quinta-feira, 21 de março de 2013

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 02 DE MARÇO DE 2013 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


INFORMATIVO

Ano IV  -  MARÇO DE 2013 -  Nº  10

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA  ISABEL  DE  HUNGRIA

A CRIANÇA

                                   Continuação

Porém, Isabel encontrou no nobre Luís, seu noivo, um grande amor e uma estima tão grande, que se sentia protegida e amparada.
E quanto mais maltratada pelos parentes do Conde Hermann, maior era o carinho e a afeição que Luís lhe dedicava.
Chegando a época determinada pelo Senhor  Luís cumprindo sua palavra, conduziu Isabel ao altar, embora tendo ela ape­nas quatorze anos e o conde vinte e um. Ela, cuja infância havia sido tão cheia de sofrimentos e aflições, por mercê de Deus, experimentava a maior felicidade de que é capaz, neste mundo, a mulher casada; pois seu esposo, o conde Luís, era sob todos os aspectos, um dos mais modelares daquela época, varão deveras segundo o coração de Deus, no verdadeiro sentido da palavra, e, por conseguinte, também segundo o coração de Isabel. Não faltava nunca à  Santa Missa, onde fortalecia a alma contra todas as tentações e para o cumprimento das múltiplas obrigações, que o dia lhe trazia.
Grande prazer lhe proporcionava a freqüente visita a um mosteiro beneditino, pois edificava-o sobremodo a vida virtuosa e exemplar dos filhos de S. Bento.
Sua divisa era: "Religioso, casto, justo!" Na qualidade de soberano, considerava, como seu primeiro dever particular, a justiça. Em família não tolerava palavras inconvenientes ou equívocas.

Se, porém, era ele próprio o ofendido, costumava ser indulgente até o extremo, dizendo apenas: "Não tornem a fazê-lo; sofro com isso". No mais mostrava-se sem­pre alegre, benevolente e amável, e, espe­cialmente, cheio de bondade para com os pobres.

A ESPOSA

Luís deixava à sua jovem esposa não só toda liberdade na prática de suas devoções e obras de misericórdia, mas animava-a e até a auxiliava.
Todas as noites Isabel erguia-se do leito, às primeiras horas da madrugada, e ajoe­lhava-se para meditar e render graças ao divino Redentor por se haver dignado nas­cer à meia-noite, sofrendo o frio e a miséria  a fim de remir o gênero humano.
Muitas vezes, o esposo, receando por sua saúde, aconselhava Isabel a que se poupasse e não prejudicasse a saúde; no fundo d'alma, porém, considerava-se feliz por ter uma esposa tão piedosa.
Amavam-se extremamente, e grande era a felicidade que os unia, tão grande como era íntima a aliança de suas almas.
Afim de receber o marido, e adornando-se de jóias, ela dizia: "Ponho os adornos, não por vaidade e galanteio, Deus me é disso testemunha; mas somente por amor cristão, afim de não causar a meu "irmão", descontentamento ou mesmo ocasião de pecar. Há de amar somente a mim, por isso lhe devo agradar".
Assim viviam Isabel e Luís; desejavam viver na terra de modo que pudessem, na eternidade, morar juntos na casa comum de Deus.
Santa Isabel, sob seus ricos vestidos, tra­zia sempre um cilício. Todas as sextas-feiras, em memória da Paixão dolorosa de Nosso Senhor, e todos os dias da quaresma, mandava que lhe aplicassem severas disci­plinas, afim de dar alguma compensação ao Divino Salvador, flagelado pelos nossos pecados.
Quando se via na necessidade de apa­recer em trajes de cerimônia, trazia sem­pre, sob a púrpura e o ouro, um vestido simples de lã. E o cilício nunca a abando­nava.
Nos seus desabafos familiares, com as suas servas que também eram suas ami­gas, envolvia-se, às vezes, num grande e velho manto, cobria a cabeça com um pa­no grosso e roxo e, passeando na sala co­mo uma pobrezinha, dizia, como que advertida por uma inspiração celeste, , quando for mendiga pelo amor de Deus".
Isabel era como um caçador; não se dei­xava deter para seguir a pista da caça. Ela caçava da sorte que o Senhor lhe reservava: "Assim andarei os pobres. Por caminhos e tri­lhas íngremes, subia em busca das caba­nas dos indigentes.
Penetrava nos lugares mais sujos e insalubres, para levar víveres, roupas e conforto espiritual.
Consolava os pobres com palavras sua­ves e afetuosas. Quando lhe era possível velar junto dos pobres falecidos, envolvia-os, com suas próprias mãos, em lençóis de seu próprio leito e assistia-lhes ao enterro, com tanto recolhimento e humildade, co­mo se o morto fosse um parente seu.
Para Santa Isabel era doce, suave, o ato, de humilhação, e ela se sujeitava, beijando os pés dos pobres na ocasião do Lava-pés, durante a Semana Santa.
A noite toda de quinta para sexta-feira santa, passava em claro, inteiramente ab­sorta em oração e na contemplação dos tormentos sofridos por Nosso Senhor.
"O dia da humilhação é para todos", di­zia ela para as criadas. E sem mudar o tra­je da véspera, descalça e desconhecida, metia-se entre a multidão, levando as ofer­tas como os pobres as ofereciam para os altares: pequenos embrulhos contendo li­nho, incenso e círios. Acompanhava sem­pre a procissão, vestida de grosseiro burel, pois ela se con-siderava a última serva do Senhor crucificado.
Aconteceu, um dia, que durante o Canon da Missa, estando Isabel a orar com fervor, e tendo o véu levantado a fim de con­templar melhor a Hóstia Sagrada, o cele­brante viu-a cercada de resplendor celeste, e tão forte era o seu brilho, que o sacerdo­te julgou estar vendo os raios do sol.
Cheio de surpresa, glorificou ao Senhor por lhe haver dado presenciar, por meio daquela luz visível e maravilhosa, o brilho interior daquela alma santa. Em outras ocasiões, viu-se desprender da alma ardente de Isabel, mergulhada em meditação, uma luz sobrenatural.
Santa Isabel teve como seu guia e mestre Conrado de Marburgo, homem de vasta cultura, hábitos exemplares, e defensor entusiasta da fé católica.
Havia renunciado aos bens temporais, e àqueles que o seu nobre nascimento lhe conferia. Seu exterior era simples, modes­to e mesmo auste-ro, em seu hábito estrita­mente clerical. Este foi o homem santo, que tornou-se o confessor de Santa Isabel. Mas, já antes de ser guiada pelo mestre Conrado no caminho da perfeição, ela achara outro apoio: A Regra da Ordem Terceira de S. Francisco.

