FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
RUA
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VII FEVEREIRO DE 2016 - Nº 08
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUFRA
CAPÍTULO XX
NEM POR MIL
MUNDOS (continuação)
A mãe a
interrompe:
— Como poderemos passar sem ti?
E' a
frase que os visitantes de todas as idades, afeitos à sua bondade, repetem. Os
que ela alimentou, os que ela sanou, a lamentam. Para os consolar, lhes diz:
— Rever-nos-emos e seremos felizes.
Sòmente no céu a
felicidade de um constitui a felicidade do outro e o amor se partilha como o
pão.
Março desponta. O horizonte parece alargar-se.
A luz brilha e se difunde com a alvura que mora nas almas e se chama
imensidade. Nesta época, o frescor da manhã se confunde com o frescor da tarde.
Só Deus sabe o que veriam os habitantes de Viterbo se tivessem um coração puro.
E só Deus também sabe o que impede que vejam esses anjos, indo e vindo num
pequeno aposento.
É o dia 6 de Março de
1252. Rosa vestia o traje ambicionado para a viagem, o burel escuro, que homens
e mulheres, no instante da morte, desejariam ter trazido a vida toda. À
semelhança do envólucro escuro de certos insetos que ao se abrir, deixa aparecer
as asas brilhantes, assim este traje, na hora da partida, se colora com
fulgurações solares.
A vestimenta de
viagem se transforma no traje de férias: o combate sustentado poupa um duelo
terrível. Rosa não experimentará esta luta que homem algum jamais pôde
contar, quando a alma e o corpo se separam, se desfibram e se debatem no
paroxismo da dor. Ela não provará estes embates, este terror, estas
angústias. A morte ser-lhe-á o mais suave transporte da vida.
Está preparada, pois
recebeu os últimos sacramentos. Volve o olhar para o ponto, donde viu surgir,
num dia de festa, a Rainha de sua alma. Jamais olvidou a promessa feita naquele
dia 23 de Junho; nem aquelas maravilhosas palavras pronunciadas com som angelical,
que ela traduzia sim-plesmente com os termos: a eterna recompensa.
"E como o
passarinho, depois de ter cantado o quanto Deus desejava, bateu suas asas e
remontou o voo" (Maurice de Sully).
CAPÍTULO XXI
SEREIS FELIZES EM
ME ACOLHENDO.. .
"O Senhor encheu-te com
seu esplendor e li-
vrou-te da corrupção para
que sejas qual um
jardim florido e ubérrimo, qual a fonte viva,
cujas águas jamais
estancam" (Of., de S.
Rosa de Viterbo).
Alguns meses após a
morte de Rosa, os testemunhos de sua prodigiosa vida reclamavam, junto ao Papa,
a canonização.
Inocêncio IV conhecia perfeitamente a ação desenvolvida
por esta pequena aliada da Igreja contra o feroz inimigo. Raras vezes o
heroísmo se encarnara numa figura mais graciosa. E a santidade desta menina
era tão notória e evidente, que faltava apenas publicá-la.
Assim, atendendo as
súplicas do povo, por uma bula dirigida ao superior dos Dominicanos e ao arcipreste
de São Sixto, em 25 de Novembro de 1252, Inocêncio ordenava que se instaurasse
o processo para colher
informes sobre a vida e milagres de Rosa.
Os trabalhos foram
interrompidos por novas perturbações políticas e retomados sob o pontificado
de Alexandre IV.
Vejamos como Rosa foi
admitida entre as Pobres Clarissas de Santa Maria.
O Papa Alexandre IV encontrava-se em Viterbo. Estando
uma noite a rezar, viu penetrar em seu quarto um raio da lua, que cresceu, se
inflamou e se transformou em luz intensa. A luz tomou as formas de um suave
semblante, emoldurado por lindos cabelos. Uma virgem se encaminhou para ele e
lhe disse, em voz dulcíssima:
— Fazei
transportar, sem tardança,
meus restos mortais da Igreja de
Nossa Senhora do Outeiro para o
Mosteiro de Santa Maria,
da Ordem de Santa Clara,
pois será este o lugar do meu repouso.
