INFORMATIVO
Ano IV - ABRIL
DE 2013 - Nº 11
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
A ESPOSA
Continuação
E um fato curioso marcara a vida
destes dois santos: no mesmo ano de 1207, em que nasceu Isabel, renasceu o
jovem S. Francisco de Assis para Deus, renunciando a bens, família e
honrarias.
Isabel que já era tão pobre de espírito, acolheu e
apoiou, desde logo a Ordem Franciscana, cuja base consiste na pobreza voluntária.
Com o consentimento
do esposo, professou a Regra da Ordem Terceira, sendo a primeira Irmã
Terciária na Alemanha.
São
Francisco foi logo informado por seus irmãos do convento de Eisenach, da vida
edificante de Isabel, e da sua profissão na Ordem Terceira. Muitas vezes,
penetrado de admiração e respeito, falava acerca da benfeitora com o cardeal
Hugolino, protetor e amigo particular da Ordem, e que mais tarde foi eleito
Papa, governando a Igreja de Cristo sob o nome de Gregório IX.
Em 1222,
três dias depois da festa da Anunciação de Maria, no Castelo, às margens do
Rio Werra, Isabel deu à luz o seu primeiro filho, a quem deu o nome de Hermann,
em memória do sogro e avô do pequenino. Deus, concedeu, mais tarde, ao piedoso
casal, duas filhas: Sophia, nascida em 1224 e Gertrudes, nascida em 1227.
Depois dos partos, passado
o tempo de costume, em vez de celebrar a sua purificação com festas e
folguedos mundanos, como era de uso, com o recém-nascido
no colo, descalça, trajando um simples vestido de lã, descia a ladeira íngreme
e semeada de pedrinhas agudas, em direção à Igreja de Santa Catarina, situada
fora de Eisenbach.
Ali depunha o
filhinho sobre o altar, juntamente com uma vela e um cordeiro, dizendo:
"Senhor Jesus, a Vós e a Vossa Mãe Santíssima ofereço este caro fruto do
meu ventre. Deus e Senhor meu, eu vô-lo entrego de todo o coração, tal como m'o
haveis dado. Só vos peço que me façais, hoje, a graça de receber este menino,
banhado com as minhas lágrimas, entre os vossos servos e amigos e lhes deis a
Vossa Santa Bênção".
A verdade e a graça,
simbolizados por uma vela e um cordeirinho, seriam o seu pedido a Deus: tornar
seus filhos Seus amigos.
VISITAR OS ENFERMOS
Saindo da cidade de
Eisenbach, encontra-se à sombra da floresta uma fonte, uma nascente de água
pura e fresca, cercada de um velho muro.
Hoje ainda se chama Fonte
de Santa Isabel porque era ali que a duquesa lavava, com as próprias
mãos, os doentes, leprosos e as roupas dos mesmos.
Santa Isabel jamais
deixava de assistir aos enfermos e moribundos. E quando a morte chegava,
depois de longas horas de oração, Santa Isabel fazia uma coisa a que, às vezes,
nem os próprios parentes se atreviam: beijava a fronte pálida de quem acabava
de morrer. E ainda com grande caridade, amortalhava o pobre com suas próprias
mãos, em uma mortalha feita por ela ou feita das suas próprias roupas.
Isabel experimentou,
no serviço aos necessitados e doentes, uma paz e satisfação tamanhas que, às
vezes, em alta voz louvava e agradecia ao Senhor.
Existe ainda uma oração da
nossa Santa no seguinte teor: "Senhor, não sei agradecer-vos bastante por me haverdes
permitido agasalhar e cuidar destas pobres criaturas, nossas amigas".
AMOR MATERNO
Se alguém é animado
do espírito de Cristo, este manifestar-se-á, principalmente, pelo amor santo e
respeitador aos filhos. O amor humano e o divino encontram-se nela e nutrem a
harmonia entre Deus e o homem.
Isabel havia fundado
um asilo particular para os meninos órfãos, e dos mais doentes e aleijados
cuidava com especial carinho, como se fossem seus próprios filhos. E
justamente dos mais asquerosos e infelizes, ela os acariciava sentando-os ao
colo.
Procurava também
alegrar-lhes os coraçõezinhos trazendo-lhes brinquedos e pequenos mimos. Era como se fosse o anjo da guarda das
pobres crianças. E estas compensavam o seu amor chamando-a de Mamãe, Mamãe!
