quarta-feira, 29 de junho de 2016

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE JUNHO DE 2016


Rezar pelos inimigos é o último degrau na cura de um coração


Cidade do Vaticano – No caminho do cristão “não há lugar para o ódio”: se, como “filhos”, os crentes quiserem “assemelhar-se ao Pai”, não devem limitar-se à simples “letra da lei”, mas viver cada dia o “mandamento do amor”. Chegando até a “rezar pelos inimigos”: isto é ao “último degrau” ao qual é necessário subir para curar o “coração ferido pelo pecado”. Assim o Papa Francisco, na missa celebrada em Santa Marta na manhã de terça-feira, 14 de junho, evidenciou que Jesus, invertendo a idéia de “próximo”, veio para levar a lei à “plenitude”. De fato, Jesus – disse – não “veio para cancelar a lei”, culpa da qual foi acusado pelos seus inimigos, mas para “a levar à plenitude”. Toda “até ao último jota”.
Com efeito, na época os doutores da lei davam-lhe “uma explicação demasiado teórica, casuísta”. De fato, explicou o Pontífice, era uma visão “na qual não havia o coração próprio da lei, que é o amor” concedido por Deus “a nós”. No centro já não havia o que no Antigo Testamento era “o maior mandamento” – ou seja “amar a Deus, com todo o coração, com todas as forças, com toda a alma, e o próximo como a ti mesmo” – mas uma casuística que só procurava compreender: “Podemos fazer isto? Até a que ponto se pode fazer isto? E se não pudermos?”.
Portanto, Jesus “inspirando-se nos mandamentos” procura recuperar “o verdadeiro sentido da lei para o levar à sua plenitude”. Assim, por exemplo, em relação ao quinto mandamento, recorda: “Foi dito “não matarás”. É verdade! Mas se tu insultas o teu irmão, estás a matá-lo”. Isto explica que “há muitas formas, tantas maneiras de matar”. Assim “aperfeiçoa a lei”. E ainda: “Se o teu irmão te pedir uma roupa, dá-lhe também o teu manto! E se ti pedir para caminhar um quilômetro com ele, caminha dois!”. Isto é, Jesus – comentou o Papa – pede sempre algo “mais generoso”, porque o “amor é mais generoso que a letra, que a letra da lei”.
Esta “obra” de aperfeiçoamento não serve só “para o cumprimento da lei, mas é um trabalho de cura do coração”. Nos trechos evangélicos nos quais Jesus continua a explicação dos mandamentos, disse Francisco, “há um caminho de cura de um coração ferido pelo pecado original”. E é um caminho proposto a todos, porque “todos nós temos o coração ferido pelo pecado, todos”. E dado que Jesus recomenda que sejamos “perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste”, para “nos assemelharmos ao Pai”, para sermos deveras “filhos”, devemos seguir precisamente “esta senda de cura”.
Retomando o trecho evangélico proposto pela liturgia tirado do Evangelho de Mateus (5, 43-48) – no qual Jesus recorda: “Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar o teu inimigo”, mas acrescenta: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos!” – o Papa frisou que nesta estrada “não há lugar para o ódio”. O nível eleva-se cada vez mais: Jesus primeiro “exorta-nos a doar mais aos nossos irmãos e amigos”, agora também “aos nossos inimigos”. Com efeito “o último degrau desta escada” rumo à cura traz consigo a recomendação: “Rezai pelos que vos perseguem”.
Um mandamento – “rezar pelos inimigos” – que nos pode desorientar, pois, “pela ferida que todos nós temos no coração”, vem-nos naturalmente a vontade de desejar “alguma coisa de desagradável” a um inimigo que, por exemplo, fala mal de nós. Mas “Jesus diz-nos: “Não, não! Reza por ele e faz penitência por ele“.
Neste sentido o Pontífice narrou que quando era jovem ouvia falar “de um dos grandes ditadores do mundo no período pós-guerra”, do qual se dizia: “Que Deus o leve ao inferno o mais depressa possível!”. Se do coração saía de maneira imediata este sentimento, o mandamento novo ao contrário exortava: “Rezai por ele”. Certamente, acrescentou Francisco, é “mais fácil rezar por alguém que está distante, por um ditador afastado, que rezar por aquele que me insultou”. E no entanto é precisamente isto que “Jesus nos pede”.
Temos a vontade de perguntar: “Mas, Senhor, para que tanta generosidade?”. Jesus dá-nos a resposta precisamente no trecho evangélico: “Deste modo sereis os filhos do vosso Pai no céu”. Se deste modo “age o Pai”, assim somos chamados a agir para ser “filhos”. Isto é, esta “cura do coração”, “leva-nos a tornar-nos filhos”. E que faz o Pai? “Faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos” pois “é Pai de todos”.
Outra objeção: mas Deus é pai inclusive “daquele delinquente, daquele ditador?”. A resposta é clara: “Sim é pai! Como é meu pai! Ele nunca nega a sua paternidade!”. E se quisermos “assemelhar-nos” a ele, devemos caminhar “nesta vereda”. Com efeito, Jesus conclui o sermão dizendo: “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai”. Isto é, explicou o Pontífice, “é-nos proposto um caminho sem fim”, porque “todos os dias devemos fazer algo assim”. A tal propósito, Francisco sugeriu a todos “algo prático”, ou seja, perguntar-se: “rezo pelos meus inimigos ou desejo-lhes alguma coisa desagradável?”. São suficientes “cinco minutos, não mais” para me questionar: “Quem são os meus inimigos? Os que me fizeram mal? Os que eu não amo? Ou com os quais estou em desacordo? Quem são? Rezo por eles?”. Cada um, acrescentou o Papa, “dê uma resposta”. E concluiu: “Que o Senhor nos conceda a graça” de “rezar pelos inimigos; por quantos não gostam de nós; por quem nos feriu e nos persegue”, com “nome e sobrenome”. E veremos que esta oração dará dois frutos: ao nosso inimigo “fazendo-o melhorar, pois a oração é poderosa”, e a nós “tornando-nos mais filhos do Pai”.
http://www.franciscanos.org.br/?p=111276



