FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15
horas na Igreja
do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VIII OUTUBRO DE 2016 - Nº 04
SANTA CLARA DE ASSIS
Frei Hugo
D. Baggio,OFM
MISÉRIA E ELEVAÇÃO
A noite vai alta e dorme embalada pelo irmão vento que desce do Subásio e penetra no vale, cantando nas oliveiras
e nos ciprestes que circundam São Damião.
Tudo parece sossegado. Mas a luz pálida que se escoa das janelas semicerradas de alguns palácios faz
pensar que ali estarão homens ao redor de uma mesa, tramando ciladas ou
planejando vinganças. O ódio não dorme e escolhe precisamente a noite para
tecer seus planos.
Há também luz em
alguma taberna, onde ao redor das mesas, os olhos injetados e as mentes
embotadas, homens se entregam à bebida e ao jogo. Talvez, no dia de amanhã, a
esposa e os filhos não terão o que comer e correrão as ruas à mendicância, mas
o esposo gasta o pouco que tem sobre as mesas das tavernas.
A luz foge também de outras janelas, a casa das mulheres que transformaram suas vidas
em iníquo comércio de pecado.
Homens embuçados
colam-se aos muros e detêm-se ao mínimo ruído, procurando confundir-se com as
trevas: alguns ladrões que aproveitam o sono do próximo para suas colheitas
injustas.
Quantas misérias, meu
Deus, no coração da noite que vós
fizestes para o
descanso e os homens
empregam para a maldade!
Também no conventinho
de S. Damião há movimento à noite. Quando chega a meia-noite, anunciando o
começo de um novo dia, também as Monjas deixam seu leito de palha e silenciosas
com seus pés desnudos e saiais grosseiros se dirigem ao pequeno coro da
capela. Ali, sobre a estante, alumiado pela luz trêmula dos círios, abre-se o
Breviário, o livro que contém o ofício do dia. A voz de Clara rompe o silêncio:
/
— Senhor, abri os meus lábios!
E a voz das outras Monjas unem-se num coro:
— Para que anunciem o vosso louvor!
E assim, por quase uma hora, sucedem-se as antífonas e os salmos, enchendo o silêncio da capela com aquelas vozes
débeis e serenas que se alternam nos louvores do Senhor.
Parece o murmúrio de uma
fonte, a convidar todos os viventes, diante do Senhor que fez a noite, com os
astros que brilham no céu, o vento que canta nas árvores, os grilos que trilam
à luz da lua:
— Vinde, exultemos diante do Senhor, cantemos com
júbilo a Deus
Nosso Salvador!
Como contrapeso das misérias da cidade, elevam-se as preces de São Damião, num grito de reparação
e de perdão.
A COOPERADORA
DE FREI FRANCISCO
Enquanto Frei Francisco corria as cidades, semeando
a palavra de Deus, mais pelo exem-plo que pelo falar, Soror Clara cooperava
ativa-mente nesta missão
renovadora, acompanhando-o com
suas orações. E como Frei Francisco confiava nestas preces, contam-no os
Fioretti, na sua linguagem encantadora.
O humilde servo de Cristo, Francisco, pouco tempo
depois da sua conversão, tendo já reunido e
recebido na Ordem muitos compa-nheiros, entrou a pensar muito e ficou em
dúvida sobre o que devia fazer, se somente entregar-se à oração, ou bem a
pregar algumas vezes. E sobre isto muito desejava saber a vontade de Deus.
Pelo que chamou Frei Masseo e disse-lhe:
— Vai a
Soror Clara e dize-Ihe da minha parte que ela com alguma das mais espirituais
companheiras rogue devotamente a Deus seja do seu agrado mostrar-me o que mais
me convém: se me dedicar à pregação ou somente à oração. E depois vai a Frei
Silvestre e dize-Ihe o mesmo.