CORAÇÃO DILACERADO
Na época em que vivia
Santa Isabel, lavrava uma luta gigantesca e infinda, embora mais nobre que as
guerras em geral, pois quem nela tomava parte não ia forçado, sendo o motivo,
não interesses particulares dos príncipes senão o espírito religioso de
nações inteiras.
Eram as Cruzadas,
cujo nome tão somente fazia palpitar todos os corações e punha em reboliço
todas as camadas sociais.
Semelhantes
sentimentos em parte alguma podiam encontrar mais eco do que no duque Luis da
Turíngia, esposo de Isabel. Ninguém podia ser mais solícito do que ele em seguir seu imperador e os seus irmãos de armas, em socorro da Terra Santa.
Numa de suas
excursões, Luis, encontrando-se com o venerável bispo Conrado, confiou-lhe o seu desígnio, e como merecesse sua aprovação, fez voto
de unir-se à expedição que o Imperador Frederico II preparava em 1227, e recebeu a cruz das mãos daquele
prelado. Estava selado o seu compromisso, mas faltava-lhe coragem de falar a
Isabel sobre a sua resolução.
Mas numa tarde em que
ele se achava só com a esposa, sentados um ao lado do outro, num desses
momentos de terna e íntima familiaridade que entre eles reinava, Isabel meteu
a mão na bolsa que pendia do cinturão de Luis, para ver o que nela havia. E o
primeiro objeto que encontrou e tirou foi a Cruz de pano vermelho, sinal dos
que faziam o voto de partir como cruzados para a Terra Santa.
Cheia de tristes
pressentimentos, mas consolada pelo esposo, aceitou e ouviu a sua palavra:
"É pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, que me alistei entre os
cruzados. Deixa-me partir, minha irmã, porque é um voto que fiz a Deus".
Ao que ela lhe respondeu: "Pois bem; contra
a vontade do Senhor não te quero reter. Deus te conceda, a graça de fazer em
tudo a Sua Santa Vontade. Sua Bondade te cubra; é o que pedirei para ti a cada
instante".
O amor de Santa
Isabel para com o esposo, além de ser natural, era cristão e divino. E a princesa
solitária ocupava-se inteiramente com Deus, fazendo às obras boas anteriores
seguir outras melhores ainda.
Continua no informativo – Ano IV - MAIO DE 2013 -
Nº 12
SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE ABRIL
1 — B. Gandolfo de Binasco, 1ª Ordem.
2 — B. Leopoldo de Gaiche, 1ª Ordem.
3 — B. João de Pena1ª Ordem.
4 — S. Benedito o Preto, 1ª Ordem.
5 — B. Maria Crescência Hoss,3ª Ordem Regular
6 — B. Guilherme de Sicli, 3ª Ordem.
7 — B. Maria Assunta
Pallota, 3ª
Ordem Regular
8 — B. Juliano
de S.Agostinho, 1ª Ordem.5
9 — B. Tomás de Tolentino, 1ª Ordem
10 — B. Marcos Fantuzzi de Bolonha, 1ª Ordem.
11 — B. Angelo de Chivasso, 1ª Ordem.
12 — B. Filipe Tchang, 3ª Ordem, mártir da China.
13 — B. João de Taiku,
3ª Ordem, mártir da China
14 — B. João Wang,
3ª Ordem, mártir da China
15 — S. Bento José Labre, Cordígero da 3ª Ordem
16 — ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA ORDEM
FRANCISCANA
17 — S. Bernardette Soubirous, Cordígera da
3ª Ordem. III O.
18 — B. André Hibernon, 1ª Ordem.
19 — B. Conrado de Ascoli, 1ª Ordem.
20 — B. Maria
Amandina do S. Coração, 3ª Ordem
Regular, mártir da China .
21 — S. Conrado de Parzham, 1ª Ordem.
22 — B. Francisco de Fabriano, 1ª Ordem.
23 — B. Gil de Assis, 1ª Ordem.
24 — S. Fiel de Sigmaringen, 1ª Ordem, mártir.
25 — B. Maria Adolfina Diericks, 3ª Ordem Regular,
mártir da China.
26 — B. Maria de S. Justo, 3ª Ordem Regular, mártir da
China.
27 — B. Tiago Ilírico de Biteto, 1ª Ordem.
28 — B. Luquésio de
Poggibonsi, 3ª Ordem.
29 — B. Bento de Urbino, 1ª Ordem.
30 — S. José Bento
Cottolengo, 3ª Ordem
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