Frei Bruno Linden, O.F.M.



       “Eis o meio de reconhecer se o servo de Deus tem o espírito do Senhor. Se Deus por meio 
 dele operar alguma boa obra, e ele não o atribuir a si, pois o seu próprio eu é sempre inimigo 
de todo bem, mas antes considerar como ele próprio é insignificante e se julgar menor que
 todos os outros homens.” (Admoestações de São Francisco de Assis)

“Quem foi Frei Bruno?”
Era um dia de outono, já bastante frio; a bela Düsseldorf (Alemanha) enquadrava um cenário belíssimo com o por do sol dourado do outono. As montanhas e as vegetações adquirem um brilho luminoso e indescritível.
A igreja, em festa, celebrava a natividade da Ssma. Virgem Maria, era o dia 08 de setembro de 1876, e foi neste dia histórico que veio ao mundo Humbertus Linden Junior, filho de Humbertus Linden e Goelden. O lar piedoso e temente a Deus os Linden despertou, já desde muito cedo, o desejo de se tornar sacerdote.
Ao manifestar aos pais o desejo de ingressar no noviciado dos franciscanos da Saxônia, na Holanda, Humbertus ainda não havia completado 18 anos. Seus pais, com os olhos mareados pela emoção, abençoam a decisão do filho, e, em tudo, louvam a Deus pela escolha do filho.
Quanto tomou o hábito de São Francisco, era o dia 13 de maio de 1894, e ao tomar o hábito,mudou o nome, passou a se chamar Frei Bruno Linden.