Foi Frei Masseo conforme a ordem de Francisco, deu
conta da embaixada, primeira-mente a Soror Clara e depois a Frei Silvestre. O
qual logo que a recebeu se pôs imediatamente
em oração e obteve a
resposta divina. Voltou a Frei
Masseo e disse:
— Isto disse Deus para dizeres ao Irmão Francisco:
que Deus não o chamou a este estado somente para si, mas que obtenha fruto das
almas e que muitos por ele sejam salvos.
Obtida a resposta, Frei Masseo voltou a Soror Clara
para saber o que ela tinha conseguido de Deus. E ela respondeu que com outra
companheira tinham obtido de Deus a mesma resposta que Frei Silvestre.
Com isso tornou Frei Masseo a Frei Francisco, o
qual o recebeu com grandíssima caridade,
lavando-lhe os pés e preparando-lhe o jantar.
Depois, levou-o ao bosque e ali, diante dele, se ajoelhou e tirou o
capuz, pondo os braços em cruz, perguntou:
— Que é que ordena que eu faça o meu Senhor
Jesus Cristo?
Respondeu
Frei Masseo:
— Tanto a Frei Silvestre, como a Soror Clara e
à irmã, Cristo respondeu e revelou que sua vontade é que vás pelo mundo a pregar, porque ele não te escolheu para ti
somente, mas ainda para a salvação dos outros.
E Frei Francisco cheio de grandíssimo fervor disse: — Vamos em nome de Deus... (I Fioretti, XVI).
E tomando consigo alguns companheiros lançou-se pelo mundo, confiante em sua missão, pois Deus lha revelara por
intermédio de Soror Clara.
Continua no informativo – Ano VIII - NOVEMBRO DE 2016 -
Nº 05
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE OUTUBRO
1 — B. Nicolau da Forca Palena, 3ª Ordem.
2 — BB. Miguel Jamada e Lourenço Jamada,
3ª Ordem, mártires do Japão.
3 — TRÂNSITO
DE S. FRANCISCO DE ASSIS
4 — SOLENIDADE DE S. FRANCISCO DE ASSIS
5 — BB. Luís
Maki e João Maki, 3ª Ordem, mártires no
Japão.
6 — S. Maria das Cinco Chagas, 3ª Ordem.
7 — NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
8 — B. Martinho Gomez,
3ª Ordem, mártir no Japão.
9 — BB. Gaspar Vaz e Maria Vaz, 3ª Ordem, Mártires do Japão.
10 — S. Daniel, 1ª Ordem, mártir em Ceuta.
11 — B. Luísa, 3ª Ordem, mártir no Japão
12 — S. Serafim de Montegranário, 1ª Ordem.
13 — BB. João Tomachi e seus filhos Domingos,
Miguel,
Tomás e Paulo, 3ª Ordem, mártires do Japão.
14 — BB. Ludovico Mihachi e seus filhos Francisco e Domingos,
3ª Ordem, mártires do Japão.
15 — B.Francisco de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
16 — B. Tomás Tzugi, 3ª Ordem, mártir no Japão
17 — B. Baldassarre
de Chiavari, 1ª Ordem.
18 — B. Bartolomeu Laurel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
19 — S. Pedro de Alcântara, 1ª Ordem.
20 — B.
Contardo Ferrini, 3ª
Ordem.
21 — S. Angelo, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B.Tiago de Strepa, 1ª Ordem.
23 — S. João de Capistrano, 1ª Ordem.
24 — B. Josefina
Leroux, 2ª Ordem, mártir.
25 — B. Domingos de S. Francisco, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
26 — B. Boaventura
de Potenza, 1ª Ordem.
27 — B. Ludovico Baba, 3ª Ordem, mártir do Japão.
28 — B. Lúcia Fleites, 3ª Ordem, mártir do Japão
29 — B.Tomás de Florença, 1ª Ordem.
30— B. Angelo de Acri, 1ª Ordem.
31— B.
Cristóvão de Romagna,
1ª Ordem