Março de 2013
Francisco ganha o mundo
A eleição do Cardeal argentino Jorge Mario
Bergoglio e a escolha do nome Francisco colocou São Francisco de Assis na pauta
do dia, na boca do povo.
Na coletiva desta quinta-feira, três cardeais brasileiros
falaram sobre a eleição do novo Papa e a escolha do nome. Dom Odilo Scherer,
Cardeal Arcebispo de São Paulo, contou ainda que visitou o túmulo de São
Francisco de Assis, no domingo anterior ao conclave. Chegando lá, ele encontrou
o cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schönborn. “Mas um dominicano num lugar
tão franciscano!”, comentou o brasileiro na ocasião. O colega disse que seria
bom que a Igreja tivesse um Papa com espírito franciscano. “É um sinal para o
que a Igreja quer e precisa fazer”, afirmou Odilo na entrevista coletiva nesta
quinta-feira. “Não se fazem saltos mortais na Igreja, mas existe uma
continuidade.”
Outro que também foi a Assis no período pré-conclave foi
Dom Geraldo Majella. “Rezei naquela hora para que o Papa pudesse realmente ser
o que fizesse às vezes de São Francisco”, afirmou. “Ele [Bergoglio] foi chamado
e não teve nenhuma dificuldade de ser aclamado. Ele tem 76 anos, mas pode em
pouco tempo fazer muito. O testemunho dele vai ser muito importante para o
mundo, vai chamar a atenção do mundo. Vamos rezar para que ele seja feliz e,
sendo feliz, faça a Igreja feliz”, disse. Para Dom Geraldo, a escolha não foi
surpreendente. “Não foi uma grande surpresa no sentido de que ele não pudesse
ser o possível candidato”, disse. “É um grande dom de Deus para a Igreja, para
o mundo, um homem que tem um testemunho de vida. Ele vive o nome Francisco, é
diferente dos outros”, afirmou.
O presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno, contou à
Rede Católica de Rádio que o papa Francisco já traz suas características
expressas no nome que ele escolheu, inspirado no santo de Assis. “São
Francisco, como nós sabemos, é um santo da pobreza, da simplicidade, da
comunhão com todas as pessoas, e com a própria natureza… Aliás, é o patrono da
ecologia. As marcas deste novo papa: o primeiro latino americano, um argentino,
o primeiro a adotar este nome “Francisco”, o primeiro jesuíta… Mas creio que
vai marcar o seu pontificado pela características de ser um verdadeiro pastor.
Um pastor que ama o seu povo, que está inteiramente voltado para o cuidado do
seu povo, mas ao mesmo tempo aberto ao mundo, a todos os demais povos, com os
que pertencem a uma outra religião… Ele terá este coração grande, aberto, à
exemplo de São Francisco de Assis. Creio que esta espiritualidade certamente
inspirará o novo papa, pela simplicidade, pelo diálogo, que serão suas marcas,
como foram quando ele foi arcebispo de Buenos Aires: um homem de grande
simplicidade, de grande amor aos pobres”, disse.
Na opinião do padre José Oscar Beozzo, estudioso da história da
Igreja Católica na América Latina, a escolha do nome do novo Papa é muito
significativa: “Tivemos um jesuíta que não escolheu o nome de Inácio, mas de
Francisco. Acho que isso é muito significativo porque São Francisco de Assis é
o santo mais querido dentro e fora da Igreja Católica”.
Beozzo acredita que a escolha também remete à postura que o novo
papa deve adotar com relação aos muçulmanos. “Francisco esteve no coração de um
conflito que hoje se repete, que é o conflito do que fazer frente ao Islamismo.
Na época de Francisco, o Papa convocou a guerra contra o mundo islâmico, e
Francisco tomou um barco e foi ver o sultão do Egito para falar de paz, de
amizade. Até hoje os muçulmanos respeitam Francisco e os franciscanos. Acho que
nesse momento isso é um recado muito importante”. São Francisco é também
conhecido por seu amor à natureza, e Beozzo afirma que a escolha é também um
compromisso com a preservação ambiental. O novo papa é visto como um homem
simples, que cozinha a própria comida, anda de metrô e ônibus em Buenos Aires. “É uma
pessoa que escolheu o nome de Francisco não por fantasia, mas acho que por uma
opção de vida”. Para Beozzo, a escolha toca um tema fundamental na trajetória
da igreja latino-americana, que é a opção pelos pobres. “Ele é visto como um
irmão universal, também irmão dos pobres”.
Franciscanos convidam o Papa para visitar Assis
“De Assis um grande abraço, afetuoso e filial, a você, Papa
Francisco, novo Vigário de Cristo”. É o que desejam os frades franciscanos de
Assis ao novo Pontífice.