Ainda estavam no noviciado quando, em nome da santa obediência, são destinados para a “Missão brasileira”, e, assim sendo, no dia 12 de junho de 1894, aportaram em Salvador. Foi na Bahia de todos os santos que Frei Bruno terminou o noviciado, estudou filosofia e teologia e fez sua profissão religiosa, solene, em 19 de maio de 1898.
Logo no início do novo século, Frei Bruno é enviado a Petrópolis, no Rio de Janeiro, e lá é ordenado sacerdote no dia 10 de maio de 1901. Lá permaneceu por mais 3 anos, e foi somente em 1904 que foi transferido para Gaspar (SC). Lá, em Gaspar, exerceu a função de superior e pároco até 1906; por mais três anos permaneceu no mesmo lugar, porém, como coadjutor. Foi também em Gaspar que Frei Bruno erigiu a Fraternidade Santo Antônio, sendo seu primeiro assistente.
De Gaspar foi transferido para São José, e, em 1917, em nome da santa obediência, Frei Bruno vai para o Rio Grande do Sul como superior e vigário, na cidade de Não-me-toque.
Em 1926, mais uma vez é transferido, agora para Rodeio, onde permaneceu até 1945. Foi, por quase 20 anos, um testemunho edificante para todos os que com ele conviveram. Sua vida foi marcada por um gesto de total desprendimento e ardente caridade.
Por incontáveis vezes, aos Domingos, depois do almoço, ajeitava os cestos em cima de um jumento e neles colocava todo o tipo de doações que recebia e levava às famílias mais necessitadas, retornando somente a noite, cansado e feliz.
Frei Bruno foi um incansável peregrino do Evangelho e da caridade. Era acolhido por todos com carinho e veneração; era o Frade Santo!
Foi, por definição do capitulo de 1945, que Frei Bruno foi transferido para Esteves Junior e no final do mesmo ano para Xaxim, onde, por 6 anos, foi superior e pároco. Ficou em Xaxim por mais 3 anos como coadjutor.
Quando completou 80 anos, foi transferido para Joaçaba; era o ano de 1956. O trabalho sem descanso, as longas caminhadas marcaram o velho Frei com dores nas juntas e um peso nas pernas.
Por recomendação do provincial, foi para Luzerna para um repouso forçado. Jamais Frei Bruno pensou em descansar, estava sempre em busca de oportunidades de fazer o bem.
Sentindo-se bem melhor, Frei Bruno retorna a Joaçaba para alegria de toda a comunidade. Seus últimos 4 anos de vida foram consumidos naquela cidade.
Apesar das dores e do peso das pernas, caminhava de manhã à noite, visitava os doentes, benzia casas, aconselhava e reconciliava casais; era sem dúvida um arauto da Paz e do Bem!
Subia as ladeiras em zigue-zague, e, sempre se apoiando no velho guarda-chuva, suas caminhadas começavam logo depois da Santa Missa, às 5h 30. Retornava pouco antes do almoço, e descansava na igreja com a cabeça apoiada no altar de Nossa Senhora, rezando e cochilando.
Frei Bruno foi um pai para os presos, deu-lhes uma bola de futebol, levava-lhes todo tipo de agrados, como doce, guloseimas, revistas, livros, terços, medalhas, etc. Certa vez, conseguiu tinta para a pintura das celas que estavam imundas.
As crianças estavam sempre às voltas com Frei Bruno, era um santo brincalhão que a todos encantava. No catecismo, se fazia um silêncio espetacular quando Frei Bruno contava a vida dos santos e os feitos de Jesus. Tudo permeado de poesia e encanto.
A cada dia tornava-se visível o cansaço e as limitações de Frei Bruno. Já no ano de 1958, celebrava a Santa Missa às 5h 30, e em seguida ficava no confessionário por muitas horas.
Sua correspondência era por demais volumosa para ser respondida, sua vista estava fraca.
Todos os dias se preparava para partir, a Comunhão para ele era o Viático. Ainda em outubro de 1959, vai a Luzerna para tratar dos assuntos da Pia União das Missas Ingolstadt. Era um apóstolo incansável dessas associações.
As sandálias franciscanas estavam pesadas demais, anda de chinelos e bengala. O rosário era seu companheiro inseparável, desfiava uma infinidade de contas e orações.
No dia 24 de fevereiro de 1960, como de costume, Frei Bruno assiste à Santa Missa das 5h 30, atende confissões, recebe algumas pessoas, vai para o seu quarto descansar e o seu descanso foi eterno.
Frei Bruno Linden, O. F. M., comoveu a cidade de Joaçaba, seu sepultamento foi memorável e inigualável.
Frei Bruno, rogai por nós!
                                                               
