INFORMATIVO
Ano IV - MARÇO
DE 2013 - Nº 10
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
A CRIANÇA
Continuação
Porém, Isabel
encontrou no nobre Luís, seu noivo, um grande amor e uma estima tão grande, que
se sentia protegida e amparada.
E quanto mais
maltratada pelos parentes do Conde Hermann, maior era o carinho e a afeição
que Luís lhe dedicava.
Chegando a época
determinada pelo Senhor Luís cumprindo sua palavra, conduziu Isabel ao
altar, embora tendo ela apenas quatorze anos e o conde vinte e um. Ela, cuja
infância havia sido tão cheia de sofrimentos e aflições, por mercê de Deus,
experimentava a maior felicidade de que é capaz, neste mundo, a mulher casada;
pois seu esposo, o conde Luís, era sob todos os aspectos, um dos mais
modelares daquela época, varão deveras segundo o coração de Deus, no verdadeiro
sentido da palavra, e, por conseguinte, também segundo o coração de Isabel.
Não faltava nunca à Santa Missa, onde
fortalecia a alma contra todas as tentações e para o cumprimento das
múltiplas obrigações, que o dia lhe trazia.
Grande
prazer lhe proporcionava a freqüente visita a
um mosteiro beneditino, pois edificava-o sobremodo a vida virtuosa e exemplar
dos filhos de S. Bento.
Sua divisa era:
"Religioso, casto, justo!" Na qualidade de soberano, considerava, como seu primeiro dever
particular, a justiça. Em família não tolerava palavras inconvenientes ou
equívocas.
Se, porém, era ele
próprio o ofendido, costumava ser indulgente até o extremo, dizendo apenas:
"Não tornem a fazê-lo; sofro com isso". No mais mostrava-se sempre
alegre, benevolente e amável, e, especialmente, cheio de bondade para
com os pobres.
A ESPOSA
Luís deixava à sua
jovem esposa não só toda liberdade na prática de suas devoções e obras de misericórdia,
mas animava-a e até a auxiliava.
Todas as noites
Isabel erguia-se do leito, às primeiras horas da madrugada, e
ajoelhava-se para meditar e render graças ao divino Redentor por se haver
dignado nascer à meia-noite, sofrendo o frio e a miséria a fim de remir o gênero
humano.
Muitas vezes, o esposo,
receando por sua saúde, aconselhava Isabel a que se poupasse e não
prejudicasse a saúde; no fundo d'alma, porém, considerava-se feliz por ter uma
esposa tão piedosa.
Amavam-se extremamente,
e grande era a felicidade que os unia, tão grande como era íntima a aliança de
suas almas.
Afim de receber o marido, e
adornando-se de jóias, ela dizia: "Ponho os adornos, não por vaidade e galanteio,
Deus me é disso testemunha; mas somente por amor cristão, afim
de não causar a meu "irmão", descontentamento ou mesmo ocasião de
pecar. Há de amar somente a mim, por isso lhe devo agradar".
Assim viviam Isabel e
Luís; desejavam viver na terra de modo que pudessem, na eternidade, morar juntos na
casa comum de Deus.
Santa Isabel, sob seus
ricos vestidos, trazia sempre um cilício. Todas as
sextas-feiras, em memória
da Paixão dolorosa de Nosso Senhor, e todos os dias da quaresma,
mandava que lhe aplicassem severas disciplinas,
afim de dar alguma compensação ao Divino Salvador, flagelado
pelos nossos pecados.
Quando se via na
necessidade de aparecer em trajes de cerimônia, trazia sempre, sob a púrpura e o ouro, um
vestido simples de lã. E o cilício nunca a abandonava.
Nos seus desabafos
familiares, com as suas servas que também eram suas amigas, envolvia-se, às
vezes, num grande e velho manto, cobria a cabeça com um pano grosso e roxo e,
passeando na sala como uma pobrezinha, dizia, como que advertida por uma
inspiração celeste, , quando for mendiga pelo amor de Deus".
Isabel era como um
caçador; não se deixava deter para seguir a pista da caça.
Ela caçava da sorte que o Senhor lhe reservava: "Assim andarei os
pobres. Por caminhos e trilhas íngremes, subia em busca das cabanas dos
indigentes.
Penetrava nos lugares
mais sujos e insalubres, para levar víveres, roupas e conforto espiritual.