Numa nota, os franciscanos agradecem a Deus e se alegram pela
eleição do Cardeal Jorge Bergoglio, manifestando “sentimentos de gratidão,
sincero afeto e profundo obséquio, prometendo como Francisco obediência e reverência
ao senhor Papa”.
“Neste ano da fé – prossegue a nota – ao acompanhar o início do
seu ministério com incessante oração, esperam de acolher o Sumo Pontífice nos
lugares sagrados à memória de São Francisco, estreitamente ligados a Sede
Apostólica com a Igreja que está em Assis guiada pelo seu Bispo Domenico
Sorrentino”.
Os franciscanos, na carta enviada ao Papa Francisco, dizem saber
‘que Jesus está no comando de sua Igreja’ e assim querem seguir o novo Papa
‘com afeto e obediência’. Os frades também expressam “confiança de que, assim
como tantos dos seus predecessores até Bento XVI, também você venha logo a esta
Cidade onde Francisco continua a anunciar com todo seu ser, à Igreja e ao
mundo, o Evangelho que salva”.
Extraído
do site: www.franciscanos.org.br
Cuidar
da juventude para que ela seja fonte de renovação
Cuidar da juventude para que ela seja fonte de renovação
A força da renovação
existe no seio da Igreja, por obra do Espírito Santo. Apesar de ela ser
pecadora, enquanto composta de seres humanos sujeitos às próprias
fragilidades, há a santidade de Deus que a faz regenerar-se e superar os
próprios limites. Uma força que ajuda o humano da Igreja a se renovar é a
juventude, quando ela for bem evangelizada e evangelizadora. Temos, então, uma
grande oportunidade de luminosidade dos valores crísticos para o interno da
comunidade eclesial e para a sociedade em geral. Juventude
vamos sempre ter. Por isso, ela é o presente e o futuro da comunidade cristã e
da convivência social, com os valores assumidos por ela do que é humano e
divino em sua contínua renovação.
Moisés, o grande
personagem bíblico escolhido por Deus para libertar o povo hebreu do jugo dos
egípcios, pode encontrar-se pessoalmente com Deus na montanha, onde recebeu a
missão divina. Sua curiosidade o levou a aproximar-se de uma sarça que não se
consumia. Era o Senhor que o chamava para o diálogo acerca da missão de
libertação do povo (Cf. Êxodo 3,1-15). Fruto da ação divina, a sarça da
juventude pode perenizar a renovação da Igreja, se ela realmente entrar na
intimidade de Cristo e aceitar a missão de evangelizar a sociedade para a
libertação de todo tipo de mecanismo de morte. Alimentará a sociedade com os
novos critérios do Salvador, para dar vida de sentido a todos, na convivência
de fraternidade. Cuidar da juventude para que ela seja fonte de renovação do
convívio familiar, eclesial e social é de fundamental importância, para termos
dias melhores, onde se superem as injustiças, os desmandos sociais e
descaminhos dos vícios e das derrotas humanas.
Na contemplação de
Jesus transfigurado no monte Tabor, com a presença de Moisés e Elias, podemos
solidificar nossa fé e indicar para a juventude o ideal de dar vida, proposto e
vivenciado por Jesus (Cf. Lucas 9,28-36). De fato, o Mestre em seguida foi
crucificado, morto e ressuscitado. Os Apóstolos foram testemunhas disso.
Passando também pelo mesmo caminho do Filho de Deus, somos capazes de assumir a
missão, como os Apóstolos, para que todos se convertam. Não podemos ser como a
figueira que não produz figos, para não termos que ser cortados da realização
do projeto de Deus, à semelhança da que Jesus queria cortar por não dar frutas
(Cf. Lucas 13,1-9). A ascese é um modo de exercitação na prática do bem,
que devemos fazer e ensinar à nova geração. Exige treinamento, renúncias,
vivência da caridade, responsabilidade na realização do compromisso de fé,
serviço ao outro e promoção do bem comum. Sem o ideal de servir não damos
frutos de realização da vida de sentido para todos. Somos instados, no seguimento
a Cristo, a assumir a responsabilidade de implantarmos os critérios ou valores
do Evangelho de Jesus. Sem isso, a juventude não será capaz de dar base à
sustentação de um mundo novo, ou uma sociedade onde reina o amor, fundamentado
no amor de Deus.
O lema da Campanha da
Fraternidade é muito propício para focalizarmos a abertura da juventude ao
novo, provindo da missão dada por Deus, com sua resposta de grande
disponibilidade: “Eis-me aqui; envia-me!” (Isaías 6,8).
Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)
Deus
joga longe o pecado!
Domingo passado presenciamos
a volta do filho pródigo e sua acolhida pelo Pai misericordioso.