                                  http://marcioreiser.blogspot.com.br/2013/02/frei-bruno-linden-o-f-m.html


                     Sobre a pobreza franciscana


Ao falar sobre a Pobreza Franciscana estamos falando da Pobreza de São Francisco de Assis, pois somente ele viveu radicalmente a Pobreza. Os seus seguidores em todas as Ordens a seguem como Conselho Evangélico e como provocação espiritual, mas não conseguem ser pobres como ele foi pobre. Sempre haverá um confronto entre a pobreza em espírito e a pobreza material. Francisco de Assis viveu as duas dimensões.
Há muitas cobranças sobre ser pobre em termos materiais, e se pensarmos conjunturalmente em termos de hoje seria: classe média falida, viver de salário mínimo, viver de subemprego, mendigar, cuidar das doenças no SUS por não ter Plano de Saúde, ter muitas dívidas, não poder acompanhar as necessidades impostas pela sociedade de consumo, andar de ônibus, jamais poder ir à Disney, viver sem casa, sem teto, sem nada... Francisco de Assis quis ser pobre para ser livre. Não ter nada para ter o Tudo. Há algo maior que preenche o coração. Amar e desejar o Espírito do Senhor. Ter na própria carne as Palavras do Evangelho. Aprender que ser pobre não é ter, mas ter repartindo.
Francisco de Assis não tornou-se pobre para fragilizar-se, mas para encontrar um vigor do espírito que está acima de qualquer medida sociológica ou mercadológica. Ser pobre é buscar a riqueza essencial. Isto não é moderno, é medieval. A questão toda é que este medieval era um pobre feliz que encontrou a medida de seu coração e não a medida da roupa pret-a-porter. A questão não é ter ou não ter riqueza,ser ou não ser pobre, a questão maior é ser livre diante de tudo isto. Francisco não era frustrado por sofrer privação, mas tornou-se um homem sereno e santo porque tinha um tesouro guardado em seu coração e não riqueza penhorada na Caixa Econômica. Pura loucura do contagiante Evangelho!

                                                                                            FREI VITÓRIO MAZZUCO


Francisco e o beijo no leproso


O biógrafo Tomás de Celano em 2Cel 9, 11 relata: “Quando o leproso lhe estendeu a mão como que para receber alguma coisa, ele colocou dinheiro com um beijo (...). Repleto, a partir daí, de admiração e de alegria, depois de poucos dias, trata de fazer obra semelhante. Dirige-se às habitações dos leprosos e, depois de ter dado o dinheiro a cada leproso, beija a mão e o rosto deles. Assim toma as coisas amargas como doces”.
Esta é uma passagem impactante da vida de Francisco de Assis. Mexe com o nosso imaginário ou nosso asco. Mas afinal que beijo é este? Quem beijou quem? Deixar-se beijar é mais do que beijar. Em meio a banalização atual do beijo, como compreender que alguém possa dar um beijo na beleza do horrível? Com unir doçura em meio ao amargo da vida?
Beijo é passar a intimidade através do sopro sagrado do espírito que respira em nós. Beijo é hálito vital, é insuflar vida. Não existe beijo verdadeiro que não seja um caminho progressivo de aproximação. É um lento, longo e necessário processo de conquista do outro diferente de mim. Francisco foi beijado por uma inspiração. Sentia-se beijado pelas obras do Senhor: vento, água, ar, nuvens e pássaros. Sentia-se beijado pela Encarnação: o Amor  divino vem morar no aconchego da carne do humano. Sentia-se beijado pelo sopro do Espírito. Beijo é comunhão de alma e não apenas comunhão física. Beijo é passar para o diferente de mim quem eu sou. É passar aquilo que está no centro de nosso ser. O beijo é como moldar novamente, do barro, a obra perfeita soprando nela a força da vida. É respirar do mesmo jeito. É o momento onde o corpo obedece o espírito.
Beijar o leproso foi um ponto de virada em Francisco. Mudou o seu destino espiritual. Aprendeu que não basta encher as mãos de alguém de bens materiais sem um gesto de afeto. É o beijo do lava-pés, é o beijo de Madalena nos pés de Jesus; puro encontro de divindades! A partir do beijo no leproso Francisco estava preparado para reconstruir o despedaçado mundo do humano em ruínas por falta de gestos de amor e cuidado. No beijo nos reconstruímos passando sopro, saliva, silêncios e reverência

                                                      FREI VITÓRIO MAZZUCO, OFM 


PASSATEMPO FRANCISCLARIANO


OBRAS DE MISERICÓRDIA:  Qual destas obras de misericórdia você mais pratica ou menos pratica?

CORPORAIS
1-Dar de beber a quem tem sede; 2- dar de comer a quem tem  fome; 3- acolher os desabrigados; 4- vestir os nus; 5- visitar os doentes; 6- visitar os encarcerados; 7- enterrar os mortos.
ESPIRITUAIS
1-Dar bons conselhos; 2- instruir os ignorantes; 3- corrigir os que erram; 4- perdoar as ofensas; 5- confortar os aflitos; 6- suporta com paciência as fraquezas alheias; 7- rogar a Deus pelos vivos e defuntos.

Ladainha da misericórdia
Dirigente: Roguemos ao Senhor que, na sua infinita bondade, nos inspire na prática das obras de misericórdia, dando-nos força para concretizarmos o amor em todas as situações, e digamos:
Dai-nos a misericórdia de vosso divino coração.