Consolava os pobres
com palavras suaves e afetuosas. Quando lhe era possível velar junto dos
pobres falecidos, envolvia-os, com suas próprias mãos, em lençóis de seu próprio
leito e assistia-lhes ao enterro, com tanto recolhimento e humildade, como se
o morto fosse um parente seu.
Para Santa Isabel era doce, suave, o ato, de
humilhação, e ela se sujeitava, beijando os pés dos pobres na ocasião do
Lava-pés, durante a Semana Santa.
A noite toda de
quinta para sexta-feira santa, passava em claro, inteiramente absorta em oração
e na contemplação dos tormentos sofridos por Nosso Senhor.
"O dia da humilhação é para todos", dizia
ela para as criadas. E sem mudar o traje da véspera, descalça e
desconhecida, metia-se entre a multidão, levando as ofertas como os pobres as
ofereciam para os altares: pequenos
embrulhos contendo linho, incenso e círios. Acompanhava sempre a procissão, vestida de grosseiro burel, pois ela se con-siderava
a última serva do Senhor crucificado.
Aconteceu, um dia,
que durante o Canon da Missa, estando Isabel a orar com fervor, e tendo o véu
levantado a fim de contemplar melhor a Hóstia Sagrada, o celebrante
viu-a cercada de resplendor celeste, e tão forte era o seu
brilho, que o sacerdote julgou estar vendo os raios do sol.
Cheio de surpresa,
glorificou ao Senhor por lhe haver dado presenciar, por meio daquela luz visível
e maravilhosa, o brilho interior daquela alma santa. Em outras ocasiões, viu-se
desprender da alma ardente de Isabel, mergulhada em meditação, uma luz
sobrenatural.
Santa Isabel teve
como seu guia e mestre Conrado de Marburgo, homem de vasta cultura, hábitos
exemplares, e defensor entusiasta da fé católica.
Havia renunciado aos
bens temporais, e àqueles que o seu nobre nascimento lhe conferia. Seu exterior
era simples, modesto e mesmo auste-ro, em seu hábito estritamente clerical.
Este foi o homem santo, que tornou-se o confessor de Santa Isabel. Mas, já
antes de ser guiada pelo mestre Conrado no caminho da perfeição, ela achara
outro apoio: A Regra da Ordem Terceira de S. Francisco.
Continua no informativo – Ano IV - ABRIL DE 2013 -
Nº 11
SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE MARÇO
1 — S. Francisco Fahelante, 3ª
ordem, mártir do Japão
2 —
S. Inês de Praga, 2ª Ordem.
3 —
B. Inocêncio de Berzo, 1ª Ordem
4 —
B. Cristóvão de Milão, 1ª Ordem
5 —
S. João José da Cruz, 1ª Ordem
6 — SS. Cosme e Máximo Takeya, 3ª
Ordem - Mártires do Japão.
7 — S. Pedro Sukejiro, 3ª Ordem, mártir do Japão
8 — S. MiguelKosaki, 3ª Ordem, mártir do Japão
9 — S. Luís Ibaraki, 3ª Ordem, mártir do Japão
10 — B. Tomás Sen, 3ª Ordem, mártir da China
11
— B. João Baptista de Fabriano, 1ª Ordem
12 — B. Simão Tchen, 3ª Ordem, mártir da China
13
— B. Agnelo de Pisa, 1ª Ordem
14 — B. Pedro U-Ngan-Pan, 3ª Ordem, mártir da China
15 — B. Matias Fan-TE, 3ª Ordem, mártir da China
16 — B. Pedro Tciang, 3ª Ordem, mártir da China
17 — B. Francisco Tciang,
18
— S. Salvador da Horta, 1ª Ordem
19
— S. José – Esposo da Virgem Maria – Solenidade
20 — B. Hipólito Galantini, 3ª Ordem
21
— B. João de Parma, 1ª Ordem
22 —
S. Benvenuto de Osimo, 1ª Ordem
23
— B. Marcos de Montegallo, 1ª Ordem
24
— B. Diogo José de Cadiz, 1ª Ordem
25 — S. Tiago Jen, 3ª Ordem, mártir da China
26 — B. Pedro Wang, 3ª Ordem, mártir da China
27 — B. Tiago Tchao, 3ª Ordem, mártir da China
28 — B. Joana Maria Maillé, 3ª Ordem
29 — B. João Tciang, 3ª Ordem, mártir da China
30 — S. Pedro Regalado, 3ª Ordem
31 — B.Patrício Tong, III O., mártir da China
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