Hoje, aparece com mais força ainda o quanto Deus está acima do
pecado. Eis a base do que se chama “conversão”. Mas, quando se fala
em conversão, os céticos objetam: “Que adianta querer ser melhor do
que sou?”, e os acomodados: “Melhorar a sociedade, para quê?”
Deus, porém, não é limitado que
fique imobilizado por nosso pecado. Ele passa por cima, escreve-o na
areia, como Jesus, no episódio da mulher adúltera (evangelho). A
magnanimidade de Deus, que se manifesta em Jesus, está em forte contraste com a
mesquinhez dos justiceiros que queriam apedrejar a mulher. Estes, sim, estavam
presos no seu pecado; por isso, nenhum deles ousou jogar a primeira pedra.
Decerto, importa combater o pecado; mas é preciso estar com Deus para salvar o
pecador.
Pois Deus é um libertador. Ele
quer apagar nosso passado e renovar nossa vida, assim como renovou o povo de
Israel no fim do exílio babilônico (1ª leitura). Paulo diz que devemos
deixar nosso passado para trás e esticar-nos para apanhar o que está na nossa
frente: Cristo, que é a nossa vida (2ª leitura). Como dissemos domingo
passado, o pecado é o que fica atrás, enquanto o futuro que está à nossa frente
é o amor de Deus em Jesus Cristo.
“Não peques mais”. Perdoar não
é ser conivente com o pecado, mas é salvar o pecador – termo que não está na
moda hoje, mas é o que melhor exprime a realidade … Deus perdoa, para dar ao
pecador uma “plataforma” a partir da qual possa iniciar uma vida nova. Ora, o
perdão é do tamanho da grandeza de Deus; só Ele é grande que chega para perdoar
definitivamente. Por isso, para fazer jus ao perdão, não devemos desejá-lo
levianamente. Devemos querer eficazmente mudar a nossa vida, ainda que saibamos
que “Roma não foi construída num só dia”.
Devemos desejar não mais pecar,
e para que este desejo seja eficaz, escolher e utilizar os meios adequados.
Quem peca por má índole, procure amigos que o tornem melhor. Quem peca por
fraqueza ou vício, evite as ocasiões de tentação. E quem peca por depender de
uma estrutura ou laço que conduz à injustiça, procure transformar essa
situação, no nível pessoal e no da coletividade. Tratando-se de estruturas
sociais injustas, o meio adequado de combater o pecado consiste em unir as
forças para lutar pela transformação política e social. Devemos transformar as
estruturas de pecado fora e dentro de nós. Mas faremos tudo isso com mais
empenho se estivermos convencidos de que Deus nos perdoa e joga longe de si o
nosso pecado. Quando se trata de problemas pessoais (embora sempre com alguma
dimensão social), a certeza de que Deus é maior que o pecado é um estímulo
forte para acreditar numa renovação da vida – com a ajuda dos meios psicológicos
adequados, pois a graça não suprime a natureza.
Do livro “Liturgia Dominical”,
de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
OFS do Brasil - Região
Sudeste 2 (RJ/ES)
"Senhor
Jesus, a messe é grande, mas os operários são poucos. Rogamos-te, pois que
envieis operários para a messe. Então Senhor ao ouvir teu apelo nos colocamos
ao teu dispor e dizemos: EIS-ME AQUI SENHOR. Queremos ser como nosso seráfico
Pai São Francisco que lhe perguntou: Senhor que queres que eu faça? E tu nos
respondes: junte-se a outros homens de boa vontade e construam um mundo mais
fraterno; junte-se a outros homens de boa vontade e pelo seu testemunho tomem
iniciativas corajosas na promoção da justiça; junte-se a outros homens de boa
vontade e comprometam-se com opções concretas e coerentes com sua fé e assumam
sua profissão. Trabalhando, participem na criação e na redenção da comunidade
humana. Por isso Senhor, pra responder ao teu apelo de amor, ajude-nos a sermos
portadores de paz lembrando que ela deve ser construída incessantemente.
Ajude-nos Senhor, a sermos mensageiros da perfeita alegria, para que saibamos
ter a humildade de ver que pouco ou nada fizemos e que portanto é necessário
começar tudo de novo. Que Maria Santíssima, a Medianeira de todas as Graças,
estrela da evangelização nos ajude a chegar as águas mais profundas da
santidade e da missão e lancemos nossas redes para melhor servir o nosso
Regional. Amém!"
José Renato Vargas, OFS
Fraternidade São Sebastião
Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
Seguindo
com a nossa preparação para o Capitulo Eletivo Regional que será realizado nos
dias 17, 18 e 19 de MAIO, durante a festividade de PENTECOSTES, publicamos a
ORAÇÃO DO CAPÍTULO ELETIVO REGIONAL, que deverá ser reproduzida e entregue a
todos os irmãos de nossas fraternidades para que possam participar ativamente,
com suas orações diárias, deste momento singular em nosso Regional.
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