1- Quando a fome penalizar nossos irmãos...
2- Se a água vier a faltar, trazendo sede e sofrimentos ao povo...
3- Quando faltar a um dos vossos filhos a roupa para se aquecer...
4- Quando vier peregrino, bater à nossa porta...
5- Se a dor da doença deixar nosso irmão abatido...
6- Quando estiveres preso, na cadeia ou em outras escravidões...
7- Na hora em que a morte levar as pessoas queridas, e o luto angustiar nossos semelhantes...
8- Quando alguém precisar de um bom conselho...
9- Se a ignorância expuser nossos irmãos ao constrangimento...
10- No momento em que tivermos que corrigir os que erram o caminho...
11- Na aflição e angústia de nossos semelhantes...
12- Se a dor das ofensas abrirem feridas em nós...
13-Na hora em que a impaciência com o próximo nos desafiar...
14 - E se nos desanimarmos de rezar pelos vivos e pelos mortos...

Vamos juntos com São Francisco até a Capela de Santa Maria dos Anjos?



                  






PAZ E BEM!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 04 DE JUNHO DE 2016 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS





FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofssagradopetropolis@gmail.com
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15

 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano VII  JUNHO DE 2016 -  Nº  12

SANTA CLARA DE ASSIS


                                     Frei Hugo D. Baggio,OFM


O ENCONTRO

Depois que Clara ouviu Francisco pregando na Catedral, não mais sossegou. Precisava encontrar-se com êste enamorado de Dona Pobreza. Acompanhada pela tia, foi ocultamente ter com Francisco. Eis como descreve este primeiro encontro Nino Salvaneschi:
"Clara e Francisco olharam-se fixamente, co­mo se por um misterioso acorde de almas se hou­vessem reconhecido.
—  Tu  serás a  manhã  que  há  de anunciar a nova aurora cristã do mundo.
E Clara, fitando-o com os grandes olhos celestiais, respondeu:
—  E tu serás o sol que há de iluminar a minha jornada terrena.
Calaram-se por um instante, e o silêncio to­cou-os mansamente, como asa invisível.
—  Bem vês,  minha irmã — prosseguiu  ainda Francisco — eu sou um homem simples, sem letras.
—  E eu sou  a tua  "plantinha".
De novo o silêncio os envolveu.
—  Ouve, sorella  minha — continuou  Francis­co — eu desejaria cantar um dia os louvores da terra e do fogo, do céu e do vento e de todas as criaturas por amor do Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor.
E Clara prontamente, sem baixar os olhos:
—  E eu quisera servir um dia todas as criatu­ras que sofrem, só pelo amor do Deus eterno".
Findara o colóquio. Mas os dois se compreen­deram e lhes nasceu na alma o desejo de anda­rem um ao lado do outro no mesmo caminho pa­ra o mesmo céu.
No decurso de todo um ano, foram se repe­tindo os encontros e os colóquios. A discípula já penetrara os segredos do ideal do mestre. Às vés­peras do Domingo de Ramos, tiveram o último colóquio. Combinaram que, no dia seguinte, Clara daria o passo decisivo, passo que vinha ensaiando há tanto tempo.
Tudo devia ser feito com a maior cautela, pois tal decisão significava luta aberta contra Clara. O fogoso tio Monaldo, irmão do conde Faverone, sem dúvida, lançaria mão da espada, pois acima de um ideal colocava ele a riqueza e o nome da família. Como poderia suportar a orgulhosa linha­gem dos Scifi que dentre seus rebentos houvesse mendigos? Como compreenderia que o ideal vale mais que o ouro?
Clara, ajudada pela amiga fiel Bona de Guelfuccio, foi dispondo tudo, cautelosamente, como um general em vésperas de uma batalha decisiva. Em seus ouvidos soavam, como suave melodia, as últimas palavras de Francisco:
—   Minha  filha,  esquece  a  tua   casa  e  a  tua gente. Esquece tudo e sai do teu  palácio.

