FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VII JULHO DE 2015 - Nº 01
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUFRA
CAPÍTULO XII
PRIMEIRA PROVA (Continuação)
A nova apavorou a
mãe, pois, nestes dias, era tão perigoso pregar, quanto guerrear. Quem já
experimentara o jugo do inimigo sabia, de própria experiência, que
uma só palavra podia
repercutir tanto quanto uma
punhalada.
Rosa
levantava sua voz delicada, mas penetrante, contra o Imperador, pois ela
pregava a fidelidade ao Papa, combatia a Satã e seus adeptos e pregava a
penitência.
Discorria
sobre o inferno, como um viajante fala do país que percorreu. Apresentava o
amor de Deus como o mais intenso e o mais sublime dos amores do mundo. Por
fim, a voz se lhe embargava, o coração se confrangia e, então, chorava como
chorara aos pés do Crucificado.
CAPÍTULO XIII
EXALTADA SOBRE A
ROCHA
"Transportareis
montanhas se a vossa fé
for do
tamanho de um grão de mostarda”
Devia
ser realmente agradável seguir os cursos administrados à noite nos conventos
dos Jacobinos e dos Cordígeros em Paris, por Santo Tomás, em seu hábito branco
e por São Boaventura, em seu burel pardo.
Mais sensacional, porém, era deparar-se, neste mesmo
tempo, com uma menina de pé sobre uma pedra, cercada por enorme multidão, a
gorjear como uma andorinha.
Não
dissertava Santo Tomás sobre a sabedoria e seu vício oposto, a suprema
estultície, a suprema loucura daqueles que vivem a vida alheios e, mesmo, em
oposição a qualquer consideração das coisas divinas?
E São
Boaventura, por sua vez, não ensinava que a sabedoria deve ser uma ambição da
alma? E com um sorriso rematava:
—
Diferente é a impressão causada pela proposição
"Cristo morreu por nós"
e estoutra, "a diagonal e o lado
de um quadrado não têm proporção".
Anos antes, Francisco
convocara os cristãos para lhes dizer:
— Aproxima-se o Reino de Deus!
E
exultava sem cessar, inebriado pelo Espírito divino.
A
pequena Santa, certamente, repetia, enlevada como São Boaventura, aquele
pensamento que os homens se esforçam por olvidar:
— Foi por nós que Cristo morreu.
E a modo
de Santo Tomás, proclamava que procurar os bens terrenos sem se preocupar com
os eternos é o auge da insensatez.
E
como São Francisco anunciava:
— O Reino de Deus está próximo.
Ali
estão as verdades fundamentais. Mas Rosa ia além. Estigmatizava, com violência,
os vícios dos seus ouvintes, que erguiam para ela as faces sensuais e os olhos
lânguidos. Ela, ignorante, apresentava aos heréticos argumentos irrefutáveis,
citando a Escritura como um teólogo e comentando-a como um doutor.
Ousava
mesmo dizer, em voz alta, verdades inauditas, que os guelfos nem
sequer se atreviam a cochichar sem risco de serem presos.
—
Apressai-vos! Ela já se
encontra na praça, e começou a falar.
Crede-me, vale a pena. . .
De uma
cozinha a outra, convidavam-se as comadres. Os caldeireiros deixavam seus
caldeirões e os sapateiros as sovelas. Muitos iam para rir e acabavam
chorando. Ouvia-se ainda outro brado:
— Vinde ver a pedra.
Para
pregar, Rosa subira numa pedra que, miraculosamente, se elevava do solo e,
findo o sermão, se abaixava.
E ecoava
sempre a mesma exclamação:
— Jamais foi
presenciado fato semelhante.
Coisas
pasmosas sucediam entre as crianças daqueles tempos. A cruzada das crianças
francesas, em 1212, deixara uma recordação enternecedora.
Que
garotos se pudessem reunir num esquadrão guerreiro, apossar-se de sabres,,
partir às ocultas, esconder-se num porão. . . compreende-se; mas que uma
criança pudesse pronunciar um discurso tão vigoroso, tão vibrante, capaz de
prender nobres e plebeus, aldeões e soldados, era por demais extraordinário,
ainda que o milagre da pedra não fosse mais que um adorno literário de algum
agiógrafo piedoso.