Continua no informativo – Ano IV -            ABRIL DE 2013  -  Nº  11


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE MARÇO

1 — S. Francisco Fahelante, 3ª ordem, mártir do Japão 
2 — S. Inês de Praga, 2ª Ordem.
3 — B. Inocêncio de Berzo, 1ª Ordem
4 — B. Cristóvão de Milão,  1ª Ordem
5 — S. João José da Cruz, 1ª Ordem
6 — SS. Cosme e Máximo Takeya, 3ª Ordem - Mártires do Japão.
7 — S. Pedro Sukejiro, 3ª Ordem, mártir do Japão
8 — S. MiguelKosaki, 3ª Ordem, mártir do Japão
9 — S. Luís Ibaraki, 3ª Ordem, mártir do Japão
10 — B. Tomás Sen, 3ª Ordem, mártir da China
11 — B. João Baptista de Fabriano, 1ª Ordem 
12 — B. Simão Tchen, 3ª Ordem, mártir da China
13 — B. Agnelo de Pisa, 1ª Ordem
14 — B. Pedro U-Ngan-Pan, 3ª Ordem, mártir da China 
15 — B. Matias Fan-TE, 3ª Ordem, mártir da China
16 — B. Pedro Tciang, 3ª Ordem, mártir da China      
17 — B. Francisco Tciang,
18 — S. Salvador da Horta, 1ª Ordem
19 — S. José – Esposo da Virgem Maria – Solenidade
20 — B. Hipólito Galantini, 3ª Ordem
21 — B. João de Parma, 1ª Ordem
22 — S. Benvenuto de Osimo, 1ª Ordem
23 — B. Marcos   de   Montegallo, 1ª Ordem
24 — B. Diogo José de Cadiz, 1ª Ordem
25 — S. Tiago Jen, 3ª Ordem, mártir da China   
26 — B. Pedro Wang, 3ª Ordem, mártir da China 
27 — B. Tiago Tchao, 3ª Ordem, mártir da China
28 — B. Joana Maria Maillé, 3ª Ordem     
29 — B. João Tciang, 3ª Ordem, mártir da China
30 — S. Pedro Regalado, 3ª Ordem
31 — B.Patrício Tong, III O., mártir da China

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