Como podia esta deslumbrante
aparição falar em restos mortais? E o Pontífice esfregava os olhos e repetia:
Santa Maria in Poggio, Santa Maria do Outeiro . . .
Esta era a igreja na
qual a terciária de S. Francisco, a libertadora, o íris de paz, a flor de
Viterbo, dormia o derradeiro sono. Estava bem ao par da história da Santa e o
pedido lhe parecia tocante, mas não tomou em consideração.
Assim é a natureza do
homem mergulhada nas preocupações e constantemente extenuada: o raiar de um
novo dia faz-lhe esquecer a noite, ainda que o milagre tenha rasgado as
trevas.
Rosa repetiu a visita
ao Papa Alexandre, mas ainda desta vez não foi obedecida. O Papa teria ousado
mesmo objetar:
— Porventura, a
borboleta se incomoda com o casulo empoeirado, onde se refugiou ao
raiar do sol?
Que vinha aqui
procurar esta beleza, superior a todas as belezas das cortes imperiais da
Europa e do mundo?
Rosa voltou à carga e
ainda que ninguém nos tenha conservado os pormenores desta terceira visita,
sabemos, todavia, que o Papa fez exumar aquilo que vulgarmente designamos com o
nome de cadáver, ou restos mortais, ou ossos e cinzas. Desta vez, porém, devia-se procurar outra
designa-ção para definir esta jovem adormecida em seus trajes escuros de terciária de São Francisco.
Neste momento,
despertaram os brados de alegria que saudavam os milagres de Rosa, quando em vida. As piedosas
senhoras clamavam:
— Ela não está morta.
Continua entre nós.
Num escrínio coberto
de veludo e ouro, sobre os ombros de quatro cardeais, acompanhada pelo Papa,
pelo Sacro Colégio, pelo povo de Viterbo, Rosa, depois de morta, entrava no
Mosteiro das Clarissas.
Cem anos mais tarde,
um incêndio devorou o mobiliário e objetos da capela e também o relicá-rio,
mas o corpo da Santa foi encontrado intacto.
Eugênio IV e Calisto III introduziram, sucessivamente, o
processo de beatificação. Em 1457, os documentos já estavam assinados, mas no
ano seguinte a morte levava o Papa, antes que tivesse promulgado um decreto
solene.
Continua no informativo – Ano VII - MARÇO DE 2016 -
Nº 09
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SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE FEVEREIRO
1 — B. André dei
Conti, 1ª Ordem.
2 — B. Verdiana de Castelfiorentino, 3ª Ordem
3 — S. Joana de Valois, 3ª Ordem Regular, Fundadora
das Irmãs da SS. Anunciada.
4 — S. José de Leonessa, 1ª Ordem.
5 — S. Tomás de Ize, 3ª Ordem, mártir do Japão
6 — S. Pedro Baptista Blasquez, 1ª Ordem, mártir do Japão.
7 — S. Coleta de Corbia, 2ª Ordem.
8 — B. João de Triora, 1ª Ordem, mártir.
9 — B. Antônio de Stroncone, 1ª Ordem.
10 —B. Egídio Maria de S. José, 1ª Ordem.
11— B. Clara de Rimini,
2ª Ordem.
12 —B. Rizzerio
de Muccia, 1ª Ordem.
13 — S.Francisco de Meaco, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
14 — S.Tomás de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
15 — Trasladação do Corpo de S.Antônio de Lisboa
16 — B. Filipa Mareri, 2ª Ordem.
17 — B. Lucas
Belludi, 1ª Ordem.
18 — S. Joaquim Sakakibara, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
19 — S. Conrado de Placenza, 3ª Ordem.
20 — B. Pedro de Treia,
1ª Ordem.
21 — S. Leão
Karasuma, 3ª Ordem, mártir do Japão.
22 — S. Boaventura de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
23 — B. Isabel de França, 2ª Ordem.
24 — S. Matias de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
25 — B. Sebastião de Aparício, 1ª Ordem.
26 — S. Antônio de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
27 — S. Paulo Suzuki, 3ª Ordem, mártir do Japão
28 — B. Antonia de Florença, 2ª Ordem.