túmulo de Gertrudes: uma eça de pedra, e em cima, em tamanho natural, sua
efigie esculpida, da mesma alvura e amenidade do quadro pintado em Braunfels.
Nesta igreja, em que
está depositado o seu corpo, Gertrudes passou os melhores dias de sua longa
vida. Ainda se guarda ali, a boneca com que a menina costumava brincar.
Estabeleceu, no
mosteiro, um hospital, onde prestava os serviços mais humildes, qual filha
verdadeira da cristã mais misericordiosa, Isabel.
Com a idade de 21
anos apenas, Gertrudes foi eleita abadessa: E a sua divisa, ela a repetia
sempre às filhas das famílias fidalgas quando desejavam entrar para o
convento: "Quanto mais fidalga, tanto mais humilde em tudo".
Como abadessa
governou o mosteiro durante 50 anos. Faleceu em 13 de agosto de
1298, sendo canonizada pelo Papa Clemente VI.
HERMANN
Hermann, o filho mais
velho, chegando à idade de 16 anos, em 1239, tomou posse dos estados de seu pai,
até então administrados por seu tio Henrique.
Fez uma viagem à
França para visitar o rei, Luiz IX o Santo, decorridos anos após a morte de Isabel.
Como filho de Isabel,
ele mereceu gerais aplausos da corte, e sobretudo, da rainha Branca de
Castella, a qual beijou-lhe a fronte com grande afeto e reverência, como
tantas vezes havia beijado sua Mãe, Santa Isabel.
Muito jovem ainda,
casou-se com Helena, filha de Otto, duque de Brunswick. Mas inesperadamente,
tendo um brilhante futuro, faleceu aos 18 anos. Esta morte precoce é atribuída
a veneno, que lhe fora propinado por uma dama de honra, chamada Berta, por
instigação de Henrique, seu indigno tio.
Desta triste maneira,
findou-se a estirpe viril do santo casal Luiz e Isabel.
Continua no informativo – Ano V - NOVEMBRO DE 2013 -
Nº 06
.X.X.X.X.X.X.
SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE OUTUBRO
1 — B. Nicolau da Forca Palena, 3ª Ordem.
2 — BB. Miguel Jamada e Lourenço Jamada,
3ª Ordem, mártires do Japão.
3 — TRÂNSITO
DE S. FRANCISCO DE ASSIS
4 — SOLENIDADE DE S. FRANCISCO DE ASSIS
5 — BB. Luís
Maki e João Maki, 3ª Ordem, mártires no
Japão.
6 — S. Maria das Cinco Chagas, 3ª Ordem.
7 — NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
8 — B. Martinho Gomez,
3ª Ordem, mártir no japão.
9 — BB. Gaspar Vaz e Maria Vaz, 3ª Ordem, Mártires do Japão.
10 — S. Daniel, 1ª Ordem, mártir em Ceuta.
11 — B. Luísa, 3ª Ordem, mártir no Japão
12 — S. Serafim de Montegranário, 1ª Ordem.
13 — BB. João Tomachi e seus filhos Domingos,
Miguel,
Tomás e Paulo, 3ª Ordem, mártires do Japão.
14 — BB. Ludovico Mihachi e seus filhos Francisco
e Domingos, 3ª Ordem, mártires do Japão.
15 — B.Francisco de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
16 — B. Tomás Tzugi, 3ª Ordem, mártir no Japão
17 — B. Baldassarre
de Chiavari, 1ª Ordem.
18 — B. Bartolomeu Laurel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
19 — S. Pedro de Alcântara, 1ª Ordem.
20 — B.
Contardo Ferrini, 3ª
Ordem.
21 — S. Angelo, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B.Tiago de Strepa, 1ª Ordem.
23 — S. João de Capistrano, 1ª Ordem.
24 — B. Josefina
Leroux, 2ª Ordem, mártir.
25 — B. Domingos de S. Francisco, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
26 — B. Boaventura
de Potenza, 1ª Ordem.
27 — B. Ludovico Baba, 3ª Ordem, mártir do Japão.
28 — B. Lúcia Fleites, 3ª Ordem, mártir do Japão
29 — B.Tomás de Florença, 1ª Ordem.
30— B. Angelo de Acri, 1ª Ordem.
31— B. Cristóvão de
Romagna, 1ª Ordem
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