Tôda a
assistência prorrompia em
brados. Mas já não eram brados de admiração, mas brados de
almas engolfadas no mal. As mães tomavam os filhos nos braços e lhes
sussuravam:
— Contemplai-a.
Mais tarde, podereis dizer que também
a vistes.
A pedra erguia-se
como se o anjo desta menina tivesse colocado um pedestal nas alturas, à
semelhança dos que, nas igrejas, sustém as imagens dos santos.
Mas
os piedosos ouvintes podiam, com razão,
dizer que este milagre não era maior do que as respostas dadas
pela menina aos seus interlocutores maniqueus, preparados para
dissertar longamente sobre suas teses
relativas à reencarnação.
Fechava a bôca aos sagazes e as almas
bem dispos-tas retornavam à fé católica. Aclareava as almas mergulhadas nas
trevas e, algumas vezes, mesmo os cegos de nascença.
Entre a
multidão, ensinuavam-se os espiões assalariados pelos gibelinos e anotavam
cuidadosamente as palavras da pequena Santa
A só lembrança dos
calabouços e torturas reservados aos inimigos do Imperador fazia João e Catarina
tremerem. Apenas dispersa a turba que atentamente a escutara, aproximavam-se,
com cau-tela, homens ou mulheres, fazendo-lhe perguntas.
— Por que excitar o
povo à resistência? Porventura Viterbo não concluíra a paz com Frederico II? Não deviam, pois, seus habitantes
viver em harmonia com o Imperador e prestar apoio às suas empresas?
E
recebiam a resposta de que o Imperador combatia o Papa e tinha sido deposto
por ele. E a obrigação dos cristãos era defender o Vigário de Cristo, pondo à
disposição da Igreja, como disse o Rei da França, os bens e, se preciso fosse,
a própria vida.
Continua no informativo – Ano VII - AGOSTO DE 2015 -
Nº 02
.X.X.X.X.X.X.X.
SANTOS FRANCISCANOS
MES DE JULHO
l — S. Teodorico Emdem, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
2 — S. Jerônimo de
Werten, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
3 — B. Carmelo Volta,
1ª Ordem, mártir.
4 — S. Isabel, Rainha de Portugal, 3ª Ordem
5 — B. Francisco Fogolla, 1ª Ordem, mártir da China.
6 — B. Antonino
Fantosati, 1ª Ordem, mártir da China
7 — B. Manuel
Ruiz 1ª Ordem, mártir
8 — B. Gregório
Grassi, 1ª Ordem, mártir da China.
9 — S.Nicolau Pick,
1ª Ordem, mártir em Gorkum.
10 — S. Verônica
Giuliani, 2ª Ordem.
11 — S. João Wall, 1ª
Ordem, mártir.
12 — S. João Jones,
1ª Ordem, mártir.
13 — B.
Angelina de Marsciano, 3ª Ordem.
14 — S.
Francisco Solano, 1ª Ordem.
15 — S. Boaventura de
Bagnoregio, 1ª Ordem.
16 — ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO
DE S. FRANCISCO DE ASSIS
17 — S. Maria Madalena
Postel, 3ª Ordem.
18 — B. Simão de
Lipnica, 1ª Ordem.
19 — B. Nicanor Ascanio, 1ª Ordem, mártir.
20 — B. Nicolau Maria
Alberca e Torres, 1ª Ordem, mártir.
21 — S. Lourenço de
Brindes, 1ª Ordem.
22 — B. Cunegundes,
Rainha da Polônia, 2ª Ordem.
23 — S. Brigida da
Suécia, 3ª Ordem.
24 — B. Luísa de Saboia, 2ª Ordem.
25 — B. Pedro de
Mogliano, 1ª Ordem.
26 — B.
Arcângelo de Calatafini, 1ª Ordem.
27 — B. Maria Madalena
Martinengo, 2ª Ordem.
28 — B. Matia de
Nazarei, 2ª Ordem.
29 — B. Novelone
de Faenza, 3ª Ordem.
30 — S. Leopoldo Mandic, 1ª Ordem.
31 —B. Pedro Soler, 1ª Ordem, mártir.Gorkum.