quarta-feira, 22 de novembro de 2017

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 04 DE NOVEMBRO DE 2017 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS




FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15

 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano IX  NOVEMBRO DE 2017 -  Nº  05

SANTO ANTONIO

                                                                                       Frei Hugo D. Baggio,OFM


15 — CHAMEI-TE DO SILÊNCIO OBSCURO

    No Advento de 1221 ou na primavera de 1222, alguns frades vieram ao Convento de Forlívio, per­to de Montepaolo, para serem ordenados sacerdo­tes. Para o convento significava um dia de festa. Por isso, das casas e comunidades vizinhas acor­reram os confrades e, além deles, vieram também os irmãos dominicanos, muito ligados aos franciscanos, pois Fr. Francisco e Fr. Domingos haviam cultivado uma santa e sólida amizade.
    Após as cerimônias religiosas foi servido um almoço que, embora franciscano, naquele dia apre­sentava um ar mais festivo, para complemen-tar as festividades. Durante esta refeição, o superior dos franciscanos procurou entre os irmãos pregadores, os dominicanos, alguém que dirigisse umas palavras de edificação à assembléia ali reunida e sobretudo aos novos sacerdotes. Um a um, porém, escusaram--se, pois ninguém se havia preparado e não se sen­tia em condição de improvisar um sermão diante de tão culto auditório. O mesmo sucedeu quando o superior procurou pregador entre os frades me­nores. Escusas delicadas, mas firmes.
    O superior entendeu que os solicitados temiam não só dar uma mensagem acanhada, mas também perder seu prestígio. Daí procurou alguém que não temia perder tal prestígio, pois não o tinha nem o pretendia. Foi ter com Frei Antônio e su­plicou-lhe dirigisse ele algumas palavras, simples e breves, como lhas inspirasse o Espírito Santo. O Santo obedeceu. E começou a falar. E como diz gostosamente um biógrafo: "o Espírito Santo en­trou a lhe puxar a língua, e dos seus lábios brota­ram caudais de tanta eloquência, num falar tão ri­co e colorido, tão sentencioso e acertado, que to­dos os presentes, pasmos, eram só ouvidos, presos que estavam no inspirado orador". Naquele mo­mento, Deus revelava ao mundo uma jóia escondi­da e a oferecia, brilhante e polida, à fé dos cris­tãos do século XIII..

16 UMA REVELAÇÃO ENTRE OS FRADES

    Os primeiros franciscanos caracterizavam-se por extrema simplicidade, herdado de seu Funda­dor São Francisco, simplicidade que abrangia igual­mente o mundo intelectual da nova Ordem. Por isso, quando Frei Antônio entrou na Ordem, o pre­gar dos frades era simples, sem oratória e sem grande ciência. Segundo Francisco deviam, antes de mais nada "pregar com o bom exemplo". Ele mesmo, dava acento especial à vida evangélica e não entra­ra ainda nas preocupações de conteúdos teológicos e de normas retóricas. Por isso, o sermão de Frei Antônio recheado de citações das Escrituras e dos Santos Padres, pronunciado em bom latim, com imagens e comparações surpreendentes fora uma revelação e uma alegria para os presentes.
    Entre os ouvintes estava o Provincial Frei Graciano que, só naquela hora, descobriu quem era o fradezinho humilde e obscuro que no final do Capítulo das Esteiras pedira para vir com ele. Sem demoras, deu a Frei Antõnio o ofício de pre­gador. Teve, assim, que trocar o silêncio e a cal­maria de seu eremitério pelos caminhos e aldeias, cidades e castelos da redondeza, povoados de gente cheia de problemas, que gostava de gritar, de bri­gar de guerrear, de discutir, de cometer mil faltas. Contra tudo isso, o verbo inflamado de Frei Antônio se arremeteu e ceifou fundo, deixando, na passagem, um campo novo, onde o Evangelho po­dia florescer.
    Começava uma nova fase na pregação fran-ciscana. Mais que isso talvez: "Pode-se dizer que foi pela mão de Frei Antônio que a eloquência sá­bia e erudita veio professar a singeleza devota e a encantadora poesia nos eremitérios da Ordem dos Irmãos Menores". Frei Antônio com sua ciência e sua eloquência chegava em muito boa hora, pois, a heresia esparramava-se avassaladora pela Europa, lançando confusão e causando discórdias, dividin­do a cristandade e despertando os mais absurdos procedimentos e formas de culto a Deus e de inter­pretação do Evangelho. ..

17 — AS HERESIAS

    Antes de tudo, vamos lembrar que heresia é uma doutrina que ensina idéias opostas aos dogmas ou ensinamentos da Igreja. São interpre-tações da­das, no correr da história, à fé, ao Evangelho, aos costumes, aos sacramentos, crian-do uma cisão na comunidade cristã. Na Igreja, desde os seus pri­mórdios, a heresia foi um fenômeno presente, que reclamou muita luta e muita lucidez, sobretudo muita luz do Espírito Santo, para fazer frente a estas doutrinas adversas e perturbadoras. Frei An­tônio, em seu tempo, encontrou um campo se­meado de agudos espinhos. As heresias pululavam no século XIII, algumas nascidas por aquelas al­turas da história, outras mais antigas e ressuscita­das das cinzas, naqueles dias. Assim, havia uma quantidade de seitas, com as mais absurdas interpretações. Por vezes, porém, motivadas, no seu nascedouro, por uma situação crítica oferecida pela própria igreja e seu clero e o povo cristão em geral. Um grupo bem intencio­nado procurava uma reação de cunho e colorido evangélico, mas acabava descambando na revolta e na heresia. Nomeiam-se, assim, uma série delas: patarinos, valdenses e os cátaros, cujo nome em grego significa "puro": tentaram uma ascese de pu­rificação e afundaram numa desenfreada luxúria. Insurgiram-se contra o matrimônio, o batismo, a posse dos bens, os sacramentos, o valor da oração. Portanto, eram grupos que atacavam não só os costumes da Igreja e de seus homens, mas ataca­vam a própria doutrina e os conteúdos teológicos desta Igreja. Donde, não bastava uma vida exem­plar para combatê-los, como queria Francisco de Assis, reclamava-se igualmente uma formação teo­lógica e bíblica à altura, para rebater os argumen­tos ardilosos e armadilhas sutis e manhosas.
    Daí, a importância dos estudos feitos por Frei Antônio em Coimbra. Sua passagem pela escola dos Agostinianos foi providencial, pois o preparou de uma forma que a Ordem Franciscana não po­deria fazer. .

Continua no informativo – Ano IX -            DEZEMBRO DE 2017  -  Nº  06

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE NOVEMBRO

1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
        B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS DEFUN­TOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon, 3ª Ordem, mártires do Japão  
6 — B. Paulo  de   S. Clara,  1ª Ordem,  mártir no  Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto  — culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato   de   Rodez, 1ª Ordem,  mártir 
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21  — S. Nicolau, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no Japão.
25 — B. Isabel Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM FRANCISCANA


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