EMBLEMA DA VITORIA

Enfim despontou o domingo de Ramos. Clara, após uma noite de ansiedade, como costumam ser as que precedem os grandes acontecimentos, e du­rante a qual vira desfilar em sua fantasia planos e anseios, preocupações e temores, ergueu-se re­soluta.
Acompanhada pela mãe e pelas irmãs dirigiu-se à Catedral para a cerimônia da distribuição dos Ramos Bentos. Sendo este o último dia, conforme seus projetos, que passaria no mundo, trajou suas vestes mais preciosas e ornou-se com as mais ricas jóias. Estava realmente deslumbrante.
Quando tomou seu lugar na Catedral, logo despertou cochichos entre as moças presentes:
—   Veja   como  Clara  está   encantadora!   Olhe só para o precioso veludo do vestido...  e as ren­das...
—  E' realmente uma princesinha de 18 anos.
—  Hoje está assim deslumbrante, porque, co­mo  dizem,  contratou   noivado  com  um rico gentil-homem de Espoleto e, em  breve, será o casa­mento ...
Clara nada percebia. Com o rosto entre as mãos, ouvia como um martelar insistente a voz de Francisco: — Esquece a tua casa e a tua gente. Esquece tudo e deixa o teu palácio.
Deixar tudo... esquecer tudo... Mas minha querida mãe, minhas irmãs, principalmente a mi­nha Inês tão meiga e tão irmã minha nos senti­mentos e gostos. E o escândalo da fuga. A ira de papai, do tio Monaldo, dos outros chefes da famí­lia... Uma Scifi fazer-se mendiga... E com a fu­ga estará tudo resolvido?... Fugir... E os meus dezoito anos?
Mas uma voz mais poderosa se impunha: es­quece a tua casa e a tua gente. Esquece tudo...
Absorta nestas meditações não percebeu que no altar a cerimônia, precedida pelo bispo Guido, se desenrolava com toda a pompa. Nem ouviu o canto do "Hosana ao Filho de David". Nem no­tou que os fiéis se aproximavam do bispo para re­ceber a palma benta.
Quando voltou à realidade viu que o bispo Guido se dirigia até onde ela estava ajoelhada e lhe entregava uma palma benta.
Clara osculou a mão do bispo. Compreendeu o sinal. Esta palma significava tàcitamente o sinal da vitória. A voz de Francisco, que era a voz de Deus, vencera sobre as vozes do coração e da carne.
Tinha vencido a primeira batalha. Mas outras mais, talvez mais duras, a aguardavam. Mas aquela voz quente e incisiva lhe soava ao coração:
— Tu serás a manhã que há de anunciar a nova aurora cristã do mundo.
           
Continua no informativo – Ano VIII -            JULHO DE 2016  -  Nº  01

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SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JUNHO

2 — B. João Pellingoto,  3ª Ordem.
3 — B. André  de  Spello,  1ª Ordem.
4 B. Pacífico de Cerano,  1ª Ordem.
5 — B. Maria   Clara  Nanneti,   3ª Ordem Regular,  mártir  da China 
6 — B. Lourenço   de  Vilamagna,  1ª Ordem.
7 — B. Maria da Paz Bolsena, 3ª Ordem Regular,  mártir da China
8 — B. Hermínia de Jesus, 3ª Ordem Regular, mártir da China
9 — S. Cornélio Wican,  1ª Ordem, mártir em Gorkum
10 — S.Pedro de Assche, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
11 — B. Guido de Cortona, 1ª Ordem.
12 — B. lolanda, Duquesa da Polônia, 2ª Ordem.
13 — S. Antônio de Lisboa, 1ª Ordem.
14 — S. Francisco de Bruxelas, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
15 — S. Antônio de Hoornaert, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
16 — S. Antônio de Werten,  1ª Ordem, mártir em Gorkum.
17 — B. Pedro Gambacorta, 3ª Ordem Regular.
18 — S. Godofredo de Merville, 1ª Ordem,
          mártir em Gorkum.
19 — B. Miquelina de Pesaro, 3ª Ordem.
20 — S. Willehado da Dinamarca,  1ª Ordem,
          mártir em Gorkum (1482-1572) c. 1867
21 — S. Nicásio  Jonson,   1ª Ordem, mártir em Gorkum.
22 — B. André Bauer, 1ª Ordem, mártir da China
23 — S. José Cafasso, 3ª Ordem.
24 — B. Teodorico Balat, 1ª Ordem, mártir da China
25 — B. José Maria Gambaro, 1ª Ordem, mártir da China.
26 — B. Cesídio de Fossa, 1ª Ordem, mártir da China
27 — B. Benvenuto de Gubio, 1ª Ordem.
28 — B. Elias Facchini, 1ª Ordem, mártir da China
29 — S. Vicenza  Gerosa,  3ª Ordem.
30 — B. Raimundo  Lulo, 3ª Ordem, mártir